terça-feira, 5 de abril de 2016

Fora Dilma, Lula, Temer, Renan, Cunha e Aécio! Fora todos!

Investigação e punição para os políticos da lista da Odebrecht!

OdebrechtLista
No dia 23/03 foram divulgadas as listas da Odebrecht contendo nomes de mais de 200 políticos, superando duas dezenas de partidos, beneficiados por doações de campanha. As maiores siglas lideram a lista. PT, PSDB e PMDB, junto com os nomes de Aécio, Mercadante, Romero Jucá, Luiz Marinho, Eduardo Paes, Sarney, Lindbergh, Manuela D’Ávila. Isso mostra como os grandes partidos, os maiores políticos e a linha sucessória da república estão envolvidos nos esquemas das empresas. Dilma, Temer, Renan, Cunha, Aécio, governadores e prefeitos, estão todos juntos com a Odebrecht. Essa é a falsa democracia em que vivemos. Uma república de empreiteiras, bancos e empresários, onde o financiamento de campanha serve para obter licitações, verbas e apoio.
Por isso exigimos a mais ampla investigação de tudo e de todos, doa a quem doer: políticos, empresários e empresas. Queremos a punição rigorosa dos corruptos. Discordamos do sigilo sobre o caso imposto pelo Juiz Sergio Moro e exigimos da Justiça a divulgação de todos os dados, planilhas, escutas telefônicas, mensagens, anotações e delações. Propomos a abertura do sigilo bancário, fiscal, telefônico, contábil de todos os investigados. Mas para conquistarmos essas propostas devemos retomar as ruas, protestar e realizar mobilizações.
Entendemos que mesmo as doações empresariais, registradas e legais, devem ser debatidas nesse momento. Se as doações são legais ou ilegais não muda o fato de que é errado receber doações de empreiteiras e outras empresas, diretamente ou por intermediários. Sempre fomos contra as contribuições de empresas e empresários nas campanhas eleitorais.
Não podemos defender o PT como se fosse um mal menor
O PT é o principal partido no poder, que governou o país na última década em parceria com o PMDB. É atualmente o principal beneficiado pelas empreiteiras. O pior é que utiliza esse mecanismo ilícito, em benefício próprio e de suas siglas, para obter mais fatias do poder e aprovar projetos de ajuste fiscal e privatizações, nada diferente do PSDB. Agora o novo ataque do governo Dilma e governadores é um pacote fiscal para tentar massacrar os servidores públicos.
Esse debate é importante porque vários dirigentes da esquerda participaram do ato do dia 18/3 e com seu prestigio ajudaram a convencer a muitos/as ativistas a participarem honestamente do ato “pela democracia e contra o golpe”, sendo que na realidade o ato do dia 18 era em defesa do governo Dilma, de Lula e do PT. Em seguida a US e RZ do PSOL e correntes da esquerda psolista (como a Insurgência e o MES), o MTST, o PCB, decidiram realizar uma manifestação no dia 24/03 com a mesma política. Acreditamos que o chamado pela “defesa da democracia”, na realidade se resume à defesa do mandato de Dilma e a defesa de Lula. Trata-se de um erro político grave justamente quando Dilma retoma o pacote fiscal e listas da Odebrecht são divulgadas. As manifestações do dia 24/3 foram fracas. Porém o mais importante é que foram atos lulistas e governistas, tanto que o Presidente do PT, Rui Falcão, esteve no caminhão de som em São Paulo, falando contra o suposto “golpe”. O que os dirigentes do PT chamam de golpe é o impeachment de Dilma e as investigações da Lava Jato sobre Lula. Dois problemas que vão se agravar com o aprofundamento da crise com o PMDB do Vice Michel Temer, a desintegração de sua base “aliada no congresso” e a incapacidade de abafar as investigações da polícia federal. O que eles chamam de golpe é na verdade a ruptura das massas com o governo Dilma, levando Lula e o PT para o “volume morto”.
O papel da esquerda não é o de sustentar Dilma e Lula. Na verdade deve ser o de construir uma alternativa contra os petistas e tucanos. Por isso, foi um erro construir atos que tentam reanimar o governo que idealizou e sancionou a lei antiterrorismo.
1º de Abril | Ocupar as ruas pelo Fora Todos!
A esquerda anticapitalista e os movimentos combativos devem apoiar as lutas e greves, a exemplo da forte greve dos profissionais da educação da rede estadual do Rio de Janeiro. Luta que unifica várias categorias e os estudantes secundaristas.
Outra tarefa é a busca da unidade dos que desejam construir um terceiro campo. Uma primeira iniciativa, nesse ano, para começar a unificar as organizações que desejam construir essa saída pela esquerda, será o dia 1º de abril. Essa manifestação, convocada pelo Espaço de Unidade e Ação, será um primeiro passo para começar a construir um embrião de polo alternativo ao PT e ao PSDB. Construiremos essa manifestação de vanguarda, no sentido de buscar unificar as organizações que estão pelo Fora Todos. Todos os que querem colocar para Fora Dilma, Lula, Temer, Cunha, Renan e Aécio.
25/03/16 | Comitê Executivo da CST-PSOL

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