quinta-feira, 30 de julho de 2009
A casa da podridão
O carequinha ao lado, Presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque, responde a inquérito por nepotismo, empregado fantasma e atos secretos.
Quer maior avacalhação do que a exposta na notícia abaixo?! Todos os crimes que esses senhores senadores, Lula no caso do mensalão e em tanto outros, assim como os demais responsáveis pela onda de corrupção e escândalos que envolvem nossos representantes, são crimes previstos e passíveis de punição pela atual legislação burguesa de nosso país. Não precisaria inventar nada. Só que no atual sistema, e exemplos são mais numerosos que capim, burguês recebe habeas corpus antecipado e ganha o direito de mentir.
Não à toa, o senador Sarney recorreu a Sófocles (senador romano) e disparou o que a sua experiência de assaltante do estado recomenda em casos como esse: “o silêncio, a paciência e o tempo”. A certeza da impunidade está contida nas palavras de Sarney. Só a mobilização do povo pobre e trabalhador nas ruas pode exigir punição à esses gangsters que há séculos se revesam à rapinar nossos recursos e a promover fome, dor e miséria. Chega! Não importa de quem é o bigode, o fato é que ele não pode mais continuar como está!
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Acompanhem a matéria:
A esperada benevolência do Conselho de Ética com o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pode ser explicada, entre outras coisas, pela biografia de seus integrantes. Pelo menos 70% dos membros do colegiado são alvos de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), réus em ações penais e/ou envolvimento com nepotismo e atos secretos nos últimos anos, segundo levantamento feito pela reportagem. Caberá a esses senadores decidir na terça-feira o destino dos pedidos de abertura de processo de cassação de Sarney.
Pressionado a renunciar, o peemedebista é acusado de ligação com boletins administrativos sigilosos, nomeação de parentes e afilhados, além de desvio de recursos da Petrobras pela Fundação José Sarney. A fundação vive hoje a perspectiva de intervenção por parte do Ministério Público (MP) do Maranhão, por causa do desvio de cerca de R$ 500 mil de uma verba de patrocínio de R$ 1,34 milhão concedida pela estatal do petróleo.
A reportagem cruzou a lista de integrantes titulares e suplentes do Conselho de Ética com escândalos recentes semelhantes aos que alcançaram Sarney. Poucos escapam. Dos 30 titulares e suplentes, ao menos 21 estão nessa malha fina. Dos 14 suplentes, dez empregaram parentes, assinaram atos secretos, são alvos de inquérito ou réus em processos.
A tropa de choque do PMDB, por exemplo, marcha unida nesse quesito. Os quatro titulares - Wellington Salgado (MG), Gilvan Borges (AP), Paulo Duque (RJ) e Almeida Lima (SE) - têm algum tipo de ligação com nepotismo, ato secreto ou investigação externa. Outros quatro titulares aliados de Sarney também fazem parte desse grupo: Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Gim Argello (PTB-DF), João Durval (PDT-BA) e Romeu Tuma (PTB-SP). Juntos com João Pedro (PT-AM) e Inácio Arruda (PC do B-CE), eles somam votos suficientes - entre os 16 titulares - para barrar as cinco representações que já foram protocoladas contra Sarney.
Outros três titulares no Conselho de Ética têm seus nomes em boletins sigilosos ou casos de nepotismo: Demóstenes Torres (DEM-GO), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Eliseu Resende (DEM-MG).
Na terça-feira, o Estado publicou a reportagem em afirma que o presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), emprega um assessor "fantasma" no próprio órgão desde novembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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