segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Documento comprova que CENTUR não tinha equipamentos de segurança

Na terça-feira passada (14), o servidor da Fundação Cultural do Pará "Tancredo Neves" (FCPTN), George Wellington Costa Santos, exercia a função de Assistente Cultural de Iluminação Cênica, morreu em decorrência de violenta pancada elétrica que levou da mesa de iluminação.

Segundo pessoa consultada pelo blog e que nos enviou cópia de uma “nota de pedido”, a "Fundação Tancredo Neves não tinha equipamentos de proteção individual".
O que se confronta com a versão apresentada pelo presidente do CENTUR (antiga sigla da FCPTN), cantor Nilson Chaves e a gerente artística, cantora Lucinha Bastos. 

Em entrevista semana passada, Lucinha Bastos culpou o morto por ter morrido. "Ele sabia dos riscos", disse a gerente. 

Realmente ele sabia

Sabia que na Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves, em seu belíssimo Teatro, o qual passou por milionária e recente reforma, não existia equipamentos de proteção individuais (EPI's). 

Servidor concursado há 06 anos, recentemente Santos estava, segundo informações de servidores da instituição, recebendo também uma gratificação de direção (DAS), e que por isso não fez como os demais, que se recusavam a consertar um problema na fiação na mesa de iluminação.

"Muito porrada"

De acordo com nossas fontes, a nova mesa de iluminação, que fica num mezanino de ferro acima do palco, era muito superior em recursos a antiga. E justamente por isso consumia e necessitava de muita energia. No entanto, a fiação utilizada para conectá-la estava incompatível com o peso da corrente elétrica ali empregada. O que deixava escapar energia.

“Isso está escapando energia”, advertia um colega. Mas para “abafar o caso” e “agradar a Lucinha”, “o George era o único que ía lá mexer naquilo”. Levou poderosa descarga elétrica na tarde de terça, seu corpo foi encontrado no fosso lateral.

Infelizmente George pagou com a vida a omissão e a política clientelista do sucessivos governos que nos açoitam e oprimem.

Abaixo a cópia da nota que comprova a entrega de Equipamentos de Proteção Individual, justamente no dia 15 (quarta-feira), quando foram dispensados todos os servidores e funcionários, em decorrência da tragédia.


Mas alguém determinou a compra e alguém recebeu os EPI dia 15 no CENTUR.