sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Marinor: “Decisão do STF é vitória da ética na política”

A senadora eleita Marinor Brito está certa de que vai ser diplomada, assumirá e exercerá o mandato por oito anos, como representante do Pará. Ela e seu partido, o PSOL, já marcaram até a festa da vitória. Será no dia 13 de novembro, um sábado, no Rancho Não Posso Me Amofiná.

Marinor considera a decisão da última quarta-feira do Supremo Tribunal Federal, que manteve inelegível por oito anos o deputado Jader Barbalho (PMDB), “uma vitória do povo brasileiro, da democracia e da ética na política”.
Quanto à possibilidade de nova eleição para o Senado, Marinor se diz confiante de que o Tribunal Regional Eleitoral procederá de acordo com o que anunciou seu presidente, desembargador João Maroja, segundo o qual a realização de um novo pleito, conforme pretende o PMDB, não tem amparo legal.

A imagem acima, remetida por sua assessoria, é da primeira entrevista que a senadora Marinor concedeu no Senado, ontem.

A seguir, a entrevista exclusiva ao Espaço Aberto:

O que representa essa decisão do Supremo?

Acho que representa uma vitória do povo brasileiro, da democracia, da ética na política. Representa uma mudança de valores. Acho que é uma mudança de comportamento do eleitorado. Nestas eleições, mais de 50% dos candidatos que concorreram à disputa eleitoral com o rótulo de ficha suja ficaram fora do pleito. Acho que a decisão do Supremo é um marco na história política do País e em especial do nosso Estado.

O deputado Jader Barbalho tem dito que uma decisão como essa do Supremo desconsidera a vontade do povo. No caso, seria uma desconsideração a quem, como ele, recebeu 1,799 milhão de votos para o Senado. A senhora também acha que a decisão do Supremo seria um desrespeito à vontade popular?

Não. Não considero. Acho que ele não está muito à vontade com essa decisão, porque já vem há muito tempo ocupando espaço de poder no cenário tanto nacional como estadual, no Legislativo ou no Executivo. Imagino que não deva ser muito fácil se acomodar com uma decisão como essa. Agora, é uma tendência do povo brasileiro fazer escolhas a partir dessa matriz política da Ficha Limpa. Essa decisão do Supremo vem coroar essa nova disposição do eleitorado brasileiro. E aí, se a gente considera o poder econômico, o uso da máquina pública, o abuso de poder econômico que vêm permeando e mantendo no poder um número enorme de lideranças políticas neste País, é muito difícil que essas pessoas não sejam bem-sucedidas eleitoralmente. É muito difícil que não sejam eleitas, com tanto dinheiro, com tanta manipulação dos meios de comunicação, que quase sempre estão do lado deles. E nesse caso específico [do Jader] está na própria mão, não está nem do lado. Ele próprio tem o poder sobre o que tem de ser dito ou não. Então, não estranha que ele tenha conseguido esse número de votos, se você for comparar por exemplo com a minha campanha, que foi estimada em R$ 200 mil e não deve ter chegado a R$ 100 mil. Eu ainda não fechei o balanço. Estou voltando pra Belém e vou ver isso. Mesmo assim, tive votos nos 144 municípios e tive uma expressiva votação, legitimando portanto a minha vinda para o Senado Federal.

A Ficha Limpa ainda será apreciada em outros casos. O PSOL vai se manter vigilante, vai manter uma mobilização para que nos outros casos a lei seja respeitada?


O PSOL está desde o início, da coleta de assinatura para a Lei da Ficha Limpa. O partido nem pensava em participar e ter esse resultado na disputa eleitoral para o Senado. Então, é princípio partidário a defesa da democracia, da ética e da honestidade na política. E como parte do protagonismo nessa questão, nós vamos, sim, acompanhar. Não estamos aqui apenas porque neste momento esta decisão beneficia a manutenção da minha vaga que já está proclamada pelo TRE como senadora eleita. Aliás, tinha um grupo muito grande ontem [anteontem, no Supremo] de pessoas que compõem essas frentes de acompanhamento em defesa da Ficha Limpa e que estão mobilizadas pela recente decisão do Supremo. A mobilização vai ser mantida e outras mobilizações virão sobre outras temáticas que tenham consonância com esse debate.
Sobre o anúncio do PMDB, de que pedirá nova eleição para o Senado, como é que o PSOL se posicionará em relação a isso?
Os principais jornais e TV do País, blogs, agências de notícias já me entrevistaram sobre isso. Já tem matéria publicada sobre o meu posicionamento, que eu faço questão de reafirmar. Eu tenho me pautado, eu tenho como referência o Ministério Público Federal no Pará, que acabou de ser vitorioso na disputa no Judiciário brasileiro, com as ações de impugnação contra candidaturas no Estado, no caso especial do Jader. O MPF já havia se posicionado sobre essa questão e mostrou que o Código Eleitoral não aponta a realização de uma nova eleição neste caso. Agora, com mais essa manifestação do presidente do Tribunal Regional Eleitoral [contrária à realização de um novo pleito], vão aumentando as chances de derrotar mais essa pretensão do Jader Barbalho junto ao TRE. Agora mesmo nós ouvimos uma manifestação na Agência Senado, não qual o desembargador Maroja [João Maroja, presidente do Tribunal] manifestou-se pessoalmente contrário à realização de nova eleição para o Senado. Ele disse que a regra para um novo pleito só se aplica para cargos executivos, de presidente e governador. E considera que expirou o prazo de contestação da minha eleição e do Flexa Ribeiro. Então, estou esperando ser diplomada, assumir o mandato e já aproveito para lhe convidar... Vamos fazer uma prévia da nossa festa no sábado, 13 de novembro, no Rancho Não Posso Me Amofiná. Espero que o Pará de Ficha Limpa, o Brasil de Ficha Limpa, como senadora eleita, com essa característica, a gente possa contribuir muito mais ainda para o fortalecimento da democracia e da melhoria da qualidade de vida do povo do Pará.

Do Blog Espaço Aberto

Todo apoio a luta contra o assédio moral

Servidores da Casa Mental do Adulto e apoiadores fecharam a avenida José Bonifácio em protesto.

Funcionários da Casa Mental fazem protesto contra gerente
 

Um grupo de funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Belém, fizeram, na manhã desta terça-feira, 26/10, uma pequena manifestação em frente ao prédio da Casa Mental do Adulto, localizada na Avenida José Bonifácio, onde trabalham, para protestar contra a gerente Neysa Alvarenga, que vem realizando agressões verbais, ameaças e constrangimentos, caracterizados como assédio moral aos servidores.


Exigindo o afastamento de Neysa Alvarenga, os trabalhadores da Casa Mental, obstruíram o trânsito da Avenida José Bonifácio e, em seguida, foram para uma audiência com o promotor Valdir Macieira, do Ministério Público do Estado.

Além das agressões, registradas em 17 boletins de ocorrência, os servidores também se queixam das transferências que lhes são impostas, para terem seus lugares ocupados por contratados da confiança pessoal da gerente, muitos deles sem formação na área de Saúde.



 Do Blog do Emilio.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Viva! Jader/PMDB vai para cadeia e Marinor Brito/PSOL para Senado

TRE descarta nova eleição para senador no Pará


Um dia depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmar a validade da Lei da Ficha Limpa nestas eleições, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), João Maroja, descartou hoje (28) ...

OAB/PA FESTEJA VALIDAÇÃO DA LEI DA FICHA LIMPA

A Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Pará publicou nota, hoje, manifestando satisfação com o resultado do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, da conhecida Lei da Ficha Limpa. "... A ...

PESQUISA LCP/UFPA/VERITATE: JUÍZA NEGA PEDIDO DE INDEFERIMENTO

A juíza Maria do Céu Coutinho acaba de indeferir o pedido da coligação governista para impugnar a terceira pesquisa LCP/UFPA/VERITATE. É a vitória da legalidade e do Estado de Direito sobre um grupelho (DS...

BANCOOP: TESOUREIRO DO PT AGORA É RÉU EM PROCESSO

*Vaccari Neto virou réu no processo que investiga o escâdalo de desvio de dinheiro para campanhas do PT* A juíza Patrícia Inigo Funes e Silva, da 5ª Vara Criminal de São Paulo, aceitou a denúncia contra ...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Tuma foi pra tumba

De terno branco, o delegado Sérgio Paranhos Fleury, no canto a direita, Romeu Tuma*

Romeu Tuma, queima no inferno

Romeu Tuma foi o responsável pelo setor de informações do famigerado DOPS-SP, na época em que o Delegado Fleury reinava inconteste. Auge dos anos de chumbo, sob o peso do AI-5. O DOPS foi um dos maiores centros de tortura do país, centenas de brasileiros foram seviciados neste aparelho de repressão. Muitos não saíram vivos. Destes, alguns até hoje não se tem notícia. Romeu Tuma tomou parte de tudo isso.  Mesmo tendo sido responsável pela prisão do então líder operário, Lula da SilvaDizem que não se envolvia diretamente nas torturas, mas é tão culpado quando o delegado Fleury, seu amigo próximo. Hoje, Tuma partiu ao encontro de seus parceiros de infâmia. 

Vai tarde! 

* Imagem copiada do livro Autópsia do Medo, de Percival de Souza
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 Há 30 anos (em 19 de maio de 1980), um mês após ser preso, Luiz Inácio Lula da Silva, era libertado pelo então diretor do DOPS - a polícia politica do Regime Militar - Romeu Tuma, hoje Senador da República e pai daquele secretário nacional de Justiça, que foi flagrado em conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal, supostamente pedindo favores e prestando auxílio ao chinês Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li, e preso por contrabando. (Fonte.)

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Romeu Tuma, ainda terminaria seu currículo servindo ao governo FHC/PSDB e também ao de Lula/PT

Como se vê, não foi Romeu que teve um surto de esquisofrenia e acordou de 'esquerda', mas o contrário: Lula é que governou para/e com a burguesia, numa das traições mais vergonhosas da história da humanidade. 

O líder operário que se junta aos herdeiros da Ditadura e governa com notável suvserviência ao Imperialismo. Tal qual os tucanos. (Marcus Benedito.)

Só com o povo nas ruas vamos cassar os corruptos 'Fichas sujas'


Marinor faz pressão pela aplicação imediata da Lei da Ficha Limpa

BRASÍLIA
Da Sucursal
A senadora eleita Marinor Brito (PSOL) vai se reunir na tarde de hoje, em Brasília, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowisk, para mostrar a legitimidade dos 727 mil votos que lhe garantiram a segunda vaga ao Senado pelo Pará. 'Será uma visita para mostrar a vontade do povo do Pará, para declarar aos ministros que a nossa eleição vale sim, e que ela se soma a movimentação política a favor da Ficha Limpa que vem sendo feita em Brasília', disse. 
 
Segundo Marinor, está sendo orquestrada uma pressão política favorável ao adiamento do julgamento, pelo pleno do STF, do recurso apresentado pelo candidato ao Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), contra a Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10), no intuito de favorecer o candidato impugnado. 'Existe uma pressão muito grande em cima do Supremo por parte dos interessados em adiar a votação, sobretudo, vinculado ao grupo do Jader Barbalho. A gente está querendo saber por onde essa discussão está se deslocando', afirmou.

Durante todo o dia de ontem, a senadora participou de encontros com a equipe jurídica e parlamentares da bancada do PSOL, com senadores defensores da Lei da Ficha Limpa, entre eles o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). De noite, ela se encontrou com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, que reiterou a defesa da Ordem pela validade da nova lei para essas eleições. 'É através desse grupo de pessoas, dessa mobilização, que podemos sentir a temperatura desse debate, como estão se movimentando os responsáveis por essa decisão', explicou Marinor.
'O Jader Barbalho está querendo protelar para ganhar tempo, para obviamente reverter a decisão, que, na minha opinião, está se consolidando entre os ministros do Supremo', afirmou Marinor.

A expectativa de Marinor Brito se baseia também pelo último pronunciamento do ministro Cezar Peluso, presidente do STF, que afirmou que a Corte está em consonância com o interesse público e que, caso prevaleça o empate de cinco a cinco, outras possibilidades poderão surgir para o desfecho do julgamento. O veredicto mais comentado nos bastidores de Brasília, nas 48 horas que antecedem o julgamento, é de que Jader Barbalho será enquadrado na Lei da Ficha Limpa. 

Histórico - No início de setembro, Jader Barbalho foi enquadrado nas novas regras de inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ter renunciado ao mandato de senador, em 2001, para escapar de cassação após ser acusado de participar de um esquema de desvio de recursos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e do Banco do Pará (Banpará). Mesmo com a decisão do TSE, Jader pôde disputar as eleições no último dia 3 de outubro ao Senado pelo Pará. Jader teve 1,7 milhão de votos e ficou em segundo lugar na disputa pelo Senado. O primeiro colocado foi Flexa Ribeiro (PSDB) com 1,8 milhão dos votos.

Fonte: Amazônia Jornal -
Edição de 26/10/2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Carta do jornalista Lúcio Flavio Pinto ao 1º Encontro Nacional de Blogueiros

Vale muito a pena ler o "blog de papel" de Lúcio Flávio Pinto. O Jornal Pessoal desta quinzena está nas bancas, e como sempre, trás uma lúcida análise sobre a conjuntura política do Pará e tem também um primeiro balanço sobre o primeiro turno das eleições no estado.

Reggae de luto pela perda de Gregory Isaacs

 

Agora está na galeria dos que marcam para sempre e deixam profundas saudades na cultura muldial. "Com Bob Marley, faça esse pra gente!".
Gregory, presente!

domingo, 24 de outubro de 2010

Recurso de Jader será julgado nessa quarta


MARINOR ACOMPANHA JULGAMENTO NO STF: " Em campanha, junto com o povo! A senadora eleita, Marinor Brito (PSOL-PA), desembarca nesta segunda (25), em Brasília (DF), para acompa..."

Do blog da Senadora eleita Marinor Brito (PSOL/Pa)


"O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na sessão desta terça-feira (19/10), julgou procedente o processo administrativo disciplinar 0007669 -22.20009 contra a juiza Rosileide Maria Costa Cunha Filomeno, da 3ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Belém, no Pará, e decidiu acolher o relatório do conselheiro Jefferson Kravchychyn que pediu a aplicação da pena de disponibilidade com vencimentos proporcionais (artigo 45, inciso II, da Lei Orgânica da Magistratura)..." Leia mais.

sábado, 23 de outubro de 2010

Manifesto à Nação


Para Plínio, voto nulo é "um claro posicionamento contra o atual sistema e a manifestação
de nenhum compromisso com as duas candidaturas"

Plínio de Arruda Sampaio
De São Paulo


Para os socialistas, a conquista de espaços na estrutura institucional do Estado não é a única nem a principal das suas ações revolucionárias. Em todas estas, os objetivos centrais e prioritários são sempre os mesmos: conscientizar e organizar os trabalhadores, a fim de prepará-los para o embate decisivo contra o poder burguês.
Fiel a esta linha, a campanha do PSOL concentrou-se no tema da igualdade social, o que possibilitou demonstrar claramente que, embora existam diferenças entre os candidatos da ordem, são diferenças meramente adjetivas.

Isto ficou muito claro diante da recusa assustada e desmoralizante das três candidaturas a firmar compromissos com propostas de entidades populares -
como a CPT, o MST, as centrais sindicais, o ANDES, o movimento dos direitos humanos - nas questões chaves da reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, aplicação de 10% do PIB na educação, combate à criminalização da pobreza.

Não há razão para admitir que se comprometam agora, nem para acreditar que tais compromissos sejam sérios, como se vê pelo espetáculo deprimente da manipulação do sentimento religioso nas questões do aborto, do casamento homossexual, dos símbolos religiosos - temas que foram tratados com espírito público e coragem pela candidatura do PSOL. Nem se fale da corrupção, que campeia ao lado dos escritórios das duas candidaturas ora no segundo turno. Cerca de um milhão de pessoas captaram nossa mensagem. Constituem a base de interlocutores a partir da qual o PSOL pretende prosseguir, junto com os demais partidos da esquerda, a caminhada do movimento socialista no Brasil.
O segundo turno oferece nova oportunidade para dar um passo adiante na conscientização. Trata-se de esmiuçar as diferenças entre as duas candidaturas que restam, a fim de colocar mais luz na tese de que ambas são prejudiciais à causa dos trabalhadores.
O candidato José Serra representa a burguesia mais moderna, mais organicamente ligada ao grande capital internacional, mais truculenta na repressão aos movimentos sociais. No plano macroeconômico, não se afastará do modelo neoliberal nem deterá o processo de reversão neocolonial que corrói a identidade moral do povo brasileiro. A política externa em relação aos governos progressistas de Chávez, Correa e Morales será um desastre completo.

A candidata Dilma Rousseff é uma incógnita. Se prosseguir na mesma linha do seu criador - o que não se tem condição de saber - o tratamento aos movimentos populares será diferente: menos repressão e mais cooptação. Do mesmo modo, Cuba, Venezuela, Equador e Bolívia continuarão a ter apoio do Brasil.

Sob este aspecto, Dilma leva vantagem sobre a candidatura Serra. Mas não se deve ocultar, porém, o lado negativo dessa política de cooptação dos movimentos populares, pois isto enfraquece a pressão social sobre o sistema capitalista e divide as organizações do povo, como, aliás, está acontecendo com todas elas, sem exceção.

O que é melhor para a luta do povo? Enfrentar um governo claramente hostil e truculento ou um governo igualmente hostil, porém mais habilidoso e mais capaz de corromper politicamente as lideranças populares?

Ao longo dos debates do primeiro turno, a candidatura do PSOL cumpriu o papel de expor essa realidade e cobrar dos representantes do sistema posicionamento claro contra a desigualdade social que marca a história do Brasil e impõe à grande maioria da população um muro que a separa das suas legítimas aspirações. Nenhum deles se dispôs a comprometer-se com a derrubada desse muro. Essa é a razão que me tranqüiliza, no diálogo com os movimentos sociais com os quais me relaciono há 60 anos e com os brasileiros que confiaram a mim o seu voto, de que a única posição correta neste momento é do voto nulo. Não como parte do "efeito manada" decorrente das táticas de demonização que ambas candidaturas adotam a fim de confundir o povo. Mas um claro posicionamento contra o atual sistema e a manifestação de nenhum compromisso com as duas candidaturas.


Plínio Soares de Arruda Sampaio, 80 anos, é advogado e promotor público aposentado. Foi deputado federal por três vezes, uma delas na Constituinte de 1988, é diretor do "Correio da Cidadania" e preside a Associação Brasileira de Reforma Agrária - ABRA

Fale com Plínio Arruda Sampaio:
Twitter: @pliniodearruda

Com Plínio, pelo voto nulo!


Fazemos um chamado aos militantes e filiados do PSOL a manter a coerência partidária demonstrada nestes oito anos de oposição de esquerda ao governo Lula para que em 31 de outubro votemos NULO.

Sabemos que setores majoritários da classe trabalhadora e do povo preocupados, com justa razão, com uma possível volta dos tucanos, se preparam para votar em Dilma. Nela, por ser a candidata de Lula, depositam expectativas de melhorias, acreditando na farta campanha ideológica do governo tentando mostrar que seu projeto é diferente do dos tucanos. Respeitamos estas posições dos trabalhadores, mas não as compartilhamos. Neste sentido, como militantes, dirigentes e filiados do PSOL queremos manifestar nossa posição a respeito.

A Executiva Nacional do PSOL acaba de votar uma resolução que consideramos equivocada. Nela, se legitima o voto em Dilma, mas também o voto Nulo, como se fossem duas alternativas compatíveis, quando são opostas.

O PSOL nasceu de um claro confronto à traição de classe do governo Lula e do PT, denunciando que sua política dava continuidade aos oito anos de governo neoliberal tucano. Assim nos posicionamos, assim muitos foram expulsos do PT, assim foi fundado o PSOL.

Denunciamos durante estes oito anos a falsa alternativa dos tucanos, e enfrentamos nas ruas e nas urnas as políticas econômicas contra os trabalhadores e o povo aplicadas desde o governo federal do PT/PMDB com a cumplicidade dos governos estaduais controlados pelo PSDB/DEM.

Não estamos frente a um confronto de esquerda versus direita nem de democracia versus fascismo*. Trata-se de uma disputa dentro dos marcos do regime da falsa democracia do poder econômico e da corrupção, regime que as duas candidaturas defendem. Argumenta-se que tucanos e petistas “não são iguais”. Mas nós afirmamos que não são opostos, pois o conflito fundamental entre eles é a disputa pela chave do cofre para melhor servir ao grande capital e se beneficiar dos cargos, altos salários, desvios, propinas e os privilégios do poder. Ou, como diz o sociólogo, professor e fundador do PSOL Chico de Oliveira, “o campo de conflito entre eles é pequeno”.

Temos denunciado durante oito anos o surgimento de uma nova direita, encabeçada pelo PT, com aliados como Jáder Barbalho, José Sarney, Renan Calheiros, Collor de Melo. Novos aliados que majoritariamente o foram também de FHC, velhas raposas sempre dispostas a negociar seu lugar junto aos governos de turno. Nova direita que, junto com a tradicional e velha direita dos tucanos e do DEM, pactuou a subserviência ao capital financeiro, ao agronegócio, aos grandes grupos econômicos estrangeiros e nacionais. Juntos se acobertaram mutuamente nos escândalos de corrupção montados sob os mesmos esquemas. Juntos continuaram criminalizando os movimentos sociais, o que se comprova com o número de trabalhadores rurais mortos nestes oito anos de governo Lula, nos interditos proibitórios contra as greves, na repressão aos sem teto, nos despejos, na violência policial contra as greves e na brutal criminalização da pobreza que faz dos jovens pobres e negros a maioria das vítimas da violência policial.

Tão importante como denunciar que os tucanos introduziram a pauta conservadora contra o aborto e de criminalização da homossexualidade, é denunciar qual tem sido a resposta da candidata de Lula: no mesmo terreno retrogrado e conservador, Dilma afirma que “respeitará o estado laico”, mas subordina suas propostas aos setores mais reacionários das igrejas. Entre Crivella e Silas Malafaia não há “mal menor”!

WikiLeaks revela la muerte de 109 mil personas en Irak, más de 60 mil eran civiles

Este viernes el portal digital WikiLeaks, especializado en filtrar información secreta del Ejército de Estados Unidos, cumplió su promesa de publicar 400 mil informes privados en los que se revelaron "el día a día" de la guerra e invasión estadounidense de Irak. Entre los delitos se encuentra la muerte de aproximadamente 109 mil personas, de las que el 63 por ciento eran civiles.


La muerte de unos 109 mil iraquíes a manos del Ejército estadounidense, de los que aproximadamente el 63 por ciento eran civiles, fue dada a conocer este viernes por la cadena de television qatarí Al Jazeera, que cita parte de los documentos publicados por el portal digital WikiLeaks, especializado en filtrar información secreta de cuerpo de seguridad norteamericano.
Al Jazeera publicó un artículo que revela el contenido de parte de los archivos secretos que comprenden esta información. Los crímenes reflejados en los documentos ocurrieron entre años 2004 y 2009, y comprueban que el Ejército estadounidense tenía conocimiento de las torturas sistemáticas hechas por policías y soldados iraquíes a prisioneros.


Los demás documentos, según la organización, serán entregados a importantes agencias de noticias en el transcurso de esta noche, en un lugar de Londres cuya dirección no fue especificada.
"El fin de poner en sus manos durante tres horas y media una impresionante masa de documentos clasificados (...) Esto constituye el primer vistazo de verdad de la historia secreta de la guerra que el Gobierno norteamericano ha ocultado siempre", afirmó el fundador de la organización, Julian Assange.


Los delitos incluyen además atentados suicidas, torturas y enfrentamientos que demuestran abuso de poder por parte de los grupos armados.
Los documentos se pueden consultar en la web de la organización en la dirección http://warlogs.wikileaks.org/.


Además de Al Jazeera, otros medios de comunicación internacionales también han comenzado a difundir los documentos estadounidenses filtrados desde el portal de Internet, entre los que se incluyen el diario británico The Guardian, el norteamericano The New York Times; y los franceses Le Monde, Der Spiegel y el Bureau of Investigative Journalism.

"Los documentos y archivos revelan que EE.UU. estaba al tanto de las torturas realizadas por los uniformados del Estado, pero nunca ordenaron a sus tropas a intervenir", reseñó The Guardian.
Los diferentes informes están redactados con estilo telegráfico y "cargados de huecos" para reservar la identidad de las personas implicadas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Promiscuidade eleitoral elevada a treze


segunda-feira, 18 de outubro de 2010Acelerou!!!!!
Raul Meirelles. Foto: Blog Prof Edilza Fontes.
 
Raul Meirelles soltou uma pérola ontem em um animado bar da mangueirosa. Segundo ele, o que falta para a vitória de Ana Júlia é só dinheiro. “A nossa inteligência já foi toda explorada nessa campanha. Agora só falta chegar o dinheiro para colocar em prática nossa idéias”. Raul, que disse ser o coordenador da campanha da Ana Júlia, afirmou que na próxima quarta-feira Ana Júlia receberá vinte milhões de reais. “Com essa grana, nós vamos transformar o Jatene em pó. Será uma virada histórica. Nós vamos triturar os tucanos. É muita grana”, completou o entusiasmado Raul.
 
Fonte: Blog Belém.

sábado, 16 de outubro de 2010

Francia: Al borde de otro mayo del 68

Obreros y estudiantes paralizan la economía
 En un clima tumultuoso, este sábado tendrá lugar otra manifestación nacional convocada por los sindicatos. Camioneros, refinerías y estudiantes le cambiaron el tono a una batalla que el gobierno de Sarkozy parecía tener ganada.

Por Eduardo Febbro
Desde París

Dos actores fundamentales de la economía se sumaron a la protesta derivada de la reforma del sistema de pensiones: los transportistas y las refinerías. El clima social se tornó tumultuoso con la ocupación de la escena por los estudiantes del bachillerato, el bloqueo de las doce refinerías del país, la perspectiva del desabastecimiento y, a última hora, la adhesión de los camioneros. Los líderes sindicales de este sector explicaron ayer que se sumaban al movimiento por “solidaridad con el resto de la población”.

La revuelta contra el aumento de los años de cotización para jubilarse se salió de sus carriles y ya lleva cuatro días seguidos sin pausa. Los bachilleres y los estudiantes universitarios le pusieron un ingrediente más duro. El jueves hubo unos 500 bachilleratos bloqueados y ayer más de 300. La participación tardía pero tangible de los estudiantes es una de las pesadillas del Ejecutivo por el poder de atracción y desorden que detentan los estudiantes.

Cada vez que éstos salieron a las calles, los gobiernos de izquierda o de derecha tuvieron serias dificultades para apaciguar los ánimos. Entre el martes, cuando –según los sindicatos– más de tres millones de personas manifestaron en las más de 200 marchas organizadas en todo el país, y el viernes, la confrontación se radicalizó. Este sábado tendrá lugar otra manifestación nacional convocada por los sindicatos. Camioneros, refinerías y estudiantes le cambiaron el tono a una batalla que el gobierno parecía tener ganada pese a las gigantescas manifestaciones, siete en total en lo que va del año.

La empresa Trapil, que administra el oleoducto que abastece en gasoil y querosene los aeropuertos parisinos de Orly y Roissy, interrumpió sus operaciones el viernes ya que el combustible dejó de llegar a las terminales aeroportuarias. Ante el temor de que Francia se quede sin combustible, el gobierno ordenó el desalojo por la fuerza de los huelguistas que bloqueaban varios depósitos. El secretario de Estado de Transportes justificó la medida de fuerza diciendo que “no se puede permitir el desabastecimiento, hay que pensar en los que necesitan desplazarse, en las empresas, en los transportistas, todo lo que hace a la vida de nuestro país”. El líder de la CGT, Bernard Thibault, fustigó esa iniciativa. Thibault dijo que ese método no permitirá “salir del callejón de la reforma de las pensiones”.

La Unión Francesa de Industrias Petroleras teme que a partir del 20 de octubre el desabastecimiento sea una realidad. La huelga que afecta a las 12 refinerías del país no tiene precedentes desde 1968. Esa fecha suena en Francia como un mensaje mágico envuelto en la mística de las jornadas de Mayo del ’68. Olivier Besancenot, líder del NPA, Nuevo Partido Anticapitalista, llegó a afirmar que hoy, en Francia, “un nuevo Mayo del ’68 es posible”.

Las refinerías bloqueadas, los camioneros en la frontera de la huelga y los estudiantes en la calle empiezan a diseñar un mapa insurreccional. La peor pesadilla del gobierno son los bachilleres. Los enfrentamientos con la policía, a menudo de una violencia injustificada, desembocaron en un serio incidente en el cual un estudiante perdió un ojo por un disparo –ilegal– con una pistola flash ball. Ello llevó al ministro de Interior, Brice Hortefeux, a interpelar a la policía y sugerir que si se intervenía, se hiciera con “retención”. Cientos de estudiantes, representantes de las asociaciones de padres y sindicatos manifestaron ante la escuela Jean-Jaurès de Montreuil, adonde acudía el estudiante herido. En las calles céntricas de París los estudiantes bloquearon varias calles y protagonizaron enfrentamientos con la policía.

Las marchas de este sábado se anuncian tensas. Si los estudiantes, que no tienen clases, se suman con más fuerza que el martes, el Ejecutivo podría ver realizada parte de su pesadilla. Nicolas Sarkozy recurrió al método de ocupación del espacio con propuestas alternativas para desviar la atención, pero la estrategia no prendió. La presidencia evocó el fin del controvertido escudo fiscal o el impuesto a las grandes fortunas sin que ambos temas deshilacharan la densidad de la confrontación en torno de la reforma del sistema de jubilaciones. La medida más emblemática del mandato de Nicolas Sarkozy se ha vuelto hoy la más costosa y peligrosa para el presidente.
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Leia mais.

¡La juventud y el pueblo cubanos necesitan libertades!


Entre los luchadores antiimperialistas y democráticos está creciendo una cierta desazón respecto de la situación en Cuba. Son cientos de miles en América Latina y en todo el mundo los que durante más de cincuenta años han defendido a la revolución cubana, ante el bloqueo y todos los ataques del imperialismo y la gusanería de derecha que anida en Miami.

Nos dirigimos a esa inmensa vanguardia que simpatiza y defiende desde hace más de medio siglo a Cuba para plantearles que al repudio al bloqueo sumemos el reclamo al gobierno cubano de que otorgue libertades de expresión, organización y movilización para el pueblo. La muerte de Orlando Zapata Tamayo, el albañil de 42 años que el 23 de febrero murió luego de 83 días de huelga de hambre al protestar por mejoras en su situación carcelaria, encendió una luz roja. Y ahora hay otro huelguista, el periodista Guillermo Fariñas, que está en libertad exigiendo la liberación de una veintena de disidentes presos. El gobierno sigue rechazando cualquier diálogo para buscar una salida a esa situación.

No podemos dejar en manos del imperialismo y sus voceros que usan estos hechos reales para sus fines contrarrevolucionarios. El imperialismo y sus gobiernos serviles, no tienen autoridad política ni moral para hablar de derechos humanos cuando en nombre de su democracia burguesa, invaden países (Irak, Afganistán, Haití), saquean y reprimen a los pueblos del mundo para salvar a los capitalistas de la crisis económica.

Para el pueblo cubano (y el resto del mundo), la única información oficial que apareció sobre la muerte de Zapata Tamayo fue cuatro días después, el 27 de febrero, en un artículo en el Granma, el vocero oficial del Partido Comunista Cubano (PCC). Allí se dice que era un preso común, un delincuente, que había sido “maquillado” de prisionero político y utilizado por los “enemigos externos e internos de la revolución”. Sea un preso común o un opositor político, es repudiable la actuación del gobierno, la “justicia” y el régimen que encabezan los hermanos Fidel y Raúl Castro, que llevó a Zapata a morir en esas condiciones inhumanas.

Lamentablemente viene a la memoria el caso del luchador irlandés Bobby Sands, dejado morir en 1981 por la primera ministra británica Margaret Thatcher, después de 66 días de huelga de hambre. Lo insólito es que entonces, Fidel Castro repudio este hecho al decir: “Es hora de poner fin, mediante la denuncia y la presión internacional, a esa repugnante atrocidad”. En 2008 el legendario cantante Silvio Rodríguez (insospechado de “opositor”), en una gira por las prisiones del país junto a otros intérpretes, hizo saber que las cárceles son una de las partes más «dolorosas e incómodas» de la realidad cubana. También es repudiable que el pueblo cubano no pueda acceder a una información completa y verificable sobre todas las circunstancias e implicancias políticas que dieron lugar a esta muerte y no pueda debatirlas libremente. Todo esto enloda la causa del socialismo la cual viene siendo pisoteada en la isla desde hace décadas por un gobierno y un régimen político autoritario que es la antítesis de la democracia obrera.

Hasta ahora, la respuesta del gobierno ante la huelga de hambre del periodista y disidente Guillermo Fariñas ha sido tajante: es “mercenario contrarrevolucionario”. Que este último esté aún con vida hace más urgente y necesario el debate sobre el más grave de los problemas: que en Cuba no hay libertad para nadie, comenzando por su juventud y sus trabajadores que quieran defender sus conquistas revolucionarias.


El músico Pablo Milanés, otro insospechado de “opositor”, dijo que si Fariñas muere, “hay que condenar a Fidel Castro, desde el punto de vista humano”…” “Las ideas se discuten y combaten, no se encarcelan” (declaraciones a El Mundo, España, 13/3/10).

Continuação.

Leia ainda sobre o assunto.

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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Além da frase no Controvérsia da TV Cultura

Estarei debatendo como convidado do Programa Controvérsia, da TV Cultura (Canal 02 em Belém do Pará), junto a um Pastor evangélico, a 'Legalização da Maconha'.

O Programa vai ao ar na próxima segunda-feira - 18//10/10, às 07:30h da noite. 

A guerra contra o tráfico já foi perdida. A única forma de acabarmos com a guerra aos pobres, é legalizar a cannabis sativa, uma erva natural que apresenta uma infinitude de benefícios comprovados à saúde humana. 

Chega de hipocrisias e narcotráfico! 
Legalize já!

Marcha da Maconha durante o Fórum Social Mundial de 2009. Belém/PA/Amazônia.

Nota do PSOL SOBRE ELEIÇÕES 2010 E SEGUNDO TURNO

O Partido Socialismo e Liberdade - Pará (PSOL-PA) sai das eleições de 2010 com duas importantes vitórias: uma eleitoral e outra política. 

Conseguimos eleger Marinor Brito ao Senado Federal com mais de 727 mil votos. Elegemos ainda Edmilson Rodrigues com mais de 85 mil votos (o deputado estadual mais bem votado da história do Pará). E tivemos mais de 107 mil votos para Fernando Carneiro governador (o terceiro mais bem votado do PSOL nacional em números absolutos e o segundo em termos percentuais). O povo do Pará deu uma inequívoca demonstração de apoio ao projeto socialista do PSOL, e nossos parlamentares e dirigentes saberão honrar esse compromisso, seja no parlamento seja na luta direta do povo. Ao povo do Pará, nosso agradecimento sincero.

Mas além da vitória eleitoral o PSOL comemora uma inquestionável vitória política. Obtivemos votos em todos os 144 municípios do estado, confirmando que nossa presença se fortalece em todo o Pará. Ademais fizemos uma campanha acertada do ponto de vista programático e ideológico. Demonstramos com firmeza e serenidade que havia apenas dois projetos em disputa: um representado pelos candidatos do PSDB, do PT e do PMDB que, a despeito de diferenças pontuais, tem a mesma matriz neoliberal. E outro, representado pelo PSOL que defende a participação e o protagonismo popular, que defende a vida e a floresta e que enfrenta a lógica capitalista que a tudo transforma em mercadoria.

O PSOL paraense, a exemplo do PSOL nacional, sai das eleições reconhecido como alternativa socialista e de esquerda. Sai respeitado pelo povo e com a militância experimentando um profundo sentimento de vitória. Não recebemos apoio de empresários ou capitalistas. O segredo de nossa vitória está na incansável disposição voluntária de nossa bela militância, que venceu todos os desafios impostos por uma disputa marcada pelas campanhas milionárias. Igualmente, nosso resultado deve ser creditado ao trabalho de todos os nossos candidatos e candidatas que souberam superar uma série de dificuldades para levar mais longe a proposta de mudança encarnada pelo PSOL.

O povo quis mudar, mas sabemos que nem sempre os resultados eleitorais expressam o verdadeiro sentimento de mudança. O uso e abuso do poder financeiro e midiático e das máquinas públicas muitas vezes distorcem o resultado. No Pará, como em âmbito nacional, teremos um 2º turno entre o PSDB e o PT. Coerente com nossa campanha, afirmamos: não apoiaremos nenhum dos dois candidatos e avisamos que qualquer que seja o próximo governo, o PSOL seguirá construindo em conjunto com os movimentos sociais um forte movimento de oposição de esquerda e programático, defendendo de maneira firme e decidida os trabalhadores e trabalhadoras de nosso estado e do Brasil, rumo à construção de uma sociedade livre da tirania imposta pelo capital.

O PSOL do Pará, portanto, afirma que não vinculará seu patrimônio político, duramente conquistado ao longo de muitos anos de trabalho, aos palanques de Simão Jatene e de Ana Júlia, posto que, em ambos os casos, não existem identidades programáticas e políticas que justifiquem tal aproximação.

Nesta oportunidade, o PSOL reitera seu antagonismo ao legado de 12 anos de governos do PSDB no Pará, repudiando seu conteúdo privatista, de arrocho e de desmonte dos serviços públicos e de ataques sistemáticos aos movimentos sociais da cidade e do campo. Da mesma forma, o partido faz questão de ressaltar sua firme postura oposicionista – popular e de esquerda – ao governo do PT e de seus aliados conservadores, cujo desempenho resultou na completa frustração das expectativas de mudança criadas na eleição passada.

Finalmente, o PSOL desautoriza a presença de seus filiados e militantes em qualquer das campanhas de 2º turno em nosso estado, alertando para que todos se pautem no mais estrito cumprimento da presente resolução.

Executiva Estadual do PSOL - Pará – Belém, 13 de outubro de 2010. 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dilma Goela Abaixo - O quê o PT não mostrará na TV

Matéria recebida via email, com pedido de divulgação

Ministério Público tem novo dossiê contra Sesma

O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (SindSaúde) protocolou nova denunciaram ao Ministério Público Estadual (MPE) sobre a situação da saúde no município de Belém. Desta vez, o foco das reclamações e pedidos de providências são as péssimas condições de trabalho e os assédios que estariam sofrendo os servidores que atuam em unidades municipais de saúde.
As denúncias envolvem principalmente a situação dos trabalhadores das unidades da Marambaia, Mosqueiro, Cotijuba e Riacho Doce. O coordenador do Sindsaúde, Carlos Costa, afirma que há desvios nos recursos de suprimento de fundo, por conta da falta de material nas unidades. “Na unidade de saúde da Marambaia, os trabalhadores não têm nem água mineral para beber. Eles têm que tomar água coletada em algum olho d’água, e as garrafas são lacradas com sacolas plásticas”.
A falta de material de higiene é outra reclamação feita pelos funcionários. Costa diz que o forro da unidade está deteriorado, as ligações elétricas expostas e esgotos ficam abertos. Na ilha de Cotijuba, a denúncia é a falta de ambulância, que já perduraria há dois anos. Carlos Costa diz que viu pacientes serem transportados em carroças ou charretes. “Não consigo entender como é que uma pessoa debilitada pode ser transportada desta maneira”, questiona. Diante da situação, os próprios moradores da ilha coletaram 80 assinaturas para reclamar da situação.
Em Mosqueiro, até mesmo casos de assédio sexual e abuso de poder foram apresentados ao sindicato contra o diretor Walber Coelho, que, segundo denunciantes, assedia sexualmente as funcionárias da unidade. Também pesa contra Coelho a denúncia de estar utilizando o veículo da unidade para os seus afazeres pessoais. “Agora chegaram duas multas no carro e ele obrigou o os dois motoristas a assumirem a culpa, sob pena de transferência da unidade”, conta Carlos Costa.
A terceirização do serviço de lavanderia é outra reclamação constante da unidade de Mosqueiro. “Os funcionários concursados ficaram com a responsabilidade de lavar as roupas sujas de sangue, por exemplo, sem o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI), enquanto que a empresa ficou apenas com o trabalho mais fácil”.
TRATAMENTO A TIRO

A diretora da Casa Mental, Naysa Alvarenga, também entrou na lista de denunciados pelo SindSaúde. De acordo com o sindicato, diversas ocorrências de assédio moral chegaram até o órgão. “Ela humilha os funcionários e não cumpre com os compromissos da política de saúde. Ficamos sabendo que em uma reunião com os trabalhadores, mandou tratar os pacientes em crise com tiros nos pés”, diz Costa.

Belo monte de violências (III)


Artigos de Felício Pontes Jr., procurador da República no Pará e mestre em Teoria do Estado e Direito Constitucional pela PUC-Rio.

Organizada em nove textos, a série de artigos está sendo publicada semanalmente pelo Diário do Pará aos domingos, no caderno Brasil.

Este é o terceiro texto da série de artigos “Belo Monte de Violências”, que pretende informar o porquê de o Ministério Público Federal (MPF) ter ingressado com nove ações judiciais contra o projeto de construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, no rio Xingu. Cada semana uma ação é comentada neste espaço.

Os dois primeiros artigos demonstraram que o licenciamento foi realizado sem que nenhuma comunidade indígena atingida fosse ouvida pelo Congresso Nacional, o que é contrário ao artigo 231 §3º Constituição do Brasil. Portanto, a UHE de Belo Monte passou pelo Congresso em tempo recorde, sem a realização do grande debate nacional.

Como as decisões favoráveis ao MPF estavam suspensas no ano de 2007, o Governo federal se apressa em licenciar a obra. Mas comete um grave erro. O Estudo de Impacto Ambiental estava sendo realizado sem o Termo de Referência.

O Termo de Referência é o documento expedido pelo licenciador (Ibama), onde constam as matérias que devem ser estudadas pela empresa responsável pela obra. É uma espécia de guia de estudo sobre o que deve constar no Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Por isso, sempre antecede o EIA.

Mas não apenas isso. O MPF descobre que a Eletrobras havia contratado uma sociedade de consultoria chamada “e.labore”. Esta produziu um documento chamando a atenção para este fato e dizendo que deveria haver cuidado com o discurso da Eletrobras na imprensa: “Mudar, devido às circunstâncias emergenciais, o escopo do nosso discurso estratégico, se provocados pela mídia e/ou sociedade, para explicar a realização dos atuais estudos, antes da consolidação do Termo de Referência.”

A mesma empresa sugeriu à Eletrobras algo que não tem previsão legal. Queria que o Ibama de Brasília autorizasse “que o escritório de Altamira tome as seguintes inciativas: expedir, em caráter emergencial, um termo de referência padrão/genérico...”

O pequeno escritório do Ibama em Altamira jamais poderia produzir tal documento. Não possui pessoal habilitado para dizer o que deveria ser estudado para medir o impacto ambiental da terceira maior hidrelétrica do mundo, como propaga o Governo.

Esse fato demonstra a forma descuidada com que a Eletrobras trata dos impactos ambientais sociais e ambientais da UHE Belo Monte. O licenciamento parece ser algo feito por mera formalidade. Pouco importa a qualidade da água que será utilizada pelos habitantes de Altamira, nem tampouco a falta de água no trecho de 100 quilômetros do Rio Xingu que atingirá em cheio as Terras Indígenas Paquiçamba e Arara da Volta Grande. Isso para ficar apenas em dois exemplos.

Fato curioso nesse processo foi que o Diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, em 08 de fevereiro de 2007, declarou ao MPF que “em relação ao processo de licenciamento ambiental do Aproveitamento Hidrelétrico Belo Monte... informo que o Termo de Referência... não foi elaborado pela equipe técnica em função de decisão liminar ter impedido a realização de vistoria técnica ao local.”

Porém, cerca de dez dias depois, quando a decisão favorável ao MPF deixou de valer, o Termo de Referência foi confeccionado pelo Ibama. É evidente que não houve tempo para qualquer vistoria no local.

Diante desses fatos, o MPF processa a Eletrobras, exigindo a paralisação imediata do EIA sem o Termo de Referência. Não consegue sucesso na Justiça Federal em Altamira, que extinguiu o processo em julgamento antecipado, sem permitir a colheita de mais provas. O MPF recorre ao Tribunal Regional Federal em Brasília, que até hoje não julgou o caso.

Construir para destruir


Por Karina Miotto

Canteiro de obras no rio Madeira (foto: Consórcio Santo Antônio Energia S/A, cedida por Telma Monteiro)

O governo federal está convicto de que investir em hidrelétricas na Amazônia é um bom negócio. “Para quem?”, questionam-se ambientalistas e pesquisadores, além de populações que serão atingidas por obras megalômanas como Santo Antonio e Jirau, em andamento no rio Madeira (RO), e de outras dez planejadas para o rios Teles Pires (MT) e Tapajós (PA), cada uma com cinco usinas, além de Belo Monte, no Xingu (PA). Há quem diga que elas podem selar a destruição da floresta. O presidente Lula parece não se incomodar, e deu sinal verde para outras Usinas Hidrelétricas de Energia (UHEs) para a região.

A quantidade exata é incerta, pois nem órgãos oficiais como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia, consegue responder quantas obras deste porte estão previstas para a Amazônia brasileira. Os números do Plano Decenal de Expansão de Energia 2019, por exemplo, referem-se genericamente apenas à “região norte”.

Para fechar o quebra-cabeças, a ONG International Rivers analisou documentos oficiais e chegou a uma conclusão de assustar: afirma que o governo planeja construir 68 empreendimentos na Amazônia brasileira, entre UHEs e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs). Não à toa, a EPE afirma que 66% do potencial hidrelétrico a ser explorado no país está na floresta. “A destruição tem um custo alto que não está sendo levado em conta. É óbvio que o governo não estudou impactos de todas as barragens planejadas e nem debateu isto com a população, antes de fazer seus planos”, diz Philip Fearnside, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).



Ao ofertar energia, criam-se condições para que mineradoras e metalúrgicas tenham interesse em explorar os recursos da região amazônica. "Querem transformar o Brasil em fornecedor de energia barata para multinacionais. Esta é uma atitude colonialista baseada na guerra econômica e não nas necessidades sociais", afirma Oswaldo Sevá, professor das faculdades de engenharia mecânica e de ciências sociais da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

O mais votado do Pará

O que ele disse

“Vamos combater todas as formas de violência e dar fim à política da Xuxa, que é a do beijinho, beijinho antes das eleições e tchau- tchau depois de eleitos.”

Edmilson Rodrigues (PSOL), deputado estadual eleito com a maior votação, em entrevista a O LIBERAL, sobre sua conduta na Assembleia Legislativa a partir de fevereiro do próximo ano. 

Fonte.

E do Wlad, o que dizer dele?

Do leitor Yúdice Andrade, sobre a postagem Imprensa internacional acha deprimente eleger Tiririca:

E os paraenses não elegeram o Wlad?
Não foram milhões de votos, mas foi novamente a primeira colocação para a Câmara Federal.
Talvez porque atinja a nós, paraenses, isso me parece bem mais deprimente do que eleger o Tiririca.

Fonte.

O que aconteceu no Equador?

¿Que pasó en Ecuador?

Mié 06/10/2010 - 07:20
Ecuador-Correa-30sep2010.jpg
Por Juan Carlos Giordano (El Socialista- Izquierda Socialista- Argentina) 
¿Golpe de estado fallido o rebelión contra el ajuste de Rafael Correa?
¿Qué pasó en Ecuador?  
Golpe de estado fallido o rebelión contra el ajuste de Rafael Correa. Dirimir esta cuestión es clave. En nuestra opinión, se dio claramente la segunda variante. Lo opuesto a lo que dicen el presidente ecuatoriano, la OEA, los distintos gobiernos latinoamericanos y la inmensa mayoría de la izquierda que llamó a “aplastar a los golpistas”. Sabemos que hay dudas en honestos luchadores. Pero los hechos demuestran que no hubo intento de destituir al presidente e instaurar un gobierno dictatorial tipo Honduras, sino una sublevación contra el ajuste de Correa.

Juan Carlos Giordano
La sublevación de una parte de la policía -en contra de sus altos mandos “que siempre nos traicionaron”, según dijo uno de los manifestantes- fue contra la denominada Ley de Servicios Públicos que les recorta los salarios. Protesta a la que se sumaron familiares y policías jubilados. Ley de ajuste que también perjudica a trabajadores estatales. ¿Fue una maniobra para desatar un golpe? No surge por ningún lado. En ningún momento los policías reclamaron la destitución de Correa, ni lo quisieron matar, como dijo éste. Exigían el retiro de la ley.

Que Correa haya ido a la unidad Quito -foco del acuartelamiento policial- a decirles “no voy a negociar, mátenme si quieren”, echó nafta al fuego. Ante el repudio no le quedó otra que simular una amenaza de muerte y alojarse en el hospital policial. No estuvo “secuestrado”. Lo desmintieron los médicos Gilberto Calle y Fernando Vargas, del Hospital Policial, agregando que el presidente se reunió cuantas veces quiso con sus colaboradores, sin guardias en la puerta que le impidieran abandonar el lugar (El Nacional, Caracas). 

Periodistas señalaron que Correa rechazó la “calle de honor” que le prepararan los sublevados para que se retirara. “Estaba mejor que nosotros”, dijeron algunos enfermos.
Correa rechazó retirarse para simular que su vida corría peligro, tratar de movilizar a sus seguidores y ganar tiempo para ver si la policía desistía. De haberse ido hubiera evitado muertes y derrame de sangre. El final se conoció horas después. El ejército reprimió y Correa huyó a la Casa de Gobierno.
El mar de fondo
Correa presentó otras leyes a la Asamblea Nacional (Parlamento). Las mismas fueron modificadas por 20 legisladores de su propio partido (Alianza País), generando una crisis política. Correa vetó los cambios haciendo valer sus rasgos autoritarios. Y amenazó con cerrar el Congreso, algo que normalmente hacen los golpistas, ¿no?

La ley contra los trabajadores aprobada el pasado miércoles -con el pretexto de atacar privilegios de la “burocracia”-, fija un piso y techo a los salarios públicos. Extiende de 4 a 8 horas la jornada laboral de los médicos estatales y prevée despidos. “Tenemos que empezar a reestructurar ciertas instituciones públicas y tendrán que salir ciertos empleados”, dijo recientemente Correa (Ultimas noticias.ec, Ecuador).

Al mejor estilo de los ajustes de los años ´90, el gobierno de Correa ofrece retiros voluntarios o despidos con pagos de indemnizaciones en bonos. De una planta de 470.000 empleados públicos (40% del total de los trabajadores en blanco), 100.000 fueron puestos por el actual gobierno. El cual, además, tiene el plan de recortar personal en la estatal Petroecuador, con una planta de 6.417 empleados.

TSE mantém decisão que barrou candidatura de Paulo Rocha

Ele concorreu ao Senado pelo Pará e foi o terceiro mais votado do estado.
Barrado pela ficha limpa, Rocha pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal.
Débora Santos Do G1, em Brasília

Por 5 votos a 2, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantiveram nesta terça-feira (5) a decisão que negou o pedido de registro do deputado Paulo Rocha (PT-PA). Ele concorreu ao Senado pelo Pará e recebeu 1.733.376 votos. Mesmo com esse resultado, Rocha continuaria de fora do Senado porque ficou atrás de Flexa Ribeiro (PSDB), que recebeu 1.817.644 de votos, e Jader Barbalho (PMDB), que obteve 1.799.762 votos. Cabe recurso à decisão ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Paulo Rocha teve a candidatura barrada pela Lei da Ficha Limpa por ter renunciado ao mandato de deputado federal em outubro de 2005, durante o escândalo do mensalão. A defesa de Rocha afirma que a renúncia do deputado se deu mediante a “consideração de fatores jurídicos e políticos, cujos efeitos não implicavam em inelegibilidade".

O parlamentar teve o registro de candidatura liberado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), mas o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE. A Lei da Ficha Limpa proíbe candidaturas de políticos condenados em decisões colegiadas ou que tenham renunciado a mandato eletivo para escapar de cassação.


A indefinição sobre a situação de Paulo Rocha implica também na possibilidade de haver novas eleições para o Senado no estado. Isso porque a soma dos votos dele e de Jader Barbalho chegou a 57,24% dos votos válidos para senador. Por estarem os dois com o registro indeferido, os votos foram considerados nulos. Nesse caso, a lei eleitoral prevê a realização de novas eleições caso mais da metade dos votos sejam nulos.

Julgamento

O ministro relator do caso, Aldir Passarinho Junior, afirmou que Paulo Rocha se enquadra na ficha limpa porque antes da renúncia já havia sido aberta contra ele representação no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.
Votaram a favor da liberação do registro de Rocha os ministros Marco Aurélio Mello e Marcelo Ribeiro. “Ninguém é contra a lei. Apenas não se pode potencializar a mais não poder essa lei a ponto de se colocar em segundo plano, em plano secundário, a Constituição da própria República”, disse o ministro Marco Aurélio.