Juventude volta a ocupar as ruas em São Paulo, Rio de Janeiro, Uberlândia e várias cidades contra os aumentos nos preços das tarifas do transporte público. Ontem foi a vez de Campinas.
Juventude volta a protestar e lotaram as ruas de Campinas. Foto: Randerson Lobato/VAL-SP |
O protesto foi uma resposta à medida criminosa da administração municipal em reajustar novamente o preço das passagens. A juventude e a classe trabalhadora indignada, repudiaram esse novo aumento, muito superior a inflação do período, principalmente porque o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), já havia aumentado a passagem para o valos absurdo de R$ 3,30, há apenas seis meses. Agora o presente de grego para a população foi um reajuste de 0,20 centavos.
Trata-se de um brutal ataque aos bolsos dos trabalhadores e dos estudantes que necessitam de transporte público para irem ao trabalho, universidade, colégio ou lazer!
Patronal sanguessuga
Outro agravante são as sucessivas demissões cobradores. São dezenas de mães e pais de família que são jogados no desemprego, precarizando ainda mais os serviços dos motoristas e expondo os usuários à situações de perigo. O motorista estressado pelo trânsito, ainda precisa, muitas vezes, atender os que querem comprar bilhete, passar troco e dirigir o veículo ao mesmo tempo.
Todos sabemos que a Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas) foi uma das principais financiadoras da campanha do atual prefeito de Campinas, Jonas Donizette. Não nos admira que a máfia dos transportes esteja lucrando tanto nos últimos anos!
Esse mesmo modus operandi, a gente já viu nos esquemas criminosos envolvendo empreiteiras, parlamentares e governos, como no caso do abissal esquema de corrupção na Petrobrás e na construção de assassinas hidrelétricas nos rios da Amazônia, como é o caso de Belo Monte, no Rio Xingu/PA.
Unir as lutas e tomar as ruas
O chamado é: unificar as lutas! Pois o aumento das tarifas do transporte no país inteiro é parte de um pacote de ajuste geral operado pelo governo Dilma (PT/PMDB) e pelos governadores, que conta inclusive, com a anuência da Justiça.
São medidas que pioram cada vez mais a vida da população pobre e trabalhadora. O governo federal, além de cortar bilhões de reais para pagar os serviços das dívidas interna e externa, aumento os juros, sobe o preço da gasolina, da energia elétrica, além de emitir decreto presidencial que retira direitos trabalhistas.
Construir um calendário nacional de mobilização pela redução imediata das tarifas, contra a repressão dos protestos, pelo passe-livre já para estudantes e desempregados, rumo a estatização dos transportes, sob controle dos trabalhadores e usuários, com tarifa zero e qualidade.
Nas cidades onde houveram demissões de cobradores, devemos exigir a imediata reintegração desses trabalhadores! Também devemos cobrir de solidariedade a greve dos trabalhadores dos metalúrgicos, e exigir a readmissão dos 800 da Volks e dos 244 da Mercedes, que foram colocados na rua, demissões das quais os governos Dilma e Alckmim (PSDB) são cúmplices da patronal e a Justiça do Trabalho omissa e/ou conivente!
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Randerson Lobato é estudante, disigner gráfico e militante do coletivo Vamos à Luta SP
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