Professores diante do CIG, cobrando o cumprimento dos acordos... |
...que o governo celebrou, mas não cumpre, sucateando a educação. |
por Augusto Barata, em seu blog
“Ressaltamos, primeiro, que exigimos
que o governo Jatene cumpra todos os acordos da última greve,
ocorrida em 2013. Naquela ocasião nosso movimento chegou ao TJE, que buscou
estabelecer uma conciliação para a suspensão da greve, que já chegava a 53
dias. Depois de horas de negociação, chegamos a um documento que estabelecia
tudo o que o governo se comprometia a fazer no pós-greve. Dentre estas
obrigações estavam: 1) as regulamentações da jornada e das aulas suplementares;
2) a criação da lei que disciplina a eleição direta para direções de escolas;
3) a lei do Sistema Modular de Ensino, o Some; 4) reforma das escolas e do
prédio sede da Seduc, 5) a lei que unifica o Plano de Cargos, Carreira e
Remuneração dos Trabalhadores em Educação, o PCCR Unificado, incluindo os
servidores administrativos e operacionais, visto que hoje apenas professores e
especialistas (os pedagogos) são englobados no atual PCCR; e 6) realização de
concurso público. Ocorre que apenas os três primeiros itens foram cumpridos.
Para agravar a situação, o Sintepp teve que acionar a justiça para garantir as
eleições diretas nas escolas, visto que o governo havia suspendido o processo,
desrespeitando a lei que foi negociada e aprovada por unanimidade na Alepa, com
a participação das lideranças do próprio governo naquela Casa.”
A declaração, feita ao Blog do
Barata, é de Alberto Andrade, o Beto, 37,
há 16 anos atuando no ensino público e que é secretário-geral do Sintepp, o
Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, a entidade que lidera
a greve dos professores da rede estadual de ensino, um contingente que reúne 23
mil profissionais, 80% dos quais servidores públicos efetivos. O movimento tem
como cláusulas pétreas, no elenco de reivindicações, garantia da jornada
sem redução na remuneração; pagamento do piso salarial e do retroativo desde
janeiro; reformas nas escolas, com acompanhamento da comunidade escolar; e o
PCCR unificado, incluindo os servidores administrativos e operacionais, e não
apenas professores e especialistas, no caso, pedagogos.
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