sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Arruda aprendeu com São Francisco

O perdão foi a tese do discurso de reaparecimento do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, após ser filmado recebendo dinheiro oriundo de propina paga por empresas prestadoras de serviço ao governo.

Do alto de sua cara de pau, Arruda disse ontem perdoar o seu ex-secretário Durval Barbosa (pivô nos escândalos do GDF ao denunciar o governador e toda a sua quadrilha), e perdoou também, porque espera ser perdoado pelos seus pecados. Arruda deve ser devoto de São Francico de Assis, o qual disse em sua famosa oração que "é dando que se recebe/ é perdoando que se é perdoado". Ele levou essas palavras às últimas consequências. Não deu nada ao povo, nem mesmo panetone em 2004, e agora espera perdão por seus crimes como péssimo administrador. Uma verdadeira vergonha.

Não podemos mais permitir esses absurdos se proliferando como epidemia em nosso país. Não se trata de qualquer escândalo, mas de corrupção da braba. O governador pagava mensalão, tal qual fez Lula e o PT e também o PSDB em Minas Gerais, aos deputados para aprovarem matérias de interesse do executivo e de interesse dos patrões. Por isso recebiam o dinheiro do superfaturamento de obras e serviços, através de Durval Barbosa, e os repassava aos parlamentares e outras autoridades do distrito, os quais os colocavam nas cuecas, meias, paletós, etc.

Mas esse escândalo nefasto no GDF não é, como já vimos, exceção e sim regra-geral nesse país governado pela burguesia e seus lacaios. Aqui no Pará não é diferente. Ana Júlia e Duciomar Costa se utilizam do mesmo expediente, assim como o tucanato que governou 12 anos o estado implementando muito caixa-dois e roubalheira.

Só conseguiremos justiça e Arruda e sua horda de bandidos será punida se o povo for pra rua. Precisamos de muita mobilização dos trabalhadores e muita luta organizada para que sejam punidos todos os envolvidos nessa máfia, pois se depender do judiciária do Distrito Federal, tudo acabará em pizza. As denúncias envolvem inclusive o presidente do Tribunal de Justiça de lá, além do chefe do Ministério Público. Os estudantes de Brasília já mostgraram o caminho a ser trilhado para conquistarmos a vitória e expulsar Arruda e sua quadrilha diretos para a cadeia: luta, luta e mais luta.

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