Por Luiz Eduardo Soares
Foto: Divulgação |
O propósito é escandalosamente evidente: Freixo foi um dos únicos que mantiveram a reputação intocada, durante e depois do maremoto de junho. As manifestações decretaram o colapso da representação, tal como praticada no Brasil. Poucas lideranças resistiram ao terremoto. Freixo é uma dessas raríssimas exceções no Rio, e mesmo no país. Tornou-se um personagem público com autonomia e lastro para transcender partidos, ceticismos, acusações generalizantes. Freixo é um dos poucos deputados que atravessam as ruas de cabeça erguida e, sem qualquer veleidade messiânica ou discursos dogmáticos, têm potencial para salvar a política do pântano em que a meteram.
Não é só a esquerda democrática que, hoje, precisa dele. É a democracia brasileira. Atingir de forma grotesca esse potencial de revitalização da vida política, capaz de articular as ruas e as instituições, é um verdadeiro ataque à República. Não me cabe especular sobre motivações, mas cumpre compartilhar o que me parece óbvio: a artilharia pesada do sistema Globo quer fazer com Marcelo, no plano moral e político, o que as milícias não conseguiram, no plano físico. Há no ar uma tentativa de assassinato moral absolutamente irresponsável. E nós? E os que concordamos com essa análise e aprendemos a respeitar Marcelo Freixo? Vamos deixá-lo sozinho? Ele não deixou a sociedade entregue à própria sorte quando decidiu arriscar a vida para combater as máfias milicianas. Até hoje não pode dar um passo sem a cobertura da segurança armada. É nossa vez de retribuir. Marcelo Freixo não vai ficar sozinho. Vamos promover um ato supra-partidário de desagravo? Quem concorda comigo, por favor, diga sim, presente, ou cante o hino nacional de pé e se emocione, mas não se esqueça de digitar aqui, SIM.
Luiz Eduardo Soares é antropólogo, cientista político e escritor. Já foi secretário de estado de segurança pública do Rio de Janeiro. Atualmente leciona na UERJ.
2 comentários:
SIM! SIM! E SIM!
SIM, SIM E SIM!!! Adoro o Marcelo Freixo e o tenho em minha mais alta estima.
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