terça-feira, 15 de maio de 2012

UFPA em greve em defesa da educação

Última atualização: 15 de maio de 2012 - 19:34h.

Por Marcus Benedito

Todo apoio à greve dos professores das universidades!
Dilma, como seu antecessor, Lula, utiliza de muita propaganda, de manipulação dos fatos e de mentiras para dizer o contrário, mas o certo é que ela despreza e odeia a educação de modo geral, e os servidores em particular. Seus atos públicos e secretos atestam isto. Os indicadores da educação indicam isso. A situação de caos, a falta de investimentos no ensino, pesquisa, extensão, também comprovam isso. O caos generalizado, agravados pelo imundo processo de privatização através das fundações públicas de direito privado, parcerias público-privadas, ausências de concursos públicos, etc., não permitem outra interpretação.

O processo de rapina e desmonte da universidade pública, iniciada pela Ditadura Militar, teve criminoso alargamento no neoliberal governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e ao invés do que todos esperavam, os governos petistas seguiram com o mesmo receituário (ditado de forma indigesta pelo Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, em sua maioria) e avançaram no caminho de ataques ao ensino superior público no Brasil.
Foi o governo de Lula que deu 0,01% há uns anos atrás aos servidores federais. É o governo de Dilma, que igualmente segue desrespeitando as mesas de negociações nacionais e mantendo nenhuma política de valorização salarial e profissional.

Pelo contrário, o governo federal segue destinando abissais somas de recursos do país: no ano de 2010 foi repassado a título de serviços (juros/amortizações/multas) da dívida pública nacional, cerca de 45% do Produto Interno Bruto (PIB) para o seu irracional e injustificável pagamento!
Dilma, a mãe do PAC

Portanto, dinheiro existe para se fazer uma revolução social neste país! Há, e de sobra! Temos natureza, recursos humanos, técnicos e financeiros para se inverter o atual quadro de caos social na saúde, educação, segurança pública, moradia, saneamento e geração de emprego. E não precisaria ser a longo prazo não!
Dilma e consortes não têm interesse nisso, pois ela é beneficiária do esquartejamento do erário público. Participa das festas com banqueiros, grandes empreiteiras, latifundiários; gente como Dantas, Maggis, Eikes, etc... Ao governo bastaria suspender o pagamento dessa imoral dívida, acabar com a nefasta política de superávit primário (economia nas áreas sociais), não aplicar a vergonhosa a Desvinculação das Receitas da União (DRU) - que rouba 20% de todos os ministérios das áreas sociais para pagar a assassina dívida.

Não poderia ser de outra pessoa a idéia de criar um mega plano de obras públicas, que subsidiariam, como nunca antes, os mecanismos de assalto aos cofres públicos. Dilma parturejou o Programa de Aceleração do Crescimento (essa última palavra podendo tranquilamente ser substituída por uma dezenas de outras, como Corrupção).

Justiças, governos, parlamentos, em todas as esferas, estão contaminados de assaltantes. Uma galera bandidesca que adora o público.

Na verdade, uma elite parasitária que adora legislar em causa própria: transformar a coisa pública em privada. Como cupins, devoram tudo. Nada parece impedir essa sanha. As garantias de êxito são muitas. Afinal, estão em todos os cantos. Igualmente, podem ser descobertos, denunciados, enjaulados, ruir. 

Agora, justiça de fato, ainda não se fez na história desse país. Por isso a legitimidade das lutas. Se o povo se meche, podemos fazer como no Egito, Líbia, Tunísia: poderemos nos livrar das múmias!

Estudos recentes de vários organismos, como a FAO (sigla em inglês da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) mostram que só nos Brasil, se traga anualmente não sei quantas dezenas de bilhões de reais através do dragão da corrupção.

Escândalos diariamente denunciados pela imprensa, que tiram dos milhões e milhões de pobres desse país, para dar para meia dúzia de corruptores (Eikes, Dantas, Cavendishes, etc., que depositam os 30%, claro).

É muita grana, que a gente já viu disputar espaços dentro de meias, malas e cuecas. Dinheiro que deveria resolver o caos da mobilidade urbana, dos prontos socorros, da segurança pública, da educação deste subdesenvolvido Brasil.

Dinheiro que dá tranquilamente para subverter a atual situação de crise que vivemos no Brasil. Mas como sabemos eles não querem, não fizeram e não têm interesse em mudar essa situação.

Todo apoio à greve dos professores!
Unificar todas as lutas!

Hoje várias seções sindicais seguiram a orientação do Andes - Sindicato Nacional dos Professores das Universidades, como os da UFPA ( que reunidos em Assembléia Geral), aprovaram greve por tempo indeterminado a iniciar dia 17/05/2012.

Foi o governo quem não deu outro caminho aos docentes e técnicos-administrativos.

Por isso nos colocamos ao lado dos servidores das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) nesta luta.
Todo apoio à greve, que longe de ser apenas por salário, é uma luta pela conquista de dignidade profissional, valorização da carreira docente, e acima de tudo, em defesa da universidade pública, gratuita e qualidade: dever do estado!!

A situação é grave. A solução é GREVE

Professores da UFPA aprovam greve para quinta-feira


Professores da UFPA (Universidade Federal do Pará) aprovaram, em assembleia, nesta terça-feira (15), o indicativo de greve da categoria para a próxima quinta-feira (17). A reunião aconteceu no hall da reitoria da universidade e seguiu a orientação do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) que também prevê greve em outras 46 instituições de ensino superior do país.

'Queremos a reestruturação da carreira acadêmica e a valorização do trabalho docente. É importante frisar que a greve também é pela valorização do ensino superior público de qualidade', explicou o professor Gilberto Marques, da Adufpa (Associação dos Docentes da UFPA). Segundo o professor, falta vontade do governo federal para atender as reivindicações da categoria. 'O Governo não nos deu nenhum retorno e não sinalizou qualquer entendimento com a categoria. O jeito mesmo é greve', disse.



Foto: Bruno Magno/ORM.
Ainda de acordo com Gilberto, os professores estão insatisfeitos com o governo depois do descumprimento do acordo salarial que previa reajuste de 4% no salário-base, incorporação de gratificações e a reestruturação da carreira até 31 de março deste ano. Com o descumprimento do acordo salarial, os professores acumulam dois anos sem aumento nos salários.

Hoje, a UFPA conta com 2.154 docentes, distribuídos em 11 campi. A última greve da categoria foi em 2005 e durou 112 dias. Com a greve, mais de 32 mil alunos da universidade vão ficar sem aulas. 'A greve é a nossa alternativa em defesa de salários dignos e valorização do trabalho docente', finaliza Gilberto.