terça-feira, 23 de março de 2010

Temer defende peemedebista envolvido em mensalão do DEM no DF

Michel Temer, presidente da Câmara Federal e o mais cotado para ser o vice de Dilma Rousseff na chapa da Frente de Mafiosos PT/PMDB que disputará a sucessão do líder mor da trambicagem, da enganação e da roubalheira mensalística aprendeu bem com o Lula a tarefa de absolver bandidos e corruptos. Saiu em defesa de mensaleiro do PMDB envolvido no caso do panetone gate no distrito Federal. (Na foto, a quadrilha reunida.)
Cadeia para todos eles!
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O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), disse nesta terça-feira não acreditar no envolvimento do deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) no mensalão do Distrito Federal. Temer disse que o peemedebista tem "apreço à moral" e saberá explicar publicamente a inclusão do seu nome nas investigações da Polícia Federal sobre o mensalão no DF.

"A citação claro que é desagradável, mas o Eunício é um empresário de muito sucesso, um empresário conhecido e reconhecido aqui em Brasília, além de ser deputado, de modo que ela terá as justificativas que apresentará. Não tenho dúvida disso e não tenho a mínima preocupação", afirmou.

Segundo Temer, a inclusão do nome de Eunício nas investigações da PF sobre o mensalão do DF não traz impactos ao PMDB --partido que deve compor a chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) ao Palácio do Planalto nas eleições de outubro.
"Nós temos milhares de membros do PMDB. Evidentemente que haverá explicações. Essas explicações serão dadas. Sei que ele é do maior [apego] moral, de modo que não tenho nenhuma preocupação com isso", afirmou.

Reportagem publicada hoje pela Folha mostra que relatório da Polícia Federal pela primeira vez incluiu um deputado federal no inquérito da Operação Caixa de Pandora. Ex-ministro do governo Lula, Eunício é hoje o peemedebista mais importante do Ceará.
A polícia suspeita que uma empresa de Eunício se beneficiou do esquema que desviou dinheiro público e distribuiu propinas no Distrito Federal --e que levou à prisão do governador cassado José Roberto Arruda (sem partido).

A Folha obteve cópia desse novo relatório da PF, que já foi entregue ao Ministério Público Federal. Ele é o resultado da análise do material apreendido na segunda etapa da Caixa de Pandora, realizada em 21 de dezembro do ano passado.

O documento cita quatro vezes o nome de Eunício e oito vezes os de empresas das quais ele é sócio. Ele sugere ainda que sejam aprofundadas as investigações sobre os contratos das empresas com o DF. Como deputado, Eunício tem foro especial. Para que ele seja alvo da polícia, é preciso que o inquérito da Caixa de Pandora receba a chancela do Supremo Tribunal Federal.
Suspeitas

Segundo a reportagem, as suspeitas da PF giram em torno de uma autorização de pagamento a uma das empresas de Eunício, a prestadora de serviços de limpeza Manchester.
A verba foi liberada por Gibrail Gebrim, ex-funcionário do governo e apontado como operador do mensalão na Secretaria de Educação do DF.

A polícia classificou como "paradoxal e discrepante" um dos pagamentos à Manchester, no valor de R$ 666 mil. Disse haver indícios que a autorização de liberação dessa verba foi "enxertada fora do padrão".

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