terça-feira, 4 de maio de 2010

Imprudência é causa de acidentes

A governadora Ana Júlia Carepa (PT), o prefeito de Belém Duciomar Costa (PTB) e o prefeito de Ananindeua Hélder Barbalho (PMDB) são responsáveis pelo caos na região metropolitana. Deveriam estar atrás das grades devido ao crime de responsabilidade. São responsáveis por cada trabalhador que vive mal, com estresse, surdez, todo tipo de pertubações psíquicas oriundas do caos em que se transformou o trânsito na grande Belém.

Para fazer um caminho de apenas três quilômetros, está se consumindo mais de meia hora. A todo momento é ônibus lotado, caindo aos pedaços, poluindo, etc.

São responsáveis por cada morte que ocorre no trânsito fruto de uma rua não sinalizada, de um condutor mal preparado ou mesmo de planejamento urbano que nunca fizerame e aplicaram de fato. Belém tem quase quatro séculos. Na região metropolitana, que tem uma população de mais de dois milhões e meio de habitantes, até hoje não possui sequer um terminal de integração. Isso é o caos!

São Luís do Maranhão, que é uma aprazível ilha, tem cinco terminais desses. Mas aqui não tem umzinho sequer. Resultado: um ônibus sái lá do Distrito Industrial (em Aninindeua) e tem que obrigatoriamente passar no centro histórico da cidade (Ver-o-peso ou Pte. Vargas). Roda por "todo lugar". Acaba gerando mais estresse para o motorista e cobrador, e todas as moléstias disso derivados (problemas de pressão arterial, doenças coronarianas, hemorróidas, problemas na coluna, etc.), enfim, é o caos..., além de mais buracos nas vias, mais CO2 detonando a atmosfera, etc., etc.

São coisas ilógicas, que todo mundo prometeu resolver, mas até hoje não saiu da promessa. Por isso mesmo, que esses senhores e senhora já citados, deveriam estar atrás das grades.
Eles não querem resolver nada, pois o que fazem a cada dia é piorar a vida do povo pobre e trabalhador.

Enquanto o povo se lasca, os donos de empresas de coletivos ganham milhões e mais milhões a cada mês. Duciomar não tem mais limite para o descaramento dele junto a patronal do setor, que ainda perdoou uma dívida do I.S.S. na ordem de mais de R$ 20.000.000,00. Enquanto os portuga recebem esse tipo de presente de nosso prefeito charlatão, o povo continua amargando um dos mais deficientes e humilhantes serviços de transporte público que existe nesse país.
A matéria abaixo mostra a face de mais um desses atores que diariamente tem que vencer o caos nmo trânsito, para garantir a população seu sagrado direito de ir e vir que nem Ana Júlia Carepa no estado, nem Duciomar Costa em Belém, nem Hèlder Barbalho em Ananindeua e nem os portuga são capazes de garantir. Eita bando de gente incopetente...

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A difícil jornada sobre duas rodas
por Igor de Souza / foto Wagner Meier


Recorrente em bairros e regiões menos favorecidas, o serviço de mototáxi tem tido sucesso no âmbito dos transportes alternativos para a população. “Além de ser mais barato que um táxi comum, tem sempre um mototáxi na esquina onde moro, e aí não preciso esperar ônibus se meu destino não for muito longe”, comenta Camilo Brabo, usuário costumeiro do serviço. Mas, olhando pelo lado daqueles que exercem a profissão, podemos encontrar alguns percalços no cotidiano dos mototaxistas, como demonstrou o pesquisador Galafre Guttemberg da Costa Filho em sua monografia apresentada ao Curso de Especialização em Bioestatística, da Universidade Federal do Pará.

Intitulada “Avaliação estatística das características de mototaxistas da Vila dos Cabanos” e orientada pela professora Adrilayne dos Reis Araújo, a monografia é pioneira na análise estatística dessa classe de trabalhadores em ascensão no País, principalmente, no que diz respeito à saúde desses profissionais. Localizado no município de Barcarena, o Distrito Vila dos Cabanos possui cerca de 350 mototaxistas, 141 estão cadastrados no Sindicato dos Mototaxistas de Barcarena (Simoba), universo de onde foi retirada a amostra utilizada pelo pesquisador - 103 homens e 6 mulheres.

A profissão de mototaxista ainda não é reconhecida em várias cidades brasileiras, mesmo com a Lei 12.009 sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2009, que regulamenta o trabalho dos mototaxistas profissionais. De acordo com a Lei, o motociclista que exerce a profissão precisa ter, no mínimo, 21 anos, habilitação na categoria A (de motos) há, pelo menos, dois anos, curso especializado, nos termosda regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito, além de haver obrigatoriedade do uso de coletes com dispositivos retrorrefletivos e equipamentos de segurança, como o “mata-cachorro”, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger a moto e a perna do motociclista em caso de tombamento.


Na Vila dos Cabanos, assim como em Belém, a profissão ainda não é amparada pelo poder público municipal, fato este que traz diversos problemas para a classe de trabalhadores em questão, os quais trabalham sob condições geralmente adversas e enfrentam concorrência com outros mototaxistas inabilitados para o serviço e fazem parte de um sindicato ou associação.
58% dos entrevistados sofrem com estresse

De acordo com a pesquisa, dos 109 mototaxistas entrevistados, 66,97% disseram apresentar algum tipo de problema de saúde desde que começaram a exercer a profissão. Entre os que apresentaram problemas, 58,56% dizem estar estressados e 28,83% apresentam problemas na coluna, sendo que somente 12,33% trataram seus problemas.
O pesquisador Galafre da Costa Filho acredita que o estresse não é causado pelo trânsito, sintoma comum em cidades grandes. “Creio que o estresse diagnosticado na pesquisa é por conta do tempo de trabalho dos mototaxistas, já que a maioria trabalha mais de dez horas, diariamente”, afirma o pesquisador. De fato, os dados comprovam a afirmação, já que 80,73% dos mototaxistas atuam na profissão todos os dias da semana e 35,78% trabalham de 11 a 12 horas por dia.

Para a maioria (29,36%), a renda mensal pelo tempo dedicado ao serviço não passa de R$ 1.000,00, sendo que 85,32% dos entrevistados não realizam outro tipo de serviço remunerado. Segundo a pesquisa, essa situação gera uma certa insatisfação, 64,22% dos entrevistados afirmaram que sairiam da profissão de mototaxista em troca de um emprego fixo, mesmo ganhando menos e trabalhando oito horas por dia.

A falta de apoio do poder público municipal e a ausência de fiscalização abre espaço, também, para irregularidades por parte dos mototaxistas. Mais da metade dos entrevistados não usa capacete (50,23%) e apenas 34,70% usam o “mata-cachorro” em suas motocicletas, o qual é requisito obrigatório de acordo com a Lei 12.009. 27,52% não possuem habilitação e quase 30% não têm os dois anos de carteira previstos por Lei para o exercício da profissão.

Categoria dividida entre sindicato e associação

Além do Sindicato dos Mototaxistas de Barcarena (Simoba), Vila dos Cabanos possuía duas outras associações de mototaxistas até 2009. Uma delas é a “Expresso Duas Rodas”, criada em 2008 por Raniere Fernandes, a qual selecionava apenas pessoas que tivesse habilitação e conhecimento dos equipamentos de segurança. Muitos foram rejeitados não só na associação, mas também no Simoba. Isso fez com que, no mesmo ano, os "rejeitados" se unissem e criassem a “Briolândia”. A nova associação não possuía limite de associados e muito menos a preocupação com habilitação e equipamentos de segurança obrigatórios.

No intuito de juntar forças para legalização da profissão no município, em maio de 2009, a “Expresso Duas Rodas” aglutinou-se ao Simoba, porém a “Briolândia” não seguiu o mesmo caminho alegando que a legalização poderia ser prejudicial para a categoria. Com isso, a Associação “Briolândia” não reconhece o sindicato como uma força capaz de lutar por melhorias para a categoria, como: tabela de preços dentro do município, qualidade de vida dos profissionais, linhas de créditos bancários, entre outros avanços.

A pesquisa revela que 95,42% dos entrevistados acreditam que a regulamentação trará melhorias para os mototaxistas, mas o pesquisador Galafre da Costa Filho afirma que a desunião da categoria pode prejudicar o andamento do processo. Na esperança de que a legalização seja rápida, como já ocorreu em Tailândia e Castanhal, onde a profissão de mototaxista já está regulamentada, o pesquisador reforça o recado de Raniere Fernandes, atual presidente do sindicato, “é preciso unir todos os grupos e entidades para podermos conquistar, cada vez mais, espaço no quadro econômico, social e político do País”.
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Imprudência é causa de acidentes

por Jessica Souza
foto Wagner Meier

Entrocamento: 20 primeiros quilômetros da BR-316 já foram considerados os mais perigosos do país

O trânsito nas rodovias federais brasileiras mata, por acidentes de veículo ou atropelamentos, um número superior a 40 mil pessoas por ano. O trecho correspondente aos 20 primeiros quilômetros da BR-316, no Pará, por exemplo, já foi considerado como o intervalo onde ocorrem mais acidentes nas BRs de todo o país. Esses são alguns dos dados levantados pelas pesquisas de integrantes da Polícia Rodoviária Federal, que concluíram, recentemente, na Universidade Federal do Pará, a especialização em Segurança Pública e Gestão da Informação, coordenada pelo professor Wilson José Barp, docente do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFPA.

As pesquisas resultaram em monografias que abordaram estatísticas de acidentes, multas aplicadas e mortes ocorridas, do quilômetro zero ao 20 da BR-316, no ano de 2008. De acordo com as informações levantadas e analisadas pelo especialista Irlando Lopes, os tipos de acidentes que mais ocorrem neste trecho da rodovia, que corresponde à saída da cidade de Belém, são colisões laterais e colisões traseiras, cujo principal fator contribuinte é a falta de atenção dos condutores. Notou-se, ainda, que a grande maioria dos acidentes ocorre próximo aos semáforos e retornos, o que também demonstra a imprudência por parte de condutores e pedestres revelando a precariedade da sinalização existente no local.

É o que também concluiu Henrique Lopes, cuja monografia tratou das estatísticas de multas aplicadas entre os quilômetros zero e 20 da BR-316. "Basicamente, há falta de planejamento e investimentos para a melhoria da rodovia. O trecho em questão possui um grande fluxo de pedestres, ciclistas e veículos. A população não tem consciência da importância do uso da passarela; existem semáforos - com pequenos intervalos -dividindo a rodovia, o que impede o fluxo contínuo dos veículos; há necessidade da remoção dos trabalhadores da atividade informal, os quais lotam as calçadas nas áreas mais próximas ao Entroncamento; além da melhoria do transporte público e das mudanças no transporte alternativo, que não segue regras. Somam-se a isso a imprudência e a falta de atenção dos condutores e pedestres”.

Mais de três mil acidentes em rodovias paraenses

Conforme dados do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), no Brasil, ocorreram 138.175 acidentes, em 2008, tendo como saldo um total de 6.836 mortos, somente nas rodovias federais. Segundo dados referentes ao mesmo período, levantados pelo especialista Erlon Andrade, no Pará, foram 3.159 acidentes, que lesionaram 1.524 pessoas e tiveram como saldo um total de 166 mortos, sendo o maior percentual, neste total de vítimas, de condutores do gênero masculino. Dentro desse universo de dados, o trabalho deteve-se em quantificar o número de mortos ou de vítimas de acidentes de trânsito na BR-316, totalizando 69 acidentes com 76 mortos, em toda a extensão da rodovia.

A partir daí, buscou-se verificar os tipos de acidentes com maior percentual de vítimas fatais e suas particularidades. "Traçando o perfil das vítimas de acidentes na BR-316, destacamos as seguintes informações: 78,95% dos mortos são do gênero masculino, a faixa etária informada com maior incidência de óbitos está entre 20 e 29 anos, o que representa 27,63% dos casos, e a vítima fatal, em 59,21% dos casos, era o condutor do veículo. Os tipos de acidentes que mais mataram foram colisão com bicicletas, com 19 mortos; e atropelamento de pedestres, com 16 vítimas fatais", revela o pesquisador.

O trabalho traz, ainda, uma sequência de tabelas e gráficos cruzando as mortes com outras informações, tais como: mês, dia da semana, tipos de acidentes (colisões, atropelamentos, capotamentos, entre outros), horário e perímetro (km da BR onde aconteceu o acidente). De acordo com Erlon, essas informações dão subsídios ao planejamento da PRF, que desencadeia operações incisivas, visando ao combate das causas dos acidentes. "Mas a conduta diária neste trânsito enlouquecedor é de responsabilidade, sobretudo, nossa, condutores. E é essa conduta que vai ajudar a salvar vidas”, afirma o pesquisador em um tom de alerta sobre as consequências que podem advir da direção irresponsável.

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