terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mais médicos, menos preconceito!

MÉDICOS BRASILEIROS ENVERGONHAM O PAÍS.
Eu deploro e abjeto o racismo. O de médicos brasileiros contra médicos cubanos ontem é emblemático.

Desnuda uma das catástrofes a persistir no Sistema Único de Saúde (SUS): o da formação, que foi piorada com a privatização do ensino superior no país e as políticas neoliberais levadas a cabo por FHC (PSDB), Lula e Dilma (PT). Com distorções graves e impropriedades no ensino de graduação; extensões inexistentes ou quase nulas do ponto de vista prático, e pesquisa quimérica, a maioria dos estabelecimentos de formação de médicos no país pode ser qualificados tranquilamente de escolões do ensino superior. O que já seria um grande elogio.

É preciso enfrentar a privatização no interior das universidades públicas, como é o caso da famigerada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, cuja finalidade seria o de administrar e desviar fim dos Hospitais Universitários do País. 

(Em se tratando de buscas para se piorar e desmontar ainda mais com o Sistema Único de Saúde, nada e nem ninguém foi tão eficiente quanto a dupla petista de presidentes da república. Engodo, populismo e paliativo lhes cairia muito bem como sobrenome.)

Ingredientes fartos nesse caldeirão, que acabaram também por construir um “endeusamento”, portanto, reacionário e patético da profissão médica.
Isso contribui para um nefasto distanciamento com a realidade da comunidade, construindo um caminho fácil para que abutres buscassem (e busquem) nada além do que um jaleco branco e uma poupuda conta. 

Debate e comprometimento com a política de saúde pública? 
Raramente. Ou nunca. Nunquinha..., infelizmente...

Parcela significativa desses jovens médicos não sabem nem o que é isso... 

Os médicos cubanos, AO MENOS A MAIORIA, sabem!

Lá, o foco é evitar que se adoeça. Saúde de família. Atenção Primária. Diferente do que muitos pensam e pelos resultados práticos, acaba sendo de média e alta complexidade, na medida que evita que nela se chegue, principalmente através de causas ditas "naturais". Infarto, Acidente Vascular Cerebral, Hipertensão Arterial, etc. são os principais agravos no país. Alguém já se preocupou em comparar apenas estes três indicadores com os de Cuba? 

No Brasil também deveria ser assim....Mas lembram que FHC municipalizou a Atenção Primária em Saúde?
Tratou-se de brutal ataque às Estratégias Saúde da Família (surgidas no Brasil em 1994) e Equipes de Agentes Comunitários de Saúde (ESF/EACS). Imaginem a bomba...

Fundo a fundo, dezenas de bilhões de reais dessas políticas, do Programa Saúde da Família, e de todos os Ministérios destinados aos municípios brasileiros são há tempos literalmente roubados pelos prefeitos e seus apaniguados.

Isto sim é vandalismo!

O  modus operandi  é o mesmo em quase todos os municípios do país. Para terem apenas um exemplo, leiam este relatório da Controladoria Geral da União sobre o município de Cametá: http://sistemas.cgu.gov.br/relats/uploads/33-PA-Cameta.pdf.

As constatações são amostras de como funcionam verdadeiras quadrilhas instaladas nas capitais do país e demais cidades. Do Oiapoque ao Chuí. De Belém a São Paulo. Prefeitos, seguindo exemplo dos governadores e da Presidenta da República, promovem um verdadeiro super mega assalto aos cofres públicos!

Daí a matança indiscriminada na saúde e o caos generalizado em demais áreas sociais...

Daí eu pergunto: quem comete o verdadeiro vandalismo? Os blacks blocs indignados com a corrupção ou os nossos desavergonhados políticos?

Para que funcione o Programa Saúde da Família, pode ter tudo, mas se não tiver médic@ não vai adiantar. Como paliativo, para o Programa Saúde da Família, dada a gravidade instalada, os médicos estrangeiros poderão em muito ajudar.

Aqui cabe novamente um repúdio ao racismo. Ao vandalismo de grupo de “patricinhas” xenófobas. Palavra que certamente elas nem devem saber o que significa. Mas elas não passam disto!
As cenas de ontem no aeroporto de Fortaleza-CE são mostras também de que persiste ainda um gravíssimo problema histórico: a segregação de estudantes negros/negras dos cursos de medicina em todo o país.

Acompanhei em dezembro de 2011 as três mais concorridas provas de residências do país. Todas do SUS. Umas das minhas constatações: dos milhares e milhares de concorrentes que vi entrarem pelos portões da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, da UNINOVE e de outro local de São Paulo que agora não recordo, vi apenas um jovem negro. Milhares de médicos do país. Apenas um era negro. Fiquei sabendo depois que ele passou e que é de Belém do Pará.

Isso explica muito das torpes cenas de ontem. Médicos corporativistas e entidades brasileiras resmungaram contra os médicos portugueses, espanhóis e paraguaios. Mas partiu verdadeiramente para o ataque contra os médicos negros.

Ser de Cuba, que por acaso tem a melhor medicina do mundo, é apenas um detalhe.

Como não poderia ser diferente, a mídia burguesa sempre corrobora com essas mesquinhas e nefastas práticas. Hoje atacam a vinda dos cubanos, sob as mais fascistas justificativas, mas nem sempre foi assim.

Leia caso da Veja, retirado do site Pragmatismo Político:

Revista da Editora Abril afirma que “o milagre veio de Cuba” numa reportagem de 1999, quando o presidente era FHC e o ministro da Saúde, José Serra, ao descrever a situação de municípios que não tinham médicos. Hoje, cubanos que chegaram para trabalhar em cidades sem médicos são chamados de escravos e de espiões comunistas por Veja

Numa reportagem publicada na edição número 1.620, de 20 de outubro de 1999, a revista Veja elogiou a vinda de médicos cubanos ao Brasil. “O milagre veio de Cuba”, chega a colocar o texto, depois de descrever a precária situação do, na época, único hospital do município de Arraias, em Tocantins.
A matéria explica o motivo pelo qual o hospital ficou fechado por quatro anos depois de ser inaugurado, em 1995: “Faltavam médicos que quisessem aventurar-se naquele fim de mundo”. Foi quando a cidade “conseguiu importar cinco médicos da ilha de Fidel e, assim, abrir as portas do hospital”.
Infelizmente, a situação de hoje não é muito diferente. O governo da presidente Dilma Rousseff, com Alexandre Padilha no ministério da Saúde, anunciou a contratação de quatro mil médicos cubanos para trabalhar em 701 municípiosque não foram escolhidos por nenhum profissional inscrito no programa Mais Médicos.
Diferente de quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso firmou o convênio com Cuba, no entanto, desta vez a revista cobriu o assunto escancarando seu preconceito. Chamou o que antes era “a tropa vestida de branco de Cuba” de “espiões comunistas”. O colunista Reinaldo Azevedo os chamou de escravos.
Em outro trecho, a matéria diz: “os cubanos são bem-vindos”, ressaltando, porém, que a contratação desses médicos era irregular, motivo que também é trazido à tona atualmente. Apesar dessa pequena crítica, o destaque do texto de 1999 fica para histórias de personagens cubanos que pretendiam melhorar de vida no Brasil e trabalhar com amor. Inexplicavelmente, agora, sob o governo petista, a posição da revista mudou completamente. Por quê?
Abaixo, a reportagem de Veja de outubro de 1999:


Matéria de Veja sobre médicos cubanos no Brasil – outubro de 1999
Matéria de Veja sobre médicos cubanos no Brasil – 1999
Última atualização: 27/08/2013 - 17h01min.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vídeo mostra que PiG não existe

Comumente vemos os chamados "blogueiros progressivos" e setores da mídia alternativa ligados ao governo Dilma e ao Partido dos Trabalhadores e seus satélites (PCdoB, PDT, etc.) defenderem uma ideia de que há um "Partido da Imprensa Golpista" – PiG, cujos principais representantes seriam a Rede Globo, Grupo Abril (Revista Veja) e grupo Folha de São Paulo, que através de suas políticas editoriais, estariam articulados na tentativa de "desestabilização do governo federal e de sua derrubada". Materializado sobre a forma do que os #BlogsProgs chamam de "tentativa de golpe da direita". Nada mais falso e mentiroso! 

Toma lá, da cá. A gente vê por aqui

Se há uma grande e vergonhosa constatação nestes 10 anos de PT no governo é que a de que Lula governou e Dilma governa, salvo pontuais momentos de crise, com a mais estrita unidade política e econômica com os grandes veículos de comunicação do país. Igualemente ocorre nos estados (como no caso dos governos corruptos de Sérgio Cabral – PMDB/RJ, de Geraldo Alckmin – PSDB/SP e de Simão Jatene –  PSDB/PA). Basta dar uma breve olhada no Portal Transparência para se indignar com as quantias abissais de recursos públicos que são repassados mensalmente pelos governos, a título de "cala a boca", para os grandes veículos da mídia burguesa. 

Há governos que gastam mais em propagandas do que nas áreas sociais.

O vídeo abaixo retirado do YouTube mostra como governos e mídia estão afinados no discurso e na manipulação da verdade. 

Risadas liberadas...

Como diria Bertolt Brecht:

“Se é a Globo quem diz, desconfie piamente!”*


*Brecht (10 de Fevereiro de 1898 – 14 de Agosto de 1956), se vivo estivesse, certamente teria dito a frase.

Última atualização: 26/08/2013 - 17h20

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Dilma, a maior cafetina do país

Tráfico humano: Governo, justiça e parlamentares são surdos, mudos e cegos para esta barbárie.
As obras do PAC do Governo Federal, como as criminosas usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio no Rio Madeira/RO, e de Belo Monte no Rio Xingu/PA, impulsionam uma verdadeira catástrofe humana na Amazônia: favorecem a exploração de trabalhadores(as), o trabalho escravo, a prostituição e o tráfico humano. 
Mais uma grande contribuição do Partido dos Trabalhadores (PT) nesses 10 anos de governo.
Esquema de tráfico humano é desmontado no Pará

Uma operação da Polícia Civil (PC) do Pará, em conjunto com as polícias de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, prendeu na última quinta-feira (22) a paraense Claci Fátima Morais da Silva, acusada de aliciar meninas da região Sul do Brasil para exploração sexual nas cidades de Altamira e Vitória do Xingu.
Segundo informações da polícia, Claci Fátima estava foragida desde o mês de fevereiro deste ano e foi encontrada ontem, em Passo Fundo, no Estado do Rio Grande do Sul. A acusada será encaminhada de volta ao Pará, onde deve responder pelo crime.
Além de Claci, outras cinco pessoas foram identificadas pelas vítimas traficadas e denunciadas pelo Ministério Público Federal do Pará, em março, acusadas de promover trabalho escravo, tráfico de pessoas, exploração sexual, corrupção de menor e formação de quadrilha.
Entre elas, estão os empresários Adão Rodrigues, 51 anos, e Solide Fátima Triques, 38, que foram presos apontados como chefes do tráfico de pessoas na região sudoeste do Pará.
De acordo com a polícia, as mulheres eram trazidas do Sul com a promessa de que ganhariam até mil reais por dia trabalhando na barragem, mas em Altamira ficaram em situação precária e algumas chegaram a ser trancadas em quartos.
A boate para onde as vítimas foram trazidas ficava nas proximidades de dois canteiros de obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Segundo a PC, o esquema aproveitava a grande movimentação de pessoas vindas pelo projeto para realizar a exploração sexual.
(DOL com informações da PC)

Polícia encontra corpo de Welbert Cabral Costa em fazenda de grupo ligado a Daniel Dantas

Cadáver do trabalhador estava dentro da Fazenda Vale do Triunfo a cerca de 20 km de onde fora assassinado. Equipe policial encontrou a vítima após uma denúncia anônima

Por Guilherme Zocchio*, para a ONG Repórter Brasil
Retrato de Welbert Cabral Costa
(Foto: arquivo pessoal)
O corpo do tratorista Welbert Cabral Costa, desaparecido desde o dia 24 de julho, foi encontrado na tarde desta quinta-feira, 22 de agosto, no interior da Fazenda Vale do Triunfo, localizada na zona rural de São Félix do Xingu, no sul do Pará (PA). A área é de propriedade da Agropecuária Santa Bárbara, empresa ligada ao Grupo Opportunity, que tem entre os acionistas o banqueiro Daniel Dantas. Segundo a Polícia Civil paraense, após denúncia anônima, a equipe coordenada pelo delegado Lenildo Mendes dos Santos, responsável por investigar o caso, conseguiu localizar os restos mortais da vítima a cerca de 20 km da guarita de entrada da propriedade, onde há quase um mês o trabalhador rural teria sido assassinado por reclamar direitos trabalhistas.
De acordo com o advogado Rivelino Zarpellon, que acompanha as investigações pela Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH), a vítima fora identificada pelo irmão do tratorista. O familiar teria reconhecido as roupas que vestiam o cadáver, dadas de presente pela mãe, bem como uma falha característica na boca, que acompanhava uma prótese dentária. O corpo de Welbert fora encontrado amarrado, fato que levanta as suspeitas de que ele teria sido deslocado do local original para não ser encontrado, desde que o caso ganhou repercussão, conforme informações do integrante da SDDH à reportagem.
Os acusados pelo crime, Maciel Nascimento e Divo Ferreira, seguranças da Fazenda Vale do Triunfo, no entanto, continuam foragidos, segundo Zarpellon. Uma testemunha ocular teria presenciado os dois funcionários da empresa renderem Welbert Cabral Costa e realizarem um disparo contra a nuca do trabalhador, depois de uma discussão que se estendera por horas na portaria da propriedade. Na sequência, o corpo da vítima teria sido colocado na caçamba de uma camionete S-10 branca, para depois ser escondido em algum canto no meio do matagal da região.
Equipe Caveira, da polícia paraense, realiza diligência na fazenda. Foto: Divulgação
No último 24 de julho, o trabalhador fora à propriedade, após estar afastado do serviço devido a um acidente profissional, para reclamar uma quantia em direitos trabalhistas que não lhe havia sido paga. Sua entrada fora barrada e daí teria começado uma discussão que seria encerrada com o assassinato do tratorista. À época, entidades da sociedade civil e movimentos sociais denunciaram o crime e cobraram agilidade nas investigações do caso. Welbert Cabral tinha 26 anos, esposa e quatro filhos pequenos, o mais velho deles com 5 anos de idade, e vivia com a família em Xinguara (PA), município vizinho a São Félix do Xingu (PA).
Grupo Santa BárbaraFundada em 2005, a Agropecuária Santa Bárbara é uma das maiores empresa de pecuária de corte do Brasil. Com relevante participação acionária do Grupo Opportunity, ligado ao banqueiro Daniel Dantas, possui, de acordo com informações da própria companhia, mais de meio milhão de cabeças de gado, distribuídas entre seus 500 mil hectares de terra, uma área equivalente a três vezes o município de São Paulo. Em nota enviada quando Welbert desapareceu, a empresa informou que está “colaborando com as autoridades para desvendar essa situação e apurar as eventuais responsabilidades”. “A Agro Santa Bárbara não coaduna, não avaliza, não acoberta, não aprova qualquer atitude ilícita, repudiando de forma veemente as injustas e falsas acusações de que outros eventos dessa natureza já teriam ocorrido em suas propriedades rurais”, diz o texto.
Ao fundo o corpo do trabalhador assassinado, é encontrado pelo delegado Lenildo, responsável pelo caso. Foto: Divulgação
Ao fundo, o corpo do trabalhador assassinado, encontrado pelo delegado Lenildo, responsável pelo caso. Foto: Divulgação
Em 2009, o Ministério Público Federal processou a empresa pelo desmatamento ilegal de 51 mil hectares, cobrando R$ 863,4 milhões (valor corrigido pelo IPCA) em indenizações. Três anos depois, uma operação libertou cinco trabalhadoresmantidos em condições análogas às de escravos em uma fazenda do grupo. No mesmo ano, famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que estavam acampadas em frente a uma fazenda do grupo em Eldorado dos Carajás (PA) protestando contra a grilagem de terras, o trabalho escravo e o uso excessivo de agrotóxicos tiveram de deixar o local depois que seguranças da área atiraram contra os manifestantes.
Tanto o Opportunity quanto Dantas aparecem, entre outros episódios, na Operação Satiagraha, deflagrada no começo de 2004 para investigar um grande esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas. Além disso, a região, no sul do Pará, é conhecida pela pistolagem e frequentes ameaças e assassinatos de camponeses.
Mortes no Pará

De acordo com um relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), entre 1996 e 2010 799 trabalhadores rurais foram presos, 809 foram ameaçados de morte e 231 assassinados no Estado do Pará. Nesse mesmo período, 31.519 famílias foram despejadas ou expulsas de 459 áreas que eram reivindicadas para assentamentos da reforma agrária. Segundo a instituição, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no ano passado eram 130 fazendas ocupadas por 25 mil famílias de trabalhadores rurais sem terra na região, uma disputa de mais de um milhão de hectares.
No ano passado, a CPT divulgou um levantamento sobre a situação de 38 lideranças e trabalhadores rurais ameaçados de morte na região Sul-Sudeste do Pará. O estudo trouxe uma descrição do conflito e das medidas que estão sendo tomadas ou não pelas autoridades competentes e apontou a situação em que se encontra cada pessoa ameaçada. O diagnóstico foi enviado para o Ministério Público Federal, Incra, Ibama, Ministério Público do Trabalho, entre outras instituições, com uma série de recomendações para a proteção aos trabalhadores e ao meio ambiente. De acordo com a CPT, as causas estruturais das ameaças envolvem o “desmonte da reforma agrária”, a “impunidade” e a “ineficiência na defesa do meio ambiente”.
Entre os ameaçados de morte que constavam do relatório está Laísa Santos Sampaio. As ameaças de morte que ela tem sofrido seguem um roteiro conhecido: recadinhos, invasões da própria casa, ter o cachorro alvejado por balas. E o final de uma história semelhante foi visto quando assassinaram sua irmã, Maria do Espírito Santo da Silva, juntamente com o marido dela, José Claudio Ribeiro da Silva, ambos lideranças do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, localizado a cerca de 50 quilômetros da sede do município de Nova Ipixuna, Sudeste do Pará. O caso ganhou repercussão internacional em maio do ano passado. A professora é o próximo alvo dos pistoleiros porque manteve a luta da irmã. O projeto em Nova Ipixuna garante o sustento de mais de 500 famílias com a produção de óleos vegetais, açaí e cupuaçu.
O documento cita mortes anunciadas, como as de José Dutra da Costa, o Dezinho, Pedro Laurindo, José Pinheiro Lima, além das de José Claudio e Maria. Todos já haviam informado às autoridades as ameaças que sofriam.
*com a colaboração de Stefano Wrobleski, Verena Glass e informações do Blog do Sakamoto

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

PSOL entre dois projetos

Gelsimar, Dep. Marcelo Freixo e o PSOL que vais às ruas e às lutas.
O debate que teremos esses dias, a exemplo da Plenária do PSOL hoje, às 19h, na sede do Paysandu, não é qualquer debate.

Por exemplo: em Itaocara, município do Norte Fluminense, a primeira cidade do país a eleger um prefeito do PSOL, o companheiro Gelsimar Gonzaga certamente representa o que há de mais avançado e distinto como forma de modelo de se gestionar a coisa pública. Lá se é radicalmente democrático e revolucionário na inclusão da população nas decisões adminstrativas e políticas; porque lá se busca organizar e mobilizar o conjunto da classe trabalhadora, da juventude e do povo pobre para as lutas e conquistas.

Itaocara representa um projeto do PSOL que me orgulha, que faz jus ao programa fundacional do partido, que não se concilia e e não se curva aos corruptos e aos poderosos.

Itaocara me orgulha, porque lá o prefeito, que é concursado como servidor público municipal e dirigente licenciado do Sindicato de sua categoria, organiza, mobiliza e vai para os protestos junto com o povo.
Lá, diferente de outras cidades, inclusive a capital governada pelo PSOL (Macapá-AP), não foi preciso ter protesto para a juventude conquistar o #PasseLivre. Ele veio ainda em janeiro. E em Macapá segue ganhando a patronal dos ônibus.

Em Itaocara o PSOL vai no protesto e organiza a luta pelo #ForaCabral e#CadeOAmarildo.
Em Macapá, o protesto do povo e da base do PSOL é contra as políticas e opções governamentais do prefeito Clécio Luis e de sua corrente (a Dissidência, composta pelo senador Randolfe Rodrigues, dep. Ivan Gente Valente/SP, Edmilson Rodrigues e Marinor Brito.).

Itaocara representa um PSOL que está nas ruas, que ajudou a fortalecer as#JornadasDeJunho, que luta contra a criminosa lei do ex presidente Fernando Henrique Carsdoso (PSDB), a Lei de (ir)Responsabilidade Fiscal, que infelizmente em Macapá é aplicada e usada como desculpa para não se melhorar os salários de fome dos servidores do município.

Assim como Itaocara e Macapá são distintas, também o são os dois projetos que estão em disaputa neste Congresso do PSOL. Um projeto que representa a luta intransigente contra os responsáveis pelo caos social, contra as assassinas e criminosas políticas do governo Dilma (PT/PMDB/PCdoB/PP/PSD/PTB/PSB), um PSOL classista, internacionalista e socialista. 

Lógica do chiqueiro: quem se mete com porcos, 
come farelo.

De outro lado, tem o projeto cancerígeno para o PSOL, representado pelos setores que acham que o PSOL não precisa estar nas ruas para exigir as mudanças que o país precisa. Este setor é o mesmo que acha que não há problema em se governar com Lucas Barreto e Roberto Jeferson (PTB), Kassab (PSD) e adora fazer fotos com o que há de mais sórdido na política brasileira como Sarney e Dilma. E olha lá que uma "imagem diz mais que mil palavras".

Randolfe não serve para o projeto de luta, de sonho e esperança que motivou a construção do PSOL e a expulsão dos radicais do PT em dezembro de 2003. Randolfe e o projeto da dissidência tampouco senvem para para disputar em 2014 a Presidência da República. Por isso a importância da defesa da pré-candidatura à Presidência da companheira Luciana Genro.


Precisamos reafirmar o PSOL de luta, independente, classista e de combate!


Fortalecer o Bloco de Esquerda do PSOL e derrotar a Dissidência!

PT assume com PMDB apoio a filho de Jader Barbalho





Helder Barbalho terá apoio do PT ao governo do Pará
Foto: Cristino Martins/O Liberal/29-10-2008
Helder Barbalho terá apoio do PT ao governo do Pará. (Cristino Martins/O Liberal)
POR FERNANDA KRAKOVICS

BRASÍLIA — Em jantar marcado por críticas à ausência de uma coordenação política efetiva do Palácio do Planalto, as cúpulas do PT e do PMDB discutiram, na noite de segunda-feira, as divergências entre os dois partidos nas eleições estaduais do ano que vem. Um dos poucos resultados concretos do encontro foi o compromisso do presidente nacional do PT, Rui Falcão, de enquadrar seu partido no Pará e apoiar a candidatura de Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), ao governo do estado. Falcão também afirmou que o PT apoiará a candidatura do presidente do Senado, Renan Calheiros, para governador de Alagoas. 

A prioridade da direção nacional do PT é a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Por isso, o compromisso com dois importantes líderes regionais do PMDB. Em segundo lugar, a cúpula petista quer aumentar suas bancadas na Câmara e no Senado para não ficar tão refém dos aliados, como do próprio PMDB. Assim, o comando do PT exigirá sacrifícios de sua base nas disputas para governador e dará a palavra final sobre as candidaturas. O jantar de anteontem ocorreu no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice Michel Temer.

Apesar da garantia dada por Rui Falcão, a relação com o PMDB continua ruim no Pará. Isso porque a ala do PT ligada à ex-governadora Ana Júlia Carepa insiste no lançamento de candidatura própria. No jantar, Jader Barbalho foi o mais contundente nas críticas à articulação política e à comunicação do governo Dilma.

Esse, aliás, foi um dos pontos de convergência entre PMDB e PT na reunião. Até o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), reclamou da falta de divulgação das obras e programas da administração Dilma, que acabam sendo apropriados pela oposição.

No encontro, os peemedebistas cobraram apoio do PT para seus candidatos e ameaçaram não apoiar a reeleição de Dilma em estados como o Rio de Janeiro e o Ceará. O Rio é o estado que tem o maior peso (maior número de delegados) na convenção nacional do PMDB, que decidirá o rumo da sigla na eleição presidencial do ano que vem. O Ceará é o terceiro em número de votos na convenção.

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), cobrou dos petistas apoio à candidatura do atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão. Lembrou que o Rio tem cerca de 20% dos votos na convenção nacional do partido e exibiu uma tabela com a diferença de votos entre Dilma e José Serra (PSDB), por estado, nas eleições de 2010, para mostrar que o apoio do PMDB pode ser decisivo para a reeleição da petista — Dilma teve no Rio a maior votação do centro-sul do país.

Após ouvir Eduardo Cunha, o presidente do PT disse que o Rio é o principal problema a ser resolvido, mas afirmou que, na conjuntura atual, de alta rejeição ao governo Sérgio Cabral, a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT) é uma alternativa, e que o partido trabalha com esse cenário.

Outro momento de tensão foi a avaliação do quadro no Ceará. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), pré-candidato a governador, afirmou, segundo relatos, que não aceita dois palanques de Dilma no estado — o outro seria do PSB. E que, se isso acontecer, ele vai para a oposição. Eunício tem negociado com o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB).

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e seu irmão, Ciro, têm mantido conversas com o PT para ceder o palanque no Ceará a Dilma. Ontem, ao ser questionado, Eunício negou o ultimato:
— O Ceará, a gente combinou de discutir mais para a frente. Não tenho angústia e espero que os aliados estejam todos juntos. Eu, sozinho, tenho seis minutos de propaganda na televisão — afirmou Eunício.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Zenaldo é caso de polícia e de saúde pública

Ontem, no horário do almoço. Imagem: Facebook/Divulgação. 

Belém: Lixo hospitalar e sangue são jogados na calçada do PSM da 14


A internauta Mayra Araújo postou ontem, nas redes sociais [Facebook]*, imagem [acima]* mostrando o momento em que um líquido vermelho semelhante a sangue escorria pela calçada em frente ao necrotério do Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti, o PSM da 14 de Março. Supostamente, o sangue vinha de macas utilizadas para carregar cadáveres, após serem lavadas.

A imagem mostra que o sangue tomou parte da calçada, sob as vistas de crianças que passavam pelo local. Diante da denúncia, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) pediu a demissão do funcionário responsável pelo comportamento inadequado. Para piorar a situação, foram deixados no chão panos sujos, seringas, luvas e algodão do hospital. 

No final da tarde, devido à chuva, a mancha de sangue foi lavada do calçamento da travessa Bernal do Couto, via de acesso ao necrotério. No entanto, através do portão trancado, era possível ver três macas encostadas no muro. 

Flagrante

Segundo o texto postado nas redes sociais por Mayra, o flagrante do sangue escorrendo pela calçada aconteceu no horário do almoço, momento em que o fluxo de pessoas caminhando por ali é intenso.

“Cá estou eu indo para casa almoçar e quando passo próximo ao Pronto Socorro da 14 de Março, lateral que vem da Bernal do Couto, onde fica o ‘necrotério’, vi que alguns funcionários estavam lavando as macas onde ficam os defuntos, sendo que a água com sangue escorrendo pela calçada fica bem próximo de uma parada de ônibus, e o fluxo de pedestres é intenso, as pessoas tendo que desviar ou até mesmo pular (como está na foto) para que não encostasse na água suja de sangue”, publicou a internauta no Facebook.

Mayra escreveu também que não gosta de passar pelo local porque, segundo ela, é comum encontrar seringas e luvas espalhadas pelo chão, junto com o lixo hospitalar que fica armazenado ali próximo. Esses materiais estão, de fato, espalhados pela calçada, o que aumenta o risco de contaminação ou de acidentes para quem anda por ali.

A Secretaria Municipal de Saúde se manifestou por meio de nota, na qual explicou que a limpeza das macas dos prontos socorros é realizada por uma empresa terceirizada. 

Em função da denuncia, a secretaria informou que identificou o responsável pela lavagem inadequada dos equipamentos e solicitou a demissão do funcionário. Por telefone, a assessoria confirmou que o líquido que escorreu era sangue humano.

Sobre o lixo hospitalar espalhado na calçada, a Sesma foi procurada mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

(Diário do Pará)

*Grifo do Blog.

Brasileiro teve sorte de sair vivo, diz Independent lembrando Jean Charles

Um artigo publicado no jornal britânico 'The Independent' desta quarta-feira (21) afirma que o brasileiro David Miranda, que ficou detido em Londres no último domingo durante nove horas, teve sorte de voltar vivo para seu país.

O texto, assinado pelo comentarista político Matthew Norman, lembra a morte do eletricista Jean Charles de Menezes, em 2005, e diz que, há oito anos, brasileiros de passagem pela capital britânica eram vítimas de execuções 'patrocinadas pelo Estado'.

O comentarista qualifica como 'desgraça' o fato de que os agentes de segurança tenham detido e interrogado de maneira 'cretina' um estrangeiro que não era suspeito de terrorismo.  

Tirar o chapéu 

O texto diz que a 'aplicação cínica' da Lei Antiterror de 2000 teve o objetivo de amedrontar o companheiro de Miranda, o jornalista do jornal 'The Guardian' Glenn Greenwald, e outros jornalistas que desejam exercer sua profissão e o direito democrático de reportar. 

Ainda na avaliação de Norman, a detenção do brasileiro provocará um resultado completamente oposto ao desejado pela polícia. 

'A partir de agora, Greenwald vai publicar reportagens de forma muito mais agressiva e devemos tirar o chapéu para ele por isso'. 

'Se há algo que os jornalistas gostam, além de serem martirizados diante dos olhos do mundo, é serem desafiados frontalmente sobre o exercício legal de sua profissão'.

Fonte: ORM/G1
Foto: Reprodução/TV Globo

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Somos todos Blacks Bloks

Cartolina diz tudo!
Concentração e reflexão para o 07 de setembro.

Vamos à luta pela verdadeira independência do Brasil!

Bala cega, mas não cala


SÉRGIO SILVA, fotógrafo que perdeu a visão do olho esquerdo após ser baleado pela Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo durante um protesto no mês de junho. 
Ele deu o recado no Dia Mundial da #Fotografia.

ELES NÃO IRÃO NOS CALAR!
A LUTA CONTINUA!

Fonte: Facebook.

Novo Ministro repete discurso do PT

Pela primeira vez opinando sobre o mensalão no plenário do Supremo Tribunal Federal, o ministro Luís Roberto Barroso disse que o caso não foi o maior escândalo político da história do país , mas o “mais investigado”.

O ministro, mais novo integrante da corte, foi indicado pela presidente Dilma Rousseff em maio deste ano e ontem defendeu um entendimento do caso semelhante ao do discurso do PT desde o início do escândalo, em 2005.

Ele foi enfático ao defender reformas do sistema político do país, mesma bandeira que Dilma e os petistas defendem como resposta à corrupção.

“[É] no mínimo questionável a afirmação de se tratar do maior escândalo político da história do país”, disse Barroso. “Sem margem de erro, é o [caso] que foi mais investigado de todos, seja pelo Ministério Público, pela Polícia Federal, pela imprensa.”

Para o ministro, o mensalão não foi um evento isolado na vida nacional, nem é cabível atribuir a corrupção a um determinado partido.

“Justamente ao contrário, ele se insere em uma tradição lamentável que vem de longe. Não existe corrupção do PT, do PSDB ou do PMDB. Existe corrupção. Não há corrupção melhor ou pior, dos nossos ou dos deles, não há corrupção do bem. A corrupção é um mal em si e não deve ser politizada”, afirmou.

Ao elaborar esse argumento, o ministro defendeu a reforma política. Segundo ele, o mensalão significou “a condenação de um modelo político, aí incluídos o sistema eleitoral e o sistema partidário.” Para o ministro, “se não houver reforma política tudo vai acontecer de novo”, já que “o modelo brasileiro produz criminalização da política”.

Logo após os protestos de junho, que abalaram sua popularidade, a presidente Dilma propôs a convocação de um plebiscito para discussão da reforma política, como resposta à indignação das ruas.

A ideia do plebiscito foi rejeitada pela maioria dos líderes partidários no Congresso e naufagrou. A Câmara montou uma comissão para estudar o tema. Barroso disse ontem que a reforma tem de ser feita, com ou sem consulta popular, pelo Congresso.




Fonte: Folha de São Paulo, a partir do site da FENAPEF.

Sheik: um pequeno beijo para o homem, um enorme passo para o futebol brasileiro

Reprodução/Instagram
Reprodução/Instagram
Não importa a orientação sexual do jogador. Não importa se a foto acima é apenas uma brincadeira entre amigos. Emerson Sheik rompeu a barreira da intolerância, um dos comportamentos mais marcantes do futebol brasileiro. O atacante zombou de todos aqueles que enxergam as relações amorosas tão inflexíveis quanto o 4-4-2 que o técnico insiste em escalar. Sheik, ao dar o “selinho” no amigo, namorado, parente, afim, deu uma voadora na hipocrisia hasteada por torcedores, dirigentes e até mesmo colegas de profissão.
Héteros e gays sempre jogaram no mesmo time, assim como o craque e o perna de pau. Mas nunca foi permitida qualquer manifestação que colocasse em dúvida a “masculinidade” dos jogadores. E formamos uma legião homofóbica que prega apelidos jocosos, expulsa jogadores, torna a discussão necessária em mais um retrocesso.
Na última vez que o assunto veio à tona, o desfecho foi desastroso. Uma declaração infeliz de um dirigente do time rival, e Richarlyson virou inimigo de torcedores do seu próprio clube. Deu entrevista para o Fantástico. Negou ser gay, como quem se defende de uma acusação. Apresentou às pressas uma namorada, capa de revista masculina, e o semblante de puro constrangimento. Um episódio que não trouxe qualquer evolução da mentalidade doentia de uma sociedade que entende o sexo como uma regra de 3.
E claro que já existem centenas de corintianos a pedir a saída de Sheik. Uma turba de imbecis a clamar palavras de ódio. Estão lá apenas para apontar o dedo e dizer quem tem o direito ou não de jogar no Corinthians. Ignoram a liberdade de expressão. Ignoram o respeito. Ignoram a Democracia Corintiana, a vanguarda de um clube absolutamente identificado com as massas populares. Covardes com ingresso numa mão e a estupidez na outra.
Mas ficam as réplicas sinceras de torcedores de dezenas de clubes, que aplaudiram o drible mais desconcertante da carreira do jogador. Emerson Sheik, que já colecionou páginas de jornais por adotar uma macaca e por se ver envolvido em denúncias de adulteração de documentos e contrabando de carros, hoje ganha todas as atenções por um simples gesto. O beijo. Algo tão comum e universal quanto o futebol.

Líder de comunidade quilombola é assassinado em Belém

O líder da comunidade Quilombola de Gurupá, em Cachoeira do Arari, na ilha do Marajó, Teodoro Alalor (de branco na foto abaixo), foi assassinado na madrugada do último domingo enquanto estava hospedado na casa de parentes no bairro da Cabanagem, em Belém. 

Foto: Arquivo pessoal.
Alalor, que já sofria diversas ameaças de morte por denunciar várias formas de expropriação que as comunidadades quilombolas da região de Gurupá sofriam, foi esfaqueado do lado esquerdo do peito por um homem que invadiu a casa e depois fugiu. Alalor resistiu por pouco tempo ao golpe e morreu no portão da residência.

Amigos de outras comunidades Quilombolas já fizeram a denúncia e preencheram o boletim de ocorrência do caso que foi registrado na delegacia do bairro da Cabanagem. A polícia dará início à investigação em breve.

Terceiro Encontro - O líder estava em belém para participar do Terceiro Encontro Estadual de Quilombolas do Pará  que acontece de 19 até o dia 22 de agosto, na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Travessa Barão do Triunfo, 3151, bairro do Marco, na capital paraense. 

(Portal ORM)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Marajó: Relatos do horror em Anajás

Por Franssinete Florenzano, em seu blog:
 
Casos horripilantes estão acontecendo em Anajás. Na semana passada morreram três bebês no posto de saúde por falta de atendimento adequado. O último caso é particularmente medonho e teve seu desfecho na quarta-feira, dia 07. Uma mulher chamada Leila procurou o único posto de saúde com fortes dores de parto. E depois de cinco dias de muito sofrimento seus familiares suplicaram ao único médico do município, Bira Barbosa, conhecido como "Doutor Birão", que chamasse um avião para levar a grávida a uma maternidade onde houvesse recursos hospitalares para salvar a vida do bebê, mas o médico disse que não podia porque havia sido alertado pelo prefeito de que ele se recusaria a pagar frete de aeronaves por conta de que teria que economizar. Após discussão, o médico resolveu levar a parturiente para uma sala onde não havia a mínima estrutura para uma cirurgia, e lá mesmo fez uma cesariana e mandou uma enfermeira por o bebê morto no colo da mãe para que ela o amamentasse (!). 

Outro caso: uma mãe chegou desesperada no posto porque a sua filhinha de cinco anos havia engolido uma moeda. O médico não socorreu a criança e a mãe, em ato de desespero, se lançou no chão do corredor rogando a Deus que não levasse sua filha e então lhe veio a lembrança de meter o dedo na garganta da menina, que voltou a respirar. A mãe continuou pedindo a ajuda do médico Bira Barbosa, e ele disse que não podia fazer nada a não ser mandar a criança de barco até Breves, que fica a oito horas de viagem. A mãe implorou que ele chamasse o resgate do Corpo de Bombeiros de Belém, mas todos do posto se recusaram, dizendo que não era grave. 

Até quando vidas serão ceifadas, impunemente? Com a palavra o MP.
 
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Na mesma postagem anônimo disse:
 
O nome disso é mistanásia, a morte por causas sociais, decorrente de práticas políticas perversas e irresponsáveis que não determinam a tomada de medidas estruturais para resolver o grave problema que assola o nosso estado. Enquanto isso o nosso governador Jatene e o secretário Hélio Franco ficam fazendo mutirões como o que fizeram no Marajó, superfaturados e com claro objetivo político.O Pará cada vez pior em saúde, segurança e educação e esses sujeitos comprando a mídia para enganar a população.  

E Antônio José Soares comentou no facebook:
 
O que está acontecendo com a saúde no Marajó é caso de polícia. Não é só em Anajás, mas em todos os municípios. Os prefeitos esperam por um milagres e o povo permanece anestesiado. É hora, realmente, de ir para as ruas e fazer o que precisa ser feito...

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Obs.: A jornalista esclareceu que o médico não é o ex-deputado estadual de nome homônimo.

Legista do caso PC Farias diz que filho de PMs não cometeu suicídio


 
 A posição do corpo de Marcelo Eduardo Bovo Pesseghini, 13 anos, encontrado morto na última segunda-feira (5), mostra que não houve suicídio e o garoto foi assassinado, diz o médico legista e professor da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) George Sanguinetti. 

Sanguinetti é conhecido por ter refeito o laudo das mortes do casal Paulo Cesar Farias e Suzana Marcolino e por apontar que eles foram assassinados, em 1996. O legista também foi contratado pelas defesas do casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, presos pela morte da menina Isabella Nardoni, e do goleiro Bruno, preso pelo suposto assassinato de Eliza Samudio.  

O corpo de Marcelo Eduardo foi encontrado junto aos dos pais, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, e a policial militar Andréia Regina Bovo Pesseghini, na casa onde moravam, na Brasilândia, zona norte de São Paulo.

O garoto é considerado, pela polícia, o único suspeito de ter matado os pais e também a avó, Benedita de Oliveira Bovo, 67, e a tia-avó, Bernadete Oliveira da Silva, 55, encontradas mortas na casa ao lado.   

O legista analisou as fotografias da cena do crime e comentou o assunto no perfil dele no Facebook. Ele diz que a posição do corpo de Marcelo diz claramente que o garoto não foi o autor do tiro que o matou, pois a mão direita estava em cima do lado esquerdo da cabeça e o braço esquerdo, dobrado para trás, com a palma da mão esquerda aberta para cima. Segundo Sanguinetti, essa posição não é a de uma pessoa que se suicidou.  

— Não estou contestando o trabalho da Polícia de São Paulo, apenas estou apresentando a "linguagem do cadáver de Marcelo", onde diz claramente que não foi autor do tiro que o matou [sic]. 

Sanguinetti comenta também que seria impossível o menino, considerado canhoto pela polícia, disparar a arma com a mão esquerda e a mão direita ser encontrada na posição mostrada na foto, em cima do lado esquerdo da cabeça.

O legista explica que, para que o adolescente fosse o assassino, deveria ser constatada a presença de pólvora, chumbo, antimônio e bário nas mãos dele.    

— Como o tiro teria sido com arma apoiada, deveria haver também sangue e outros materiais orgânicos resultantes da explosão dos gases.

Fonte: http://brasilemundoissoebrasil.blogspot.com.br/2013/08/legista-do-caso-pc-farias-diz-que-filho.html



Caso Pesseghini: uma das maiores farsas da história da literatura policial no Brasil



Foto: William Volcov / Brazil Photo Press / Agência O Globo.
Por Edgar Horácio, no Facebook

São Paulo (SP) - Integrantes do grupo "Loucos Pela Paz", que acreditam na inocência do adolescente Marcelo Pesseghini, de 13 anos, suspeito de assassinar a própria família e depois se matar na semana passada, realizam ato na Avenida Tiradentes, em frente ao quartel da Rota, região central de São Paulo, nesta segunda-feira (12).

Ainda no face, diz muito o comentário da psicóloga Vera Rodrigues:
"O menino prodígio teria manuseado arma profissional, daquelas que a pessoa leva um tranco, quando atira. 
Mas ele segurou os trancos, nem se abalou. Acertou todos na cabeça, sem erro. Exímio atirador. Nem precisou atirar de novo, para certificar-se que havia matado mesmo. E depois de matar a família, foi à escola. 
Não se pode reclamar que falta criatividade à polícia.".
 Chega de farsa! Justiça, já!

sábado, 10 de agosto de 2013

RJ: Câmara ocupada contra a máfia de vereadores governistas e empresários do transporte

Ocupação da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Uma chance desperdiçada

A Câmara dos Vereadores parece não ter percebido que as coisas mudaram no Rio desde junho. Continuam fazendo a política miúda de interesses particulares e compadrio que executam desde sempre. Desta vez, a mobilização de grupos via redes sociais — inclusive militantes do PSOL, o partido do vereador Eliomar Coelho, autor do pedido da CPI dos Ônibus — virou uma incômoda realidade. E a ocupação está aí.

Por Gilberto Scofield Jr.

Quando o vereador Chiquinho Brazão (PMDB), eleito presidente da comissão, diz que não vai renunciar porque sua escolha foi legal, isso é apenas uma meia verdade. Pode até ser legal, mas está longe de ser legítima. Primeiro porque é praxe no Parlamento que o político que pede uma CPI seja seu líder, mesmo que de partido diferente do majoritário. Segundo, porque não faz o menor sentido que quatro vereadores da base de apoio do prefeito Eduardo Paes (PMDB) — Brazão, Professor Uóston (PMDB, escolhido relator da comissão), Jorginho da SOS (PMDB) e Renato Moura (PTC) — façam parte de um grupo de investigação quando sequer assinaram o pedido da CPI.

Na época do pedido de assinatura, enquanto as ruas do Rio ainda pediam o cancelamento na alta das tarifas, Brazão disse que a suspeita de cartelização do setor de ônibus era uma “questão periférica”. Uóston disse que a CPI tinha “pouca coisa para investigar". E Jorginho do SOS admitiu a este jornal que não tinha qualquer noção sobre transporte público: “Atualmente, faço parte das comissões de Urbanismo e Turismo. Até por isso, vou participar da CPI. O urbanismo e o turismo dependem do transporte para funcionar bem”.

A despeito da falta de transparência e de qualidade num setor tão importante para os cariocas, nenhum deles vê necessidade de investigar o setor. E se não viam necessidade, por que agora querem o comando da CPI? Porque não desejam que o PSOL comande um espetáculo cujo desfecho pode atingir de morte os próprios vereadores. A relação entre eles e as empresas de ônibus padece da mesma falta de transparência que há no setor. Muitos vereadores acham normalíssimo que as empresas coloquem ônibus à disposição de parlamentares para que eles realizem “ações sociais”. No emaranhado de doações para campanha via diretórios, há quem enxergue dinheiro dos ônibus, ainda que a Fetranspor negue que as empresas contribuam para campanhas.

No Tribunal de Contas do Município, 43 empresas são investigadas em relação à concorrência realizada em 2010 pela Secretaria municipal de Transportes. Na ocasião, os vencedores da primeira licitação da história do sistema de ônibus da cidade foram os mesmos grupos que já operavam há anos no setor. O prefeito considera isso um avanço, e há, de fato, mérito em, enfim, termos um setor licitado formalmente. Mas, de novo, faltou transparência no processo. Os empresários se reorganizaram em quatro consórcios — um para cada região do Rio —, mas até agora não explicaram que critérios usaram para agrupar empresas que são sócias e concorrentes entre si. E como este desenho pode estimular a competição e garantir a qualidade do serviço no setor.

No grupo de cerca de 50 manifestantes que invadiu a Câmara há um pouco de tudo, inclusive integrantes do PSOL que julgam estar ali, um ano antes das eleições, uma chance de turbinar o partido, que tem no deputado Marcelo Freixo um provável candidato a governador do estado. Mas erra o PMDB quando encara o caso da CPI dos Ônibus como um mero jogo político pequeno, no qual o partido parece ter se viciado. Não é. O transporte público é o grande nó das megalópoles ao redor do planeta. É especialmente crítico no Rio, cidade que vai receber grandes eventos internacionais.

Os ônibus são parte de um sistema de transporte vagabundo com um metrô que se limita a duas linhas, trens superlotados com estações caindo aos pedaços, barcas que quebram semana sim, outra também, e táxis descontrolados. A CPI é uma chance e tanto para dar transparência à ponta de um sistema que faz os cariocas sofrerem diariamente. Cabe aos vereadores não apequenarem a discussão.

Fonte: O Globo.