terça-feira, 27 de setembro de 2011

Obras de hidrelétrica no Teles Pires são embargadas por Sema e MPE

De Sinop - Alexandre Alves

Obras de hidrelétrica no Teles Pires são embargadas por Sema e MPE
As obras de construção da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Colíder, que estavam sendo feitas no rio Teles Pires, em Colíder (650 km de Cuiabá), foram embargadas, ontem, e a Companhia Paranaense de Energia (Copel), responsável pelo empreendimento, multada em R$ 1,2 milhão, em virtude do não cumprimento de recomendações feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

Os promotores de Justiça Hellen Uliam Kuriki e Marcelo Caetano Vacchiano acompanharam o superintendente de fiscalização da Sema, Paulo Ferreira Serbija Filho, para uma inspeção no canteiro de obras da Usina. De acordo com os promotores, a empresa também não estava cumprindo decisão judicial que suspendeu a construção, no mês de agosto, por ausência de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Já a suspensão do licenciamento foi realizada pela Sema no dia 13 de setembro após constatação de que a Copel não atendeu as determinações administrativas e a notificação recomendatória do MPE.

"A Copel foi notificada para sanar dezenas de irregularidades nas áreas de engenharia e meio ambiente, incluindo a execução e implementação do PGRS. Entre as irregularidades detectadas está a ausência de comprovação, por parte da Copel, de acordos com os proprietários das áreas que serão alagadas, contratação de profissionais sem "Anotação de Responsabilidade Técnica" responsáveis pela execução dos Programas Básicos Ambientais que, por seu turno, não possuem cronogramas de execução", afirmou o promotor de Justiça, Marcelo Caetano Vacchiano, por meio da assessoria de comunicação do MPE.

Segundo ele, a notificação recomendatória que embasou a decisão de suspensão das obras demonstra que a geração dos mais de 8 mil empregos diretos e indiretos na região, previstos nos estudos ambientais, acarretará diversos impactos negativos. "Esses impactos serão observados nas áreas ambiental, social, econômica, urbanística, infância e juventude, educação, saúde e segurança pública, já que não foram eficazmente previstos e não estão sendo monitorados e trabalhados pelo empreendedor, o que lhe competia".

Os promotores ressaltaram que os municípios de Colíder e Nova Canaã do Norte não estão suficientemente aparelhados para receberem tamanho fluxo populacional. "Os responsáveis pela Copel não estão apoiando tecnicamente as prefeituras municipais no enfrentamento dos impactos sociais. Ao contrário do que preveem os estudos, a Copel não está priorizando a contratação de mão de obra local, assim como não cumpre as normas de contratação por meio do Sistema Nacional de Emprego (Sine)", ressaltou a promotora de Justiça Hellen Ulliam Kuriki.

Ela afirmou, ainda, que embora conste no procedimento de licenciamento que o empreendedor deva acatar as solicitações das prefeituras municipais e assumir os impactos que a execução das obras resultarão nos serviços públicos, a Copel não vem prestando nenhum auxílio aos municípios impactados.

Fonte: http://www.olhardireto.com.br/noticias/exibir.asp?noticia=Obras_de_hidreletrica_no_Teles_Pires_sao_embargadas_por_Sema_e_MPE&id=206485

Jornal da ditabranda desqualifica a Comissão da Verdade

Por Celso Lungaretti em 25/09/2011

A Folha de S. Paulo se tornou cautelosa com seus editoriais reacionários, depois que alguns deles tiveram o efeito de devastadores bumerangues — o da  ditabranda, p. ex., foi um dos mais piores tiros pela culatra que um jornal já deu.

Então, para ajudar seus antigos parceiros a se livrarem do merecido opróbrio, como já se livraram da merecida prisão, o Grupo Folhaagora recorre a uma enrolação um tantinho mais sofisticada para desqualificar a Comissão da Verdade:

…Não cabe a um organismo indicado pelo Executivo (…) estabelecer ‘a Verdade’, com ‘V’ maiúsculo, neste ou em qualquer assunto que seja.

…É irrealista supor que, no exíguo prazo de dois anos, uma comissão de 7 membros e 14 auxiliares, como estabelece o projeto, venha a levantar todos os casos de violação aos direitos humanos.

Em que medida (…) estariam contemplados representantes e defensores do próprio regime militar? Sua presença, não é exagerado supor, traria dificuldades e entraves ao trabalho da comissão. Sua ausência, por outro lado, abriria o flanco a acusações de parcialidade nas investigações.
A Comissão da Verdade cumpriria melhor seu papel, a rigor, se estabelecesse as condições mais amplas possíveis para o acesso dos cidadãos a documentos do período.
Investigações independentes, feitas por organizações, pesquisadores e jornalistas sem vínculos com o Estado, constituem no melhor mecanismo para se chegar mais próximo de um ideal nunca definitivo, a verdade histórica. Esta não é monopólio de nenhum colegiado oficial, por mais imparcial que seja.
RACIONÁLIA INFAME


Esta racionália infame parte do pressuposto de que haveria duas versões em pé de igualdade, a serem levadas  imparcialmente em conta: a dos torturados e a dos torturadores. É a tese do DEM, partido que remonta à antiga Arena, avalista de atrocidades e genocídios.

No entanto, a civilização adota critérios bem diferentes. Começando pela ONU, que recomenda aos países saídos de ditaduras a apuração rigorosa dos crimes cometidos pelos déspotas e seus esbirros, a punição exemplar dos responsáveis, a indenização das vítimas e a criação de mecanismos institucionais que dificultem a recaída nas trevas.


O Brasil, a rigor, não fez nem metade da lição de casa.

Concedeu reparações aos torturados, lesionados fisica e psicologicamente, estuprados, prejudicados em sua carreira e em todas as esferas de sua vida. Mesmo assim, sob uma enxurrada de ataques falaciosos das  viúvas da ditadura, de seus discípulos e dos seus bobos úteis.

A apuração dos crimes só se deu em termos de reconhecimento e quantificação de direitos gerados para as vítimas ou seus herdeiros, por meio das comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos Políticos.

Punido, nem o pior dos carrascos foi. Zero. Com a omissão do Executivo e do Legislativo.

E com a cumplicidade da mais alta corte do País, que produziu em abril/2010 uma das decisões mais escabrosas de sua História, fazendo lembrar os juristas franceses da República de Vichy, que colaboravam com os nazistas (vide o ótimo filme de Costa Gravas,Seção Especial de Justiça).

Os antídotos ao golpismo também foram descurados. Tanto que a caserna continua sendo até hoje uma espécie de quarto poder e apita mais do que os outros três em determinados assuntos — como o de passarmos ou não a limpo o festival de horrores dos anos de chumbo.

Seu veto à revogação da anistia que os verdugos concederam previamente a si próprios em 1979 garantiu a impunidade eterna das bestas-feras do arbítrio. E sua resistência ao resgate e exposição da verdade é que está levando aos contorcionismos ridículos e concessões absurdas que marcam a gestação da Comissão respectiva.

A saída da ditadura pela porta dos fundos em 1985, mediante conluio da oposição com situacionistas que abandonaram a canoa furada para se manterem no poder (Sarney à frente), impediu que houvesse uma verdadeira redemocratização do País e nos legou a situação anômala que nos faz motivo de pilhérias no mundo civilizado. Estamos sendo os últimos e os mais tímidos no acerto das contas do passado infame.


ÚLTIMA CHANCE


Comissão da Verdade, que em suas linhas mestras fui dos primeiros a defender, é o última chance de deixarmos estabelecido, como veredito oficial do Estado brasileiro, o repúdio ao golpismo, à ditadura, ao estupro dos direitos humanos.

Caso contrário, os totalitários continuarão podendo alegar impunemente que em 1964 foi dado um contragolpe preventivo e que ambos os lados cometeram excessos equivalentes durante os anos de chumbo.


E nada vai impedir que se batizem ruas e praças com os nomes de sérgio paranhos fleury, emílio garrastazu médici e outros que tais (as minúsculas são intencionais).

É discutível que se consiga avançar muito, com mais de um quarto de século de atraso e depois da diligente destruição de arquivos por parte de quem tinha esqueletos no armário, no esclarecimento de episódios ainda obscuros.

Mas, apenas reunir o que já se apurou numa espécie de balanço final do período já dará aos democratas um trunfo poderoso nos embates políticos do presente e do futuro.

Pois, a esta altura, só nos resta tentarmos criar anticorpos, para que nunca mais o Brasil mergulhe nas trevas da tirania e da barbárie.


Nem isto o jornal da  ditabranda admite.


Fonte: http://www.consciencia.net/jornal-da-ditabranda-desqualifica-a-comissao-da-verdade/

Bolivia: El gobierno del MAS declara la guerra al movimiento indígena y popular

Violentísima represión a la marcha indígena.
Por La Protesta (Bolivia) 

Declaración de La Protesta ante la represión violenta contra la marcha indígena

Sorpresivamente a las 17.30 del domingo la policía enviada por el gobierno de Evo Morales comenzó una violenta represión con gases, balines y palazos contra los marchistas indígenas que aguardaban desde hace días poder pasar y continuar su marcha hacia La Paz. Los primeros reportes hablan de muchos heridos y detenidos.

La marcha había sido bloqueada por grupos enviados por el MAS con dinamita y por la policía, supuestamente, según decían, para “evitar enfrentamientos”.

El ataque fue premeditado, sorpresivo y feroz. En medio de una nube de gases lacrimógenos, que afectaban también a mujeres y niños de la marcha pacífica, quitándole sus cámaras a los reporteros, avanzaron gran cantidad de policías (según informaciones el contingente original de 400 policías había sido reforzado), procedieron a detención masiva de marchistas a los que subían en buses y enviaban a San Borja (a 45 minutos de bus).

Ya está demostrado, podemos esperar absolutamente cualquier atropello, cualquier mentira y engaño, cualquier acción represiva, tratando de hacer aparecer como víctima al gobierno del MAS. Una vez más el supuesto “diálogo” encarado por el gobierno fue una burla, y esta vez, además una trampa provocación para iniciar la represión.

Como una maniobra distractiva a la acción represiva, el presidente había invitado a los 20 dirigentes de la marcha indígena a dialogar en la Casa de Gobierno a la noche del domingo. ¡Una burla!

La provocación de ayer 24 de septiembre

El sábado 24 de septiembre el ministro Sacha Llorenti, el canciller David Choquehuanca y todos los medios oficiales acusaron a los marchistas indígenas de “secuestrar” al canciller y al viceministro Cesar Navarro. También afirmaronn que había 4 policías heridos “por flechas”, y que la marcha fue infiltrada por un “grupo violento”, refiriéndose a gente que fue a dar su apoyo a los marchistas. Sin siquiera algo de sentido del ridículo, el gobierno afirmó que va a llevar a la OEA una denuncia internacional (¡Como si se tratara de una invasión del país por alguna potencia extranjera!).

El dirigente de la CONAMAQ, Rafaél Quispe, que es parte de la marcha, nos cuenta lo sucedido:
“Rafael Quispe, aseguró la tarde de este sábado que nunca secuestraron al canciller David Choquehuanca y que la autoridad gubernamental decidió acompañar la marcha en defensa del Territorio Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS) de manera voluntaria.

“Hemos tenido la reunión del comité de la marcha, el diálogo se ha retomado y se ha decidido continuar en Quiquibey en un acuerdo entre (la comisión gubernamental) y nosotros; pero (el Canciller Choquehuanca) dijo que estén los colonizadores y nosotros dijimos que no porque el Estado tiene que atender las demandas de (los marchistas), luego (nos) dijo que iba a comunicar para que se desbloqueen en el puente de San Lorenzo. “(Entonces) respondimos que ya son más de 40 días de marcha y que íbamos a continuar, en ese momento él indicó muy bien, entonces acompañaré la marcha”, afirmó Quispe.

“Agregó que nadie secuestró a la comitiva gubernamental y que estuvieron conversando en aymara con el Canciller, quien posteriormente habría ido a hacer gestiones ante los colonizadores para que continúe la caminata.

“Indicó que pasaron tres barricadas de policías y que ahora se encuentran a la espera de que los colonizadores levanten el bloqueo en el puente, para luego dirigirse hasta Quiquibey a fin de seguir con el diálogo con el Ejecutivo.

“Hasta este momento la marcha por el TIPNIS es completamente pacífica y la autoridad gubernamental fue a conversar con los colonos para dar vía libre a la caminata y el diálogo va a continuar en Quiquibey, puntualizó Quispe, en comunicación con la Red Erbol”.

La otra gran mentira es la de que hay policías “heridos con flechas” según dijeron, que ayer a la mañana era uno sólo, según comunicados oficiales, y a la noche del sábado ya eran 3. Afirmamos categóricamente según diversos corresponsales en la marcha, no hubo un ataque con flechas ni con ninguna otra arma contra los policías. Hubo empujones y, puede ser que algunos golpes aislados, porque la marcha se puso en marcha, con el canciller y atravesó el cordón policial. El único herido que reportaron ayer al medio día, fue un policía que se cayó y se golpeo la boca (ellos dicen que recibió “un flechazo en la boca”).

Este choque fue consecuencia de un bloqueo policial ilegal impuesto por el gobierno. Es decir, que la violencia fue ejercida por el gobierno contra los marchistas. Había indignación, totalmente comprensible, y determinación de continuar la marcha. La policía en lugar de replegarse, mantuvo la barricada policial provocando el choque que, repetimos, fue básicamente de empujones y forcejeos.

Los hechos de hoy

Aun se están desarrollando. Es muy posible que alguno de los jueces sometidos que tiene el gobierno haya ordenado la detención de marchistas, a los que el gobierno acusó falsamente de “secuestro” y “ataque a la policía”. En cualquier caso, como queda dicho, es una falsedad total y una provocación montada por el gobierno. 

Los que deberían ir presos son los funcionarios oficiales desde el presidente hasta el ministro Sacha Llorenti por violar todas las garantías constitucionales y mandar apalear a su pueblo y precisamente a los indígenas, tantos siglos oprimidos y apaleados, antes por la derecha racista, hoy por el gobierno de Evo que se comporta igual que la derecha racista.

Capataz de las transnacionales

La dirigente guaraní Justa Cabrera denunció a Evo como represor y lo comparó con los capataces que apaleaban a los esclavos guaraníes en su infancia, incluyendo a sus padres. Justa Cabrera dijo que Evo era “capataz de las transnacionales”. Evo apalea a los indígenas con el objetivo claro de favorecer a las transnacionales petroleras Petrobrás, Repsol, Total, Petroandina, todas las cuales ya tienen áreas prometidas por el gobierno dentro del TIPNIS. Este es uno de los principales motivos por el que el gobierno dijo que “si o sí” harán la carretera por el TIPNIS, pese a la manifiesta oposición de sus habitantes indígenas, que además son propietarios legales del TIPNIS porque es tierra comunitaria de origen, propiedad colectiva reconocida por la Constitución de 1994 y por la actual CPE.

¡Movilización nacional y huelga general en apoyo a marcha indígena!

Ahora más que nunca hay que redoblar la solidaridad. Distintas organizaciones están llevando adelante bloqueos y movilizaciones de solidaridad. La Central Obrera Boliviana ha convocado en un ampliado nacional, a propuesta de Jaime Solares y la COD de Oruro, a un paro nacional para el próximo miércoles 28. Centrales Obreras Departamentales, cuya conducción antes apoyaba al gobierno como la de Cochabamba, resolvieron también en ampliado, llamar a la huelga. Se han realizado grandes movilizaciones en Santa Cruz, Cochabamba y La Paz. 

¡Hay que redoblar la movilización con marchas, bloqueos y vigilias en todas las ciudades!
¡Libertad a todos los presos!
¡Retiro inmediato del bloqueo policial y masista!
¡Viva la marcha indígena!
¡No a la carretera por el Tipnis!
¡Miércoles 28 huelga general y gran jornada de movilización en solidaridad con el Tipnis!


Bolívia: Evo Morales é um traidor, assassino e inimigo dos trabalhores e indígenas

FÓRUM SOCIAL PAN-AMAZÔNICO (FSPA)
 
NOTA DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA POLICIAL CONTRA A MARCHA INDIGENA EM DEFESA DO TIPNIS
 
O Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA), coletivo composto por mais de 50 organizações e movimentos sociais do Brasil, Peru, Estado Plurinacional de Equador, Estado Plurinacional de Bolívia, Colômbia, República Bolivariana da Venezuela, República Cooperativa da Guiana, Suriname e Guiana, repudia veementemente a violenta, covarde e brutal agressão que as forças policiais bolivianas cometeram contra os indígenas do Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS).
Há mais de 40 dias estes indígenas encontram-se marchando em defesa de seu território, ameaçado pelo governo boliviano e pela empreiteira brasileira OAS, que querem construir uma rodovia que passará por dentro daquele parque sem o consentimento das comunidades que o habitam. A intenção dos manifestantes é ir de Trinidad até La Paz, exigir que o presidente Evo Morales escute as populações que serão impactadas.
Não é de hoje que governos latino-americanos servem para implementar as agendas das grandes corporações, nacionais e internacionais, sem se preocupar com o que pensam ou sofrem os povos, em especial, os povos indígenas. Em nome de um desenvolvimento que já destruiu mais de um terço de todos os recursos naturais do planeta, destroem-se florestas, rios, vidas.
Reafirmamos que o direito dos povos originários de manterem suas culturas, suas identidades e seus territórios é sagrado. Povos indígenas e quilombolas devem ter suas terras demarcadas e juntamente com as comunidades tradicionais ter reconhecidos seus direitos à autonomia e ao autogoverno sem que isto signifique separatismo ou cisão do território nacional. Isto significa que nenhum projeto pode ser implantado sem o prévio consentimento das comunidades que vivem nestes territórios. Somos contra mega-projetos que alteram a geografia, destroem o meio-ambiente, desalojam populações, afogam culturas, gerando miséria e sofrimento. Somos contra o agronegócio e modelos que exploram a terra com o intuito de lucro. Defendemos o direito inalienável de todos os seres humanos de viverem em paz, com saúde, educação, moradia e todas as garantias para desenvolverem plenamente suas potencialidades.
O que aconteceu no dia 25 de setembro não pode ser de forma nenhuma aceito. Nada justifica a violência que irmãos e irmãs indígenas sofreram. Certamente todos os abusos e autoritarismos serão mundialmente denunciados.
Exigimos que todas as mulheres e homens presos sejam imediatamente libertados. Que nenhum deles seja processado por ter se defendido dos violentos ataques que sofreram. Que nenhum deles seja criminalizado por lutar pela justiça, pela igualdade, por uma forma de viver que não leve ao fim do planeta.
O FSPA está ao lado de todos aqueles que lutam por um TIPNIS livre da opressão e ganância do capital. Esta luta não pode e não deve ser interrompida.
 
VIVA O TIPNIS LIVRE!
VIVA A PAN-AMAZÔNIA LIVRE!
 
Belém, 26 de setembro de 2011
 
 COMITÊ DE ARTICULAÇÃO DO FSPA

sábado, 24 de setembro de 2011

Povos do planeta levantai-vos contra Belo Monte: um chamado em defesa da vida e do planeta!

Todos à Altamira!!!

Seminário Mundial contra Belo Monte acontece em Altamira

TERRITÓRIOS, AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO NA AMAZÔNIA: A LUTA CONTRA OS GRANDES PROJETOS HIDRELÉTRICOS NA BACIA DO XINGU
Falo assim sem tristeza,
Falo por acreditar
Que é cobrando o que fomos
Que nós iremos crescer
Nós iremos crescer,
Outros outubros virão
Outras manhãs, plenas de sol e de luz
Alertem todos alarmas
Que o homem que eu era voltou
A tribo toda reunida,
Ração dividida ao sol
E nossa vera cruz,
Quando o descanso era luta pelo pão
E aventura sem par
Quando o cansaço era rio
E rio qualquer dava pé
(Fragmento da canção “O que foi feito deverá”)

Atendendo ao chamado dos povos do Xingu, em especial dos pescadores que, sem ter respostas do governo querem saber o que realmente acontecerá com suas vidas, com a vida da floresta, com a vida do rio se a usina de Belo Monte for construída, diversas organizações, movimentos sociais, fóruns e indivíduos se reuniram para construir um grande seminário mundial denominado “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu”.
Este seminário objetivará, a luz dos estudos e pesquisas científicas já realizadas, mas também a partir das experiências concretas vivenciadas na região, discutir com estudantes, trabalhadores das áreas rurais e urbanas, especialistas, juristas, com os povos da Amazônia e do mundo, os impactos e problemas ambientais, sociais, econômicos, políticos e culturais, entre outros, que decorrerão de Belo Monte.
O seminário será realizado de 25 a 27 de outubro de 2011, na cidade de Altamira/PA, esperando-se a participação de pessoas de todo o Brasil, e de diversos outros países do mundo.
A forma de inscrição, orientações sobre alojamento, alimentação, transporte, programação do evento, bem como outras informações serão disponibilizadas até o final deste mês de setembro.
Outros outubros sempre virão, mas, antes do próximo terminar, todos os povos do mundo estarão na Amazônia, estarão em Altamira, estarão no Xingu, defendendo as pessoas, a floresta, os rios e a vida.
comitexinguvivo@hotmail.com

Da série Barbáries de Belo Monte: Dilma e Norte Energia S/A, especialistas da roubalheira

Norte Energia toma terra de ribeirinhos à força sem pagar pela área e parte da produção

Após recusar uma proposta rebaixada de valores que não contemplavam as principais plantações do lote, a família de Maria das Graças Militão e Sebastião Pereira foi expulsa de suas terras.
[Publicado em 16 de setembro de 2011 no site do Xingu Vivo.]

Por Xingu Vivo.
A Norte Energia (Nesa), concessionária responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, desapropriou, através de ordem judicial, mais uma propriedade na área de construção do canteiro de obras da barragem, às margens do Rio Xingu, destruindo a casa da família e depositando o valor da indenização em juízo no Banco da Amazônia.

Após recusar uma proposta rebaixada de valores que não contemplavam as principais plantações do lote, a família de Maria das Graças Militão e Sebastião Pereira foi expulsa de suas terras. O casal, que tem quatro filhos, era dono do lote há 8 anos. “Quando chegamos aqui, era só mato”, conta Sebastião. “Aí eu e meu filho abrimos tudo e começamos a plantar, a montar o barraco na beira do rio”, continua. Na época, seu filho Jefferson tinha 13 anos. E do mato surgiram 16 mil pés de cacau, 50 mil de açaí, 24 mil de banana, além de milhares de pés de mamão, abacaxi, macaxeira e diversas outras culturas.

Além das plantações, seu Sebastião conserva floresta em 3/4 de seu território. “Nunca quis mexer”, explica.  “A gente tem 4 alqueires de cacau, o resto é tudo mato. O resto é [faz as contas]…  38 alqueires de mata virgem. Mais de um lote e meio de reserva”. Segundo ele, a Norte Energia não incorporou a floresta nas indenizações.

Negociação

Segundo dona Graça, a primeira proposta de indenização, feita verbalmente pela Nesa, foi de que seriam pagos 120 reais por cada pé de cacau plantado em sua propriedade. Contudo, no laudo de avaliação entregue em 23 de fevereiro deste ano, o valor praticado era de 96,93 reais por pé. O cacau, somado às diversas outras plantações e às benfeitorias, totalizava pouco mais de 1 milhão de reais.

No entanto, a versão final do acordo – já rebaixada, porque ignorava plantações como o açaí e a floresta protegida (3/4 do território) – era muito diferente desta. O valor do pé de cacau, de 96,93 reais, caiu para 12,31 reais – e a indenização pela plantação caiu para R$ 240 mil. A justificativa para a redução do preço era de que as sementes usadas no plantio do cacau não eram as fornecidas pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Dona Graça, então, juntou os documentos que provavam, sim, que as sementes eram da “ceprac” – pronúncia regional.

Propriedade

Então, surgiu um novo problema. A Nesa informou que não pagaria a indenização referente à terra, pois existia um documento duplicado de propriedade daquele terreno, e o proprietário do documento duplicado havia deixado uma dívida no Banco da Amazônia (Basa). “Isso é comum em Altamira e aqui na região”, explica a coordenadora do Movimento Xingu Vivo, Antonia Melo. “Já teve até cartório que fechou na cidade, por conta de emitir documentos falsos de propriedade”.

Mas, mesmo em posse de todos os documentos que provavam a compra e a propriedade da terra, não houve mudança no acordo proposto. Seu Sebastião e a família decidiram, então, que não aceitariam uma indenização. “Minha vida é trabalhar. Eu sempre fui assim”, diz. “O mundo parece que tá meio atravessado. Não tô contente com essa coisa aqui não. Você trabalha pra ter as coisas, aí o cara vem aqui jogar a gente pra fora, como se isso aqui fosse terra grilada. Eu comprei, eu paguei, tenho escritura. Pra que o cartório fez a escritura? Pra que o Incra fez documento?”, desabafa.

No último dia 6 de setembro, por ordens da Nesa e da Justiça, a polícia foi à propriedade de dona Graça e seu Sebastião, destruiu a casa sem a presença dos proprietários e levou seus pertences a Altamira. No momento, seu Sebastião estava na roça de cacau, e acha que isto o salvou de ser levado também.

Para Dona Graça, a família está sendo perseguida pela Norte Energia. “Eu já fiz até um B.O. contra o advogado da empresa ”.  Ela se refere ao advogado  e  gerente de assuntos fundiários da companhia, dr. Arlindo Gomes de Miranda – figura non-grata por onde passa. “Eu sempre discuti com ele, porque eu nunca quis barragem, a gente nunca pediu isso aqui. E ainda tratam a gente como lixo, como obstáculo”, expõe. “Sabe como ele me respondia? Dizia que ia passar aqui em cima com trator de esteira, se a gente aceitasse ou não”.

“A gente sabe que tem muita coisa errada”, conta Jefferson. “Tem muito beradeiro que aceitou qualquer valor por causa dessa pressão, porque ficou com medo de não receber nada. Eles não pagaram o açaí de ninguém”, explica.

Apesar da brutalidade sofrida, seu Sebastião e a família não deixaram de trabalhar no lote. Continuam produzindo. “Eu não vou sair daqui. Tô trabalhando igual, apesar da preocupação. Tem muito cacau pra colher e tenho que me preparar pro ano que vem. Não sei ficar parado. Se eu ficar parado, vou começar a pensar em besteira”.

Abaixo, veja depoimento de seu Sebastião:

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Por um PSOL classista, de luta e democrático

Apresentação da tese Indignados ao 3º Congresso Nacional do PSOL, na plenária municipal, dia 15/09/11 em Belém do Pará.


Em defesa do PSOL das origens!




"Um, dois, três, quatro, cinco, mil, cresce Indignados, em todo Brasil!!"

"PSOL de luta, é pra valer, Sem a Marina e o PCdoB!"

Rumo à frente de esquerda e social do PSOL-PSTU-PCB.