sábado, 30 de janeiro de 2010

Recordando a Nahuel Moreno

Por Mercedes Petit
Unidade Internacional dos Trabalhadores – UIT-QI
Tradução Denis Vale


Nosso fundador e mestre Nahuel Moreno foi um dos mais conseqüentes e destacados seguidores da luta de León Trotsky em construir a Quarta Internacional. Neste novo aniversário de seu falecimento, reproduzimos uma reportagem de 1985 no que sintetizou o significado do Trotskysmo.

Nahuel Moreno, 1985

O enfrentamento trotkismo versus estalinismo, é apenas uma antiguidade do século XX? Acreditamos que não. Com novos ou os mesmos términos, e com novos protagonista, segue expressando o debate e o enfrentamento entre os reformistas e os revolucionários que atravessou todo o século passado. Essa disputa deu lugar a que, há quase 70 anos, em agosto de 1940, um agente de José Stalin assassinasse Trotsky.

A queda do Muro de Berlim e a dissolução da outrora poderosa União Soviética marcaram o total fracasso do falso “socialismo” das ditaduras dos partidos comunistas, inauguradas pelo triunfo de Stalin na década de 20, quando derrotou León Trotsky. Este foi não só o principal dirigente, junto com Lenin, da primeira revolução obreira e campesina e do governo dos soviets na Rússia em 1917. Trotsky encabeçou a disputa contra a burocracia que se impôs na URSS e em todos os partidos comunistas do mundo. Foram esses burocratas, essa “sífilis”, quem salvaram ao capitalismo imperialista e abriram caminho ao retorno da burguesia nos países onde se havia expropriado. Desde aí a vigência atual da luta do trotskismo.

Em 1985, numa reportagem, Nahuel Moreno a sintetizou em alguns poucos parágrafos, poucos anos antes que caíssem aqueles burocratas. E os três aspectos que Moreno menciona seguem sendo a chave da luta revolucionária no século XXI: a mobilização até acabar com o capitalismo, a democracia obreira contra todo burocrata e a construção da direção revolucionária em cada país e no mundo, a Quarta Internacional. O reproduzimos.

Ser trotskista hoje

“Comecemos por entender o que significa ser verdadeiramente marxista. Não podemos fazer um culto, como se fez de Mao ou de Stalin. Ser trotskista hoje não significa estar de acordo com tudo aquilo que escreveu ou o que disse Trotsky, mas sim saber fazer-lhe críticas ou superá-lo, como a Marx, a Engels ou Lênin, porque o marxismo pretende ser científico e a ciência ensina que não há verdades absolutas. Em primeiro lugar, ser trotskista é ser crítico, inclusive ao próprio trotskismo.

No aspecto positivo, ser trotskista é responder a três análises e posições programáticas claras. A primeira, que enquanto existir o capitalismo no mundo ou em um país, não há solução de fundo para absolutamente nenhum problema: começando pela educação, a arte, e chegando aos problemas mais gerais da fome, da miséria crescente, etc..
Junto a isso, ainda que não seja exatamente o mesmo, o critério de que é necessária uma luta sem piedade contra o capitalismo até derrotá-lo, para impor uma nova ordem econômica e social no mundo, que não pode ser outra que não o socialismo.

Segundo problema, naqueles lugares onde se há expropriado a burguesia (falo da URSS e de todos os países que se reivindicam socialistas), não há saída se não se impuser a democracia operária. O grande mal, a sífilis do movimento operário mundial é a burocracia, os métodos totalitários que existem nesses países e nas organizações operárias, os sindicatos, os partidos que se reivindicam da classe trabalhadora e
que se corromperam pela burocracia. E esse é um grande acerto de Trotsky, que foi o primeiro que empregou essa terminologia, que hoje é universalmente aceita. Todos falam de burocracia, as vezes até os próprios governantes desses estados que nós chamamos de operários. Enquanto não houver a mais ampla democracia, não se começará a construir o socialismo. O socialismo não é só uma construção econômica.
O único que fez essa análise é o trotskismo, e também foi o único que sacou a conclusão de que era necessário fazer uma revolução em todos esses estados e também nos sindicatos para alcançar a democracia operária.

E a terceira questão, decisiva, é que é o único consequente com a realidade econômica e social mundial atual, quando um grupo de companhias transnacionais domina praticamente toda a economia mundial. A este fenômeno sócio-econômico é preciso responder com uma organização e uma política internacional.

Nessa era de movimentos nacionalistas que opinam que tudo se soluciona no próprio país, o trotskismo é o único que diz que só há solução ao nível da economia mundial inaugurando a nova ordem, que é o socialismo. Para isso, é necessário retomar a tradição socialista da existência de uma internacional socialista, que encare a estratégia e a tática para alcançar a derrota das grandes transnacionais que dominam o mundo inteiro, para inaugurar o socialismo mundial, que será mundial ou não será.

Se a economia é mundial, tem que haver uma política mundial e uma organização mundial dos trabalhadores para que toda revolução, toda país que faça sua revolução, a extenda à escala mundial, por um lado; e por outro lado, cada vez mais dê direitos democráticos à classe operária, para que seja ela a que tome seu destino em suas mãos por via da democracia. O socialismo não pode ser nada mais que mundial. Todas as tentativas de se fazer um socialismo nacional fracassaram, porque a economia é mundial e não pode haver solução sócio-econômica dos problemas dentro das estreitas fronteiras nacionais de um país. A quem se deve derrotar são as transnacionais à escala mundial para abrir espaço à organização socialista mundial.

Por isso, a síntese do trotskismo hoje é que os trotskistas são os únicos no mundo inteiro que têm uma organização mundial (pequena, débil, tudo o que se queira dizer), porém a única internacional existente, a Quarta Internacional, que retoma toda a tradição das internacionais anteriores e a atualiza frente aos novos fenômenos, porém com a visão marxista: que é necessária uma luta internacional.

Vigília contra liberação da licença prévia de Belo Monte


A Amazônia mais uma vez está ameaçada. Para atender às ordens das grandes mineradoras, os governos de Lula e Ana Júlia preparam o que poderá ser o maior desastre ambiental da nossa história: A construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, no rio Xingu.

Caso o projeto seja implementado, mais de 20 mil pessoas serão retiradas de forma violenta de suas casas; 100 mil pessoas migrarão para a região, mas ao final da obra só restarão 700 empregos; de toda a energia que poderá gerar a UHE 80% será levada para o Sul e Sudeste do País e o restante servirá para alimentar as máquinas destruidoras e engordar o lucro das empresas Alcoa e Vale do Rio Doce. Isso deixará apenas destruição, miséria, fome e violência para toda a biodiversidade dos 13 municípios que sofrerão os impactos de Belo “Monstro”.

Neste momento os povos do Xingu contam com nossa solidariedade para resistirem ao mais pesado ataque do capital de toda a sua história. Por isso, o Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo Para Sempre convida todos e todas as pessoas comprometidas com a sobrevivência dos povos da Amazônia a dizer “Sim” à Vida e “Não” à Belo “Monstro”!!!

Participe da atividade:

DIA: 04/02/10 (QUINTA)
LOCAL: CONCENTRAÇÃO NO CAN, ÀS 18H, EM NAZARÉ, SEGUINDO
EM CAMINHADA ATÉ O IBAMA, NA AV. CONSELHEIRO FURTADO,
1303, BATISTA CAMPOS.

Belo Monte tem licenciamento liberado

O Diário Oficial da União (DOU) publica na segunda-feira (1º), o documento que concede o licenciamento ambiental para a construção da Usina Belo Monte, considerado o maior empreendimento de geração de energia a ser construído no país. A informação foi confirmada ao DIÁRIO por um dos técnicos responsáveis pelo estudo de implantação da usina.

O governo federal tentou manter em segredo a informação, mas uma fonte do Palácio do Planalto “vazou” para a Agência Globo que publicou a notícia, confirmada posteriormente com exclusividade ao DIÁRIO.

A hidrelétrica de Belo Monte será construída na chamada “curva grande” do rio Xingu, próximo à cidade de Altamira, no oeste do Pará, a 740 quilômetros de Belém. A usina terá sua capacidade máxima de geração na época da cheia do rio – 11.2 mil megawatts, o equivalente a 10% de toda energia consumida no Brasil. A geração firme de Belo Monte será da ordem de 4.675 MW médios para uma obra que está orçada em cerca de R$ 16 bilhões – embora o valor real seja definido apenas no leilão, organizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Analistas de mercado acreditam que o valor final possa ser muito mais elevado.

POLÊMICAS

Este é um dos principais pontos polêmicos que envolvem a construção da usina: um valor muito alto para pouca quantidade de energia gerada na média. Técnicos do setor elétrico alegam que, com as compensações ambientais impostas no licenciamento, o valor da usina deve subir muito no leilão, o que pode tornar o empreendimento inviável do ponto de vista financeiro.

Outro ponto polêmico que vem gerando inúmeras ações na Justiça é justamente o dano ambiental que a usina poderá acarretar. No documento, a equipe técnica do Ibama responsável pela emissão da licença prévia afirma que, entre outros itens destacados, não foi possível aprofundar as discussões no que diz respeito às questões indígenas e as contribuições dadas pela população nas audiências publicas realizadas.

“Ressalta-se que, tendo em vista o prazo estipulado pela Presidência, esta equipe não concluiu sua analise a contento. Algumas questões não puderam ser analisadas na profundidade apropriada, dentre elas as questões indígenas e as contribuições das audiências publicas. Além disso, a discussão interdisciplinar entre os componentes desta equipe ficou prejudicada. Essas lacunas refletem-se em limitações neste Parecer”, é o que informaram os técnicos à página 2.417 do referido Parecer.

Outra conclusão do documento é de que o estudo do “hidrograma (sic)” do rio Xingu naquela localidade não apresenta informações que “concluam acerca da manutenção da biodiversidade, a navegabilidade e as condições de vida das populações do TVR (trecho de vazão reduzida). A incerteza sobre o nível de estresse causado pela alternância de vazões não permite inferir a manutenção das espécies, principalmente as de importância socioeconômica, a médio e longo prazos”. (Diário do Pará)

Belém também embaixo d´água

A falta de planejamento, saneamento básico e limpeza dos canais e rede de escoamento pluviométrico são as causas do sofrimento e prejuízos causadoas pelas chuvas em nossa cidade. O prefeito charlatão e corrupto, Duciomar Costa, nada faz para resolver esse crime. A foto de Thiago Araújo (do Diário do Pará), retrata a situação esta semana, na Escola Honorato Figueiras, aqui na capital paraense.

Movimento denuncia não divulgação de documento que reprova Belo Monte

A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte ganha mais caso de denúncia. Nesta sexta-feira (29), o Movimento Xingu Vivo para Sempre enviou para vários orgãos de imprensa um documento assinado por seis analistas ambientais do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), onde fica atestada a reprovação da construção da usina por conta de danos à natureza e à população de indígenas e ribeirinhos, com a denúncia de que o material foi omitido do caso.

De acordo com o movimento, formado por pessoas contrárias à construção da hidrelétrica este é o último parecer técnico do Instituto sobre a obra e deveria ter sido divulgado no site, junto do restante do processo de licenciamento ambiental, o que não aconteceu.

No documento, o tópico 'Conclusão' afirma, entre outros pontos, que espécies de animais do rio não conseguirão mais viver no local e que o 'elevado' grau de 'incerteza' não dá condições para a obra.

'A incerteza sobre o nível de estresse causado pela alternância de vazões não permite inferir a manutenção das espécies, principalmente as de importância socioeconômica, a médio e longo prazos. Para a vazão de cheia de 4.000m3/s a reprodução de alguns grupos é apresentada no estudo como inviável', informa o documento e completa: 'Ha um grau de incerteza elevado acerca do prognostico da qualidade da água, principalmente no reservatório dos canais.'

O Portal ORM entrou em contato com o Ibama para comprovação do documento e posicionamento sobre a denúcia de omissão do mesmo no site do órgão.

Fonte: Portal ORM. Do blog Língua Ferina

Serra promete. Serra cumpre.

Do blog Língua Ferina

São Paulo no circuito das águas


O Kassab tb cogita criar o balsa família. =)
dica da Kesia Leonardo e do Will Carvalho

sábado, 23 de janeiro de 2010

Quem disse que o Haiti não é aqui?

Veja Aqui antes de ler.

Impressiona a cretinice do imperialismo: Obama e Caia., bem como do Brasil de Lula, que fazem um grande desserviço ao povo haitiano enviando mais boma e morte. O povo do Haiti só está respondendo à barbárie na qual foram enfiados pela política de rapina que estes mesmos países que hora se jugam os "salvadores", os enfiaram.
O lado B do Haiti, com os magnatas da Europa e dos states em seus mega-supra cruzeiros, não parou. estão muito bem, obrigado; curtindo nas suas motos náuticas, enquanto que o desespero humano acontece a poucos kilômetros daquela mesma ilhazinha da América Central.
Essa é a faceta desse sistema de fome e de miséria chamado capitalismo. Essa é a face do Haiti, mas é a mesmíssima coisa, ou muito parecido com isso, em qualquer lugar do planeta terra capitalista e globalizado hoje: uma "pequeníssima minoria" concentradora de renda e riquezas (a burguesia) desfruta dos navios e motos náuticas, enquanto que a "grandiosíssima maioria" da população do planeta terra desfruta do mais vil e encarniçado miserê.

Ou alguem ousa dizer que o Haiti também não é aqui?
Ontem mesmo, no charmoso bairro da Cidade Velha, capital do Pará, no Porto Palmeiras (Palmeiraço), uma trabalhadora do restaurante de lá fora atingida por três tiros em um assalto. Infelizmente essa mãe de três filhas faleceu hoje no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (Ananindeua/PA).

É absurdamente catastrófico o ocorrido, como também é absurdo lermos os jornais e vermos escrito coisas do tipo: "Esse tipo de crime está se tornando comum.", "Foi mais uma cena de violência na cidade.". E assim, com a violência destruindo vidas, afundando expectativas e contribuindo para piorar a já sofrida vida do povo pobre, os responsáveis por toda essa vergonha, vão fazendo crer à população que "isso é normal" e está equiparado ao números de outras cidades.

Puro papo furado. Os governos estaduais, como o governo de Lula, o filho mentiroso do Brasil, são os responsáveis pela falência do sistema público de segurança, ao passo que também são responsáveis pela selvageria na qual mergulharam grande parte desse país. Diz o velho ditado: quem planta, colhe. As mortes nos hospitais sem nenhuma condição de funcionamento, as mortes país adentro por falta de ambulância ou atenção básica do SUS, a fome e miséria que nenhum "bolsa esmola" pode encobrir, são frutos da opção desses governos: o de manter os privilégios e as mesmas regalias da galera dos cruzeiros e dos jets skis. lula fez uma opção e não foi pelo povo brasileiro. A opção dele foi por Ermírio de Moraes, foi pela Camargo Corrêa, foi pelo terno Armani, foi pela traição aos trabalhadores.
A opção de Ana Júlia é idêntica à do seu professor Lula, o comandante em chefe do maior esquema de corrupção de nossa história, o mensalão.

Lula e Ana Júlia, os queridinhos da Vale do Rio Doce, hoje tem lado. Eles controlam o cofre, mas quem os usufrui é a burguesia e os corruptos. Nunca antes na história desse páis, o sistema financeiro havia ganhado tanta grana. No ano de 2008 os bancos receberam dos cofres públicos mais do que os últimos 30 anos. Lula também quer ser "o pai dos pobres". O velho populismo fedorento de nosso país, vide o fascista Getúlio Vargas, mas como o velho suiícida, Lula não passa de uma grande mãe para a burguesia.

O Haiti também é aqui.

Lula grante a reeleição de mais um 'ficha suja' ao Senado

Em entrevista ao blog do Noblat, o ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa, esclarece que Lula o pediu para abandonar a disputa ao Senado, para que assim o corrupto oligarqua e gangster nordestino Renan Calheiros possa se reeleger. Acompanhem a podre política de um país que tem um péssimo filho, como o nosso mentiroso presidente com as chaves do cofre na mão: só a burguesia ganha, mas a farsa midiática tenta mostrar que temos que ter orgulho porque "nunca antes na história desse país" o Brasil foi tanto respeitado. Pura balela. Nunca antes na história desse país, nós tivemos tanta fome, concentração de renda e miséria: tudo junto aumentando o bolo geral da barbárie diária que todos os trabalhadores enfrentam no Brasil da vida real, que a novela do Manga não retrata.
*****

http://oglobo. globo.com/ pais/noblat/ posts/2010/ 01/21/lessa- lula-esta- retribuindo- que-renan- fez-por-ele- 259594.asp
Eleição em Alagoas

Lessa: 'Lula está retribuindo o que Renan fez por ele'


Como foi a reunião com Lula, em que a candidatura do senhor ao Senado foi para o espaço?
Eu disse ao Lula que se o prefeito [de Maceió, Cícero Almeida (PP)] não fosse candidato ao governo eu discutiria o assunto. Poderia até sair ao governo de Alagoas pelo meu PDT. O Lula disse que, se o prefeito está bem na prefeitura, por que não deixar lá? Admito mudar o projeto, mas tem que ser com consenso e apoio de todos os aliados. Pois nunca havia passado pela minha cabeça ser governador pela terceira vez. Eu queria o Senado - responde Ronado Lessa, ex-governador de Alagoas, convocado à Brasília por Lula.

E com uma eleição ao Senado praticamente ganha, não é?
É verdade, se saio do páreo é um passeio para Heloísa Helena (PSol) e sobra uma vaga para o Renan [Calheiros (PMDB)]. Por isso eu disse ao presidente que se não agregar uma frente ampla eu vou cuidar de mim. Eu topo sair ao governo desde que tenha apoio. Mas apoio mesmo. Do PT, PMDB, PC do B, PR e PP. E ter [a ministra] Dilma [Rousseff] e o [ministro Carlos] Lupi, que já falaram que estão à disposição. Se não montar essa frente vou para o Senado, pois o sacrifício não pode ser só meu, tem que ser de todos.

Como Lula lhe convenceu a largar uma eleição certa por uma duvidosa?
Chega um momento que não se pode olhar só para o umbigo. Lula me disse que o povo de Alagoas precisa de alguém para arrumar o Estado. Teve vários argumentos. Eu ainda tentei falar que estou ficando velho, que merecia ir para o céu, o Senado. Mas não querem assim.

O senhor fica chateado ou insatisfeito de ter de abrir mão da candidatura para Renan se eleger?
Passei 18 anos brigando com o Renan, não morro de amores por ele, mas não faço isso para salvar o mandato de Renan.

O senhor, não, quem faz é o Lula...
Lula está retribuindo o que o Renan fez por ele.

E o que foi?
Ter Renan, [o presidente do Senado, José] Sarney (PMDB) e Fernando Collor (PTB) juntos. Mantiveram o Senado, seguraram o Senado para ele.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Fome sem fronteiras

AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA APRESENTA SOLIDARIEDADE AO HAITI


O terremoto que abalou o Haiti e destruiu milhares de vidas e estruturas físicas naquele país sacudiu várias outras estruturas mundiais que agora se movem para apresentar sua solidariedade àquele povo historicamente tão sofrido.

Uma das notícias divulgadas pela TeleSul em 15.01.2010 divulga que aquele sofrido país vem pagando uma dívida externa que alcançava o patamar de US$ 1.885 milhões em julho/2009:

Haití tenía para el mes de julio del pasado año una deuda exterior de mil 885 millones
de dólares, de los cuales 214,8 millones los debía a los países miembros del Club
París
.
Tras el terremoto de magnitud 7,3 a la escala de Richter ocurrido la noche de este
martes en Haití, París decidió condonar de los 78 millones de dólares aproximadamente
de deuda de la nación caribeña con el Club París, 4 millones de euros (unos 5,7
millones de dólares).

(…)

La ministra francesa de Economía, Christine Lagarde, anunció que el Gobierno de su
país pedirá que se condone la deuda externa que Haití tiene de 54 millones de euros
(unos 78 millones de dólares) con el Club de París, que coordina formas de pago y
renegociación de las principales naciones del mundo.

"He solicitado al Club de París que concluyamos la anulación de la deuda de Haití",
señaló Lagarde.

Apesar de louvável a atitude da ministra francesa de propor aos países que se reúnem no cartel informal denominado Clube de Paris a anulação da dívida haitiana, cabe inicialmente refrescar a memória para denunciar os 18 TRILHÕES DE DÓLARES que os países ricos levantaram em poucos dias, no final de 2008, para salvar bancos (conforme dados da ONU) que haviam agido de forma irresponsável, emitindo derivativos sem lastro, aproveitando- se da ausência de regulamentação dos mercados financeiros internacionais.

Se as instituições financeiras mereceram tantos trilhões, as vidas dos haitianos deveriam merecer muito mais. Mas não se trata de benevolência, apenas. É necessário investigar a origem da dívida externa haitiana, pois se sabe que desde o surgimento daquela nação, ilegítimas imposições históricas foram feitas ao povo haitiano, e que uma completa auditoria será capaz de comprovar ilegalidades, mas também respaldar as reparações a que fazem jus os sobreviventes da última tragédia.

Apenas para pontuar alguns fatos relevantes que merecem investigação aprofundada, cabe mencionar:

  • Ainda no início do século XIX, o Haiti foi obrigado, depois de um bloqueio econômico de dez anos imposto pela França, a assumir e pagar uma dívida externa de 150 milhões de francos-ouro (equivalentes a cerca de US$ 22 bilhões em valores atuais) em compensação à França pela “perda de escravos” que se rebelaram e libertaram da escravidão em 1804.
  • A partir do século XIX, o Haiti passou a sofrer invasões dos EUA, que chegou a saquear reservas do Banco Central Haitiano, a pretexto de “cobrar a dívida externa”.
  • Ditaduras militares haitianas - como as dos Duvalier - foram financiadas com empréstimos externos, a exemplo de vários outros países latino-americanos, sem a devida transparência da respectiva contrapartida, tornando-se a nova forma de colonialismo.
  • Em 1994, o retorno do presidente eleito Jean Bertrand Aristide, que havia sido deposto em 1991 em um golpe de estado, foi vinculado a uma articulação na qual Aristide deveria se submeter fielmente às políticas recomendadas pelo FMI – Fundo Monetário Internacional – listadas no denominado “Consenso de Washington”. O Haiti abriu suas fronteiras para produtos subsidiados pelos países do Norte, se convertendo em importador de alimentos, em um processo de destruição da economia local, a fim de gerar grande contingente de desempregados, e assim, mão de obra barata e sem direitos trabalhistas, beneficiando as multinacionais.

As imagens da maior tragédia de todos os tempos, segundo a própria ONU, revelaram a miséria extrema em que sobrevivem quase 90% da população haitiana, escancarou o total equívoco das políticas historicamente impostas ao Haiti pela comunidade internacional, em grande parte por meio do endividamento.

A Auditoria Cidadã da Dívida solidariza-se com o povo haitiano, que sofre não somente as perdas dessa última tragédia, mas a subtração hisórica de suas riquezas e liberdades.

É urgente promover a auditoria da dívida pública haitiana a fim de que a mesma possa não somente ser anulada, mas que possam ser quantificados e comprovados os pagamentos indevidos e os saques efetuados contra aquele povo, promovendo-se a reparação dos históricos danos sofridos pelo povo haitiano.

O caos existente no Haiti hoje não é obra do povo haitiano. É a prova máxima do resultado catastrófico da política de endividamento, levado às últimas conseqüências.

Brasília, 17 de janeiro de 2010.

Maria Lucia Fattorelli

Rodrigo Ávila

Coordenação Auditoria Cidadã da Dívida

www.divida-auditori acidada.org. br

******

Francia pide liberación de la deuda externa de Haití

TeleSUR 15/01/10

Tras el terremoto ocurrido la noche de este martes en Haití, donde unos tres millones
y medio de personas se quedaron sin sus casas, el Gobierno de Francia decidió condonar
parte de la deuda, unos 5,7 millones de dólares que mantiene con la isla caribeña
.
Asimismo, señaló que exhortará a otras naciones del mundo a que se unan a la
iniciativa

La ministra francesa de Economía, Christine Lagarde, anunció que el Gobierno de su
país pedirá que se condone la deuda externa que Haití tiene de 54 millones de euros
(unos 78 millones de dólares) con el Club de París, que coordina formas de pago y
renegociación de las principales naciones del mundo.

Haití tenía para el mes de julio del pasado año una deuda exterior de mil 885 millones
de dólares, de los cuales 214,8 millones los debía a los países miembros del Club
París
.

Tras el terremoto de magnitud 7,3 a la escala de Richter ocurrido la noche de este
martes en Haití, París decidió condonar de los 78 millones de dólares aproximadamente
de deuda de la nación caribeña con el Club París, 4 millones de euros (unos 5,7
millones de dólares).

El pasado mes de julio, el Club París había tomado la decisión de iniciar un proceso
de anulación de la deuda directa que tiene con Haití, dentro de una estrategia para
favorecer la lucha contra la pobreza.

Con respecto a esta decisión, la ministra francesa espera que la liberación de la
deuda con la isla caribeña que ha quedado devastada consecuencia del desastre natural,
se acelere lo más pronto posible.

"He solicitado al Club de París que concluyamos la anulación de la deuda de Haití",
señaló Lagarde.

Asimismo, comentó que exhortará a otros países que no pertenecen al Club París como
por ejemplo Venezuela y Taiwán, para que también condonen la deuda con la isla.

"Estoy segura de que todos responderán positivamente a esta iniciativa", acotó la
ministra.


Haití necesita de millones de dólares para poder recuperarse económicamente, al menos
tres millones y medio de los cuatro millones de habitantes de Puerto Príncipe
(capital) perdieron sus casas o sufrieron graves afecciones.

La cifra de víctimas fatales según las Naciones Unidas no se ha podido determinar con
exactitud, se teme que el número de muertos sobrepase los 50 mil.




teleSUR-PL-EFE- Qué.es/kg- PR

*******


Auditoria Cidadã / Rede Jubileu Sul Brasil participa de eventos no Haiti

De 26/10/2006 a 2/11/2006, a Auditoria Cidadã participou de seminários populares e reuniões com representantes do governo haitiano

A Campanha Jubileu Sul Américas e os movimentos sociais do Haiti promoveram, entre os dias 26 de outubro a 02 de novembro de 2006, seminários populares, manifestações, audiências com autoridades haitianas e a reunião de coordenação da Jubileu Sul Américas. Estes eventos foram realizados no Haiti devido à atual conjuntura de ocupação militar, que se presta ao modelo neoliberal e à política de endividamento deste país, marcado por um histórico de colonização e dívida ilegítima, que vem se acumulando desde a independência haitiana. Na ocasião, a França impôs um bloqueio econômico de dez anos que só foi levantado quando os governantes do Haiti decidiram concordar com o pagamento de 150 milhões de francos ouro (US$ 22 bilhões em valores atuais) em compensação pela perda de seus escravos.

Por esta razão, “Hoje, no Haiti, está em jogo o futuro de toda América Latina e Caribe”, diz a abertura da Declaração Final destes eventos (disponível no site www.divida-auditori acidada.org. br ). Os eventos também representaram um seguimento da Missão Internacional de Investigação e Solidariedade ao Haiti, que esteve no país em abril de 2005, no contexto da campanha de solidariedade com o Haiti, pela retirada das tropas estrangeiras e anulação da dívida externa. Pelo Brasil, participaram Fabrina Furtado (Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais) e Rodrigo Ávila (Auditoria Cidadã da Dívida – Rede Jubileu Sul).

Seminário “Dívida, Livre Comércio, Pobreza e Perspectivas de Desenvolvimento para Haiti e a Região”.

Este Seminário contou com a participação de cerca de 100 pessoas, representantes de organizações populares haitianas e da Delegação da Jubileu Sul Américas. O debate propiciou o intercâmbio de informações e experiências de luta frente à dominação exercida pela dívida, as Instituições Financeiras Internacionais (IFIs) e as políticas neoliberais. Na ocasião, a representante da Rede Brasil expôs a atual situação dos projetos de Integração Regional na América Latina, que não são orientados pelos interesses dos povos, mas das grandes empresas. O representante da Auditoria Cidadã / Rede Jubileu Sul expôs a experiência brasileira da Auditoria Cidadã da Dívida, enfatizando a necessidade de uma auditoria sobre as dívidas. As deliberações finais do Seminário incluíram a luta contra a ocupação militar e contra o endividamento, que inclui a realização de auditorias e tribunais sobre a dívida haitiana.

Dia 29 de outubro foi realizado Fórum Público sobre a resistência dos povos do continente frente à dominação imperialista e as Instituições Financeiras Internacionais. Este evento foi um seguimento do Seminário anterior, e contou com a presença de cerca de 200 pessoas. Inicialmente, houve a exposição de especialistas e integrantes de movimentos sociais haitianos, sobre a história e a atual conjuntura local. Os integrantes da Delegação da Jubileu Sul Américas também puderam dar pequenos aportes à discussão, relacionados com os temas tratados no Seminário anterior – no caso do Brasil, os principais pontos colocados foram o papel destruidor das IFIs no Haiti e na região e a auditoria da dívida como instrumento de luta.

Ainda no dia 29, foi realizado encontro e intercâmbio com representantes de organizações e redes haitianas para realizar um balanço da experiência da Missão Internacional (abril de 2005) e avaliar as perspectivas de continuidade da campanha de solidariedade em nível continental.

Um ponto reafirmado com muita veemência pelos movimentos haitianos é o de que as tropas estrangeiras se prestam à implantação do modelo neoliberal, uma vez que servem de escudo para as manifestações populares. Desta forma, os patrões, empresários de multinacionais e Zonas Francas se sentem encorajados e protegidos para poder, por exemplo, explorar os trabalhadores, reduzir seus salários, retirar direitos trabalhistas. Os países do Norte e as Instituições Financeiras Multilaterais também se sentem protegidas de eventuais revoltas populares contra o pagamento da dívida ou contra qualquer mudança na política neoliberal.

Audiências com autoridades haitianas

Os representantes da Delegação da Jubileu Américas tiveram também audiências com representantes do governo haitiano. Uma delas foi realizada com o ministro do Planejamento e Cooperação Externa - Jean Max Bellerive - em 30/10/2006. Para esta audiência, a delegação da Jubileu Américas elegeu o tema da auditoria da dívida como prioritário. A Campanha da Auditoria Cidadã da Dívida brasileira expôs a necessidade de uma auditoria da divida haitiana, face à ilegitimidade desta dívida e às experiências bem sucedidas de auditorias em outros países. Jean Max concordou com o pleito, e se comprometeu a abrir todas as informações oficiais sobre o endividamento, para os movimentos sociais haitianos.

O ministro ainda expôs graves ilegitimidades da dívida haitiana, como por exemplo, o fato de que o governo não possui controle sobre o destino dos empréstimos que chegam ao país. Relatou que a maior parte dos recursos destes empréstimos são destinados a ONGs, ou a empreendimentos pré-definidos pelos emprestadores ou doadores internacionais. Desta forma, os empreendimentos sociais no país não seguem um planejamento, sendo que o único papel que o governo efetivamente desempenha é o pagamento de tais empréstimos. Não há controle governamental sobre a aplicação de tais recursos, e menos ainda uma avaliação global dos efeitos de tais empréstimos sobre o povo haitiano. Alguns exemplos desta falta de planejamento são casos de financiamentos para escolas que, após construídas, não dispõem de professores para trabalhar.

Dia 31 de outubro houve audiência com o primeiro-ministro - Jacques-Edouard Alexis. Também foi pleiteado ao primeiro-ministro a necessidade de auditoria da dívida haitiana, uma vez que este instrumento poderia aumentar o poder político do governo e do povo haitiano frente às Instituições Financeiras Multilaterais.

Dia 31 de outubro, a audiência foi com a Comissão Econômica do Senado haitiano. Nesta audiência, que contou com a presença de ¼ dos senadores haitianos, o tema prioritário também foi o da auditoria da dívida, uma vez que o Senado possui a atribuição de aprovar e acompanhar o endividamento externo daquele país. O representante da Auditoria Cidadã da Dívida do Brasil ressaltou a necessidade do Senado realizar a auditoria da dívida haitiana, face às ilegitimidades da dívida financeira e à dívida histórica, social e ecológica que o Norte deve ao povo haitiano. Os senadores concordaram com o pleito, e ainda relataram alguns exemplos de irregularidades, como alguns empréstimos que servem para pagar salários altíssimos para funcionários estrangeiros fazerem planos de desenvolvimento para o Haiti. Planos estes piores do que os que poderiam ser feitos pelos próprios haitianos.

Reunião de Coordenação da Jubileu Américas

O último evento foi a reunião de Reunião de Coordenação da Campanha Jubileu Américas (30/10/2006 a 02/11/2006), quando se procurou estabelecer estratégias para 2007. No que se refere ao tema da dívida, foi estabelecido que cada país irá levantar casos exemplares de ilegitimidade da dívida, e relacionar o endividamento com a vida cotidiana das pessoas. Estas informações serão utilizadas na elaboração de um material massivo em cada país, e também em uma publicação massiva do Jubileu Sul Américas, em linguagem popular. Outra tarefa será intensificar a Campanha de Solidariedade ao Haiti, divulgando em cada país um material sobre as ilegitimidades da dívida haitiana, que será desenvolvido pelos movimentos sociais do Haiti.

A Proposta de “perdão” da Dívida do Haiti com o Banco Interamericano de Desenvolvimento

Durante os eventos, foi informado que o BID iniciou um processo de discussão em torno da anulação da dívida externa da Bolívia, Guiana, Honduras, Nicarágua e Haiti reivindicada pelo Banco. Porém, o BID não abriu nenhum processo de consulta formal e efetiva com a sociedade civil. Em reunião dia 17 de novembro de 2006, Brasil e México concordaram em contribuir no pagamento dos custos da “anulação” das dívidas destes cinco países, porém, há uma controvérsia em torno de qual será o valor anulado (se o estoque da dívida vigente é do ano 2001, 2003 ou 2004). Ou seja: não se trata de anulação, mas de apenas redução da dívida. E no caso do Haiti, mesmo que a dívida com o BID fosse totalmente anulada, ainda restariam os demais 59% da dívida externa haitiana, devidos a outros credores (que não o BID). Mas o pior é que tal “anulação” apenas seria efetivada no ano que vem, e está condicionada à obtenção do “selo de aprovação” do FMI, que representa a implementação de pontos da agenda neoliberal.

____________ _________ _________ _______

Versão integral do relato das atividades no Haiti está disponível no site www.divida-auditori acidada.org. br

O Haiti precisa de comida, não de armas! De médicos, e não de mais soldados!


Fonte: CST - TENDÊNCIA INTERNA DO PSOL
A magnitude da tragédia haitiana, como consequência do terrível terremoto acontecido no dia 12 de janeiro, comoveu a humanidade. São mais de cem mil os mortos. Praticamente toda a infraestrutura de Porto Príncipe desabou ou foi afetada de alguma forma.

Três milhões de irmãos haitianos perambulam pelas ruas tentando achar, resgatar ou enterrar seus familiares ou amigos. A fome e as epidemias, que já eram signo distintivo do regime da MINUSTAH (nome da missão de ocupação da ONU), se exacerbaram, ainda mais.

É que, aos efeitos devastadores do terremoto, se combinaram centenas de anos de colonialismo e saque imperialista, deixando o país sem condições de resposta, multiplicando, sobre o povo, as infelizes consequências. Este é o preço que os donos do capital impuseram a este povo digno por ter sido o primeiro país latino-americano a conquistar sua independência, em 1804, após uma sangrenta rebelião de escravos negros que expulsaram os escravocratas franceses.

“O que o Brasil e a ONU fizeram em seis anos de ocupação no Haiti? As casas feitas de areia, a falta de hospitais, a falta de escolas, o lixo. Alguns desses problemas foram resolvidos com a presença de milhares de militares de todo mundo”? (carta de Otávio Calegari Jorge – pesquisador da UNICAMP em Porto Príncipe)

O Haiti está sob ocupação militar desde fevereiro de 2004, quando os marines americanos sequestraram o presidente Jean-Bertrand Aristide e o enviaram para o exílio.

Em que pese sua extrema pobreza, o Haiti se abastecia, de forma autossuficiente, em 90% dos alimentos que consumia como o arroz e a carne de porco, mas, os camponeses produtores foram arruinados pelo arroz enviado pelos EUA e, as criações de porcos, exterminados para prevenir uma suposta peste.

Hoje, o oje ..Haiti importa alimentos e tem mão de obra industrial barata, pois os operários haitianos são obrigados a trabalhar por salários de fome para as multinacionais. A população se amontoa nas gigantescas favelas de Porto Príncipe onde as pessoas comem terra e bebem água contaminada.

As tropas da ONU, a mando, do Brasil têm entre elas soldados argentinos, bolivianos e chilenos. Não só não resolveram os problemas existentes como os agravaram. Sua missão é defender as multinacionais, a pequena minoria de ricos e reprimir o povo. E 22/12/2006 as tropas da ONU atacaram, à bala, uma mobilização que pedia o retorno de Aristide, assassinando trinta pessoas. Em 2008, frente às mobilizações que pediam aumento de salário - sancionado pelo Congresso, mas vetado pela oligarquia – as tropas reprimiram violentamente o povo.

“A ONU gasta meio bilhão de dólares por ano para fazer do Haiti um teste de guerra. Quando questionado sobre o interesse militar brasileiro na ocupação haitiana, o Coronel Bernardes não titubeou: o Haiti, sem dúvida, serve de laboratório (exatamente, laboratório) para os militares brasileiros conterem as rebeliões nas favelas cariocas.” (O.C.J.)

Nenhuma mulher ou homem do planeta pode ficar insensível frente a esta tragédia. Muito menos podem os trabalhadores, pois, essencialmente, são eles os mais afetados pela tragédia: os que não têm mais que sua força de trabalho, os explorados. Eles precisam nossa ajuda!

Hoje o governo brasileiro tenta mostrar que suas tropas são heroicas, e o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, já declarou que quer que o Brasil fique no Haiti para a “reconstrução” o que significa que as empreiteiras amigas do governo já estão como abutres a disputar os dólares da “ajuda humanitária” para fazer seus sujos negócios. A própria imprensa não pode calar que, enquanto as potencias imperialistas rivalizam no envio de aviões, helicópteros, porta-aviões num “show” de solidariedade, o povo exasperado grita que, nem a comida, nem a água, nem os médicos, estão chegando onde é preciso. Mas as tropas da ONU estão removendo escombros dos hotéis de luxo e a frágil polícia haitiana tentando resguardar os supermercados da população faminta.

Mas se os governos que falam em ajuda humanitária quisessem de verdade ajudar o povo haitiano, converteriam todos os gastos militares em ajuda humanitária. Lula, por exemplo, poderia deixar de pagar bilhões aos agiotas em juros da dívida pública, e enviar esse dinheiro e comida para o povo haitiano. Particularmente, fazemos um chamado aos governos da Venezuela, Cuba, Bolívia e Equador, para que suspendam o pagamento de suas dívidas externas para dedicar esse dinheiro para comida, medicina e ajuda ao povo haitiano.

Chamamos aos trabalhadores, aos lutadores, à juventude, a organizar a solidariedade com o Haiti através da coleta de dinheiro que a Conlutas está realizando. Fazer reuniões, assembléias, montar comitês de solidariedade com o povo haitiano, para explicar o que está acontecendo e pedir a todos que contribuam, com um real se assim for, para fazer uma campanha de massas e, assim, fazer uma verdadeira corrente humana de solidariedade. E nossa ajuda deve ser enviada diretamente para as organizações dos trabalhadores e do povo, e não através dos organismos governamentais que buscam capitalizar com a tragédia e que, em boa parte das vezes, deixam que a solidariedade material se perca nas mãos dos desvios e da corrupção.

Corrente Socialista dos Trabalhadores - CST/PSOL.

18 de janeiro de 2010.
Data de Publicação: 21/1/2010 16:04:24

PT e PMDB do Pará receberam propina da Camargo Côrrea, diz procuradoria


O Ministério Público Federal em São Paulo afirma ter localizado, entre documentos confidenciais apreendidos pela Polícia Federal com diretores da construtora Camargo Corrêa, comprovantes de pagamentos de propina no exterior a partidos no Pará. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Segundo a procuradora da República Karen Kahn, o PT-PA teria recebido R$ 260 mil, e o PMDB-PA, R$ 130 mil, em abril de 2008. A propina teria sido feita para facilitar contratos de construção de cinco hospitais no Pará, nos municípios de Belém, Santarém, Breves, Redenção e Altamira.

Num dos papéis apreendidos na Operação Castelo de Areia consta pagamentos feitos em uma conta em Taiwan. "Tal fato conduz à invariável conclusão de que os pagamentos foram, de fato, feitos a título de propina, direcionada aos próprios partidos ou a alguns de seus integrantes, não identificados, em troca de facilidades obtidas na construção de obra "hospital do Pará'", disse a procuradora à Folha.

Defesa
O PMDB do Pará negou o recebimento de propinas da Camargo Corrêa. O secretário-geral do PMDB do Pará, Wilson Ribeiro, disse que as acusações da Procuradoria são equivocadas e "todo recurso que entra no PMDB entra com clareza, na conta bancária do partido".

A assessoria do PT no Estado informou à Folha de S. Paulo que nenhum dirigente do partido foi localizado para comentar a denúncia do Ministério Público Federal.
Fonte: Amazonia.org.br

Belo Monte: Construtoras firmam consórcio para leilão

Do blog Língua ferina

As construtoras Odebrecht e Camargo Corrêa firmaram acordo para, juntas, compor um consórcio para disputar o leilão da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA). As empresas confirmam a parceria, mas não comentam detalhes da união, que ainda está sendo acertada.

O governo já decidiu que serão dois consórcios a disputar o leilão, cuja data ainda não está marcada, pois há ainda a pendência do licenciamento prévio ambiental para a realização do certame.

Especula-se que a construtora Andrade Gutierrez encabeçará o consórcio concorrente.

No leilão de Belo Monte, que será a segunda maior usina hidrelétrica do país, atrás apenas de Itaipu, haverá também a presença do governo. Ainda não está definida a participação da Eletrobrás, mas é certo que suas subsidiárias irão fazer parte dos consórcios. No leilão da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, por exemplo, Furnas e Odebrecht saíram vitoriosas.

SURPRESA
A dobradinha da Camargo Corrêa com Odebrecht surpreendeu o mercado porque são oponentes históricas. As duas construtoras rivalizaram durante todo o processo de concessão das hidrelétricas do rio Madeira.

A usina de Belo Monte é o empreendimento mais estratégico do setor energético do atual governo. Está prevista para entregar energia a partir de 2015. Serão 11,2 mil MW de potência, e há estimativas de que sua construção poderá custar até R$ 30 bilhões, por isso o interesse de grandes atores nessa disputa.

A demora do Ibama em liberar a licença prévia ambiental tem estimulado mal-estar dentro do governo, e já provocou o adiamento em quase um ano do cronograma inicialmente pensado para o empreendimento.

FEVEREIRO
Na última segunda-feira, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse que a autorização para o início da construção da unidade seja dada em fevereiro, pelo Ibama. Segundo Minc, a Eletrobrás, responsável pelo projeto de licenciamento, entregou os últimos complementos que faltavam, e a tendência é que a liberação saia em breve.


Fonte: Diário do Pará (http://www.diariodopara.com.br/noticiafullv2.php?idnot=75723)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Manifestantes protestam em frente a casa do deputado do DF que meteu dinheiro na meia

Débora Alvares

Mariana Flores

Integrantes do movimento "Fora Arruda" estão em frente à casa do deputado distrital Leonardo Prudente (sem partido), acusado de envolvimento no escândalo político conhecido como mensalão do Democratas. Cerca de 150 pessoas estão na QI 3 do Lago Norte, onde mora o parlamentar.

Até por volta de 15h, a manifestação estava pacífica e não havia registro de confusões. Neste mesmo horário a Polícia Militar chegou ao local para cuidar da segurança. Os policiais apenas observam o movimento.

Faixas, cartazes e músicas de protesto chamaram a atenção dos vizinhos, que estão nas portas das casas e acompanham o protesto. Eles levaram, também, um caixão, para simbolizar o enterro do parlamentar.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Manifestantes retomam domingo atos contra Arruda


Estudantes vão protestar na porta do presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal
Laís Lis, do R7 em Brasília
Os participantes do movimento Fora Arruda prometem voltar às ruas de Brasília a partir deste domingo (10) às 13h. Os protestos, paralisados durante o recesso da Câmara Legislativa do Distrito Federal, serão retomados com uma manifestação na porta da casa do presidente da Casa, Leonardo Prudente (sem partido).

A concentração será em frente à Praça Zumbi dos Palmares, próximo à Rodoviária do Plano Piloto. De lá, os manifestantes seguem para a casa do deputado no Lago Norte. Também no domingo, os manifestantes farão vigília, a partir das 18h, em frente à Câmara.
.
A Casa retoma na segunda-feira os trabalhos para analisar os pedidos de impeachment contra o governador José Roberto Arruda e os deputados citados na investigação da Polícia Federal sobre um suposto esquema de pagamento de propina dentro do governo do DF.
.
Segundo um dos integrantes do movimento Fora Arruda, Rafael Barroso, os protestos estão apenas começando. Segundo ele, a aparição do governador na televisão no início dessa semana “como se nada tivesse acontecido” indignou o movimento.
.
- A luta está só começando. Um dos motivos para o retorno mais forte dos protestos é a volta do Prudente à presidência da Câmara.
.
Leonardo Prudente aparece em um dos vídeos da Operação Caixa de Pandora recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário de Arruda, e guardando a quantia na roupa e na meia.
Além dos protestos de domingo, o movimento planeja ainda um ato às 10h de segunda-feira (11) em frente à Câmara Legislativa.
.
Entre as ações do movimento que mais chamaram a atenção no ano passado está a invasão da Câmara Legislativa. Os manifestantes ocuparam o prédio no dia 2 de dezembro e resistiram por seis dias até serem retirados pela Polícia Militar após longa negociação.

Arruda aprendeu com São Francisco

O perdão foi a tese do discurso de reaparecimento do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, após ser filmado recebendo dinheiro oriundo de propina paga por empresas prestadoras de serviço ao governo.

Do alto de sua cara de pau, Arruda disse ontem perdoar o seu ex-secretário Durval Barbosa (pivô nos escândalos do GDF ao denunciar o governador e toda a sua quadrilha), e perdoou também, porque espera ser perdoado pelos seus pecados. Arruda deve ser devoto de São Francico de Assis, o qual disse em sua famosa oração que "é dando que se recebe/ é perdoando que se é perdoado". Ele levou essas palavras às últimas consequências. Não deu nada ao povo, nem mesmo panetone em 2004, e agora espera perdão por seus crimes como péssimo administrador. Uma verdadeira vergonha.

Não podemos mais permitir esses absurdos se proliferando como epidemia em nosso país. Não se trata de qualquer escândalo, mas de corrupção da braba. O governador pagava mensalão, tal qual fez Lula e o PT e também o PSDB em Minas Gerais, aos deputados para aprovarem matérias de interesse do executivo e de interesse dos patrões. Por isso recebiam o dinheiro do superfaturamento de obras e serviços, através de Durval Barbosa, e os repassava aos parlamentares e outras autoridades do distrito, os quais os colocavam nas cuecas, meias, paletós, etc.

Mas esse escândalo nefasto no GDF não é, como já vimos, exceção e sim regra-geral nesse país governado pela burguesia e seus lacaios. Aqui no Pará não é diferente. Ana Júlia e Duciomar Costa se utilizam do mesmo expediente, assim como o tucanato que governou 12 anos o estado implementando muito caixa-dois e roubalheira.

Só conseguiremos justiça e Arruda e sua horda de bandidos será punida se o povo for pra rua. Precisamos de muita mobilização dos trabalhadores e muita luta organizada para que sejam punidos todos os envolvidos nessa máfia, pois se depender do judiciária do Distrito Federal, tudo acabará em pizza. As denúncias envolvem inclusive o presidente do Tribunal de Justiça de lá, além do chefe do Ministério Público. Os estudantes de Brasília já mostgraram o caminho a ser trilhado para conquistarmos a vitória e expulsar Arruda e sua quadrilha diretos para a cadeia: luta, luta e mais luta.

A OAB também tem rabo preso com corruptos

Notícias sobre escândalo envolvendo Arruda desaparecem do site da OAB-DF

Da Folha Online
Notícias referentes ao escândalo envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), desapareceram do site da OAB (Ordem dos advogados do Brasil) do DF.
As páginas, que traziam reportagens sobre o escândalo do mensalão do DEM, sumiram dias após o novo presidente da entidade, Francisco Caputo, tomar posse do cargo. Caputo é membro do escritório de advocacia que defende Arruda.

Logo após o surgimento das imagens em que o governador aparece recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, a OAB-DF, então presidida por Estefânia Viveiros, protocolou na Câmara Legislativa pedido de impeachment contra Arruda e de cassação dos deputados envolvidos no caso. Apesar de achar estranho o sumiço das notícias, Viveiros não quis comentar o fato.

Procurada, a assessoria da OAB-DF alegou que todo o site foi retirado do ar no último dia 5 para atualização de dados sobre a nova presidência. Disse, ainda, que o problema deve ter sido técnico, pois, "não houve nenhuma ordem para que as notícias referentes ao caso envolvendo Arruda fossem retiradas". A entidade afirmou que as páginas devem voltar ao ar em breve.

Dias atrás, o governo do Distrito Federal retirou da lista de premiados com a medalha comemorativa dos 200 anos da Polícia Militar Durval Barbosa, autor das denúncias do mensalão do DEM, e a própria Estefânia Viveiros.
Segundo a assessoria de Arruda, eles saíram da lista "por proteção", para que ninguém os atacasse, dizendo que foram premiados pelo governo.

Brasil terá primeira escola de cultura homossexual


A princípio, a criação de uma escola de cultura homossexual, com cursos como o de formação de drag queen, acaba se tornando motivo de chacota. Mas o argumento de militantes LGBTs para a criação da primeira instituição do gênero no Brasil é que, através da disseminação de informações sobre o universo dos gays, lésbicas e transgêneros, é possível romper não só com o preconceito, mas com a marginalização cultural que eles sofrem.

A instituição em questão é a Escola Jovem LGBT, que será inaugurada em março de 2010, em Campinas, no interior paulista. A iniciativa é do Grupo E-Jovem, que desde 2001 luta pelos direitos de jovens LGBT e que vai receber um verba de R$ 180 mil, ao longo de três anos, através do projeto Pontos de Cultura – uma parceria entre o Governo de São Paulo e o Ministério da Cultura.

“Não existe nenhum trabalho consistente de valorização das expressões gays, no Brasil. A cultura LGBT fica restrita a boates, e jovens com menos de 18 anos não têm acesso a esses espaços”, afirma Deco Ribeiro. diretor da Escola Jovem LGBT.

A instituição será destinadas a pessoas entre 12 e 29 anos e terá três linhas de ensino: expressão artística (com cursos de drag queen, dança e música), expressão cênica (webTV, teatro e cinema) e expressão gráfica (publicações impressas).

Além de oferecer ferramentas para que os alunos expressem sua sexualiade, todo o material produzido por eles – livros, revistas CDs e DVDs – serão distribuídos gratuitamente para difundir a cultura LGBT.

“Queremos mostrar para sociedade como a gente se expressa. No colégio, por exemplo, quando a professora pede uma redação sobre como foi o fim de semana dos alunos, o adolescente gay não pode falar que passou com o namorado”.

Os cursos da Escola Jovem LGBT terão três anos de duração e ao final os alunos receberão um certificado. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail escola@e-jovem. com .
A Escola Jovem LGBT surge com o propósito não só de dar ferramentas para jovens homossexuais se expressarem, mas também como meio de divulgar a cultura LGBT através do material produzido pelos alunos. Segundo estudiosos, ações como essa são fundamentais para reduzir o preconceito.

Um dos principais pesquisadores da cultura LGBT no Brasil, o antropólogo Luiz Mott, afirma que a cultura LGBT foi renegada ao longo dos anos pelos historiadores.
Segundo ele, antes da chegada dos colonizadores europeus e da moral cristã, a homossexualidade era tratada de forma natural por diversas tribos sul-americanas. Em seus estudos, Mott aponta diversas evidências arqueológicas e documentais da prática homoerótica na América Pré-Colombiana, como esculturas representando cenas homoeróticas e textos dos cronistas que relatavam à Metrópole os costumes dos nativos.

Um desses relatos faz referência aos Tupinambá. Nessas tribos, os índios “gays” eram chamados de tibira e as “lésbicas” de çacoaimbeguira. Em um texto enviado a Portugal, o cronista Pero de Magalhães Gândavo cita a conduta de algumas índias “lésbicas”: “Algumas índias deixam todo o exercício de mulheres e imitam os homens e seguem seus ofícios como se não fossem fêmeas. E cada uma tem mulher que a serve, com quem diz que é casada. E assim se comunicam e conservam como marido e mulher” – relato presente no “Tratado da Terra do Brasil” de 1576.

Enquete: maioria quer cassação de Duciomar Costa

Após duas semanas de votação, a enquete proposta pelo Diário Online sobre a situação do prefeito Duciomar Costa (PTB), demonstrou que a maioria dos internautas esta a favor da cassação do prefeito. O placar foi de 72% a 28%. A enquete ficou disponível até hoje pela manhã.
Foram 9.089 votos. O prefeito foi cassado pelo crime de abuso de poder econômico, no dia 4 de dezembro, após decisão tomada pelo juiz Sérgio Augusto Andrade Lima, da 92ª Zona Eleitoral de Belém, com base em provas concretas relatadas pelo ex-deputado José Priante (PMDB). O ex-deputado reuniu diversas fotos de placas, banners e materiais de divulgação sobre obras que nunca teriam sido concluídas, mas que, no entanto, eram utilizadas como ferramentas durante a campanha política de Duciomar Costa.

Com a decisão, o ex-candidato José Priante (PMDB), segundo colocado na eleição anterior, assumiria o cargo a partir do dia 7 de dezembro, dia da publicação da decisão no Diário Oficial do Estado. Apesar disso, os advogados do prefeito conseguiram suspender a ação por meio de uma liminar, aprovada pelo juiz José Maria Teixeira do Rosário.

A assessoria de José Priante entrou, no dia 12 de dezembro, com um pedido de “agravo regimental”, que foi protocolado no dia 12 de dezembro, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), pedindo indeferimento da liminar concedida pelo juiz José Maria Teixeira do Rosário que manteve no cargo o prefeito cassado, Duciomar Costa. O pedido será julgado pelo próprio Rosário.

Se for atendido, quem assume a prefeitura é o ex-deputado federal José Priante. Agravo regimental, ou agravo interno é um recurso judicial nos tribunais com a intenção de provocar a revisão de suas próprias decisões.
(Diário Online)

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ministério Público denuncia Alcoa por destruição ambiental no Pará

Em Juriti (PA), as atividades industriais do grupo Alcoa e de sua subsidiária Omnia Minérios Ltda estão causando greves prejuízos ao ecossistema da região. Os igarapés e lagos próximos à ferrovia e à rodovia que escoam a produção de bauxita estão contaminados e assoreados.

A população que sobrevive do ecossistema denunciou a situação ao Ministério Público Estadual, que entrou com uma ação civil pública na Justiça. Segundo a promotora Lílian Braga, os estudos de impacto ambiental do empreendimento estão incompletos. A comunidade de Juriti Velho, por exemplo, é prejudicada pela exploração da mina, mas não foi mencionada nos estudos. “Ignorar corpos hídricos, não mensurar exatamente qual é o dano que vai ser causado – para que seja apontada medida que vai ser tomada para minimizar o dano – são questões graves. Que a Justiça observe se os condicionantes para o licenciamento foram cumpridos, porque essa resposta, até o presente momento, não nos foi dada pelo SEMA."

A ação exige a suspensão imediata da licença ambiental concedida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), por considerar que condicionantes para a sua liberação não foram respeitados. Caso a Justiça aceite o pedido do Ministério Público, a licença só poderá ser liberada depois que a Alcoa e a Omnia Minérios providenciar o reparo dos danos socioambientais. “Não podem ser feitas atividades em nome do desenvolvimento econômico e que degradam o meio ambiente, e que deixam à mercê da própria sorte as pessoas que estão lá na região."
Fonte: RadioAgência Notícias do Planalto

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dia de luta dos servidores municipais de Belém


Amanhã será um dia de muita mobilização dos trabalhadores pela garantia de incorporação de um reajuste (20,84%) garantido em última instância pela justiça aos servidores municipais. E como a Câmara Municipal estará se reunindo para votar o Orçamento 2010, seré necessária muita pressão e luta dos trabalhadores para garantir que a incorporação seja incluída no Orçamento. A depender da tropa de choque do prefeito charlatão, Duciomar Costa, as coisas serão difíceis, pois há muito eles vem protelando a incorporação dessa conquista aos servidores.

E por falar em prefeito charlatão, no último sábado ele esteve no programa Etc. & Tal da Úrsula Vidal no SBT, onde pudemos assitir um vendaval de desculpas esfarrapadas pelo caos que se encontra a saúde em nosso município. Como sempre, Dudu acusa os pacientes do interior pela barbárie instalada nos dois PSM's da capital. Mas ele esqueceu de dizer que para cada paciente atendido é feito o repasse de dinheiro fundo a fundo pelo SUS.

O povo pobre e a classe trabalhadora não aguenta mais tanto descaso e abandono. Mais do que nunca está comprovado que o falso médico, não tem as mínimas condições éticas, morais e administrativas de continuar dirigindo a capital de nosso estado. Precisamos amanhã (terça-feira, 05/01/10) engrossar as fileiras dos que estarão em frente à Câmara, para exigir mudanças drásticas no caso de morticínio que se tornou a urgência e emergência em Belém.
Todos ao ato, amanhã, 09h na Câmara Municipal. Fica na Tv Curuzú entre Almirante e 25 de setembro.

“2010 será un año de crisis política, de grandes luchas y de organización independiente de los trabajadores”: Orlando Chirino (III)

Segue a última parte da entrevista de Chirino, o qual faz suas avaliações sobre as perspectivas para a classe trabalhadora na Venezuela nesse ano de 2010. Um ano, segundo ele, de muitas crises e lutas.

Mié 30/12/2009 - 13:10



Por: Laclase.info

Finalizamos con esta entrega la publicación de la entrevista que nos concediera Orlando chirino el pasado 27 de diciembre, en la que nos brindó un análisis pormenorizado de la situación política nacional e internacional, sobre el mundo laboral y lo que a juicio del dirigente de la Unidad Socialista de Izquierda, se vislumbra para el año 2010, que será de claro predominio de la crisis política del gobierno, de grandes luchas y de la construcción de una herramienta política independiente de los trabajadores.

laclase.info: Orlando ¿como visualizas el año 2010?

Para el gobierno del Presidente Chávez como para las fuerzas que se reclaman de la oposición burguesa, el 2010 tiene importancia por cuanto se realizarán las elecciones parlamentarias, las cuales han sido programadas para el mes de septiembre. Sin ninguna duda ese proceso electoral será importante, pero es una visión demasiada estrecha, ya que deja de lado lo que a nuestro juicio como organización política será lo determinante durante el próximo año.

Para nosotros el nuevo año que comienza estará marcado por la profundización y agudización de la crisis política del gobierno, el agotamiento del proyecto político, económico y social que lidera el presidente Chávez, y por supuesto se pondrá a prueba también lo que se ha denominado como “proceso revolucionario bolivariano”. Las elecciones de diputados pautadas para septiembre, en forma distorsionada relejarán esta realidad, pero no lograrán maquillar ni atenuar el verdadero trasfondo de la crisis política del gobierno y de su proyecto estratégico.

Dicha crisis del gobierno tendrá profundo repercusiones ya que obligará a redefiniciones de los sectores de vanguardia que se sienten en forma honesta comprometidos con un cambio profundo del país. Estamos en presencia de los primeros síntomas, con la renuncia de grupos de militantes del PSUV que no se calan más las imposiciones y que el gobierno predique un discurso supuestamente socialista pero en la práctica adelante una política que lesiona los intereses de los sectores más desprotegidos de la población.

La crisis política se verá incentivada también por la agudización de la crisis económica. Estamos terminando un año donde las cuentas para el gobierno y para la burguesía son “rojas”, es decir deficitarias por cuanto no lograron obtener las fabulosas ganancias que alcanzaron en los cinco años precedentes. Por esa razón el gobierno y los explotadores tendrán que seguir esforzándose para trasladar el costo de la crisis económica al bolsillo de los trabajadores, lo que nos condenará a seguir soportando los perniciosos efectos de la inflación, la congelación salarial, la pérdida de puestos de trabajo, la falta de educación, salud, vivienda y seguiremos azotados por el flagelo de la violencia que siempre se acentúa en épocas de grave crisis social y económica.

Sectores importantes de la población, a pesar de que tengan claridad sobre las diferencias entre este gobierno y los gobiernos de la IV República, con toda seguridad se preguntarán si valió la pena los enormes esfuerzos y sacrificios que se hicieron durante estos años de proceso revolucionario bolivariano, ya que sienten que no lograron satisfacer los graves problemas que les aquejan desde hace muchos años. Y muchos tendrán incluso la tentación de mirar de nuevo hacia los viejos partidos de la oligarquía o a las estructuras políticas que la burguesía ha reciclado en estos años.

A esta involución le apuestan los partidos de la derecha y para eso se están preparando para las elecciones de diputados de septiembre donde aspiran a lograr la mayoría o al menos alcanzar una correlación de fuerzas que le sea más favorable para seguir presionando al gobierno y seguir doblegándolo como lo han venido logrando hasta ahora...

Laclase.info: ¿no te parece que esa es una visión muy pesimista de la realidad?

No me has dejado terminar. El signo del año 2010 no sólo será la crisis del gobierno y de su proyecto político que está estallando por todos los costados por la corrupción y la crisis económica. También nos encontraremos con el mayor pico de las luchas de los diversos sectores sociales, especialmente de la clase trabajadora que tendrá que salir a defender sus derechos, sus salarios, el empleo, sus contratos colectivos, etc.

Los últimos meses de este año son indicativos de lo que será el 2010. Los petroleros, los portuarios, los trabajadores de la industria eléctrica y de las empresas básicas, los profesionales de la salud, los maestros, los empleados de la administración pública así como los trabajadores de las empresas del sector privado sentirán la necesidad de movilizarse porque no pueden dejarse morir de hambre con los salarios congelados o con aumentos que no compensan ni la mitad de lo que ha sido el incremento de los precios de los productos de la canasta familiar, especialmente de los alimentos.

Veo muy positivo que los trabajadores estén retomando el lenguaje de la toma de los portones, de las movilizaciones, de los paros y de la huelga. El gobierno y el chavismo en general habían logrado estigmatizar estas acciones y las habían asociado a procesos desestabilizadores o contrarrevolucionarios, pero los trabajadores nuevamente las están recuperando y la están incorporando a su lucha diaria.

Los únicos que no hablan de luchas, paros y huelgas es la dirigencia sindical roja-rojita que se doblegó al gobierno y entregó la autonomía. Pero en general a los trabajadores ya no le asustan estos temas, porque se derribó el mito de que las huelgas son acciones contrarrevolucionarias. No nos extrañemos entonces si este año que comienza la dirigencia sindical clasista y combativa empieza a plantearse los paros de la producción, los paros regionales e incluso se retome la consigna de la huelga general para exigir aumento general de sueldos y salarios, estabilidad laboral o rechazo a la criminalización de la protesta.

No estoy exagerando. Por ahora se habla de huelga de hambre, que es lo que ha querido imponer la derecha opositora porque sabe que no logra movilizar en la calle a cientos de miles, pero en el caso de los trabajadores se dará de forma diferente. En Aragua hicimos un paro regional en mayo de 2007 y luego realizamos otro en diciembre de 2008 para denunciar el asesinato de los camaradas Luis Hernández, Carlos Requena y Richard Gallardo. No nos extrañemos si la consigna del paro regional se convierte en una consigna movilizadora en estados conflictivos como Bolívar, Zulia, Anzoátegui, Mérida, Táchira, Falcón, Carabobo, Aragua, etc.

Este es el panorama que veo venir para Venezuela en el 2010. Hay una situación real de crisis grave y profunda del gobierno, pero también la disposición de la población a la movilización y la lucha, superando los temores que hoy subsisten.

Laclase.info: ¿Estas luchas tendrán un carácter reivindicativo o lochero como dice el gobierno?

No. Por el contrario, serán profundamente políticas, así sus móviles iniciales sean reivindicativos, económicos e inmediatistas.

La luchas estarán caracterizadas por lo que a nuestro modo de ver será lo más significativo: el distanciamiento y la ruptura de franjas importantes de la población con el gobierno y con su aparato político el PSUV. Te decía anteriormente que los primeros hechos se han comenzado a presentar. Hace un mes estuve con Bodas en la Costa Oriental del Lago y fui testigo de excepción cuando varios petroleros que luchan por la absorción en PDVSA, ante los medios de comunicación informaron que 43 patrullas se desafiliaban de ese partido.

Acabo de observar en el programa “Aló Venezuela” que conduce el diputado de Podemos, Ismael García, a un dirigente del PSUV que se ha quitado la franela roja y dice que renuncia al partido. Lo mismo aconteció durante la lucha de los trabajadores portuarios en Puerto Cabello. Varios familiares de los trabajadores arrojaban muñecos con la figura del Presidente Chávez a la candela. Otro tanto sucede por los lados del Estado Bolívar, en Aragua.

Comienza a expresarse una rebeldía generalizada y una ruptura política, que además tiene algo de positivo: es por la izquierda. Las encuestas atestiguan lo que estoy diciendo, no hay una inclinación mayoritaria de los que rompen con el gobierno a reencontrarse con los viejos partidos de la derecha tradicional venezolana.

En ese sentido las luchas serán mucho más conscientes y muchos luchadores de vanguardia harán sus mejores esfuerzos por darle una perspectiva revolucionaria, distinta a la estafa de socialismo del Siglo XXI que nos intenta pasar de contrabando el gobierno nacional.

El Gobierno sabe eso, por eso aprieta y presiona a los trabajadores y la población. Nosotros pudimos sentirlo en carne propia en las pasadas elecciones sindicales petroleras. El Gobierno Nacional y PDVSA invirtieron 24 millones de bolívares fuertes para obtener 15 mil votos, mientras que nuestra plancha a duras penas tuvo gastos por 40 mil bolívares fuertes y obtuvimos 8.000 votos, que incluso fueron más porque luego nos enteramos que hubo más de 2.000 votos nulos, que con toda seguridad eran trabajadores que habían votado por nuestra plancha.

En esas elecciones sindicales se sintió el peso del aparato del Estado, del PSUV, hubo declaraciones del Presidente Chávez presentando a sus candidatos en su programa “Aló Presidente” y los ministros llamando a los afiliados al PSUV a que votaran por la plancha de los traidores sindicales. Colocaron a disposición transporte terrestre, lanchas y hasta avionetas privadas para llevar de un lado a otro a Wills Rangel y Argenis Olivares. Y a pesar de todo ese derroche de recursos y de amenazas a duras penas lograron ganar la mayoría de la Federación con sindicaleros que son repudiados, porque los petroleros saben que ellos están entregando en la mesa de negociación las conquistas históricas del contrato petrolero.

Frente a este panorama al trabajador no le queda otra alternativa que luchar y buscar una nueva opción política por la izquierda, que de verdad le permita defender sus derechos y alcanzar nuevas reivindicaciones. Por eso afirmo que el 2010 será un año de luchas y de ruptura política con el gobierno y también con la oposición. El crecimiento de la franja de los “ni-ni” no es casual, la gente quiere una nueva opción que permita profundiza los logros alcanzados.

laclase.info: Según ese análisis, se presentará un espacio para la construcción de una herramienta política propia de los trabajadores y el pueblo

Estoy absolutamente seguro que sí. El 2010 será el año de la agudización de la crisis política del gobierno y de su proyecto; de grandes luchas y movilizaciones locales, regionales y nacionales; pero también será el año propicio para la construcción del partido de los trabajadores y el pueblo para luchar por cambios profundos que permitan alcanzar soluciones verdaderas y duraderas a la grave problemática que vive el pueblo.

En estos diez años de proceso, un puñado de dirigentes socialistas y revolucionarios que no claudicamos al gobierno, siempre mantuvimos viva la propuesta de la organización independiente de los trabajadores, pero siempre tuvimos el problema de que era muy complicado competir con el chavismo por el amplio apoyo que los trabajadores y el pueblo le brindaban al gobierno y al presidente Chávez. Sin embargo, no nos desesperamos y tuvimos toda la paciencia del mundo para acompañar a los activistas y luchadores en su experiencia con el gobierno para que fueran sacando sus propias conclusiones. Pensábamos que ese proceso iba a durar mucho más tiempo, pero nosotros mismos nos encontramos sorprendidos por la rapidez con que la gente esta apropiándose de la idea de construir su propia herramienta política. La acogida que tiene esta idea es grande. Ya no sólo se trata de individuos aislados, ahora hay grupos, colectivos, organizaciones enteras que rompen con el gobierno y se proponen esa misma terea.

No es casual que estemos convergiendo con una importante franja de dirigentes y trabajadores de Sidor y de las empresas básicas en Oriente, con los cuales estamos llamando a la realización de una Asamblea Nacional que le de cuerpo a la propuesta de construir una herramienta política propia de los trabajadores. Vamos a materializar esa propuesta en marzo o abril próximo en Guayana y estamos seguros que muchos activistas políticos que hacían parte del PSUV van a venir a juntarse con nosotros para echar hacia adelante esta propuesta que es trascendental en la etapa actual que vive el país.

laclase.info: de todas formas muchos activistas no quieren saber nada de partido, sólo quiere movilizarse y luchar para defender sus derechos

Eso es cierto. Debemos hacer un esfuerzo grande para concientizar a estos luchadores para que se incorporen a la construcción del partido revolucionario de los trabajadores. Sabemos que muchos están decepcionados de la experiencia del MVR, del PPT, Podemos y el PCV, por los malos ratos vividos con estas organizaciones. Pero es nuestro deber hacerles ver que un partido político revolucionario de los trabajadores es el acumulado de la experiencia histórica de las luchas de los trabajadores y además es el instrumento ideal para organizar a cientos de miles para disputarse el poder político.

Sin una herramienta que condense la experiencia de la lucha y que prepare científicamente la lucha por el poder, jamás podremos pensar en cambiar de fondo al país y al mundo.

Siempre que los trabajadores confiamos en un partido de sectores sociales distintos a la clase trabajadora, como AD o Copei que son partidos de la burguesía tradicional venezolana o el MVR y el PSUV que históricamente fue la organización de los burócratas y de la naciente chavo-burguesía, terminamos excluidos, decepcionados, desmoralizados y hasta derrotados.

De allí la importancia de tener nuestra propia herramienta, de la propia clase trabajadora, sin burócratas, sin corruptos, sin burgueses tradiconales o nuevos, sin terratenientes, sin multinacionales. Necesitamos un partido que sea la esencia de los trabajadores y el pueblo. Ese debe ser el ideal que debemos trazarnos para este 2010 y estoy seguro que lo vamos a alcanzar.

Vamos a hacer grandes esfuerzos para legalizarnos a nivel nacional este año y empezar a disputarnos espacios políticos en la Asamblea Nacional, pero quiero decirle a los trabajadores que nuestras esfuerzo va dirigido a construir un partido de verdad revolucionario que luche por el poder y eso sólo lo vamos a lograr por medio de una poderosa y masiva revolución protagonizada por la clase trabajadora, los campesinos, los sectores populares y liderada política e ideológicamente por su propia herramienta su propia organización política independiente.

laclase.info: ¿Algo más?

Más que nunca estoy convencido que el 2010 será el año de la clase trabajadora venezolana. Por último quiero agradecerles a los responsables de la página web laclase.info por la permanente colaboración que nos han brindado, por ser una tribuna de la clase trabajdora en lucha. También quiero aprovechar la oportunidad para expresarle a todos los lectores de la página mis sinceros deseos de felices fiestas de fin de año y un fervoroso saludo de lucha para el 2010, extensivo a todos los trabajadores y el pueblo venezolano.