terça-feira, 9 de março de 2010

A Igreja Católica lado A

Última atualzação: 10/03/10 - 02:27

Agora os escândalos atingem a família do próprio Papa Josep Ratzinger, o Bento XVI. O Papa que foi da juventude hitlerista.

Ele deu inúmeras declarações dizendo que não aceitava padre pederasta e pedófilo na Igreja. Disse que isso era intolerável, etc., etc., mas na Igreja reacionária e conservadora de Roma, a coisa está tão feia que nem o Bispo Ratzinger (irmão do Papa) está livre dessa cultura medievalhesca da orgia que bispo e padres faziam, principalmente com crianças. Mas que sabemos não ser exclusiva deles. Parafraseando Bezerra da Silva, se o Papa gritar: pega "ladrão"!, não fica um meu irmão...

O fato terrível é que essa Igreja de Roma, a sua cúpula, são a parte da Igreja que nunca se aproximou do objeto de vida de Jesus Cristo: o povo pobre e sua causa. Essa Igreja reacionária, que é contra a pesquisa com células tronco, que é contra o aborto e o uso da camisinha, é a mesma Igreja conservadora que mandou mentes iluminadas para a fogueira e tantas outras para o exílio ou prisão perpétua.

Para vermos o paradoxo: enquanto uma parte dessa Igreja está ameaçada de morte, A Igreja "meio lado B" (pois também são contra, por exemplo, o aborto) como dom Erwin Krautler (Diocese de Altamira/PA - a maior do mundo em extensão territorilal), D. José Luis Azcona (Diocese do Arquipélago do Marajó/PA) e dom Flávio Giovenale (Diocese de Abaetetuba/PA) por denunciarem os crimes de pedofilia, tráfico humano e contra o meio ambiente praticados por uma elite nefasta e fedorenta. Como vimos, uma outra parte está envolta nessa secular e vergonhosa onda de denúncias por cirmes cometidos contra a dignidade humana, o que não podemos aceitar de forma alguma.
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Irmão de papa Bento 16 é acusado de abuso sexual de alunos
06/03/10 às 16:04 | Redação Bem Paraná com Agência Estado

A Igreja Católica enfrenta vários escândalos de abusos sexuais — principalmente em um coro dirigido pelo irmão do papa Bento 16 — que engrossam uma longa lista de casos de pederastia clerical em diversos países, dos Estados Unidos à Irlanda.

O escândalo da Alemanha eclodiu no final de janeiro no prestigioso colégio jesuíta Canisius de Berlim. Seu reitor admitiu que muitos alunos haviam sido vítimas de abusos sexuais nos anos 1970 e 1980, nos quais dois ex-professores jesuítas estiveram envolvidos.

Mas o escândalo se estendeu para outros estabelecimentos escolares, como o de Ettal, na Baviera, e já provocou várias demissões eclesiásticas.
Na sexta-feira (5), atingiu ao coro dos meninos cantores de Regensburg, também na Baviera, dirigido de 1964 a 1993 pelo bispo Georg Ratzinger, irmão de Bento 16.

O bispado de Regensburg reconheceu um caso de abusos sexuais que se remonta ao começo da década de 1950, mas indicou que dispõe "de informações sobre vários casos de supostos abusos entre 1958 e 1973". Ratzinger declarou a uma rádio local que não sabe de nada.

O Vaticano "leva muito a sério qualquer assunto de escândalo sexual de pederastia na Alemanha", disse o padre Ciro Benedettini, vice-diretor da sala de imprensa do Vaticano. Ele se negou a comentar o caso de Regensburg.

A conferência episcopal alemã encarregou o bispo de Tréveris, monsenhor Stephan Ackermann, de esclarecer esse escândalo. O presidente da Conferência Episcopal, monsenhor Robert Zollitsch, se reunirá no dia 12 de março no Vaticano com o papa, que, desde o começo de seu pontificado, condenou duramente esses comportamentos que geram "vergonha" e assegurou que os culpados "não têm lugar na Igreja".
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Irmão do papa admite inércia ante denúncias de abusos

BERLIM - O irmão do papa Bento 16 disse, em entrevista publicada hoje por um jornal alemão, que agrediu alunos como punição, após ter começado a dirigir um renomado coral de meninos nos anos 1960, na Alemanha. Ele também disse que estava ciente das acusações de abusos físicos numa escola primária ligada ao coral, mas não fez nada sobre isso. O reverendo Georg Ratzinger, de 86 anos, disse, porém, que não soube das acusações de abuso sexual contra integrantes do coral de meninos de Regensburger Domspatzen.

"Essas coisas nunca eram discutidas", disse Ratzinger à edição desta terça-feira do jornal alemão Passauer Neue Presse German. "Nunca se falou sobre o problema de abuso sexual que agora vêm à luz." Jakob Schoetz, porta-voz da diocese de Regensburg, disse que Ratzinger não fará novos comentários sobre o assunto.

As denúncias são parte de uma série de acusações de abusos sexuais cometidos por funcionários da igreja em diferentes países europeus nos últimos dias. Os casos na Alemanha são particularmente sensíveis, porque o país é a terra natal do papa e porque os escândalos envolvem o famoso coral que foi dirigido por Georg Ratzinger de 1964 a 1994.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,irmao-do-papa-admite-inercia-ante-denuncias-de-abusos,521828,0.htm

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