Vergonhosamente, a Polícia Federal - PF, que apresenta em todo país postura coerente, investigando e prendendo corruptos (principalmente os bandidos do colarinho branco que roubam dinheiro público), em Rondônia está fazendo o papel de advogada do diabo. Na verdade de advogada do notadamente corrupto reitor da Universidade Federal de Rondônia - UNIR, Januário do Amaral. Ao invés de prendê-lo, a PF reprimiu, ameaçou, coagiu e inexplicavelmente, prendeu dois estudantes e um professor da instituição, justamente por estarem exigindo respeito às leis do país e o fim dos mais absurdos processos de corrupção denunciados por estudantes e docentes da UNIR, em greve desde o início do mês de outubro de 2011.
A PF criminaliza, assim os movimentos sociais. A greve das categorias é mais do que necessária, e nada justifica a postura da PF, que ao prender estudantes, reproduz as amargas e dolorosas cenas da moribunda Ditadura Militar, que em pleno século XXI, depois de 20 anos de seu enterro, insiste em imprimir nos dias atuais suas marcas da selvageria estatal contra quem exige respeito ao nosso dinheiro e necessárias melhorias nos serviços públicos.
M.B.
--------------------------------------------------------------------------------
Do blog do DCE UNIR:
NOTA DE REPUDIO A PRISÃO DE DOIS ESTUDANTES DA UNIR PELA PF
Reitor da UNIR dá continuidade à sua escalada fascista e manda Polícia Federal prender estudante em greve
Porto Velho, 05 de novembro de 2011 UNIR CENTRO
No dia 04 de novembro de 2011, os estudantes Fernanda Mello do curso de Medicina e Gustavo Torres do curso de Engenharia Civil foram injustamente detidos pela Polícia Federal, em operação chefiada pelo Delegado Marcelo Toledo, em um episódio que se assemelhou aos períodos mais sombrios dos “Anos de Chumbo” da ditadura militar.
Na ocasião, os estudantes saíam de uma gráfica, e foram intempestivamente abordados pela Polícia Federal, por estarem carregando panfletos sobre a greve da UNIR.
Na madrugada do mesmo dia, o Prof. Dr. Fabrício de Almeida, do Campus de Rolim de Moura, teve seu carro alvejado com uma pedra, por um motoqueiro que fugiu em alta velocidade. Amarrada a pedra, estava um bilhete que fazia sérias ameaças a vida do professor.
Na semana passada, outros quatro estudantes da UNIR foram intimidados a comparecer na Polícia Federal, sob a falsa acusação de dano ao patrimônio público.
E o que estes últimos acontecimentos tem em comum?
Eles são parte integrante da política fascista que tem sido implementada pelo REItor da UNIR, Januário do Amaral. Uma política de ameaças, perseguições, intimidações e criminalização á aqueles que se levantam em luta pela Defesa de uma Universidade Publica, Gratuita e Verdadeiramente Democrática.
Como suas últimas tentativas de criminalizar a luta dos estudantes em greve – chamando-os de bandidos - não surtiu o efeito necessário junto à sociedade rondoniense – que apoia intransigentemente nossa greve - agora ele manda a Polícia Federal prender os estudantes, com o único objetivo de tentar frear a justa revolta de estudantes e professores, garantindo assim, sua permanência a frente da Administração Superior da UNIR, e dando prosseguimento ao processo de desmonte da Universidade, com desvio de verbas e favorecimentos ilícitos.
O REItor da UNIR, Januário do Amaral, o Senador Valdir Raupp e a Deputada Marinha Raupp, e todos os outros parasitas que lucram e enriquecem as custas da Universidade Federal de Rondônia, pensam erroneamente, que intimidações, prisões ou ameaças irão conter a fúria inabalável dos estudantes em luta.
O Delegado Eduardo Brun Souza (o mesmo que torturou psicologicamente o Prof. Dr. Valdir Aparecido e ameaçou o jornalista Everaldo Fogaça, do Site O Observador) tentava a todo o momento intimidar os estudantes detidos, buscando recolher informações sobre a organização da greve e da ocupação.
Ora. Qual o interesse da Polícia Federal em saber quem é do Comando de Greve? Em saber, quantos estudantes participam da ocupação? Em recolher os panfletos produzidos pelos estudantes da UNIR, convocando toda a população à participar de uma Grande Manifestação dia 09 de novembro, em Defesa da UNIR e pela saída do REItor Januário?
A resposta é simples. A Polícia Federal demonstra mais uma vez, que cumpre fielmente seu papel de polícia política, reprimindo violentamente qualquer forma de luta e reivindicação popular.
No entanto, não nos intimidaremos. Afinal, essa é a farsa de democracia existente em nosso país. Democracia para alguns poucos, e repressão e exploração para a grande maioria do nosso povo.
Apenas com o afastamento do REItor que o Prédio da UNIR Centro será desocupado!
A recente prisão dos estudantes serve apenas, para elevarmos nossa indignação e revolta com a atual Reitoria da UNIR, renovando assim nossa firme decisão de permanecer em luta até que nossos direitos sejam assegurados e nossas reivindicações atendidas!
Nao descansaremos até livrar a UNIR do Reitor e toda sua camarilha, verdadeiros dilapidadores da ciência e da democracia dentro da nossa Instituição.
Reafirmamos que a luta por uma Universidade Pública não é crime!
Denunciaremos, portanto, toda e qualquer tentativa de criminalização da justa luta do movimento estudantil!
Não recuaremos e não mais toleraremos ameaças ou tentativas de intimidação!
Não nos curvaremos diante das ações fascistas do Reitor e do casal Raupp, tampouco das ações truculentas e arbitrárias da Polícia Federal!
Defenderemos, com unhas e dentes, a Educação Superior Pública e Democrática!
COMANDO GERAL DE GREVE DOS ESTUDANTES DA UNIR
Nenhum comentário:
Postar um comentário