Nós, amazônidas, sofremos com as medidas de Marina durante sua gestão no Ministério do Meio Ambiente. Em meio ao enfretamento às madeireiras, aos sojeiros, ao agronegócio, às multinacionais do minério, construímos o PSOL com dificuldades. Por isso, não podemos compactuar com o apoio a Marina. Como bem define o companheiro Osmarino Amâncio, do PSOL AC, ela criou um marco regulatório de destruição ambiental. O maior exemplo é a lei de concessões florestais.
Na capital do Estado do Pará, em Belém, como faríamos campanha para Marina no Ver-o-peso? A Natura, cujo presidente foi filiado por Marina no PV, roubou o conhecimento tradicional das erveiras do mercado para fabricar novos cosméticos de sua linha EKOS. Com um cartão de apresentação como esse, seríamos expulsos de lá, pela primeira vez. Seria um cenário diferente da boa recepção que tivemos na campanha de Edmilson em 2006 e de Marinor em 2008.
Como explicaríamos um apoio ao PV, que no Pará foi parte do Tucanato de Almir e Jatene. Apoiou, portanto, o projeto responsável pela chacina de Eldorado dos Carajás.
Não aceitamos entregar nosso capital político à Marina Silva. Não aceitamos a ilusão de que Marina é ambientalista. Ela já foi, não é mais. Assim como Lula um dia foi metalúrgico e hoje não é mais. Assim como Ana Júlia foi bancária e hoje não é mais. Apoiar Marina significa diluir o PSOL, escondê-lo do cenário nacional. Isso é um grave erro.
Discordamos da decisão da última executiva nacional do nosso partido. Não concordamos com negociações com Marina Silva. Estamos preocupados que o Diretório Nacional do Partido referende essa resolução.
Concordamos com os argumentos de Milton Temer e Carlos Nelson Coutinho para definição de nossa política por candidatura própria. Sabemos também que na defesa da candidatura própria estão Plínio e Babá.
Os que assinam a presente nota se declaram parte do movimento que existe no PSOL em todo país. Reivindicamos as resoluções por candidatura própria do PSOL ES, CE, SE, BA e de vários diretórios municipais do PSOL, a exemplo do de São Bernardo do Campo - SP. Esse questionamento público das bases e de reconhecidos dirigentes obriga a executiva nacional a rever sua desastrosa decisão.
Em 2010 é PSOL com candidato próprio. Em 2010 queremos digitar 50 e confirmar! Em 2010 é novo partido contra a velha forma de se fazer política!
Assinam os seguintes militantes:
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