sábado, 6 de julho de 2013

Governo veta missão da ONU que investigaria acesso à saneamento no Brasil

Dilma quer esconder a lama embaixo de sua arrogância. Foto: Estadão.
GENEBRA – O governo brasileiro vetou a investigação de uma missão da ONU que avaliaria a
situação do acesso à água e saneamento no País. O veto foi anunciado na quinta-feira à ONU e nenhuma explicaçao razoável foi dada. Na ONU, porém, o Estado apurou que a informação é
 de que o governo não quer que, nesse momento de manifestação e demandas da população, se escancare mais um sério problema social do País. A ordem de vetar a viagem veio do próprio
gabinete da presidente Dilma Rousseff.
“O governo apenas explicou que, por motivos imprevistos, a missão não poderia mais ocorrer”, declarou ao Estado a relatora da ONU para o Direito à Agua e Saneamento, a portuguesa
 Catarina de Albuquerque. Ao saber do cancelamento de sua viagem, a relatora não disfarçava
sua frustração.
Sua missão começaria no dia 9 de julho e passaria por Brasília, São Paulo, favelas do Rio de
Janeiro e a zona rural do Ceará. Os dados da ONU são claros em demonstrar que, apesar do crescimento da economia nas últimas décadas, a situação do acesso ao saneamento é
dramática.
“Entre 1990 e 2013, a situação daqueles que tem acesso ao saneamento melhorou em
apenas 1%”, declarou Catarina. Segundo ela, 7,2 milhoes de brasileiros ainda usam banheiros
 a ceu aberto todos os dias. “Isso representa 4% da população. É um número muito grande e
 quase o tamanho de Portugal”, declarou.
Oficialmente, Catarina insiste que não entende o motivo do cancelamento da avaliação. Mas,
nos bastidores, pessoas ligadas à organização da viagem indicaram que o motivo seria o
 temor do governo de que a declaração da ONU e sua constatação inflamassem ainda mais
certos protestos. Catarina deveria, por exemplo, dar uma coletiva de imprensa no Brasil para apresentar os dados dramáticos do País.
O acesso ao saneamento básico deve ser um dos pontos das metas do Milênio da ONU que
o Brasil não conseguirá atingir até 2015. As Metas, estabelecidas em 2000, previam uma
redução substancial do número de pessoas sem acesso a banheiros em 15 anos.
A viagem tinha sido fixada em abril e, desde então, a ONU fechou visitas com ongs a locais onde
a situação é dramática. No Rio de Janeiro, ela visitaria favelas, justamente onde se questiona o
estado por estar construindo teleféricos, e não obras de saneamento básico.
Oficialmente, a explicação do governo era de que o Ministério das Cidades não teria como
receber a relatora, já que estaria concentrado em elaborar um novo plano de mobilidade pública
no País. A ONU se colocou â disposição para mudar a agenda, mantendo a viagem. Mas essa
opção foi rejeitada. Segundo Catarina, dos 12 dias que ela ficaria no País, o encontro com
autoridades ocuparia apenas um dia.
Além de cancelar a viagem, o que surpreendeu a ONU é que, até agora, o governo brasileiro
não indicou se aceitará uma nova viagem no segundo semestre do ano. O Brasil tem um
compromisso internacional de receber todos os relatores da ONU que desejam visitar o País.

RANDOLFE NÃO NOS REPRESENTA, NEM PODE REPRESENTAR O PSOL!

Sobre o encontro de Randolfe com Dilma

A foto divulgada na imprensa do Senador Randolfe Rodrigues sorridente do lado da presidente Dilma do PT foi sentida como uma afronta pela militância do partido. E sua presença no Bom Dia Brasil nesta terça-feira (02/07) , o jornal da Rede Globo, anunciando seu apoio ao plebiscito da Dilma, é absolutamente inaceitável. Em momentos em que a Presidente, acuada pelas mobilizações, vê despencar sua popularidade e precisa desesperadamente de apoios políticos, Randolfe se presta a servir de roda auxiliar do projeto do PT/PMDB.

Os psolistas que no último mês vem se jogando nas ruas e avenidas do país, enfrentando os cassetetes, as bombas de efeito moral, os gases e as balas de Dilma, Cabral, Haddad, Alckmin, Tarso Genro, Jaques Wagner, Anastasia e tantos outros, não só pelos 20 centavos, mas no questionamento global ao governo e do regime do poder econômico e da corrupção, repudiam esta atitude e com certeza, não estão representados por esta nova ação governista do Senador.
Contrariando a declaração política da Executiva Nacional que se posicionou claramente rejeitando a política de Pacto do governo Dilma e a participação nos fóruns governistas, pois têm o claro objetivo de desmontar o colossal processo de lutas que percorre o país, Randolfe definiu de que lado está: sustentando o governo Dilma e seu podre regime político, colocando a nu que sua localização na base governista não é um problema “técnico” como tentou passar mas uma clara definição de lado.
Tem sido uma constante na trajetória do Senador se posicionar, pactuar e atuar do lado e a serviço do poder econômico e do governo do PT/PMDB, sempre passando por cima e desrespeitando os fóruns do partido. Foi assim com suas alianças com o PTB de Roberto Jefferson e Lucas Barreto; foi assim na aliança eleitoral construída em Macapá junto com DEM, PTB e PSDB ou nos municípios como Santana onde se aliou ao PTB na campanha eleitoral; tem sido assim também na campanha de 2012 onde apareceu no programa eleitoral do programa do PT do Acre apoiando o candidato a prefeito deste partido contra a decisão do diretório municipal do PSOL dessa cidade. Foi assim quando decidiu compor a base governista no senado. Foi precisamente por essa trajetória que foi condecorado pelas forças armadas brasileiras; pela presidente Dilma; pela FIRJAN. E mostrou também seu serviço servindo de intermediador aos negócios do imperialismo francês e italiano no estado do Amapá. 

Mas desta vez o partido já não pode tolerar mais a presença de um senador que se utiliza da sigla do PSOL para seus sujos negócios eleitorais.

O governo Dilma e o PT não são de esquerda: 
São os principais inimigos dos trabalhadores, do povo e da juventude!

Randolfe foi se reunir com Dilma para se curvar frente a política do plebiscito. Ignorando que o governo, com popularidade em fortíssima baixa, e arranhada pelos milhões nas ruas, faz a farsa do plebiscito como parte de sua política de pacto para desmontar o processo de mobilização que existe no país, e levar o povo da ação direta nas ruas, que se demonstrou o único caminho que conquista a mudanças, para a armadilha do plebiscito e do parlamento. 

Randolfe se somou à política do Pacto rejeitada pela Executiva por unanimidade, em nome de um suposto “democrático” plebiscito, como se as propostas de Dilma fosse a política do PSOL.
Randolfe entrou assim na suja manobra orquestrada por Lula e instrumentada através e todas as direções governistas do movimento, sejam elas o MST, a CUT, a UNE, a CTB, etc. que fazem uma verdadeira e infame campanha atribuindo o processo de lutas a uma suposta conspiração da direita, com o objetivo de blindar seu governo tentando passar que é de “esquerda”.
Foi o próprio Lula, de acordo com o noticiado no jornal O Globo de 30/06, quem em reunião com as lideranças governistas declarou: “... Isso é coisa da direita. Querem desestabilizar, Acabar com nossas conquistas.. .eu acho que, possivelmente, seja a hora de vocês, a juventude, os trabalhadores, irem às ruas, não deixar à direita tomar conta e pedir para aprofundar as mudanças...” 
Como se o governo Dilma fosse aprofundar mudanças favoráveis ao povo, ela que no seu chamado ao pacto colocou em primeiro lugar o respeito ao ajuste fiscal com seu pagamento de juros bilionários aos banqueiros; tão logo o governo do PT que através de Lula entregou o país ao controle dos bandidos e corruptos cartolas da FIFA; tão logo o governo Dilma/Temer que mandou a Força de Segurança Nacional e até as tropas do Exército contra os manifestantes para reprimir a rebelião que sacode o país. Tão logo o governo do PT e da Dilma, que atuam como agentes do agronegócio, dos agiotas do sistema financeiro, das empreiteiras, das montadoras e outras multinacionais.

O PSOL não aceita o pacto com Dilma! O PSOL propõe a ruptura desse pacto infame a serviço do capital suspendendo o pagamento dos imorais juros da dívida aos banqueiros aumentando de imediato as verbas para saúde e educação! O PSOL defende a saúde pública e por isso exige o fim das privatizações dos Hospitais. O PSOL exige o passe livre para estudantes e desempregados e luta pela tarifa zero! O PSOL se mantém do lado da juventude indignada que se levantou em defesa dos seus direitos enfrentando a polícia de Dilma e dos governadores!

O PSOL declara que, se Dilma quiser de verdade fazer alguma mudança política, começaria pela prisão dos mensaleiros e pelo Fora Renan e Feliciano ao invés de pactuar com ele e seus partidos! A consulta que o povo demonstrou querer é para que o povo decida o salário dos parlamentares e de todos os cargos políticos, que hoje desfrutam de privilégios milionários! Fim do Foro privilegiado, que serve de blindagem de políticos ladrões e corruptos! O PSOL quer a revogação dos mandatos daqueles políticos que não cumprem seus compromissos! 

Por estas razões, propomos que sejam suspendidos de imediato todos os direitos políticos do Senador governista Randolfe Rodrigues, e que seja convocado de imediato o Diretório Nacional para que decida os futuros passos a serem seguidos, tanto no que diz respeita ao senador governista quanto à localização e a política do PSOL.
Também, pedimos a divulgação imediata nas listas e sites da resolução votada pela reunião da Executiva Nacional do PSOL na segunda feira 24 de Junho. 


CST/PSOL, 02 de Julho de 2013.

Câmara Municipal de Belém: casa da barbárie

Veja, indigne-se e vamos a luta para reduzir a tarifa e conquistar o passe livre!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Vem pra Câmara Municipal de Belém!

Desde o início da manhã, manifestantes do Movimento Belém Livre, que exigem a redução do valor da tarifa de ônibus e o Passe Livre, bem como membros de diversos movimentos sociais, estão acompanhando a votação do Plano Plurianual (PPA) da capital paraense, que há pouco foi suspenso pelo presidente da casa, vereador pastor Paulo Queiros (PSDB). 

O que vimos na Câmara de Vereadores de Belém é o procesamento de um verdadeiro golpe do prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) e de sua base.
A saúde, que era 'S' na campanha passada, permanece sendo 'nada' no atual governo. Ou quase 'tudo de caótico'.

A maldade do alcaide e de seus marionetes na Câmara no tem limites! 

Rejeitaram a Emenda do vereador Dr. Chiquinho (PSOL), a qual previa a construção de um tão necessário Hospital Materno Infantil, o qual deveria salvar vidas de mães, bebês prematuros ou com má-formação e de crianças; e mais: sob orientação do prefeito carniceiro, todas as emendas que garantiam recursos para a saúde foram criminosamente rejeitadas pela sádica bancada governista!

A população de Belém não pode aceitar esse morticínio!

Do orçamento de 2013, que é de R$ 2.464.061.120,00, os vereadores de Belém propõem R$ 0,00 no PPA para a área de saúde. 

Resta saber, além da corrupção, para onde eles enviarão quase dois bilhões e meio de reais.

Contra essa carnificina, todos à Câmara Municipal!

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Por Ana Célia Pinheiro, no blog A Perereca da Vizinha

URGENTE: Câmara de Belém ocupada. Movimento Belém Livre pede que manifestantes sigam o mais rápido possível para lá. No Face, a informação é que Câmara só será desocupada quando o preço do ônibus baixar. Há informações ainda não confirmadas de repressão policial.