domingo, 29 de setembro de 2013

Somos todos Munduruku! Índios convocam manifestações por seus direitos territoriais

Grupo acusou Governo da presidente Dilma Rousseff de ser gabinete que regularizou menor número de terras indígenas "desde a redemocratização" do país em 1985

Índios mundurukus, vindos do Pará, se reuniram na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto, em protesto contra projeto do governo de construir uma usina hidrelétrica no Rio Tapajós
Índios munduruku: manifestações também contam com o apoio de organizações que defendem os direitos dos povos nativos - Agência Brasil


Rio de Janeiro - Os índios brasileiros convocaram nesta quinta-feira uma série de manifestações em seis cidades do país para a semana que vem para reivindicar seus direitos sobre as terras onde vivem.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a principal organização de etnias nativas do país, afirmou em comunicado que seu objetivo é "protestar contra o ataque generalizado" aos direitos territoriais dessas populações "por parte do Governo", dos latifundiários e de empresas de mineração.

O grupo acusou o Governo da presidente Dilma Rousseff de ser o gabinete que regularizou um menor número de terras indígenas "desde a redemocratização" do país em 1985, além de impulsionar projetos para "restringir drasticamente os direitos territoriais indígenas".

O primeiro ato convocado é uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, na próxima terça-feira, quando o grupo também prevê se reunir com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, além de com legisladores.

Na quarta-feira se realizará um ato público em São Paulo e o resto da semana foram convocadas outras manifestações para Belém, Fortaleza, Pacaraima (Roraima) e Rio Branco.

As manifestações também contam com o apoio de organizações que defendem os direitos dos povos nativos como o Instituto Socioambiental (ISA), o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) - ligado à Igreja Católica - e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI).

Também deram seu respaldo outras organizações e movimentos sociais como Greenpeace, Coordenação Nacional de Comunidades Quilombolas (Conaq), que defende os direitos dos descendentes de escravos, e o Movimento Passe Livre, grupo que participou das manifestações populares do junho passado, segundo o comunicado.

Fonte: Exame.com

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