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sexta-feira, 11 de março de 2016

Dilma e Jader querem privatizar a BR 316 e instalar pedágios

Unidos pela privataria.
Na última terça-feira, 8, o Ministério dos Trasportes publicou no Diário Oficial da União o autorizo de estudos para a duplicação da BR 316. O pedido foi feito ainda em 2014 pelo senador Jader Barbalho (PMDB). Inicialmente poderia parecer algo benéfico, contudo onde tem Jader, os dois pés atrás é mais do que recomendável.

A notícia foi comemorada pelo parlamentar e foi destaque nos veículos de comunicação de sua propriedade. O Diário do Pará assim destacou a notícia dia 09 de março: "Mais recentemente, por meio de ofício endereçado diretamente à presidente Dilma Rousseff, no início deste ano, o senador solicitou, ao governo federal, a inclusão da BR-316 no Programa Nacional de Desestatização (PND) e no Programa de Investimento em Logística (PIL). Este último prevê, por sinal, uma série de ações para desenvolver e integrar os modais de transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e hidroviário, dentro do moderno conceito de multimodalidade que o senador vem defendendo obsessivamente para integrar as diferentes regiões do Estado.".

Eis o x da questão! Trata-se de solicitação de estudo para viabilidade técnica das duplicação da BR 316 em um trecho de cerca de 200 KM (de Castanhal a Capanema) que será incluso no temerário Programa Nacional de Desestatização, eufemismo grosseiro para privatização. Esta sim é a verdadeira obsessão do ex governador Barbalho. 

O Pará tem um dos piores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e a quarta cesta básica mais cara do país. Esta semana a imprensa divulgou que o estado é o segundo que mais perdeu postos de trabalho na indústria. A economia do Pará nunca esteve tão fragilizada e a concentração de renda tão alta, no entanto, o que vislumbram as elites? Transferir a conta dessa crise para a população. 

Com a duplicação da BR, cujo argumento seria salvar vidas e reduzir o número de acidentes na "região mais movimentada do Pará", o que Jader e o governo Dilma (PT-PMDB) pretendem é instalar uma série de postos de pedágio, privatizando o direito, sagrado na Constituição Federal (1998), de ir e vir da população.

O que resta é saber se os paraenses estão dispostos a mais esse ato de lesa pátria, pois dinheiro dos cofres públicos, como do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), serão utilizados para esse gigantesco investimento, para que no final, a estrada, toda duplicada e pavimentada, seja entregue "de mão beijada" a algum grupo econômico ligado aos políticos interessados nesse pleito.

O sinal de alerta está ligado. Ou a população se apodera dessa traquinagem ou todo mundo vai saber o quanto dói no bolso ter que dar um pulo aqui do lado.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Para barrar os aumentos das passagens, jovens voltam às ruas do país

Juventude volta a ocupar as ruas em São Paulo, Rio de Janeiro, Uberlândia e várias cidades contra os aumentos nos preços das tarifas do transporte público. Ontem foi a vez de Campinas.

Juventude volta a protestar e lotaram as ruas de Campinas. Foto: Randerson Lobato/VAL-SP
por *Randerson Lobato

O protesto foi uma resposta à medida criminosa da administração municipal em reajustar novamente o preço das passagens. A juventude e a classe trabalhadora indignada, repudiaram esse novo aumento, muito superior a inflação do período, principalmente porque o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), já havia aumentado a passagem para o valos absurdo de R$ 3,30, há apenas seis meses. Agora o presente de grego para a população foi um reajuste de 0,20 centavos.


Trata-se de um brutal ataque aos bolsos dos trabalhadores e dos estudantes que necessitam de transporte público para irem ao trabalho, universidade, colégio ou lazer! 


Patronal sanguessuga

Outro agravante são as sucessivas demissões cobradores. São dezenas de mães e pais de família que são jogados no desemprego, precarizando ainda mais os serviços dos motoristas e expondo os usuários à situações de perigo. O motorista estressado pelo trânsito, ainda precisa, muitas vezes, atender os que querem comprar bilhete, passar troco e dirigir o veículo ao mesmo tempo.

Todos sabemos que a Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas) foi uma das principais financiadoras da campanha do atual prefeito de Campinas, Jonas Donizette. Não nos admira que a máfia dos transportes esteja lucrando tanto nos últimos anos! 

Esse mesmo modus operandi, a gente já viu nos esquemas criminosos envolvendo empreiteiras, parlamentares e governos, como no caso do abissal esquema de corrupção na Petrobrás e na construção de assassinas hidrelétricas nos rios da Amazônia, como é o caso de Belo Monte, no Rio Xingu/PA.

Unir as lutas e tomar as ruas
O chamado é: unificar as lutas! Pois o aumento das tarifas do transporte no país inteiro é parte de um pacote de ajuste geral operado pelo governo Dilma (PT/PMDB) e pelos governadores, que conta inclusive, com a anuência da Justiça. 


São medidas que pioram cada vez mais a vida da população pobre e trabalhadora. O governo federal, além de cortar bilhões de reais para pagar os serviços das dívidas interna e externa, aumento os juros, sobe o preço da gasolina, da energia elétrica, além de emitir decreto presidencial que retira direitos trabalhistas.

Construir um calendário nacional de mobilização pela redução imediata das tarifas, contra a repressão dos protestos, pelo passe-livre já para estudantes e desempregados, rumo a estatização dos transportes, sob controle dos trabalhadores e usuários, com tarifa zero e qualidade. 

Nas cidades onde houveram demissões de cobradores, devemos exigir a imediata reintegração desses trabalhadores! Também devemos cobrir de solidariedade a greve dos trabalhadores dos metalúrgicos, e exigir a readmissão dos 800 da Volks e dos 244 da Mercedes, que foram colocados na rua, demissões das quais os governos Dilma e Alckmim  (PSDB) são cúmplices da patronal e a Justiça do Trabalho omissa e/ou conivente!

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Randerson Lobato é estudante, disigner gráfico e militante do coletivo Vamos à Luta SP