Mostrando postagens com marcador Lula. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lula. Mostrar todas as postagens
domingo, 18 de fevereiro de 2018
A esquerda brasileira no labirinto do PT
Adolfo Santos e Diego Vitello – Dirigentes nacionais da CST-PSOL
O julgamento do ex-presidente Lula tem enfiado amplos setores da esquerda num verdadeiro labirinto. Prisioneiros da propaganda do lulopetismo e seus aliados, estes grupos políticos se perdem em justificativas, explicações, acusações e propostas estapafúrdias. Nenhuma delas conduz ao caminho para superar uma direção que traiu os interesses da classe trabalhadora, quando é imperioso construir uma saída frente a uma das maiores crises política, econômica e social da história recente do Brasil. Escrevemos este texto para aportar ao debate apresentado pelo PT e pela maioria das correntes do PSOL em defesa de Lula e contra sua condenação por fatos relacionados com a corrupção.
Nestes dias assistimos fatos concretos que ajudam a compreender melhor esta discussão. As mobilizações convocadas em apoio de Lula demonstraram mais indiferença que interesse por parte da população trabalhadora em relação ao processo do julgamento. Os atos do dia 23/01 em Porto Alegre e 24/01 em São Paulo, onde o PT, a CUT, a CTB e o MTST jogaram toda a força de seus aparatos, não moveram nenhuma parcela expressiva da classe trabalhadora, que não compactua com a corrupção desenfreada deste regime em decomposição. No ato não estiveram presentes os batalhões pesados do operariado com fortes colunas de metalúrgicos, bancários, carteiros, petroleiros ou trabalhadores do transporte. Pelo contrário, a maioria dos atos era composta de militantes de organizações que se alinha
ram ao campo lulista.
Felizmente, algumas organizações da esquerda, dirigentes políticos e sindicais e principalmente importantes setores da base da classe trabalhadora e também do próprio PSOL, de diferentes categorias e da juventude, resistem à lógica do “mal menor” e às mais diversas acusações, por não nos alinharmos com a defesa de Lula e seu projeto. São muitas as opiniões que circulam em documentos, jornais e nas redes que manifestam a rejeição a defender a principal figura do PT das acusações de corrupção. Como parte desses setores, que não aceitam livrar a cara dos que se integraram a este regime podre, a CST publicou vários artigos, colocando claramente que os crimes de corrupção devem ser investigados, os culpados punidos e seus bens confiscados. Lula e a direção histórica do PT são parte desses esquemas de propinas, desvios de dinheiro público e enriquecimento ilícito. Por isso entendemos que não é tarefa da esquerda consequente a defesa de Lula, nem de outros tantos envolvidos em corrupção.
Pois disso se trata. O ex-presidente Lula não está sendo acusado nem julgado por perseguição política, por apoiar a ocupação de terras, por desapropriar prédios e entregar-los aos sem teto, por romper com o sistema financeiro, por confiscar os bens dos empresários que inflacionam os preços ou que sonegam impostos ou por desobediência civil. Em qualquer caso de uma condenação dessas, a CST estaria de forma incondicional na defesa de Lula ou de qualquer outro. Mas infelizmente, não se trata disso. Lula, à cabeça de seu partido, integrou-se ao regime burguês decadente que governa nosso país. Seguiu os passos dos governos que o antecederam e que sempre denunciamos, e integrou-se aos esquemas de corrupção.
“A opção de Lula e da cúpula petista de aderir ao projeto de submissão imperialista, converteu as velhas lideranças de esquerda em capachos do sistema financeiro, do agronegócio e das multinacionais e levou inevitavelmente a utilizar os mesmos esquemas e os mesmos métodos corruptos dos governos e regimes anteriores […] O PT e a maioria de seus dirigentes e parlamentares financiaram suas campanhas graças às contribuições de madeireiros, bicheiros, multinacionais e banqueiros… Cabia-lhes, depois pagar a conta, lembrando o velho ditado que diz: quem paga a banda, escolhe a música”Do artigo: “Corrupção e neoliberalismo”, publicado pelo mandato do deputado federal Babá, PSOL/RJ, em agosto de 2005.
Lula e o PT são parte do processo de corrupção sistêmica no Brasil
É consenso entre a maioria das organizações de esquerda que no Brasil existe um processo de corrupção sistêmica. Grosso modo, o sistema político para os maiores partidos (PMDB, PT, PSDB, PP, etc.) funciona assim: as grandes empresas, como é o caso da Odebrecht, OAS, JBS, Itau e outras, financiam campanhas políticas milionárias, de candidatos de diferentes legendas. Terminado o pleito, os vencedores, através do executivo e do legislativo, passam a defender os projetos de interesse dessas empresas, seja com projetos de lei, concessão de obras e serviços públicos. As empreiteiras, umas das que mais financiam as campanhas, são favorecidas com obras superfaturadas, que lhes permitem altíssimos lucros e um generoso excedente para destinar ao financiamento dos partidos e políticos de forma individual. As obras da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016 foram uma verdadeira farra com o dinheiro público que beneficiou empresários e políticos, Sérgio Cabral, que sempre foi aliado de Lula, é o melhor exemplo disso. Se pesquisarmos o financiamento eleitoral do PT, do PMDB, ou do PSDB, veremos que esses partidos e seus dirigentes, se beneficiaram fartamente dos dinheiros das empreiteiras. Os que defendem Lula, e portanto negam que esteja envolvido nos esquemas de corrupção, entendem que o PT e seus dirigentes não são parte da corrupção sistêmica em nosso país?
Além disso, sob pretexto da “governabilidade”, e a troca de apoio aos seus projetos, o partido no governo, distribui cargos para seus “aliados” que passam a controlar pequenos “feudos”, como ministérios, secretarias, direção de estatais, desde as quais comandam fortes esquemas de desvio de dinheiro. É só lembrar as fotos do apartamento alugado para guardar malas, caixas e pacotes desbordando dinheiro desviado por Geddel Vieira Lima, queridinho nos governos de Lula, Dilma e Temer, onde ocupou importantes cargos. Escândalos de corrupção como Mensalão, Petrolão e o Trensalão do tucanato de São Paulo, se enquadram nesse tipo de corrupção, que é o mais comum. O PT não foi o inventor destes esquemas, mas os adotou e os expandiu.
domingo, 27 de agosto de 2017
Por que não VAMOS?
A Frente Povo Sem Medo lança neste sábado 26 de agosto, em São Paulo, o primeiro debate da plataforma VAMOS! O objetivo, segundo Guilherme Boulos, um dos principais dirigentes dessa iniciativa, é construir um projeto para tirar o Brasil da crise. Os temas em debate serão: a democratização da economia; da política e do poder; da cultura e das comunicações; dos territórios e meio ambiente; e um programa negro, feminista e LGBT. Entre os principais debatedores e, portanto, proponentes estarão o próprio Boulos, Marcelo Freixo, Tarso Genro, a presidente do PT Gleisi Hoffman e o presidente da CUT Vagner Freitas, entre outros.
Não VAMOS! com o PT
Em recente matéria publicada na Carta Capital, anunciando o lançamento da plataforma VAMOS! Boulos afirma: “O Brasil está afundado numa de suas maiores crises […] na qual os remédios da austeridade levaram o País à UTI […] é também uma crise de representação política, com o Congresso desmoralizado, um governo ilegítimo e, sobretudo, um sistema falido e sem credibilidade. Um diagnóstico até correto, porém, ao não analisar a gêneses desta catástrofe, que tenta remediar, acaba buscando caminhos para sair do labirinto nas mãos daqueles que nos introduziram nele. Não vamos nos enganar, Gleisi Hoffman, Lindbergh Farias e Vagner Freitas, impulsionadores do VAMOS! são do time que quer ver Lula presidente em 2018. Gleisi Hoffman é a cara de Lula na plataforma VAMOS! Trabalha estritamente para o projeto de Lula 2018 e seu papel será levar esse debate a um pântano.
Sem romper, clara e publicamente, com o lulopetismo, não existe nenhuma possibilidade de iniciar um debate serio para construir um projeto de esquerda para o Brasil. Na última década, as propostas da maioria da esquerda bateram de frente com as políticas defendidas pelo PT. A crise econômica profunda é parte da crise gerada pelos governos petistas encabeçados por Lula e Dilma. Prova disso é Henrique Meirelles, um homem do mercado financeiro internacional, figura protagônica da área econômica durante o governo Lula, que hoje é o timoneiro das políticas de ajuste e das reformas contra a classe trabalhadora. Não por acaso, em recente entrevista no rádio, Lula declarou: “… devo muita gratidão ao Meirelles. Muita. […] Acho que o Meirelles teria contribuído para a Dilma”. Salvando a brutalidade para aprovar algumas medidas do atual ajuste, não houve uma ruptura da estrutura econômica na transição de Dilma/PT para Temer/Meirelles.
Não é crível que um dos setores responsáveis pela miséria e pelo “inédito nível de regressão social e dos direitos” de nossa classe possa nos ajudar a sair da crise. Mas, a plataforma do VAMOS! faz questão de contar com a presença dos petistas para discutir esse programa. O PT, que surfou por longos anos nos altos preços das commodities, não teve nenhuma política para reverter essa crise nem mudar a estrutura econômica do país a serviço dos banqueiros, do agronegócio, das empreiteiras e das multinacionais. Os excedentes econômicos dessa época de “vacas gordas” não serviram para promover a reforma agrária e urbana, desenvolver tecnologia, investir na saúde e educação pública ou em projetos sociais duradouros, sua principal preocupação foi manter um elevado superávit primário para pagar a dívida pública.
Tampouco este Congresso e este sistema são radicalmente diferentes dos que governaram, por longos anos, com Lula e Dilma, como diz Boulos. São os mesmos picaretas que Lula denunciava em 1993 e que renderam uma música popularizada por “Os Paralamas do Sucesso”. Porém, ao chegar ao governo, 10 anos depois, Lula e o PT adotaram esses picaretas que, de Sarney a Jader Barbalho e de Renan Calheiros a Temer, se integraram numa grande família para compartilhar o banquete do mensalão e de tantos outros atos escusos, que os manteve unidos por longos anos, os anos que o PT ainda detinha o controle do movimento de massas e era útil ao grande capital. Para tanto teve de atacar direitos e conquistas democráticas da classe como aconteceu com a reforma da previdência, a mudança no seguro desemprego, a criminalização do protesto, a lei anti terrorista, e privilegiou as relações com o agronegócio e as empreiteiras sobre os interesses dos povos indígenas para a construção de hidroelétricas e na demarcação de terras, entre outras medidas exigidas pelo mercado.
Não VAMOS acreditar que se pode construir com o PT um programa para democratizar a economia, as comunicações ou o meio ambiente. Por mais de uma década a direção desse partido se manteve unido governando para os mercados, promovendo privatizações e entregando parte de nossas riquezas como aconteceu nos leilões do pré-sal; negou-se a aprovar a auditoria da dívida pública; nunca questionou os interesses da Globo e provocou um dos maiores desmatamentos que se tem conhecimento, sob a condução de uma liderança do agronegócio chefiando o Ministério da Agricultura. Que poderia aportar a direção petista num programa para os negros, as feministas ou os grupos LGBT? O maior símbolo de discriminação racial hoje, a injustificável prisão do companheiro Rafael Braga, é da época do governo Dilma. Deu as costas às reivindicações feministas, principalmente à legalização do aborto e enquanto as comunidades LGBT sofriam brutais ataques, o governo petista cedia à pressão da bancada evangélica retirando projetos de educação sexual nas escolas.
Não VAMOS! com um programa sem identidade de classe
Mas, além da inviabilidade de debater um programa de esquerda para tirar o Brasil da crise com o PT, a plataforma do VAMOS! não tem identificação de classe. Para que interesses a esquerda se propõe a debater um programa?“A idéia é realizar uma discussão ampla, nas redes e nas praças, que contemple a diversidade de representações e de posicionamentos políticos […] Todos poderão apresentar propostas pela plataforma colaborativa e participar dos debates públicos” escreve Boulos, deixando aberta a velha política petista de “governar para todos”. A esquerda deve construir um programa que contemple os interesses da classe trabalhadora e os setores oprimidos. Fazemos um programa para governar para um setor determinado, a classe trabalhadora e seus aliados, contrariando os interesses dos de cima. Não é isso que propõe o VAMOS!
Não VAMOS! com a candidatura de Lula porque não representa os interesses da classe trabalhadora. “Nós, particularmente no MTST, temos profundo respeito pelo ex-presidente e por sua trajetória. É inegavelmente a maior liderança social deste País”, continua Boulos, com exagerada admiração. Com todo o respeito que temos com a opinião dos companheiros do MTST, não coincidimos com essa apreciação. Como outros setores da esquerda, deixamos de ter respeito pela trajetória de Lula faz muitos anos, desde que “atravessou o Rubicão” para governar com e para o grande capital, traindo a confiança de nossa classe. A trajetória de Lula, não é uma linha reta, está cheia de meandros, nos quais foi se afastando da classe trabalhadora para se abraçar com seus inimigos. É o que faz agora nessa caravana eleitoreira, montando palanque com os Calheiros em Pernambuco e com o governador de Sergipe Jackson Barreto (PMDB), criando tanto constrangimento que um setor do PT e os dirigentes locais da CUT se retiraram do ato. A esquerda deve questionar, não enaltecer “…a maior liderança social deste País” Muitos inimigos dos interesses da classe foram por anos lideranças eleitorais de massas e ganharam eleições a fio, mas não o fizeram para favorecer os explorados.
Tampouco é correto o argumento de que a esquerda faz anos que não debate ou não tem propostas programáticas, como expressam alguns. Temos debatido muito com o PT, dentro e fora dele. O primeiro grande debate que fizemos, desde a esquerda, foi quando o PT chegou ao governo e defendeu Sarney para presidir o senado e Henrique Meirelles para presidir o Banco Central com status de Ministro. Foi um debate sobre o caráter de classe do governo, ao qual Lula fez ouvidos moucos. Mas a “mãe das batalhas” político/programáticas, foi contra a proposta de reforma da previdência no ano de 2003. Qual foi o debate que fez a cúpula do PT com as dezenas de milhares de funcionários públicos que se mobilizaram Brasil afora? Nenhum! Pior ainda, expulsou sumariamente os parlamentares rebeldes Heloísa Helena, Luciana Genro, Babá e João Fontes por ficar do lado dos trabalhadores e contra as exigências do mercado.
Em todos estes anos fizemos inúmeros debates programáticos contra as políticas da direção do PT. Pela auditoria e suspensão dos pagamentos da dívida pública; por não avançar na reforma agrária e urbana; por uma Petrobras 100% estatal, contra as privatizações de portos aeroportos e os leilões do pré-sal; pela legalização das drogas, pela legalização do aborto para proteger a vida das mulheres; contra a criminalização dos protestos; por aumento de salários e contra as demissões; por verbas para educação, saúde e transporte público e não para a Copa e as Olimpíadas, só para lembrar de alguns grandes debates que foram colocados nestes anos sob o silêncio cúmplice do PT e suas direções satélites. Porque, o que é um programa, senão as tarefas que a classe trabalhadora se propõe para superar seus problemas, vinculado aos seus interesses históricos?
Na verdade, os que nunca promoveram o debate são alguns dos que hoje se alistam para debater um projeto, que depois vão querer apresentar, ainda que seja de fachada, defendendo a candidatura de Lula com o filho do falecido mega empresário José Alencar como vice. Mas, que debates fizeram a direção do PT e da CUT, quando os trabalhadores necessitavam derrotar as políticas do lulopetismo quando esta era governo e o ajuste e as contra reformas de Temer/Meirelles na atualidade? Março, abril, maio e junho foram meses de grandes mobilizações, lutas e protestos, mas a classe trabalhadora ficou praticamente órfã e sem possibilidades de debater um verdadeiro plano de lutas com essas direções para derrotar Temer. Em dezembro de 2016 deixaram passar MPs com brutais ataques aos trabalhadores do serviço público, o mesmo aconteceu em março deste ano com o projeto das terceirizações no qual brilharam pela sua ausência, nunca fizeram assembléias de base para discutir a luta, se acovardaram durante a vitoriosa Marcha a Brasília e desmontaram a greve geral marcada para 30 de junho.
São essas direções, que ainda tem o controle dos grandes aparatos, atuando como satélites das políticas petistas, que impedem o avanço da classe trabalhadora e seus aliados. O que explica que, depois da maior greve geral do Brasil em dezenas de anos, quando cruzaram os braços mais de 40 milhões de trabalhadores, depois da vitoriosa Marcha a Brasília, onde os manifestantes conseguiram quebrar a barreira policial apesar do recuo das direções burocráticas, não tenha acontecido a greve geral de 30 de junho, onde os trabalhadores aspiravam nocautear o governo Temer? A única explicação é a política nefasta das direções petistas. A política do lulopetismo não foi nem é derrubar Temer. É parte de um acórdão com os tucanos, o PMDB e setores do STF para chegar com menos conflitos às eleições de 2018. Para isso desmontam as lutas, frustrando as aspirações de milhões de trabalhadores, na tentativa de quebrar o impulso da mobilização. O centro dessas direções é investir na caravana de Lula 2018 e não na derrota do governo. Infelizmente, a plataforma VAMOS! acabará sendo parte desse contexto eleitoreiro e de conciliação de classes.
Não é possível “ampliar a mobilização popular e construir uma massa crítica pela esquerda” com essas direções. Nem fazer “Uma discussão sintonizada com o trabalho de base dos movimentos das periferias, com ativismos de redes e ruas, que seja capaz de reencontrar um fio de esperança”. Não há saída para a crise do país com essas cúpulas colaboracionistas que já traíram a confiança dos explorados. A crise é grave! Não há tempo a perder com quem não tem os mesmos objetivos e só quer amarrar a esquerda à um programa de conciliação de classes para 2018. O MTST e os dirigentes do PSOL que impulsionam o VAMOS! devem romper com a direção do PT e da CUT e chamar à unidade com o PSTU, o PCB, a CSP-Conlutas, os trabalhadores em luta, os sindicatos combativos, os movimentos das periferias, os setores que se organizam contra as opressões, a juventude e os ativistas das redes e das ruas para impulsionar a luta para derrotar o governo Temer e seu plano de ajuste. Nesse processo iremos construindo o programa. Há suficiente acúmulo em nosso partido e em outros setores da esquerda para elaborar um verdadeiro programa de esquerda, anticapitalista, socialista, que defenda os interesses dos explorados e que reveja as medidas econômicas, políticas e sociais votadas contra os de baixo. Só assim, longe das direções que foram responsáveis pelo atual desastre que vive nosso país, poderemos começar a reencontrar um fio de esperança.
****
A CST ajudou a fundar o PSOL após o PT expulsar Babá, Luciana Genro, Heloisa Helena e João Fontes em 2003. Foram punidos por manterem a coerencia e votarem contra a criminosa Reforma da Previdência de Lula.
quinta-feira, 3 de agosto de 2017
Câmara salva Temer e revolta o país
O Brasil acordou indignado com a podridão na política. Os picaretas do Congresso são convictos da impunidade e acreditam que enganam a população, por isso impediram o presidente de ser investigado por corrupção passiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
Salvaram o corrupto Michel Temer (PMDB) com uma esfarrapada desculpa de que importa mais a "estabilidade econômica" do que um país governado por gente honesta. Onde já se viu?! A "estabilidade" deles foi o perdão da dívida multibilionária com a Previdência concedida para a bancada ruralista por Temer na noite anterior a votação da Câmara. Um toma lá, dá cá repugnante.
A imoralidade na política foi zerada nos últimos dias no Brasil. Ontem teve de tudo no Congresso. De deputado engasgando na hora de votar a deputada (Simone Morgado -PMDB/PA) que disse ter se enganado. Antes era o "rouba, mas faz". Agora é o "rouba, mas investiga só Dia de São Nunca".
O PT, PCdoB, MST e MTST, que dirigem a CUT, CTB, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo são os principais responsáveis por essa catástrofe, pois liderados por Lula, nada fizeram pra impedir a impunidade. Não chamaram e nem construíram nenhum ato e nenhuma paralisação no país.
Lula e seus aliados fizeram um grande acordão com os corruptos do PMDB, PSDB e DEM para salvar todo mundo, enterrar a Lava Jato, deixar Temer sangrando até 2018 e colocar o nefasto Lula lá nas próximas eleições. Não Passarão!
Basta de roubalheira e impunidade! Cadeia pra todos eles! O que só será possível com uma poderosa Jornada de lutas nesse país, a exemlo de março/abril de 2017, e com o povo mobilizado na rua.
Para barrar o aumento dos impostos, derrotar as Reforma da Previdência e revogar as já aprovadas é necesario colocar pra #ForaTemer e todos os corruptos!
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Delcídio apresentou provas de encontros com Lula, diz Janot
![]() |
Lula foi denunciado pelo procurador-geral da República ao Supremo |
O senador Delcídio Amaral (ex-PT-MS) entregou à Procuradoria-Geral da República uma série de documentos que, segundo ele, comprovam seu encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tramar contra a Operação Lava Jato.
Lula foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF) por obstrução à Justiça.
O procurador também pediu a inclusão do petista no inquérito que investiga dezenas de políticos por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras.
Delcídio relatou ao Ministério Público Federal que foi chamado por Lula em meados de maio de 2015, em São Paulo, para "tratar da necessidade de se evitar que Nestor Cerveró fizesse acordo de colaboração premiada".
Segundo o senador, Lula o teria incumbido de "viabilizar a compra do silêncio de Nestor" para proteger o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente.
Janot anotou em manifestação ao STF: "A respeito desse fato, há diversos outros elementos, tais como e-mail com comprovante de agendamento da reunião entre Lula e Delcídio no Instituto Lula, no dia 8 de maio de 2015; comprovantes de deslocamento efetivo do senador para São Paulo compatível com esta data; outros documentos que atestam diversas outras reuniões entre Lula e Delcídio no período coincidente às negociatas envolvendo o silêncio de Nestor Cerveró, além de registros de diversas conversas telefônicas mantidas entre Lula e (o pecuarista) José Carlos Bumlai e entre este e Delcídio", afirma o procurador-geral da República.
STF RECEBE DENÚNCIA CONTRA LULA E DILMA
Delcídio afirmou que o filho de Bumlai, Mauricio Bumlai, pagou R$ 250 mil à família de Cerveró, "por interferência de Lula". De acordo com o senador, Lula "pediu expressamente" a Delcídio que ajudasse Bumlai, amigo do petista.
O ex-líder do governo contou em delação premiada que o ex-presidente tinha "especial preocupação" com a situação de José Carlos Bumlai porque eles ficaram muito próximos durante a primeira campanha de Lula à Presidência da República.
Segundo o senador, "Bumlai se tornou o grande conselheiro de Lula, com forte influência em diversos negócios do governo, além de ter sido avalista de um empréstimo milionário obtido pelo PT junto ao Banco Schahin e de ter ajudado a construir, estruturar e organizar o Instituto Lula, entre outros".
O procurador-geral da República ainda levou em consideração, no pedido de aditamento à denúncia contra Delcídio, as gravações captadas por Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró.
Em novembro de 2015, foi entregue por Bernardo Cerveró à Procuradoria-Geral da Republica um áudio "revelador da grande trama criminosa envolvendo a obstrução da presente investigação, por meio da compra do silêncio de Nestor Cerveró".
"A partir daí as investigações ganharam novos contornos e se constatou que Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai e Mauricio Bumlai atuaram na compra do silêncio de Nestor Cerveró para proteger outros interesses, além daqueles inerentes a Delcídio e a André Esteves, dando ensejo ao aditamento da denúncia anteriormente oferecida nos Autos 4170/STF", afirma Janot.
"Os depoimentos de Nestor Cerveró deixam evidente que a intenção dos articuladores do silêncio de Nestor era esconder fatos ilícitos envolvendo Luiz Inácio Lula da Silva, José Carlos Bumlai, André Esteves, Delcídio Amaral, além de outras pessoas que possivelmente também integram a organização criminosa objeto deste inquérito."
Outro Lado
A assessoria de Lula diz que a peça apresentada por Janor "indica apenas suposições e hipóteses sem qualquer valor de prova". "Trata-se de uma antecipação de juízo, ofensiva e inaceitável, com base unicamente na palavra de um criminoso."
Segundo a defesa, o ex-presidente não participou "nem direta nem indiretamente" de qualquer dos fatos investigados na Operação Lava Jato.
"Nos últimos anos, Lula é alvo de verdadeira devassa. Suas atividades, palestras, viagens, contas bancárias, absolutamente tudo foi investigado, e nada foi encontrado de ilegal ou irregular", afirma em nota. "O ex-presidente Lula não deve e não teme investigações."
A defesa de André Esteves reiterou que ele não cometeu nenhuma irregularidade. Já a assessoria do senador Delcídio informou que ele não irá comentar o assunto no momento.
(Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2016/05/04/delcidio-entregou-elementos-que-incriminam-lula-diz-janot.htm)
terça-feira, 5 de abril de 2016
Fora Dilma, Lula, Temer, Renan, Cunha e Aécio! Fora todos!
Investigação e punição para os políticos da lista da Odebrecht!

No dia 23/03 foram divulgadas as listas da Odebrecht contendo nomes de mais de 200 políticos, superando duas dezenas de partidos, beneficiados por doações de campanha. As maiores siglas lideram a lista. PT, PSDB e PMDB, junto com os nomes de Aécio, Mercadante, Romero Jucá, Luiz Marinho, Eduardo Paes, Sarney, Lindbergh, Manuela D’Ávila. Isso mostra como os grandes partidos, os maiores políticos e a linha sucessória da república estão envolvidos nos esquemas das empresas. Dilma, Temer, Renan, Cunha, Aécio, governadores e prefeitos, estão todos juntos com a Odebrecht. Essa é a falsa democracia em que vivemos. Uma república de empreiteiras, bancos e empresários, onde o financiamento de campanha serve para obter licitações, verbas e apoio.
Por isso exigimos a mais ampla investigação de tudo e de todos, doa a quem doer: políticos, empresários e empresas. Queremos a punição rigorosa dos corruptos. Discordamos do sigilo sobre o caso imposto pelo Juiz Sergio Moro e exigimos da Justiça a divulgação de todos os dados, planilhas, escutas telefônicas, mensagens, anotações e delações. Propomos a abertura do sigilo bancário, fiscal, telefônico, contábil de todos os investigados. Mas para conquistarmos essas propostas devemos retomar as ruas, protestar e realizar mobilizações.
Entendemos que mesmo as doações empresariais, registradas e legais, devem ser debatidas nesse momento. Se as doações são legais ou ilegais não muda o fato de que é errado receber doações de empreiteiras e outras empresas, diretamente ou por intermediários. Sempre fomos contra as contribuições de empresas e empresários nas campanhas eleitorais.
Não podemos defender o PT como se fosse um mal menor
O PT é o principal partido no poder, que governou o país na última década em parceria com o PMDB. É atualmente o principal beneficiado pelas empreiteiras. O pior é que utiliza esse mecanismo ilícito, em benefício próprio e de suas siglas, para obter mais fatias do poder e aprovar projetos de ajuste fiscal e privatizações, nada diferente do PSDB. Agora o novo ataque do governo Dilma e governadores é um pacote fiscal para tentar massacrar os servidores públicos.
Esse debate é importante porque vários dirigentes da esquerda participaram do ato do dia 18/3 e com seu prestigio ajudaram a convencer a muitos/as ativistas a participarem honestamente do ato “pela democracia e contra o golpe”, sendo que na realidade o ato do dia 18 era em defesa do governo Dilma, de Lula e do PT. Em seguida a US e RZ do PSOL e correntes da esquerda psolista (como a Insurgência e o MES), o MTST, o PCB, decidiram realizar uma manifestação no dia 24/03 com a mesma política. Acreditamos que o chamado pela “defesa da democracia”, na realidade se resume à defesa do mandato de Dilma e a defesa de Lula. Trata-se de um erro político grave justamente quando Dilma retoma o pacote fiscal e listas da Odebrecht são divulgadas. As manifestações do dia 24/3 foram fracas. Porém o mais importante é que foram atos lulistas e governistas, tanto que o Presidente do PT, Rui Falcão, esteve no caminhão de som em São Paulo, falando contra o suposto “golpe”. O que os dirigentes do PT chamam de golpe é o impeachment de Dilma e as investigações da Lava Jato sobre Lula. Dois problemas que vão se agravar com o aprofundamento da crise com o PMDB do Vice Michel Temer, a desintegração de sua base “aliada no congresso” e a incapacidade de abafar as investigações da polícia federal. O que eles chamam de golpe é na verdade a ruptura das massas com o governo Dilma, levando Lula e o PT para o “volume morto”.
O papel da esquerda não é o de sustentar Dilma e Lula. Na verdade deve ser o de construir uma alternativa contra os petistas e tucanos. Por isso, foi um erro construir atos que tentam reanimar o governo que idealizou e sancionou a lei antiterrorismo.
1º de Abril | Ocupar as ruas pelo Fora Todos!
A esquerda anticapitalista e os movimentos combativos devem apoiar as lutas e greves, a exemplo da forte greve dos profissionais da educação da rede estadual do Rio de Janeiro. Luta que unifica várias categorias e os estudantes secundaristas.
Outra tarefa é a busca da unidade dos que desejam construir um terceiro campo. Uma primeira iniciativa, nesse ano, para começar a unificar as organizações que desejam construir essa saída pela esquerda, será o dia 1º de abril. Essa manifestação, convocada pelo Espaço de Unidade e Ação, será um primeiro passo para começar a construir um embrião de polo alternativo ao PT e ao PSDB. Construiremos essa manifestação de vanguarda, no sentido de buscar unificar as organizações que estão pelo Fora Todos. Todos os que querem colocar para Fora Dilma, Lula, Temer, Cunha, Renan e Aécio.
25/03/16 | Comitê Executivo da CST-PSOL
sábado, 4 de julho de 2015
Lula Mente! Não existe frente de esquerda com corruptos e neoliberais

2- Lula e Dilma comandam o país desde 2003 e são responsáveis pelo declínio do nível de vida das massas e pela corrupção federal. O modelo Lulista esgotou-se, como se nota nas explosões sociais e no desejo de mudança que está no ar, principalmente, após a jornada de junho de 2013. A falência do PT se explica por sua própria política, rejeitada nas urnas em outubro. Diante do agravamento da crise geral do país a saída de Lula/Dilma foi aprofundar a guinada à direita com a política neoliberal e alianças com os partidos reacionários. O ajuste fiscal segue as medidas do FMI retirando direitos, arrochando salários e canalizando o orçamento para o pagamento da dívida. Sem falar das contrarreformas, privatizações e outros ataques contra os trabalhadores e o povo. Nada diferente da “era FHC”.
3- Com essas declarações Lula pretende desviar o foco da operação Lava-Jato, cujas delações o afetam junto com Dilma, Mercadante, Dirceu, Ministros, prefeitos, além de políticos do PMDB, PSB e PSDB. Algo devastador para as instituições burguesas da velha republica de 1988. Por outro lado, os Lulistas possuem objetivos eleitorais. Com mais ou menos discursos críticos, o centro é preparar a candidatura de Lula em 2018 por meio de uma “frente”. O objetivo é salvar a própria pele e manter os cargos.
A tarefa da verdadeira esquerda é enterrar a política de Lula e do PT
4- Infelizmente há um setor conciliador da esquerda participando das reuniões da “Frente Popular”. O senador Randolfe Rodrigues informa no seu blog: “líderes como o ex-governador Tarso Genro (PT), o ex-presidente do PSB Roberto Amaral... os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e os deputados Alessandro Molon (PT-RJ) e Glauber Braga (PSB-RJ) decidiram redigir carta-manifesto com os principais pontos da agenda que a frente pretende apresentar à sociedade”. Embora o grupo negue vinculo com Lula, Tarso encontrará o ex-presidente dia 07/07. Pela imprensa soubemos que representantes do mandato de Ivan Valente do PSOL-SP e Leo Lince do PSOL-RJ participaram de reunião articulada por João Pedro Stedile do MST, Rui Falcão presidente do PT, Jandira Feghali e Renato Rabelo do PCdoB.
5- Essa “Frente” não é de esquerda. Visa combater a suposta “onda conservadora”, construir alternativas capitalistas a austeridade radical e é tão ampla que tenta incluir Bresser Pereira, ex-ministro de FHC e Claudio Lembo, ex-governador de São Paulo. É a orientação do congresso do PT: “O programa de reformas estruturais pressupõe a construção de uma frente democrática e popular, de partidos e movimentos sociais, do mundo da cultura e do trabalho”. Tudo para “a constituição de uma nova coalizão, orgânica e plural”, pois a frente burguesa que sustentou Lula e Dilma desintegrou-se. Algo importante é que Lula e o PT-RS têm como programa uma crítica radical contra a operação Lava-Jato. Nuances sobre o papel do PMDB e aspectos da política econômica não mudam o caráter da estratégia: reivindicar os 12 anos “democráticos e populares” e construir uma saída através do modo petista de fazer política. Aí mora a inconsequência de Tarso, do PT, dos dirigentes da CUT, da CTB, e dos políticos da “frente popular” para combater o que eles dizem criticar, a exemplo do ajuste fiscal. Por sua relação com o Planalto e o regime político, todos atuaram para evitar que o dia 29/05 se transformasse numa greve geral contra o ajuste fiscal de Dilma, Aécio, PT e PSDB.
6- Lula e Tarso pretendem se colar na boa imagem da esquerda para se reciclarem. Com orgulho, a página do PT no dia 30/06 noticiava uma “frente de esquerda” agrupando PT, PCdoB, as direções da CUT, UNE e setores do PSOL e do MTST. Uma manobra conservadora que Lula defende desde janeiro para impedir que surjam e/ou se fortaleçam lideranças e organismos políticos e sociais integralmente independentes, vocalizando os interesses dos setores operários e explorados que estão nas ruas, nos piquetes, nas ocupações desde junho de 2013. Para impedir que surjam novos atores políticos de esquerda com peso eleitoral de massas, conforme o que ocorre na Europa diante do declínio da velha socialdemocracia e da direita.
7- Um dos eixos dessa orientação é domesticar a esquerda, em especial o PSOL, partido com peso de massas em algumas cidades, como o Rio de Janeiro. Local onde o PT desapareceu após sua aliança incondicional com o PMDB de Cabral e Eduardo Cunha. Cidade epicentro da greve das universidades e dos servidores federais. No caso da direção do MTST, que lidera um movimento de massas em São Paulo, trata-se de manter uma boa proximidade garantindo que esse movimento não questione radicalmente a totalidade da política e do programa do governo Dilma e dos governistas.
Construir uma verdadeira frente de esquerda, classista e combativa!
8- A executiva do PSOL-RJ acerta ao afirmar que “o discurso em favor de uma suposta frente de esquerda não pode servir para ocultar quem aplica diretamente o ajuste sobre o povo brasileiro: Dilma, o PT e seu maior dirigente, Lula”. Algo que a resolução de conjuntura do Diretório Nacional do PSOL de 16/05 já assinalava: “O PSOL fortalecerá as lutas em curso que acumulem para o fortalecimento de uma alternativa política dos trabalhadores... Essa alternativa, portanto, se constrói como oposição de esquerda programática aos projetos de retorno de Lula e sua estratégia de reciclar o projeto do PT, visando domesticar os setores combativos”.
9- A tarefa da verdadeira esquerda é não cair em nenhuma manobra. Nosso papel é enterrar de vez a traição do PT e seu programa conservador, construindo uma alternativa de massas contra o ajuste fiscal de Dilma e do PSDB. Foi para isso que fundamos o PSOL em 2004, construímos a campanha de Luciana Genro em 2014 combatendo a falsa polarização entre Dilma, Aécio/Marina e lutamos com os educadores em greve contra os governadores Tucanos nos últimos meses. Agora, devemos fortalecer a greve das universidades federais, batalhando pela greve geral do conjunto dos servidores, lutando pela vitória dos trabalhadores. Com esse fim construiremos a unidade na luta com qualquer um, independente da sigla que cada ativista ou organização reivindica.
10- Nós da CST-PSOL defendemos uma verdadeira frente de esquerda, classista e combativa em oposição de esquerda ao governo Dilma e ao PT. Uma frente social e política com o PSTU, PCB, PCR, a CSP-CONLUTAS, a INTERSINDICAL, a esquerda da UNE e ANEL, dentre outros agrupamentos. Entendemos que o MTST deve compor essa frente, abandonado de vez qualquer vínculo com o campo Lulista. Para, nas lutas e nas eleições, apresentar um programa alternativo que barre o ajuste fiscal e lute pelo fim das demissões, por aumento de salários, melhores condições de trabalho e o fim da repressão às lutas. Para suspender o pagamento da dívida, destinando esses recursos para as áreas sociais e um efetivo plano de moradia popular; combater a corrupção com a prisão e expropriação dos bens dos políticos e empreiteiros envolvidos nos esquemas da Lava-Jato e nos esquemas ilícitos do Metro de São Paulo; barrar a contrarreforma política de Eduardo Cunha e impedir a redução da maioridade penal. Por uma Petrobras 100% estatal e sob o controle dos trabalhadores, dentre outras bandeiras.
Fonte: CST-PSOL (Corrente Socialista dos Trabalhadores – Tendência do PSOL)
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Corrupção: Amigo íntimo de Lula é peça-chave do petrolão
![]() |
Bumlai, amigo íntimo do presidente Lula, pecuarista e lobista. (Cristiano Mariz/VEJA) |
por Rodrigo Rangel e Adriano Ceolin
Desde 2005, sabia-se em Brasília que Bumlai também tinha delegação para tratar de interesses que envolvessem a Petrobras. Foi ele, por exemplo, um dos responsáveis por chancelar o nome do hoje notório Nestor Cerveró, um desconhecido funcionário da estatal, para o posto de diretor internacional da empresa. Em sua missão de conjugar interesses públicos e privados, Bumlai tinha seus parceiros diletos, aos quais dedicava atenção especial. Não demorou para que começassem a chegar ao governo queixas de empresários descontentes com “privilégios incompreensíveis” concedidos aos amigos do amigo do presidente.
Uma das reclamações mais frequentes envolvia justamente a Petrobras e uma empreiteira pouco conhecida até então, a UTC, que de repente passou a assinar contratos milionários com a estatal, ao mesmo tempo em que surgia como uma grande doadora de campanhas, principalmente as do PT. Gigantes da construção civil apontavam Bumlai como responsável pelos “privilégios” que a UTC estava recebendo da Petrobras. Hoje, a escalada dos negócios da UTC é uma peça importante da Operação Lava-Jato, que está desvendando o ultrajante esquema de corrupção montado no coração da estatal para abastecer as contas bancárias de políticos e partidos. A cada depoimento, a cada busca, a cada prova que se encontra, aos poucos as peças vão se encaixando. A última revelação pode ser a chave do quebra-cabeça. Bumlai, o amigo íntimo do ex-presidente que tinha entrada livre ao Palácio do Planalto, está envolvido até o pescoço no escândalo de corrupção montado na Petrobras durante o governo petista.
----
(Fonte: Veja)
Mar de lama: Escândalo ronda Belo Monte
por Lúcio Flávio Pinto, para seu blog
A matéria de capa de Veja desta semana é sobre o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo “tão íntimo de Lula que tinha passe livre no [Palácio do] Planalto”, a sede da presidência da república. Rico, o empresário “até hoje resolve os mais diversos problemas do ex-presidente e de sua família. Poderoso, ele agora também é investigado no escândalo da Petrobrás”.
No meio da matéria, em apenas seis linhas, a revista faz uma citação grave. Diz que Bumlai “foi encarregado de missões complexas – a montagem do consórcio de empresas que construiriam a usina de Belo Monte, uma obra orçada em 25 bilhões de reais, foi trabalho dele. Cumpriu-as com destreza”.
E nada mais disse a revista.
A obra, a maior da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, já está em R$ 30 bilhões. Deve encarecer ainda mais. O consórcio construtor da hidrelétrica do rio Xingu, no Pará, é controlado pela Andrade Gutierrez (18% do capital), Odebrecht e Camargo Corrêa (16% cada uma), Queiroz Galvão e OAS (11,5%), Conter e Galvão (10%).
Ou seja: as maiores empreiteiras nacionais, todas já acusadas no curso da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, amparada pela justiça, ou ao menos referidas. Sendo que Belo Monte é obra de porte muito maior do que a das refinarias da Petrobrás.
Veja devia ter apurado mais e melhor uma informação tão grave antes de divulgá-la – ou o tratamento adequado virá na próxima edição da revista?
terça-feira, 15 de abril de 2014
Do "petróleo é nosso" à Petrobrás é da gente
![]() |
Lula (ex presidente da República - PT), Lobão (ministro de Minas e Energia - PMDB) e Dilma (PT): o comando de um saque histórico. |
Realmente a oposição de direita não tem moral para falar nada, pois privatizaram tudo, menos o que o PT privatiza nesses 10 anos, como os hospitais universitários e os mega campos petrolíferos do pré-sal. No entanto, o governo de Lula e o de Dilma estão fazendo com a Petrobrás (vide o caso Pasadena) uma das mais absurdas "campanhas financeiras" em prol de seus escusos, criminosos e particulares interesses.
É um clássico caso de sujo que fala do mal lavado.
Assinar:
Comentários (Atom)