Para fazer um caminho de apenas três quilômetros, está se consumindo mais de meia hora. A todo momento é ônibus lotado, caindo aos pedaços, poluindo, etc.
São responsáveis por cada morte que ocorre no trânsito fruto de uma rua não sinalizada, de um condutor mal preparado ou mesmo de planejamento urbano que nunca fizerame e aplicaram de fato. Belém tem quase quatro séculos. Na região metropolitana, que tem uma população de mais de dois milhões e meio de habitantes, até hoje não possui sequer um terminal de integração. Isso é o caos!
São Luís do Maranhão, que é uma aprazível ilha, tem cinco terminais desses. Mas aqui não tem umzinho sequer. Resultado: um ônibus sái lá do Distrito Industrial (em Aninindeua) e tem que obrigatoriamente passar no centro histórico da cidade (Ver-o-peso ou Pte. Vargas). Roda por "todo lugar". Acaba gerando mais estresse para o motorista e cobrador, e todas as moléstias disso derivados (problemas de pressão arterial, doenças coronarianas, hemorróidas, problemas na coluna, etc.), enfim, é o caos..., além de mais buracos nas vias, mais CO2 detonando a atmosfera, etc., etc.
São coisas ilógicas, que todo mundo prometeu resolver, mas até hoje não saiu da promessa. Por isso mesmo, que esses senhores e senhora já citados, deveriam estar atrás das grades.
Eles não querem resolver nada, pois o que fazem a cada dia é piorar a vida do povo pobre e trabalhador.
Enquanto o povo se lasca, os donos de empresas de coletivos ganham milhões e mais milhões a cada mês. Duciomar não tem mais limite para o descaramento dele junto a patronal do setor, que ainda perdoou uma dívida do I.S.S. na ordem de mais de R$ 20.000.000,00. Enquanto os portuga recebem esse tipo de presente de nosso prefeito charlatão, o povo continua amargando um dos mais deficientes e humilhantes serviços de transporte público que existe nesse país.
A matéria abaixo mostra a face de mais um desses atores que diariamente tem que vencer o caos nmo trânsito, para garantir a população seu sagrado direito de ir e vir que nem Ana Júlia Carepa no estado, nem Duciomar Costa em Belém, nem Hèlder Barbalho em Ananindeua e nem os portuga são capazes de garantir. Eita bando de gente incopetente...
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A difícil jornada sobre duas rodas
por Igor de Souza / foto Wagner Meier
Recorrente em bairros e regiões menos favorecidas, o serviço de mototáxi tem tido sucesso no âmbito dos transportes alternativos para a população. “Além de ser mais barato que um táxi comum, tem sempre um mototáxi na esquina onde moro, e aí não preciso esperar ônibus se meu destino não for muito longe”, comenta Camilo Brabo, usuário costumeiro do serviço. Mas, olhando pelo lado daqueles que exercem a profissão, podemos encontrar alguns percalços no cotidiano dos mototaxistas, como demonstrou o pesquisador Galafre Guttemberg da Costa Filho em sua monografia apresentada ao Curso de Especialização em Bioestatística, da Universidade Federal do Pará.
Intitulada “Avaliação estatística das características de mototaxistas da Vila dos Cabanos” e orientada pela professora Adrilayne dos Reis Araújo, a monografia é pioneira na análise estatística dessa classe de trabalhadores em ascensão no País, principalmente, no que diz respeito à saúde desses profissionais. Localizado no município de Barcarena, o Distrito Vila dos Cabanos possui cerca de 350 mototaxistas, 141 estão cadastrados no Sindicato dos Mototaxistas de Barcarena (Simoba), universo de onde foi retirada a amostra utilizada pelo pesquisador - 103 homens e 6 mulheres.
A profissão de mototaxista ainda não é reconhecida em várias cidades brasileiras, mesmo com a Lei 12.009 sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2009, que regulamenta o trabalho dos mototaxistas profissionais. De acordo com a Lei, o motociclista que exerce a profissão precisa ter, no mínimo, 21 anos, habilitação na categoria A (de motos) há, pelo menos, dois anos, curso especializado, nos termosda regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito, além de haver obrigatoriedade do uso de coletes com dispositivos retrorrefletivos e equipamentos de segurança, como o “mata-cachorro”, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger a moto e a perna do motociclista em caso de tombamento.O pesquisador Galafre da Costa Filho acredita que o estresse não é causado pelo trânsito, sintoma comum em cidades grandes. “Creio que o estresse diagnosticado na pesquisa é por conta do tempo de trabalho dos mototaxistas, já que a maioria trabalha mais de dez horas, diariamente”, afirma o pesquisador. De fato, os dados comprovam a afirmação, já que 80,73% dos mototaxistas atuam na profissão todos os dias da semana e 35,78% trabalham de 11 a 12 horas por dia.
Para a maioria (29,36%), a renda mensal pelo tempo dedicado ao serviço não passa de R$ 1.000,00, sendo que 85,32% dos entrevistados não realizam outro tipo de serviço remunerado. Segundo a pesquisa, essa situação gera uma certa insatisfação, 64,22% dos entrevistados afirmaram que sairiam da profissão de mototaxista em troca de um emprego fixo, mesmo ganhando menos e trabalhando oito horas por dia.
A falta de apoio do poder público municipal e a ausência de fiscalização abre espaço, também, para irregularidades por parte dos mototaxistas. Mais da metade dos entrevistados não usa capacete (50,23%) e apenas 34,70% usam o “mata-cachorro” em suas motocicletas, o qual é requisito obrigatório de acordo com a Lei 12.009. 27,52% não possuem habilitação e quase 30% não têm os dois anos de carteira previstos por Lei para o exercício da profissão.
Categoria dividida entre sindicato e associação
Além do Sindicato dos Mototaxistas de Barcarena (Simoba), Vila dos Cabanos possuía duas outras associações de mototaxistas até 2009. Uma delas é a “Expresso Duas Rodas”, criada em 2008 por Raniere Fernandes, a qual selecionava apenas pessoas que tivesse habilitação e conhecimento dos equipamentos de segurança. Muitos foram rejeitados não só na associação, mas também no Simoba. Isso fez com que, no mesmo ano, os "rejeitados" se unissem e criassem a “Briolândia”. A nova associação não possuía limite de associados e muito menos a preocupação com habilitação e equipamentos de segurança obrigatórios.
No intuito de juntar forças para legalização da profissão no município, em maio de 2009, a “Expresso Duas Rodas” aglutinou-se ao Simoba, porém a “Briolândia” não seguiu o mesmo caminho alegando que a legalização poderia ser prejudicial para a categoria. Com isso, a Associação “Briolândia” não reconhece o sindicato como uma força capaz de lutar por melhorias para a categoria, como: tabela de preços dentro do município, qualidade de vida dos profissionais, linhas de créditos bancários, entre outros avanços.
A pesquisa revela que 95,42% dos entrevistados acreditam que a regulamentação trará melhorias para os mototaxistas, mas o pesquisador Galafre da Costa Filho afirma que a desunião da categoria pode prejudicar o andamento do processo. Na esperança de que a legalização seja rápida, como já ocorreu em Tailândia e Castanhal, onde a profissão de mototaxista já está regulamentada, o pesquisador reforça o recado de Raniere Fernandes, atual presidente do sindicato, “é preciso unir todos os grupos e entidades para podermos conquistar, cada vez mais, espaço no quadro econômico, social e político do País”.
por Jessica Souza
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