quinta-feira, 10 de julho de 2014

Genocídio na Palestina: TV Globo e grande mídia mentem para a população

Não é uma guerra, é um massacre do estado nazi-sionista de Israel sobre o povo palestino. 


Por Júlio Miragaia

É de uma bizarrice sem tamanho a forma como os meios de comunicação tratam a ofensiva militar de Israel em Gaza.

Mais de 75 palestinos mortos e mais de 400 feridos desde o dia 07. Maioria de crianças e mulheres. Israel tem todo um aparato militar que o permite atacar centenas de vezes pelo ar e por terra sem grandes prejuízos, enquanto que o Hamas e outros grupos tem misseis tão precários para responder que sequer conseguem alcançar seus alvos.


O pretexto utilizado por Benjamin Netanyahu é o sequestre e o assassinato de três jovens israelenses na Cisjordânia em Junho. Mesmo que nenhuma organização palestina tenha assumido a autoria, o governo israelense acusa o Hamas. Israel ainda prepara um ataque por terra que pode matar centenas, bem como já o fizeram em outras ocasiões. 


Em condições completamente desproporcionais, a grande mídia insiste em dizer que trata-se de uma "guerra", quando o poderio militar de Israel é infinitamente superior e leva a vida de inocentes sem grande esforço. Uma forma de falsificar a história e as injustiças que passam diante de nossos olhos em frente a Tv e que para a burguesia e o imperialismo devemos tratar de naturalizar, como se fossem dois campos que estivessem em iguais condições de se enfrentar quando na verdade o que ocorre é o extermínio de um povo já há décadas. 


É preciso cobrir de solidariedade o povo palestino e denunciar o governo assassino de Israel, sócio-mor do imperialismo norte-americano no Oriente Médio. 


Somos todos palestinos! 
Parem os bombardeios em Gaza!

terça-feira, 1 de julho de 2014

Lula, Helder e a nova política

Jader, Lira Maia, Helder, Lula e Paulo Rocha. Foto: Heinrich Aikawa/ Instituto Lula

O candidato ao governo do estado pelo PMDB, com apoio funesto do PT, PCdoB, PDT, PROS e PTN é Helder Barbalho (ex prefeito de Ananindeua/PA por 2 mandatos consecutivos), afilhado de Simão Robson Jatene/PSDB (pela segunda vez governador do estado e concorrente à reeleição), e que nada tem de novo, muito menos "representa a nova política", como disse ontem Lula da Silva, na convenção do partido.


Helder Barbalho (PMDB), como todos sabem, é um dos dois filhos do casal de políticos: senador Jader Fontenelle Barbalho e da deputada federal Elcione Zahluth Barbalho. Ambos também do mesmo partido.

Na referida convenção eleitoral, o ex presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva fez duas afirmações emblemáticas: uma, o site Diário Online (de propriedade da família) se encarregou de destacar: "'Helder vai ser eleito governador', garante Lula". A outra não virou manchete. E justamente não teve a devida importância, porque de tão forçosa que é, acaba abusando do poder de criticidade da opinião pública. Algo deve explicar o porquê do Diário do Pará e demais emissoras da família do candidato do PMDB não repercutirem a outra importante frase de Lula, a que diz que "Helder representa a nova política".

A tragédia
Jader Barbalho é uma figura que foi talhada para se tornar um "político profissional". Já em 1963, quando cursava o Clássico (corresponde ao Ensino Médio) no Colégio Estadual Paes de Carvalho (Belém), segundo o seu site "onde inicia sua vida pública: é eleito vice-presidente e logo a seguir presidente do Centro Cívico Honorato Filgueiras". 

Lembramos que a partir 1° de abril 1964 o país passa a viver sob um regime sangrento: a Ditadura Militar, a qual passou a interferir diretamente nos órgãos de representação de classe e estudantis. Foi assim que surgiram, por exemplo os Diretórios Acadêmicos, atrelados às direções das universidades e aos militares, o que levou que os movimentos de esquerda criassem os Diretórios Centrais dos Estudantes "Livres". 

Jader nunca foi de esquerda. Estava em outro ponto dessa luta. Estava num Centro Cívico. Uma espécie de grêmio estudantil domesticado pela direção da escola, em sintonia fina com o regime ditatorial.

Em 1967 ingressa no Curso de Direito da Universidade Federal do Pará e no mesmo ano é eleito pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) vereador de Belém.

Para quem pensa que a Ditadura era boazinha e permitia um partido da oposição existindo no país, saiba que isso tudo era fachada. O MDB era uma oposição de brincadeirinha, de faz de conta, consentida pela Ditadura. O objetivo era a busca de, como se fosse possível, se dar um "verniz democrático" ao regime de torturas, prisões, assassinatos e ataque aos direitos humanos. Além do MDB, havia apenas o Arena, partido oficial dos presidentes generais.

Jader, ainda foi eleito deputado estadual e duas vezes federal, antes de se tornar governador do estado pela primeira vez, em 1982, pelo voto direto. Após deixar o governo, José Sarney o nomeou, em 1987, Ministro da Reforma e do Desenvolvimento Agrário. No ano seguinte, assume a pasta da Previdência e Assistência Social. Em 1991 é eleito para o segundo mandato de governador do estado do Pará. Em 1994, deixa o estado em frangalhos na mão de seu vice, o empresário Carlos Santos, e consegue votos suficientes para se tornar senador da República até sua renúncia em 2000, após os famosos embates com outro cacique político, o senador baiano Antônio Carlos Magalhães pelo antigo PFL, atual DEM, mas principalmente devido aos escândalos de corrupção nos quais se envolveu.

Jader consegue voltar ao Congresso em 2002, desta vez como deputado federal, onde permaneceu até conseguir, mesmo sendo um ficha suja, eleger-se senador (2010).

As farsas
Os mandatos de Jader, principalmente os de governador, são atravessados de polêmicas e notórios assaltos aos erários públicos. Ele foi responsável por um dos maiores rombos nos cofres do Banco do Estado do Pará, o Banpará (Oficial).

Como figura política nacional foi capaz de orquestrar megas rombos no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), como o famoso escândalo do ranário de sua atual esposa, o que levou à sua prisão. Através de formação de quadrillha, peculato, etc. Jader Barbalho conseguiu montar um império das comunicação do estado. Jader,é o proprietário do Grupo RBA de Comunicação, afiliado à Rede Bandeirantes de Televisão e do jornal Diário do Pará, além de ser segundo o site Wikipedia, um dos acionistas da TV Tapajós, afiliada à Rede Globo, em Santarém no Oeste do Pará. "Com início humilde em Belém, Jader tornou-se um milionário após várias décadas na política.", concluiu o site.

Como vemos, e ainda nem falei de sua mãe, o DNA de Helder remonta há quase 50 anos de política no estado. Mas não qualquer política. A pior das políticas, pois oligárquica, venal, corrupta, sanguinária, indecente, violenta que matou e mata milhares e milhares de paraenses no atacado.

Como se percebe, Helder não representa, como disse Lula, o mentiroso, "uma nova política"! Helder Barbalho e seu padrinho Jatene são a mais pura excrescência e expressão do que há de mais sórdido e bandidesco na política paraense e brasileira. E por isso precisam ser derrotados!

Parafraseando Marx, em seu XVIII Brumário de Luís Bonaparte, Jader Barbalho foi e é a tragédia. Helder e Jatene, ambos crias da mesma costela, são as farsas. Nunca é demais lembrar que foi Jader que colocou Simão Jatene na política lá pelos idos de 1982, quando o tirou da condição de professor da UFPA para tranformá-lo em seu secretário de estado de planejamento e no DAS mais antigo do estado do Pará.

Com DEM, pelo poder
O vice de Helder, Lira Maia, é um dos homens que mais enriqueceu na política em todo o oeste paraense. Verdadeira demonstração de como o vale tudo pelo poder é a palavra de ordem nessas eleições. 

Assim como Lira Maia é dono de uma mansão que mais parece um "Taj Mahal" no município de Santarém/PA, e é também um dos prefeitos que mais têm denúncias contra si, devido a malversação de dinheiro público, o MDB de Jader e o atual PMDB nunca tiveram escrúpulos políticos alguns. 
Hoje estão aliados do PT de Dilma ao PCdoB de Panzera, porque a única coisa que interessa de fato para esses grupos, é o poder pelo poder. Dane-se o povo, dane-se a ética na política, dane-se a coerência, dane-se o erário público.