quarta-feira, 13 de julho de 2016

Hydro Alunorte, da norueguesa Norsk Hydro, viola direitos trabalhistas em Barcarena

SINDICALISTAS SÃO IMPEDIDOS DE ENTRAR EM FÁBRICA DE ALUMINA NO PARÁ

Vista de entrada da Hydro Alunorte, em Vila do Conde, Barcarena/PA. Foto: link
Os diretores do Sindicato dos Químicos de Barcarena no Pará foram impedidos de entrar na empresa Hydro Alunorte para protocolar documento junto ao departamento de Recursos Humanos da empresa. 

O fato ocorreu nesta quarta-feira, 13, quando os sindicalistas fariam valer o resultado de uma consulta aos operários ocorrida semana passada, quando os funcionários que trabalham com resíduos sólidos rejeitaram a proposta da empresa e aprovaram o fim da super exploração, exigindo a volta da quinta turma de operários para esse setor. Hoje o setor de resíduo sólidos funciona com quatro turmas, o que faz com que os trabalhadores laborem por seis dias consecutivos e folguem apenas dois. Com 5 turmas, trabalharão seis dias e folgarão 4.

Ao impedir a entrada dos representantes do sindicato, a empresa, que hoje é de capital norueguês, rasga a convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), a qual versa sobre a liberdade sindical. Além disso rompeu com o conceito de trabalho decente formalizado pela OIT em 1999.
Trata-se de grande abuso de autoridade, pois o Brasil e a Noruega são signatários dessa Convenção, onde reafirmam os seus compromissos de respeitar, promover e realizar, de boa fé, os princípios relativos aos direitos fundamentais no trabalho, ou seja, a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva, e a eliminação da discriminação em matéria de emprego e de profissão. 

Então como justificar uma truculência partindo da Hydro Alunorte contra o presidente e o secretário do Sindicato, os quais foram recentemente eleitos e legitimados pelos trabalhadores com a fenomenal marca de 77% dos votos? Será que na Noruega, sede da NORSK HYDRO, eles agem com essa violência contra os representantes dos trabalhadores?

Fica aqui nosso repúdio a toda forma de discriminação e truculência contra aqueles que lutam por direitos e liberdade sindical. Que a Hydro Alunorte respeite seus trabalhadores, pois antes de serem sindicalistas, são funcionários e que com seus trabalhos ajudam a construir há mais de vinte anos esta empresa.

Calamidade é educador com salários descontado! | ‪#‎ForaDornelles‬

Desde o dia 2 de março os profissionais de educação do RJ estão em uma greve história e heroica contra o governo Dornelles/Pezão (PMDB) exigindo o que lhes é de direito: salário digno, condições de trabalho decentes e investimentos na educação. O governo, por sua vez, durante todo esse tempo, concedeu mais isenções fiscais aos grandes empresários e decretou um “estado de calamidade pública” no estado com o objetivo de garantir a realização dos Jogos Olímpicos. O governo Temer, aliado de Dornelles, liberou R$3 bilhões para esse objetivo, enquanto afirmam que não há dinheiro para o salário dos servidores e para os investimentos na educação, que vai de mal a pior.

Agora o governo declarou guerra aos educadores e a todos que estão solidários a essa luta: desconto nos salários por dias parados durante a greve. Um ataque absurdo ao direito de greve! E não é só com os educadores. Esse governo está retirando direitos de toda a população, como os benefícios sociais e os restaurantes populares, a saúde está um caos e a violência aumenta a cada dia que passa. Dornelles, portanto, dá seguimento ao projeto do PMDB e do PT que destruiu o estado fazendo dele um grande negócio para os empresários. 
Os trabalhadores, a juventude e o povo tem que se mobilizar para colocar Dornelles para FORA!

Por isso, nós da Juventude Vamos à Luta, que somos solidários aos educadores, convocamos toda a juventude a fazer parte dessa campanha de apoio. Vamos invadir as redes sociais e as ruas, no calendário de luta aprovado pela categoria, exigindo que Dornelles devolva o salário roubado dos educadores.


  • Todo apoio à greve dos educadores do RJ! Fora Dornelles!
  • Dornelles, ladrão, devolva o salário dos profissionais de educação!
  • ‪#‎ApagaTocha‬ Educação SIM! Olimpíadas NÃO! Pela suspensão dos Jogos Olímpicos!
  • Suspensão do pagamento da dívida pública do estado já!

FORA TEMER! FORA TODOS! Fora Renan, Cunha, Serra, Aécio, Dilma e Lula!

Michel Temer (PMDB) assumiu provisoriamente a presidência da república. “Eleito” de forma indireta, por um congresso nacional corrupto, esse novo/velho governo é composto por inúmeros partidos tradicionais. Um governo ilegítimo que deve ser derrotado por greves, ocupações e protestos como as jornadas de junho de 2013.

O ministério de Temer é patronal e conservador. Possui a cara da elite milionária. São exemplos: Blairo Maggi (PP), famoso por ser o maior plantador de soja do mundo; Alexandre Moraes (PSDB), ex-Secretário de Segurança de São Paulo, repressor das ocupações de escola, da luta contra o aumento das passagens e das periferias; Romero Jucá (PMDB), que deseja liberar a exploração mineral em áreas indígenas; José Serra, que dispensa apresentação. Henrique Meireles, ex-presidente do Bank off Boston e Ilan Goldfajn, economista-chefe e sócio do Itaú. Grande parte desse time está investigada pela operação Lava Jato ou consta na lista da Odebrecht.

Até agora, o discurso do governo Temer está concentrado na “pacificação” e na necessidade de “equilibrar as contas”. Eles desejam reativar os ataques contra conquistas sociais, já que nos últimos 3 meses a crise política dificultou o ajuste. Uma medida é a retomada da contrarreforma da previdência, que retira direitos, por meio da elevação da idade mínima para aposentadoria. Não por acaso agora a previdência integra o Ministério da Fazenda, onde está instalado o núcleo duro da austeridade a serviço do FMI. Vai ser preciso organização e luta para barrar essas medidas e derrotar Temer. Nós da CST (Corrente Socialista dos Trabalhadores), uma ala classista do PSOL, estamos nas greves, ocupações, campanhas salariais, preparando esse combate!

A traição do PT nos levou a essa situação!

Para entender como chegamos ao governo atual, temos que analisar o retrocesso que o PT impôs após 13 anos. Temer era vice de Dilma Roussef desde 2010 e como líder do PMDB apoia o PT desde 2005. São mais de uma década de parceria, qualificada por Lula e Dilma como estratégica. Não por acaso o governo federal investiu milhões no Rio de Janeiro, governado pelo PMDB de Cabral, Cunha, Pezão e Paes. A antiga base aliada de Lula e Dilma hoje é a base aliada de Temer, incluindo ministros em comum. Lula e Dilma possuíam representantes do agronegócio, da indústria e do sistema financeiro na sua equipe. Durante as jornadas de junho atuaram junto com o PSDB contra os manifestantes. Na Copa estabeleceram parceria com as Secretaria de Segurança do Rio de janeiro e São Paulo. O PT atacou as mulheres e LGBT’s ao fazer acordos com os fundamentalistas. Reprimiu os negros ao colocar o exército na Maré. O ajuste de Dilma/Levy, foi articulado por Temer. A contrarreforma da previdência, o PL 257, contingenciamento, privatizações, lei antiterrorismo de Dilma, Temer quer levar adiante. Fomos contra o impeachment impulsionado pela FIESP, Vem Pra Rua e MBL, pois se trocou 6 por meia dúzia. Defendemos o Fora Todos! Eles não nos representam, todos defendem retrocessos trabalhistas, previdenciários, ambientais e democráticos.
 
Exigimos da CUT e demais centrais: a unificação das campanhas salariais, coordenação das lutas e a preparação de uma greve geral de 24 horas!

Um setor da burocracia sindical está apoiando o governo Temer. A Força Sindical, UGT, CSB e NCST reuniram com o governo e declararam sua participação num o grupo de trabalho que vai debater a reforma da previdência. Pretendem que a reforma seja “para os futuros contribuintes”. Nós repudiamos essas negociatas! Somos contra qualquer contrarreforma que retire direitos. É preciso que os trabalhadores exijam assembleias democráticas para discutir a posição das Centrais. Exigimos que a Força Sindical, UGT e demais Centrais rompam com Temer e coloquem seus sindicatos a serviço da luta contra os ataques.

As direções da CUT e CTB se negaram a participar de uma reunião com Temer. Nos últimos meses eles se dedicaram a defesa da Dilma, o que foi absurdo. Agora é preciso que essas direções rompam os pactos com os empresários e a linha do “volta Dilma”. Exigimos que a CUT e a CTB unifiquem as campanhas salariais de maio, as greves e construam um calendário de lutas por meio de assembleias. É preciso retomar a proposta que a CUT e demais centrais agitaram até maio de 2015: “greve geral contra o ajuste”. É preciso que as federações dos servidores organizem uma campanha contra o PL 257. É preciso passeatas do MPL e do MTST.

Um plano econômico e social para combater a crise!

Lutamos contra as demissões e o desemprego (que atinge 12 milhões de pessoas), contra o arrocho salarial e a alta inflação (de 10%), péssimas condições de trabalho e a retirada de direitos. Não aceitamos o desmonte e privatização da saúde, educação e transporte. Combatemos a corrupção. Para solucionar esses problemas propomos um plano econômico e social alternativo cuja primeira medida é parar de pagar dívida interna e externa ao sistema financeiro. Dessa forma teremos recursos para investir nas áreas sociais e nos serviços públicos, implementar um plano de obras federais que gere emprego, construa casas populares e um sistema de transporte estatal. Defendemos reposição salarial de acordo com a inflação e a redução da jornada de trabalho. Exigimos prisão, confisco dos bens dos políticos e empresários corruptos e estatização sem indenização das empresas mafiosas.

Construir uma verdadeira oposição de esquerda!

E preciso construir um caminho alternativo a polarização entre PMDB/PSDB e PT/PCdoB. Uma verdadeira esquerda que batalhe por uma saída operária e popular, diferente de partidos capitalistas como a REDE. Infelizmente a maioria da esquerda prefere marchar ao lado de Lula e Dilma, o que é errado. Por isso exigimos que o campo majoritário do PSOL, a direção do MTST e a INTERSINDICAL, rompam com o lulismo e ajudem a construir uma alternativa classista. É fundamental que o Espaço de Unidade e Ação, impulsionado pela CSP-CONLUTAS, convoque uma nova manifestação nacional em SP, pelo Fora Todos. Propomos aos sindicatos, comandos de greve, escolas ocupadas, organizações políticas, movimentos, a realização de uma plenária sindical, popular e estudantil para discutir a saída para a crise. Defendemos o fortalecimento das lutas para batalhar por um governo de Esquerda, dos Trabalhadores e do Povo.

Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL