segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Bases do PSOL querem candidatura própria em 2010

Do blog do Camasão
As movimentações que buscam costurar uma aliança entre o PSOL e o Partido Verde (PV) começam a enfrentar resistência na base dos socialistas.

Desde que a presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, mergulhou de cabeça na candidatura Marina Silva - sem o aval definitivo de seu partido - , diretórios regionais e municipais tem lançado notas contra a coligação e em favor da candidatura própria.
Até agora, cinco diretórios estaduais e quatro diretórios municipais se pronunciaram contra a coligação. Os estados do Ceará, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, e as cidades de Porto Alegre (RS), São Bernardo do Campo (SP), Niterói (RJ) e Joinville (SC) lançaram notas defendendo que os socialistas re-editem a Frente de Esquerda (PSOL-PSTU-PCB) numa coligação sem o PV.
Tendências
O PSOL é um partido que agrega diferentes grupos de pensamento, chamados de tendências. Até agora, dos nove grupos mais expressivos, quatro já lançaram nota pela candidatura própria. São eles a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), Coletivo Socialismo e Liberdade (CSOL) , Trabalhadores na Luta Socialista (TLS) e o Bloco de Resistência Socialista (BRS).
Juntas, essas quatro forças representaram aproximadamente 20% do PSOL. Os outros quatro grupos, que, somados, representam 80% do partido, ainda não entraram em um acordo sobre quais os melhores caminhos para 2010.
Derrota em casa para Luciana Genro
O caso do Rio Grande do Sul é emblemático no que se refere ao descolamento entre o que pensam algumas lideranças do partido e o que pensa a militância do PSOL.
Porto Alegre, que lançou nota pela candidatura própria no último dia 23, é o lar da deputada federal Luciana Genro, uma das entusiastas da coligação com os verdes. O Diretório estadual gaúcho também se posicionou pela candidatura própria.
“Esta candidatura deve significar a tradução de um programa que enfrente, como oposição de esquerda consequente, tanto ao governo Lula como à direita conservadora, respondendo à atual situação política do país. Devemos trabalhar para alcançar um arco de alianças junto aos movimentos sociais, aos partidos de esquerda e aos setores que lutam no campo do mundo do trabalho”, afirma o documento porto-alegrense.

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