sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ministério Público denuncia vereador Ademir Andrade (PSB) à Justiça

O vereador Ademir Andrade (PSB) terá que encarar mais uma denúncia na Justiça Federal, a respeito de supostas irregularidades cometidas por ele enquanto era presidente da Companhia Docas do Pará (CDP), de 2003 a 2006.

Ontem, o Ministério Público Federal (MPF) encaminhou à Justiça mais uma acusação, dessa vez denunciando que o ex-presidente da CDP, juntamente com oito funcionários, excluíram diversas operações portuárias no banco de dados da Companhia, o que teria gerado um prejuízo de aproximadamente R$ 7 milhões aos cofres públicos.

A acusação é formalizada um mês depois que Ademir Andrade e seu filho, Cássio Andrade, foram inocentados por unanimidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), da acusação de abuso de poder econômico. Nesse processo na justiça eleitoral, Andrade foi acusado de beneficiar empresas nas licitações da CDP em troca de outdoors para ele e para o filho, com finalidades eleitorais. A decisão do TSE acompanhou a absolvição que já tinha sido sentenciada pelo Tribunal Regional Eleitoral da 1º Região.

NOVA ACUSAÇÃO
De acordo com informações divulgadas pelo MPF, foram analisados dois sistemas de processamento de dados da CDP e, a partir daí, teria sido confirmada a exclusão de informações do sistema, e que essas exclusões não se justificavam, já que os serviços realmente tinham sido prestados pela Companhia. A análise foi feita em parceria com a Polícia Federal e com a Controladoria Geral da União. “Esse é um ato de irresponsabilidade. Eu fico surpreso com a petulância, a ousadia, a inconsequência de quem faz esse tipo de acusação”, diz o vereador Ademir Andrade. Ele informou que tem certeza de que essas acusações serão “desmascaradas”, e que as sentenças dos próximos processos serão favoráveis a ele, como foi a decisão do TSE.

Andrade está na Bahia, para o enterro da mãe dele, que morreu ontem. O vereador acrescentou que, na próxima segunda-feira, estará de volta à Câmara onde subirá à tribuna para defender sua inocência. O vereador ainda responde na Justiça do Pará por formação de quadrilha, corrupção, estelionato e fraudes em licitações. O vereador chegou a ficar preso por dois dias, quando, em 2006, a operação Galiléia, da Polícia Federal, fazia uma investigação na CDP. Outros 18 funcionários acusados de envolvimento nas irregularidades também foram presos nessa ocasião. (Diário do Pará)

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