domingo, 9 de agosto de 2009

Não era Angelim, mas também honrou o sangue Cabano


Com muita tristeza escrevo sobre a perda de um grande companheiro e camarada de sonhos, lutas e conquistas.

Se foi Manoel Amaral (dirigente do PSOL e da APS/tendência interna do partido). Ficou na história contemporânea do Pará a marca desse grande lutador. A dor da perda certamente é mais sentida aos que diariamente conviveram com a presença, a beleza daquele bravo revolucionáario. Não me incluo entre entes, mas sinto profundamente essa tragédia. Nosso curso, História da UFPA, também está em luto por sua viagem inesperada.
A Educação do Pará também está de luto pela perda deste educador, e que nestes últimos anos anos, que somados aos catastróficos quatro anos iniciais de Lula, marcou a luta de Manuel contra as nefastas políticas de Ana Júlia Carepa, não só para o setor da educacação, mas para o conjunto da população pobre desse do Pará.

Infelizmente Manuel não pode comemorar nossa luta final contra os donos do poder, contra as elites, contra a burguesia... os reais promotores da fome, miséria e dor que assola os milhões de brasileiros... Mas seguiremos dando o bom combate e buscando honrar a memória e aprender também com os erros deste grande e bravo companheiro que não comemorou o socialismo, mas que será lembrado quando a humanidade brindar o fim da ditadura da minoria.

Manuelzinho: uma grande voz, um grande agitador político. Manoel sempre gostava de se referir de si como um lutador Cabano. Concordo! Manoel honrou a memória daqueles paraenses que não querendo mais viver como viviam, se jogaram na justa luta contra seus algozes, a Cabanagem. Manoel não tinha Angelim no sobrenome, mae era um vibrante Amaral!

Com o peito chorando, adeus camarada!!

Marcus Benedito.

Um comentário:

penso...logo tenho opinião! disse...

Homenagem póstuma ao companheiro militante, lutador e sonhador.

“ Adeus companheiro sonhador e lutador,
Adeus às lutas que agora entregas aos outros sonhadores como você.
Adeus ao cotidiano ao qual nosso calendário não era romano... Mas político.
Adeus.
As tristezas das perdas.
Ao descaso com a humanidade.
As desigualdades sociais pelas quais tanto lutou...
Ao papo camarada,
A troca de idéias,
As lutas travadas das ditas reuniões...
Do balançar das bandeiras vermelhas,
Das caminhadas eternas...

Adeus a tantas coisas...

Bem vindo companheiro;
Aos sonhos com o qual sonharás doce e eternamente...
Porque dorme para nós.
Viverás em nossos sonhos,
E repousarás em nossa memória,
Na memória dos que te amam
Na memória dos que não te amavam, mas que passaram a te respeitar,
Na memória da família,
Na memória dos amigos, companheiros de luta.

Olá aos companheiros que levarão adiante as tuas bandeiras.
Que continuarão a fazer piquetes... Passeatas...protestos nos carros sons...panfletarem sonhos e ideais de uma sociedade justa e mais digna. Olá.
As intermináveis reuniões!
As mesmas discussões, Pra no fim concordarem em tudo.
Adeus.
Bem vindo.
Olá.
Companheiro Manoelzinho"

De: Simone S. Souza - militante, lutadora e sonhadora - PT/Belém