terça-feira, 30 de agosto de 2011

Caiu o ditador Kadafi! Todo poder às milícias! Fora ingerências do imperialismo! Avançar na Democracia!

Do blog do Miragaia:


Todo poder às milícias populares na Líbia! Fora intervenção imperialista!


Por Miguel Ángel Hernández*

Desde que o povo tunisiano se alçou contra a ditadura pró-imperialista de Ben Alí um poderoso processo revolucionário se pôs em marcha em todo o Mahgreb e Oriente Médio, colocando em xeque ditaduras e monarquias da região. Com a queda do ditador Mubarak no Egito, a revolução dá um salto importante e cambaleia ainda mais o maltratado poder do imperialismo, em pleno processo de retirada do Iraque e Afeganistão. Protestos massivos e insurrecionais populares explodem em Bahrein, Yêmen, Jordânia, Síria e Líbia. A maioria das organizações operárias e de esquerda árabes se colocam do lado dos povos em luta e defendem suas demandas. Em todo esse processo só o chavismo e uma parte do estalinismo se atrevem a colocar-se do lado das ditaduras. Por essa razão o debate sobre as revoluções árabes, e particularmente sobre a revolução líbia adquire muita importância na Venezuela.

Kadafi, um lacaio do imperialismo


Recordemos que a primeira reação de Chávez ante a explosão revolucionária foi consultar aos ditadores da Líbia e Síria sobre a situação regional. No caso do Egito incluso até um chamado a canalizar as demandas populares pela via da institucionalização da ditadura. Uma posição reacionária em toda sua linha. Assim como Chávez, o ditador líbio Muammar Kadafi condenou os levantes populares na Tunísia e Egito dizendo que o povo devia esperar pela realização de eleições nesses países para resolver suas exigências. Evidentemente, os chefes dos estados burgueses são alérgicos a revolução. Não tardou em eclodir a revolução na Líbia e as manifestações populares foram reprimidas com brutalidade pela ditadura. Houve avaria do aparato repressivo e administrativo do Estado líbio, o qual passou a uma guerra civil. Esta é a origem do conflito que esta semana alcança seu ponto culminante nas ruas de Trípoli e Sirte.


É preciso esclarecer uma vez mais que Kadafi não é o “Simón Bolívar da África”, como o batizara Chávez ao condecorá-lo com uma réplica da espada de El Libertador em Caracas. Mas sim o “Calígula da Líbia”, um ditador enlouquecido que abandonou suas posições independentes dos anos 70 e 80 para dar um giro na última década e entregar seu país as transnacionais imperialistas. Além de desnacionalizar o petróleo e o gás, deu as costas para a luta palestina, cooperou com a “luta contra o terrorismo” dos ianques e converteu seu país em um campo de concentração de imigrantes africanos detidos em sua rota para a Europa. Tantos méritos contrarrevolucionários acumulou que em poucos anos se converteu em sócio de notórios direitistas europeus como Berlusconi, Blair, Zapatero e Sarkozy. Até Condolezza Rice, a assassina dos povos afegão e iraquiano o visitou em Trípoli.

Revolução Popular ou invasão?


A continuidade que guarda a revolução líbia com o conjunto do processo revolucionário árabe é inocultável. A mobilização popular nesse país africano eclode ao mesmo tempo que em quase todo o mundo árabe, estimulado pelo triunfo popular na Tunísia e também com as mesmas consignas sociais e políticas que no resto dos países da região que são sacudidos pela chamada “primavera árabe”. Desde reivindicações políticas de caráter democrático como a liberação dos presos políticos, a liberdade para organizar sindicatos, grêmios independentes e partidos políticos, até reivindicações sociais como distribuição de renda mais igualitária, contra o desemprego, contra o alto custo dos alimentos. Certamente um quadro que não corresponde em nada a caricatura divulgada pelo governo venezuelano o qual sustenta que a revolta líbia não seria uma genuína insurreição popular e sim obra de “mercenários a serviço do imperialismo”, cujo propósito seria “entregar o petróleo líbio as transnacionais.



A atual ministra venezuelana da juventude Mary Pili Hernández, entrevistou em primeiro de março deste ano através da Unión Radio, o correspondente Reed Lindsay, da Telesur, que deixou um contundente testemunho acerca do caráter popular e anti-imperialista do levante popular na Líbia. Disse Lindsay: “Há provas contundentes de que o governo de Kadafi ordenou a suas forças de segurança disparar nos manifestantes desarmados e disparar para matar... O que nos perguntamos é por que o presidente da Venezuela apoia a este governo de Muamar Kadafi? É algo que nos perguntamos em vários lados, por que o presidente venezuelano e outros mandatários da América Latina que estão a favor dos processos sociais estariam apoiando a um ditador que dispara contra seu próprio povo. (Os rebeldes) Não querem a intervenção dos EUA, dizem que morrerão lutando contra a ditadura de Kadafi ou contra os EUA... Os mesmo protagonistas da rebelião dizem que não tem nada haver com os EUA, não querem nada com a Europa. É algo muito importante destacar porque aqui se veem pessoas de todas as classes sociais, trabalhadores profissionais, médicos, engenheiros, mulheres, crianças, é sem dúvida uma rebelião popular”.



Esse testemunho retrata de maneira impecável o sentimento do povo insurreto, que esperava contar com o apoio dos governos latino-americanos que dizem ser “anti-imperialistas”. Mas ao invés disso encontraram um Chávez que apoia e segue apoiando de maneira incondicional o ditador pró-imperialista Kadafi. Não se pode perder de vista que as mesmas massas que se levantaram em fevereiro e tomaram armas, são as que seguem combatendo hoje. Esse esclarecimento é necessário tendo em vista que algumas organizações de esquerda sustentam que o caráter da rebelião líbia mudou e desapareceu todo elemento progressivo nela a partir da intervenção imperialista. Por acaso a intervenção imperialista fez desaparecer aos combatentes líbios ou esvaziou suas motivações originais? Claro que não, mas tal é a versão sustentada por algumas organizações que inclusive se reivindicam marxistas, todo um lamentável exemplo de sectarismo e esquematismo.



Os revolucionários estão obrigados a ir além de uma superficial e falsa identificação entre os movimentos de massas e suas direções. Desta maneira, por exemplo, respaldamos a luta do povo hondurenho contra o golpe de estado e exigimos a restituição das liberdades democráticas nesse país e acompanhamos a reivindicação de que fosse restituído a presidência Manuel Zelaya, apesar de que sabemos que Zelaya é um terratenente liberal a quem não apoiamos politicamente em absoluto. Também lutamos nas ruas em 13 de abril de 2002 para derrotar o golpe fascista sem que nos impedisse o fazê-lo o programa nacionalista burguês de Chávez, que não compartilhamos. Igualmente na Líbia chamamos a apoiar a luta do povo que se alçou contra a ditadura, sem confiar na direção do Conselho Nacional de Transição (CNT) e rechaçando rotundamente a intervenção imperialista da OTAN.

A intervenção imperialista e o petróleo líbio


Os socialistas revolucionários rechaçam clara e contundentemente, desde o primeiro momento a intervenção imperialista na Líbia, pois esta tem um propósito contra revolucionário. Não poderia ser de outra maneira. No entanto, é importante desmontar as mentiras daqueles que apoiam a Kadafi com o argumento de que o imperialismo quer apoderar-se do petróleo líbio. Em sua coluna de opinião “Reflexões”, de 4 de março deste ano, o próprio Fidel Castro retrata a Kadafi como um aliado do imperialismo que se encarregou de privatizar o petróleo e as mais importantes empresas públicas:



"É um fato irrefutável que as relações entre EUA e seus aliados da OTAN com a Líbia nos últimos anos eram excelentes, antes de surgir a rebelião no Egito e na Tunísia. Nos encontros de alto nível entre Líbia e os dirigente da OTAN nenhum destes tinha problemas com Gaddafi. O país era uma fonte segura de abastecimento de petróleo de alta qualidade, gás e inclusive potássio. Os problemas surgidos entre eles durante as primeiras décadas haviam sido superados. Abriram-se ao investimento estrangeiro setores estratégicos como a produção e distribuição do petróleo. A privatização alcançou a muitas empresas públicas. O Fundo Monetário Internacional exerceu seu beatificado papel na implementação destas operações. Como é lógico, Aznar esteve cheio de elogios a Gaddafi e depois Blair, Berlusconi, Sarkozy, Zapatero e até o meu amigo o rei da Espanha desfilaram diante do olhar de zombação do líder líbio. Estavam felizes".


Longe de permitir o imperialismo de apoderar-se dos recursos que Kadafi já havia entregado, a rebelião líbia envolve perdas substanciais para as multinacionais: a produção petroleira das empresas imperialistas na Líbia não voltará ao nível de 1,6 milhões de barris diários, índice da taxa de produção antes da rebelião, mas até dentro de dois ou três anos segundo as estimativas mais otimistas. E isso é no caso de que o governo que suceda Kadafi mantenha em pé os contratos assinados pelo ditador.



Vai contra toda lógica o argumento de que a rebelião foi fabricada pelo imperialismo para “apoderar-se do petróleo”. A este argumento falacioso se somam outros como o de que Kadafi se converte em anti-imperialista devido aos bombardeios da OTAN e que os mesmos bombardeios convertem as milícias rebeldes na infantaria da OTAN.


Temos visto que estamos diante de uma rebelião popular genuína, que objetivamente afeta os negócios imperialistas que tem um conteúdo subjetivo anti-imperialista. A isto devemos acrescentar que na agenda do povo rebelde se encontra a nacionalização do petróleo.



Tal como explicava em fevereiro o jornalista Robert Dreyfuss, diário inglês, The Nation: "Com Bahrein, a base da presença militar dos EUA no Golfo Pérsico sendo sacudido e as sementes da rebelião no Kwait, a rebelião na Líbia poderia provocar o ressurgimento do nacionalismo árabe que aponta ao controle dos recursos petroleiros no Oriente Médio. Com Trípoli, a capital Líbia em chamas e Bengasi e a maior parte do leste líbio já nas mãos dos rebeldes, há informações de que as propriedades de ENI e outras empresas petroleiras que operam na Líbia poderiam ser nacionalizadas por um novo governo".


Esses relatórios dos territórios libertados pelos rebeldes criaram um enorme nervosismo nos governos europeus e ianque. Além de descartar que a intervenção fosse para “apoderar-se do petróleo líbio”, também podemos dispor das desculpas cínicas apresentadas na resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU, acerca da “proteção a população civil”. O sentido da intervenção imperialista foi evitar dois cenários catastróficos para os interesses das multinacionais: o primeiro uma guerra prolongada que impediria a normalização a médio prazo dos negócios que anteriormente garantira a ditadura de Kadafi; o segundo cenário muito pior é de uma revolução triunfante que sob o impulso avassalador das milícias populares nacionalizaria o petróleo e terminaria com a era de entreguismo aberta por Kadafi. Enquanto a forma da intervenção, valendo-se de bombardeios e não de uma invasão terrestre, esta tem haver com dois elementos muito importantes: o rechaço aberto nas filas rebeldes a presença invasora e o debilitamento político, econômico e militar do imperialismo, que atravessa uma aguda crise econômica, instabilidade social em seus próprios países e vem de derrotas no Iraque e Afeganistão.

Abaixo a ingerência imperialista, todo poder as milícias populares


A evolução da guerra civil líbia na última semana indica que é iminente a destruição das forças da ditadura e a queda do kadafismo. No entanto, a revolução não termina com a saída do ditador. Se aprofundará a luta interna nas fileiras rebeldes pelo destino que terá a revolução. A direção do Conselho Nacional de Transição (CNT) está conformada pela oposição burguesa e por ex-funcionários do regime de Kadafi e buscam manter as relações com o imperialismo e os mesmos termos de entreguismo que caracterizaram a ditadura. Eles tem claramente muitos combatentes, tal como demonstra o seguinte testemunho de um correspondente militante nas filas rebeldes, no mês de junho:“Em nosso grupo temos claro que se a direita chegasse a tomar o controle , junto as tropas da OTAN, quando terminar esta batalha, seria o começo de outra. Este sentimento está muito arraigado nos companheiros é que aqui sabemos na linha de fogo nem um só desses ex-funcionários que saem na mídia. Nenhum deles está com seu corpo enfrentando-se com as tropas kadafistas...”


Ante a queda da ditadura pró-imperialista por parte do povo, é necessário que os revolucionários se solidarizem com o povo rebelde, denunciando sem nenhuma ambiguidade que as intenções do CNT serão de sequestrar e congelar a revolução, pactuar com o imperialismo e impedir que se materializem as reivindicações democráticas, sociais e econômicas e anti-imperialistas do povo combatente que heroicamente terminou com o pesadelo kadafista. Propomos claramente que quem deve governar são as milícias populares, que são necessárias as mais amplas liberdades de organização sindical e partidária para os trabalhadores e o povo, dissolução da guarda pretoriana da ditadura e desenvolver um júri popular para seus chefes. Controle absoluto por parte do estado dos recursos petroleiros e gasíferos, entregues as multinacionais imperialistas pela ditadura e colocar essa indústria nas mãos dos trabalhadores e técnicos; repatriar as reservas internacionais que Kadafi entregou aos países europeus e desconhecer as dívidas adquiridas por este com a banca internacional.


Como dizem muitos combatentes líbios, o fim da batalha contra Kadafi é o começo de outra batalha, desta vez contra a ingerência imperialista e a política conciliadora e negociadora do CNT. O caminho dos revolucionários é seguir apoiando a justa luta do povo líbio, para que seu exemplo se estenda a Bahrein, Yêmen, Marrocos, Síria e o resto do mundo árabe.
 
* Secretário Geral do partido Unidad Socialista de Izquierda (Venezuela).

Fonte: http://rubrapauta.blogspot.com/2011/08/todo-poder-as-milicias-populares-na.html
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Caiu o ditador Kadafi! Todo poder às milícias populares! Fora ingerências do imperialismo!!
Expropriação das empresas de petróleo a serviço da população!
Controle da produção na mão dos trabalhadores e trabalhadoras!
Avançar com a democracia!!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ato Mundial contra a barragem de Belo Monte

20/08/2011 - Belém, Pará, Brasil


Estive presente nessa manifestação para repudiar a intenção vergonhosa e criminosa do governo Dilma Roussef (PT/PMDB), de seus amigos empreiteiros e da Vale de destruírem a Amazônia através das famigeradas usinas hidroelétricas, principalmente no Pará onde querem construir Belo Monte no rio Xingu e outras tantas nos rios Teles Pires e Tapajós.

Se levadas adiante, essas usinas não ameaçam apenas os peixes, vegetais e microorganismos da floresta amazônia, mas fundamentalmente vários povos e toda uma cultura. Além de que, seus impactos negativos, através de catástrofes naturais (como a que se abateu este ano na região serrana do Rio de Janeiro) que reverberarão em todo o país e planeta.

Como os operários das obras das UHE's de Jirau e Santo Antônio no rio Madeira em Rondônia, que já sofrem na pela a exploração e descaso de trabalharem quase ou mesmo em situação de escravidão, e que por isso se rebelaram e paralizaram por dezenas de dias essas construções, temos que seguir seus exemplos de luta e impedir que esse morticínio avance, pois está provado que índios serão atingidos e terão que deixar suas moradas devido a Belo Monte, mas o judiciário corrompido nada faz! 

Com esses atos mundiais e os protestos de hoje (22/08/2011)  em vários países, deixamos um recado ao governo e assassinos aliados de plantão: Belo Monte não passará, porque apenas começamos!!!

"Não mate a mata seu moço
Deus Tupã disse que não!
Defenderemos o verde
Com arcos e flexas,
Tacapes na mão!"

#PareBeloMonte!!!

domingo, 21 de agosto de 2011

Manifestações contra Belo Monte pelo Brasil

Manifestação contra Belo Monte reúne mil pessoas em São Paulo
O índio Olavo Wapichana, de Roraima, durante protesto contra a construção da Usina de Belo Monte. Foto Antônio Cruz/Agência Brasil
Além do protesto no Masp, na cidade paulistana, ativistas programaram eventos em Belém, Brasília, no Rio de Janeiro e em mais 11 cidades

São Paulo – Debaixo de chuva, cerca de mil pessoas participaram ontem (20), na Avenida Paulista, de manifestação contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu. O cálculo é da Polícia Militar. Os organizadores do protesto, porém, estimam em mais de 2 mil o número de pessoas presentes ao protesto.

Com cartazes, faixas e gritos, os manifestantes reivindicaram a paralisação imediata da obra. Ambientalistas e índios do região do Xingu defenderam, inclusive, a ocupação do canteiro de obras da usina, no Pará. “Belo Monte é injusta, suja e burra”, disse Clarissa Beretz, do Movimento Brasil pela Vida nas Florestas, integrante da organização do ato. “O governo quer enfiar a usina goela abaixo”, acrescentou.
 
O cacique Megaron Txucarranãe, da etnia Kayapó, reclamou que o governo não tem ouvido os pedidos da comunidade indígena. “A barragem vai prejudicar os índios. O governo não escuta, nem respeita os índios.”

A manifestação começou por volta das 14h30, ao lado do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Escoltados pela polícia, os manifestantes seguiram pela Avenida Paulista até a Rua Bela Cintra, onde ocuparam todas as pistas por cerca de meia hora, impedindo a circulação dos carros.
Os manifestantes queimaram um boneco de palha e disseram: “Para Belo Monte ou paramos o Brasil”. Depois, foram para a sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde protestaram contra as concessões dadas pelo órgão para o início das obras da usina. Por volta das 17h30, colaram cartazes na porta do instituto e encerraram o ato.
 
Além de São Paulo, os ativistas programaram manifestações em Belém, Brasília, no Rio de Janeiro e em mais 11 cidades. Segundo os movimentos sociais, haverá manifestações também na próxima segunda-feira (22) em cerca de 20 cidades em 16 países - entre eles, os Estados Unidos, a Alemanha, a Inglaterra, a Noruega, o Irã, a Turquia e a Austrália. Os protestos serão em frente às embaixadas e consulados brasileiros.


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Protesto contra Belo Monte reúne manifestantes em frente ao Congresso

Brasília – Sob forte calor e baixa umidade do ar, cerca de 100 pessoas se reuniram em frente ao Congresso Nacional, para protestar contra a construção da Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. A mobilização, que juntou indígenas e defensores do meio ambiente, faz parte de um conjunto de manifestações que ocorreram em outras cidades brasileiras no Dia Internacional da Ação em Defesa da Amazônia.
No encontro, que durou cerca de duas horas, os manifestantes fizeram meditação e dançaram seguindo o índio Olavo Wapichana, de Roraima, hoje estudante de engenharia florestal na Universidade de Brasília (UnB). “Estamos aqui para mostrar o que a gente quer”, disse Olavo, ressaltando que toda obra que afeta áreas de proteção, como as terras indígenas no caso de Belo Monte, são preocupantes.

Olavo Wapichana reclama que os indígenas não foram ouvidos e critica a autorização dada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) durante o licenciamento ambiental da obra. “Fizeram isso sem a nossa permissão”, salienta. “Agora, é necessário que o governo e o mundo nos escutem.”

O historiador Leandro Cruz, que também participou da manifestação em Brasília, diz que os indígenas estão dispostos a resistir à construção da obra. Cruz lembrou que, além da retirada das populações tradicionais, há a questão dos efeitos que a chegada de milhares de trabalhadores poderá gerar na região.

Para ele, o empreendimento “não é vantajoso” para o país, porque destrói o meio ambiente, elimina recursos naturais, dos quais não se sabe o “potencial bioquímico” para a fabricação de fármacos, e dizima a cultura “ancestral” de povos da floresta. Apesar dos riscos, o historiador diz que a sociedade brasileira ainda não tomou conhecimento do impacto que a obra causará. “É uma luta bem difícil”, admite.

O projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte surgiu na década de 1970. Somente em 2010, o governo federal autorizou a obra – quando o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deu a licença prévia para o empreendimento.

Em junho deste ano, o Ibama liberou a licença de instalação quando anunciou que o projeto final da hidrelétrica teve o volume de escavação reduzido em 77 milhões de metros cúbicos (43% do previsto) e que o consórcio Norte Energia, responsável pela obra, deverá investir recursos de compensação em saúde, educação, saneamento e segurança pública nas cidades de Altamira e Vitória do Xingu, no Pará.
 
Protestos contra a construção de Belo Monte também deverão ocorrer no exterior. Segundo os movimentos Brasil pela Vida nas Florestas e Xingu Vivo para Sempre e a Frente Pró-Xingu, haverá protestos na próxima segunda-feira (22) nos Estados Unidos, na Alemanha, na Inglaterra, na Noruega, no Irã, na Turquia e na Austrália, entre outros países.
 
Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2011/08/20/interna_brasil,266377/protesto-contra-belo-monte-reune-manifestantes-em-frente-ao-congresso.shtml

Fora governo genocida de Kadhafi! Viva a resistência líbia!!

População de Benghazi celebra avanço das forças rebeldes em Trípoli, na noite de domingo …

Confrontos em Trípoli já deixam 1.300 mortos em 24 horas, diz regime líbio

Por Filippo Monteforte - AFP
 
O porta-voz do regime líbio afirmou neste domingo à noite que 1.300 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas em Trípoli, classificando os combates de "verdadeira tragédia".

"Em 24 horas, 1.300 pessoas foram mortas em Trípoli", disse Mussa Ibrahim, durante uma entrevista coletiva à imprensa, indicando que "seu regime permanece forte e que milhares de voluntários e soldados estão preparados para lutar".
 
Violentos combates foram registrados na noite deste domingo em Trípoli após o ataque efetuado pelos rebeldes ao bastião do regime, mas o coronel Muamar Kadhafi, ainda combativo, prometeu resistir e sair vitorioso da batalha.

"Temos um líder (o coronel Kadhafi) que vai nos conduzir à paz (...) e vocês não podem privar os líbios dela", acrescentou Ibrahim.

De acordo com um correspondente da AFP, os rebeldes, que chegavam principalmente pelo mar, foram recebidos com alegria pelos moradores de alguns bairros da capital.

O fim de Muamar Kadhafi está "próximo", considerou neste domingo à noite o governo britânico, após a entrada dos rebeldes em Trípoli.
Pouco antes, a Otan havia indicado que o regime de Kadhafi está prestes a "desabar", informando que não participa da ofensiva dos rebeldes líbios em Trípoli.

Estudantes chilenos marcham junto a seus parentes por uma educação melhor


Por Martin Bernetti - AFP
 Dezenas de milhares de estudantes e seus parentes marcharam neste domingo em Santiago e se reuniram em um grande evento artístico, como parte de protestos que começaram há três meses por uma educação de qualidade no Chile.

A mobilização foi dividida em duas marchas que saíram de diferentes pontos da capital chilena, nas quais estudantes ao lado de seus familiares e professores exigiram uma educação de qualidade, gratuita e que ponha fim ao lucro nas universidades, constatou a AFP.
 
As colunas de manifestantes se encontraram no Parque O'Higgins, onde foi realizado um grande evento artístico chamado "Domingo familiar pela educação".

"Estamos muito felizes porque acreditamos que através da cultura estamos chegando a mais chilenos e isso também é a demonstração de que o movimento estudantil amadureceu bastante e que, apesar de todas as críticas, ele avançou", disse o líder estudantil Camilo Vallesteros à imprensa local.

Outro grupo de cerca de 400 estudantes iniciou neste domingo uma marcha de 120 km até o Congresso, localizado na cidade de Valparaíso, como parte dos protestos estudantis.
 
As marchas deste domingo são uma prévia da paralisação nacional convocada para 24 e 25 de agosto pela Central Unitária dos Trabalhadores (CUT), a maior associação sindical do país, que terá a participação dos estudantes.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/estudantes-chilenos-marcham-junto-parentes-educação-melhor-233217239.html

Santos asegura que Chávez es "un factor de estabilidad" para el orden burgués en Latinoamérica


Caracas, 19 de agosto.- Todo el pavoneo y los discursos pseudo-antiimperialistas de Chávez han ido de la mano de una práctica política al servicio de mantener el orden capitalista en Venezuela y toda Latinoamérica. Y la burguesía regional no ha dejado de observar que ese es el papel primordial del gobierno venezolano, tal y como demuestran las recientes declaraciones del rancio derechista Juan Manuel Santos, presidente de Colombia. Santos aseguró en una entrevista publicada hoy que Chávez "es un factor de estabilidad".

"El presidente Chávez es un factor de estabilidad en Venezuela y la estabilidad es siempre un elemento muy importante dentro de la política, no solamente interna sino externa", dijo Santos a un diario argentino.

Chávez suele autorretratarse como revolucionario y socialista.
Santos no sólo elogió a Chávez, a quien considera su "nuevo mejor amigo", sino que también tuvo palabras favorables para el ex presidente colombiano Álvaro Uribe, de cuyo gabinete formó parte como ministro de la defensa. Dijo que a Uribe le guardaba “gratitud, admiración y respeto”, pese a las críticas que Uribe ha hecho a su gobierno.
 
Santos también echó mano del discurso de la unidad latinoamericana en términos capitalistas. "Estamos ante un huracán (la crisis económica internacional) que no se sabe qué camino va a tomar y cambia de rumbo de manera inesperada. Eso nos obliga a coordinar todavía más nuestras políticas a efectos de defendernos de lo que está sucediendo”, dijo.

Junto con su homóloga argentina, Cristina Fernández, llamó a la "unidad suramericana". Una unidad de burgueses con indudable signo reaccionario, y de la cual el presidente Chávez ha sido uno de los máximos defensores.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Só a luta derruba o preconceito imbecil e assassino imposto pelas elites!!!

Fotos: Ato na cantareira. Diga não a homofobia!

Juninho 

Reportagem de O Globo sobre agressão homofóbica sofrida pelo companheiro e camarada Juninho em Niterói

Violência Silenciosa


Silaedson Silva Júnior, de 28 anos, caminhava pela Avenida Visconde do Rio Branco, Centro, na madrugada do último dia 5, quando percebeu que estava sendo seguido por três rapazes. Homossexual, o estudante de Letras da UFF, acabara de deixar a Praça Leoni Ramos onde conversava com amigos. Assustado, Júnior apertou o passo, mas não demorou para ser alcançado pelo trio. 

— Começaram a me xingar de viadinho. Corri, mas um deles conseguiu me pegar. Ele me deu socos e chutes. Achei que me mataria. Um carro passou, e ele se assustou. Consegui fugir até a UFF do Valonguinho, onde fui ajudado por um segurança. 
Levantamento feito pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado Assistência Social e Direitos Humanos(SuperDir/SEASDH) revela que nos últimos dois anos as delegacias de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí registraram 69 ocorrências de crimes motivados por homofobia. Niterói lidera o número de ocorrências na região com 30 casos (44%). 
Segundo o Grupo Diversidade Nacional (GDN), ONG de Niterói que defende direitos LGBT, esse número ainda não reflete a realidade. A instituição estima que a cada semana pelo menos um caso como o de Júnior acontece na cidade. 
— Infelizmente ainda existe uma dificuldade para registrar. Muitos policiais não estão preparados e acabam debochando das vítimas. Existe um resistência em incluir a homofobia nos registros. Quem é agredido teme sofrer constrangimentos nas delegacias — diz Vinicius Rocha, do GDN, que, junto com o Diretório Central dos Estudantes da UFF, realizou ato contra a homofobia em frente à Cantareira, na última quinta-feira. 
Júnior diz que só conseguiu registrar a agressão homofóbica na 76 DP com a presença de seu advogado. 
— O inspetor me perguntou três vezes se a agressão tinha sido mesmo por homofobia. O motivo foi esse porque todos os xingamentos eram relacionados com minha sexualidade. 
Vítima de ameaça e injúria, o professor X, de 32 anos, não conseguiu incluir a motivação no registro das agressões sofridas há um mês. 
— Fui bem atendido, mas o registro acabou sendo só de ameaça por falta de elementos que identificassem os agressores. Fui cercado por um grupo de rapazes na porta da minha casa. Disseram que me bateriam se eu passasse na calçada. Um deles ficou me mostrando o órgão genital e me xingando. Foi horrível. Depois disso, minha casa apareceu toda pichada com palavrões. Fui obrigado a me mudar.

Agressões na saída da Cantareira
O entorno da Praça Leoni Ramos, em frente à Cantareira, ponto de encontro LGBT de Niterói, é apontado como o local com mais casos de homofobia. A maioria das agressões a gays e lésbicas em Niterói acontece nas ruas próximas à praça. Segundo moradores e comerciantes do local, um grupo de jovens está circulando pela região com o objetivo de atacar homossexuais. 

— O grupo é formado por quatro rapazes que aparentam cerca de 25 anos. Eles são moradores do bairro e estão sempre rondando, provocando, xingando. Isso começou há cerca de um ano. A praça é patrulhada até certo horário, mas durante a madrugada, as agressões acabam acontecendo nas redondezas — afirma a dona de um dos bares da praça, que pediu para não ser identificada.

Homofobia é Crime

Pela aprovação do PLC 122 que criminaliza a homofobia
No dia 11 de agosto diversas organizações realizaram um ato contra a homofobia na Praça da Cantareira em Niterói no Rio de Janeiro. Estiveram presentes representantes do DCE da UFF, UNIRIO, das ONG’s GDN, Unidos pela diversidade e Sete cores, a organização de defesa da diversidade da UFF Diversitas, os parlamentares Renatinho do PSOL, Leonardo Giordano do PT, Paulo Eduardo Gomes presidente do PSOL de Niterói, representantes do Mandato do Deputado Marcelo Freixo, do PSTU, PSOL, Sintuff, Sepe e da Juventude Vamos a Luta, entro outros. Para repudiar às covardes agressões sofridas pelo companheiro Juninho, que na semana anterior foi perseguido, xingado e agredido por três jovens. Juninho é estudante de Letras da UFF e funcionário do Sintuff. Atua no movimento estudantil e é membro do diretório municipal e estadual do PSOL/RJ.

Representantes das organizações se manifestaram exigindo a punição deste tipo de crime. Ressaltaram o direito das pessoas de amar a quem quiser, sem sofrer qualquer preconceito. Foi lida uma carta enviada pelo Deputado Federal do PSOL/RJ Jean Willis: “Gostaria de justificar minha ausência, felizmente ela é motivada por uma intensa agenda regada de luta pelo país a fora, como deve ser a vida de um bom Deputado Federal”... “O caso do Juninho, companheiro e incontáveis casos de crimes de ódio resultantes do preconceito e intolerância”...“O texto final do substitutivo, com nome tentativo de Lei Alexandre Ivo será apensado ao PLC 122 e esperamos que seja votado em outubro. O legislativo não pode mais se omitir". Desatacou a nota.

A agressão contra Juninho não é um fato isolado. Todos os dias homossexuais são agredidos por conta de sua orientação sexual. De acordo as estatísticas, um homossexual é morto a cada 36 horas, transformando o Brasil no país recordista neste tipo de mortes.

Infelizmente o governo Dilma, nada tem feito para resolver essa situação. Para contemplar a conservadora bancada evangélica da câmara, a presidente vetou o Kit Anti-homofobia proposto pelo próprio MEC, que visava esclarecer e diminuir a discriminação nas escolas públicas brasileiras. Também mantém engavetado o Projeto de Lei Constitucional 122/2006 que criminaliza a homofobia.

O Supremo Tribunal Federal aprovou recentemente o reconhecimento das uniões entre pessoas do mesmo sexo com o mesmo “status” das uniões estáveis, entendendo a inconstitucionalidade da discriminação, seja de cor, etnia ou orientação sexual, mas o Congresso Nacional não aprovou até hoje nenhuma legislação reconhecendo direitos à população LGBT, apesar de já existirem projetos nesse sentido desde 1995. Esse fato aponta para a extrema covardia do legislativo brasileiro que se esconde por trás das falácias dogmáticas, negando o princípio constitucional da Laicidade do Estado que veta qualquer interferência religiosa.

Não podemos deixar essas agressões impunes! Precisamos de medidas que combatam a homofobia e todas as formas de discriminação, a exemplo das leis contra o racismo que colaboraram para diminuir os casos de opressão e violência. Devemos nos organizar também para combater a homofobia lutando nas ruas pela aprovação do PLC 122, (Projeto de lei que pretende transformar em crime a discriminação contra a orientação sexual) e exigir a investigação e punição aos responsáveis por este tipo de atos de violência.

Toda solidariedade ao companheiro Juninho!
Prisão para os agressores!
Contra toda forma de opressão e exploração!

Coletivo Vamos à Luta || Tendência Sindical Unidos Pra Lutar

Nota do Juntos

Solidariedade com o companheiro Juninho: é hora de varrer a homofobia.

No último final de semana o movimento estudantil sofreu uma agressão.Quando voltava da praça universitária da Cantareira, nas cercanias da UFF em Niterói, nosso colega Silaedson Juninho sofreu um atentado homofóbico. De forma covarde, uma vez mais tivemos a homofobia como vetor deste ataque. 
Juninho, além de ativista do movimento LGBT, é um grande dirigente do movimento estudantil. Sua atuação, desde o ME secundarista, sempre foi respeitada por diferentes coletivos. Sempre esteve na primeira fileira das lutas.
Neste momento, somos todos "Juninho". Estamos Juntos! solidários. Nossa opinião é fazer da condenação a este gesto um ponto de apoio à luta contra a homofobia em todo o Brasil.

Direção Nacional do Juntos!

Vários partidos e entidades repudiaram o ato de homofobia e violência sofridas pelo companheiro Juninho

Nota do PSTU sobre a agressão ao companheiro Juninho

Recentemente a praça da Cantareira, em Niterói, foi palco de um acontecimento que não pode ser definido como nada menos que repulsivo: Silaedson “Juninho” Silva, estudante de Letras da UFF e militante da CST/PSOL, foi perseguido, insultado e agredido fisicamente nos arredores da praça por ser homossexual durante a madrugada da última quinta-feita, dia 04/08/2011. O camarada está abalado, mas passa bem.

Juninho, infelizmente, não é uma exceção em nosso país. A alguns meses atrás, Guilherme Rodrigues, da Letras da USP, militante do PSTU e da Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL), sofreu uma agressão muito semelhante na Avenida Paulista; no ano passado, um jovem homossexual de 14 anos foi torturado até a morte em São Gonçalo; e a própria Cantareira já teve o caso do jovem Ferruccio, que foi espancado até ficar desfigurado em plena praça. Todos esses e muitos outros casos apontam para uma triste estatística: o Brasil ocupa a liderança isolada no ranking de países que mais matam LGBTs do mundo, com uma média de um homossexual morto a cada 36 horas apenas por sua orientação sexual (254 mortos de 2010, segundo o Grupo Gay da Bahia). O número deve, inclusive, ser bem maior, já que esses são os apenas os casos em que se registra a motivação do crime como homofobia.

Dilma e o PT, de forma lamentável para um governo que diz lutar pelos direitos dos LGBTs, se recusam a tomar medidas contra isso: o PLC 122, que criminaliza a homofobia, está engavetado a anos, e o kit anti-homofobia preparado pelo MEC foi vetado pela presidente numa tentativa de aplacar a ultra-conservadora bancada evangélica da Câmara e proteger o ministro Palocci, afundado até o pescoço em escândalos milionários de corrupção. Entre os aliados do governo estão o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), um assumido inimigo dos direitos dos LGBTs, que fala barbaridades para quem quiser ouvir.

Nós do PSTU acreditamos que toda pessoa deve ser livre para amar quem quiser e ser tratada como todas as outras. A homofobia, assim como todas as opressões, é um instrumento da burguesia para dividir a classe trabalhadora e assim melhor explorá-la. Nas palavras de Malcom X, conhecido dirigente do movimento negro norte-americano, “não há capitalismo sem racismo, machismo e homofobia”. Apenas combinando as lutas contra a exploração e toda forma de opressão pode a classe trabalhadora se libertar; apenas com a construção da sociedade socialista todos terão o direito de amar.

Toda solidariedade ao companheiro Juninho!
Prisão para os agressores!
Aprovação da PLC 122 já! Homofobia é crime!
Cassação do mandato e prisão para Jair Bolsonaro!
Aprovação do kit anti-homofobia!
Direitos iguais para os LGBTs;
Contra toda forma de opressão e exploração!

Juventude do PSTU - Niterói/São Gonçalo

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Desempoeirando a frase, vamos à luta contra Belo Monte

Sem me despedir, tirei férias deste blog. Muitas coisas, roda mundo, redemoinhos; mas sempre presente a luta de classes. Pela facilidade do celular, não tão facilitada pelo assalto que a Tim aplica aos clientes cobrando 0,50 centavos/dia, não feriei das redes (twitter e facebook).

O papo é que a crise, que em 2008 não foi nem marolinha ante o que virá agora, está já desde antes de 1999 cobrando assintamente a fatura. Desde FHC e depois Lula, mas antes Itamar e Collor, que o assalto ao Brasil praticado pelos governos aliados ao sistema financeiro através da prática do endividamento abissal do país e com à política de cabaré do juros alto, que a crise social só tem acentuado-se! Com a política neoliberal e projetos antipovo, atacaram os serviços públicos e ajudaram a enriquecer mais ainda seus sócios de turno, e outros que nunca entraram de férias da jogatina do assalto aos cofres públicos.

Para aplicar esses ataques e acomodar os históricos interesses de rapina da burguesia, os governos nunca deixaram de se valer de métodos escusos, atos de improbidade e a cada ano e década, um escândalo mais escabroso, mais absurdo, mais vergonhoso que o anterior foi surgindo.

Nunca antes na história desse país se viu tanta roubalheira, deslavada corrupção! Foi o mensalão de FHC/PSDB para comprar a emenda da criminosa re-eleição em 1997; o mensalão de Lula/PT com todo o seu propinoduto; e agora as verdadeiras faces dos mercadores desse esquema surgem materializadas nos homens da mala-preta (lobbystas que intermediam em nome de seus patrões ou para si), atos que levaram o governo Dilma/PT/PMDB ter em menos de oito meses completos, a marca de 06 ministérios com as vísseras expostas pelo canal de podridão que existe em nossa República, e que emana do Alvorada.

É o câncer da corrupção o agente responsável pelo caos social que trabalhadoras e trabalhadores enfrentam todos os dias. É o que causa o sofrimento quando vão buscar os serviços públicos desde o transporte até a urgência/emergência do SUS. Por isso que precisamos lutar!

Com a crise econômica, a burguesia e o governo aumentam o assalto: recebem dinheiro público para manterem seus privilégios (como o escuso financiamento do BNDES para fusão do grupo Pão de Açucar com o Carrefour, que a opinião púiblica e sociedade não permitimos ir adiante), e assim jogam mais uma vez a conta no lombo do povo pobre, trabalhador e da juventude.

Só que dessa vez a coisa começou a mudar. Exemplos são fartos. Temos as Revoluções Árabes, a rebelião que nem mesmo o genocídio praticado pelo governo sírio impede de chegar ao seu destino: o fim do fascismo e da ditadura; as ocupações das praças pelo mundo... Na América Latina há a linda revolução: a primavera que novamente a juventude promove com a volta do tsunami que são os pinguins chilenos, meninos e meninas gritando pelo universal direito de estudar; o coerente berro, tranformado em hino, transformado em convite à luta pela escola pública, de qualidade e gratuita no Chile.

Um magnífico processo de luta que já fez despencar a popularidade do presidente Piñera, e com a chama que conseguiram espalhar à classe, aos docentes, aos mineiros, fará certamente a privatização despencar.

Contra o caos social, para que pela primeira vez a burguesia desse país pague pela crise, temos que também dizer aqui que as praças são do povo! Como as ocupações das praça Tahrir/Egito, Syntagma/Atenas, Puerto del Sol/Madri, vamos incediar as ruas do Brasil, ocupar as praças, exigir o fim das contra-reformas neoliberais (previdência/tributária e trabalhista), investimentos nas áreas sociais, e lutar contra a destruição da vida e do meio ambiente ameaçados por megaprojetos insanos na Amazônia, como as hidrelétricas no rio Madeira/RO e a Usina Hidrelétrica Belo Monte no rio Xingu/Pa.

A rebelião chegou no mato: nas usinas de Jirau e Santo os trabalhadores mandaram bem dado o recado: só a luta conquista dignidade e respeito à vida!

Dia 20/08, a partir das 9h em frente ao Teatro da Paz aqui em Belém, faremos grande ato contra Belo Monte e contra as mudanças no Código Florestal! Junte-se você também nessa maré de mudanças que ocupará as principais cidades do país e do mundo, chamando a atenção de todos contra o crime que Dilma e seus amigos empreteiros pretendem fazer no país!