sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Jader: uma história de assalto aos cofres públicos e de impunidade


Já vos caiu a ficha que Jader Barbalho (PMDB) pode ficar completamente impune?! 

Sem decisão final da justiça, seus crimes estão prescrevendo. Facilidades de um país onde corruptos fazem as leis. Legislam em causa própria.

Sobre ele pairam dezenas de denúncias. Processos recheados de documentos que comprovam os crimes de improbidade administrativa, de responsabilidade e de formação de quadrilha.

Do Banpará e da SUDAM foram bilhões desviados. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a quadrilha liderada por Jader Barbalho, desviou só da SUDAM 1,2 bilhão de reais.

Ele e Tourinho chegaram a ser presos em 2002 (foto) por determinação da justiça federal no Tocantins. Doze denúncias apresentadas. Um arsenal de provas recolhidas por agentes da Polícia Federal, auditores da Receita Federal, e procuradores da República. Barbalho beneficiou-se do vergonhoso foro privilegiado.

A mamata era tamanha, que o político não titubeou em trazer os esquemas para sua intimidade. Refiro-me ao famoso caso do Ranário financiado pela Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia. 

Sua esposa era dona desse Ranário (criação de rãs). De tão famoso, o caso virou filme de diretor americano, foi exibido no Festival de Roma e mostra a conexão entre corrupção e violência (http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2007/04/070426_mandabaladiretorbg.shtml).

Seu apadrinhado antigo, colega ginasial e amigo, Arthur Tourinho (o mesmo que presidiu o Paysandu), foi escolhido para ser o seu homem na SUDAM. 

A fome com a vontade de comer

É vergonhoso saber que para grandes bandidos, os que roubam muito, políticos como Jader e Renan Calheiros (PMDB/AL), que não podem, segundo a lei, mas que têm verdadeiros impérios de comunicação, não têm o peso da Lei.

Para eles chá, café, banquetes e tapinha nas costas. Tudo pago com dinheiro do contribuinte. 

Mas acima de tudo: para eles, o doce gostinho da impunidade. Tourinho também se beneficiou de foro privilegiado, pois elegeu-se deputado estadual em 2002. Lógico, pelo PMDB de Jader.

Jader Fontenelle Barbalho está solto. É senador da República. O filho, ministro. A ex esposa, deputada federal. O primo, deputado federal (que o protegeu muit,  quando presidente da 'Comissão da Amazônia' da Câmara Federal). 

Até hoje, passados anos e dezenas de kilômetros de processos nas varas judiciais de 1ª, 2ª e 3ª entrâncias, nenhum centavo (nenhum!) foi devolvido aos cofres públicos do Pará e do país.

Jader está solto. Podre de rico. Dono de latifúndios. Segundo o jornalista Alceu Luís Castilho escreveu em seu livro Partido da Terra, o político paraense é membro efetivo do violento e escravocrata "partido da terra" (bancada ruralista no Congresso Nacional).

Uma história que merece ser contada, lida, vista, repudiada. Pois uma história de vil rapina. O enredo é marcante e não faria feio, se confrotado, com qualquer série no Netflix.

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