terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Protesto do dia 9 mostra que é possível derrubar o aumento de Haddad e Alckmin

20 mil nas ruas de São Paulo: Haddad e Alckmin frente a uma novas "Jornadas de Junho"
Na primeira semana útil do ano, mais de 20 mil pessoas tomaram as ruas de São Paulo (dia 9) contra o aumento das tarifas nos transportes públicos da cidade de São Paulo/SP e mostraram que é possível vencermos este ataque. 
Com medo de que se repitam as marchas de Junho de 2013, tucanos e petistas escolhem uma data para reajustar as passagens, justamente quando os estudantes, e muitos trabalhadores, estão em férias, com o objetivo de  dificultar os protestos e mobilizações. Uma manobra que não conseguiu conter a indignação demonstrada no último ato.

Em Belo Horizonte, fruto da pressão das lutas desde 2013, este ano foi suspenso pela justiça de forma temporária o aumento da tarifa. Ainda que sigam os protestos para baixar de forma definitiva a tarifa, temos um primeiro exemplo de derrota dos patrões e dos governos.

Passe-livre deve ser pago com dinheiro dos empresários e não dos trabalhadores

Como uma resposta à pressão das mobilizações que há anos exigem Passe-livre e que em 2013 assumiram um caráter massivo, Haddad e Alckmin anunciam que, com o aumento da tarifa, os estudantes de baixa renda teriam passe-livre no metrô, CPTM e ônibus para ir e voltar às aulas. Porém, a proposta do movimento nunca foi que essa medida fosse implementada a partir de aumentos da passagem e sim que saísse do gigantesco lucro do empresariado. A imensa maioria dos usuários do transporte coletivo são trabalhadores. Pela proposta dos governantes são as famílias dos próprios estudantes de baixa renda e não os empresários que devem custear o passe-livre. Sem coragem para enfrentar os empresários, a saída do prefeito e do governador para o povo trabalhador é na prática dar com uma mão e tirar com a outra, sem falar que a proposta do governo não contempla todos os estudantes, mas o que eles chamam de baixa renda, ou seja, muitos estudantes que trabalham para custear seus estudos e sobreviver não terão direito ao passe, que não será tão livre assim, na verdade é mais uma manobra destes governos que só favorecem os poderosos. .

PT e PSDB estão juntos para aplicar o ajuste contra o povo trabalhador

Esse ataque contra o bolso do trabalhador faz parte de uma política mais geral de ajuste fiscal contra o povo, que tem como comandante a presidente Dilma. Foi a presidente do PT, que logo após ser reeleita, aumentou a tarifa de energia elétrica e da gasolina. Além disso, a partir do aumento da taxa de juros, Dilma amplia o lucro dos banqueiros em detrimento do investimento nas áreas sociais. A retirada de direitos trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial de milhões de trabalhadores, mostra que é pelas mãos de Dilma que vem as medidas neoliberais e conservadores contra o povo.

A greve na Volks e as manifestações contra o aumento da passagem apontam o caminho para 2015!

O sentimento e a revolta que vimos em junho de 2013 segue vivo. A primeira quinzena de 2015 pode comprovar. A greve na VOLKS contra as demissões e a massiva marcha que vimos contra o aumento da tarifa em SP, mostram que não será fácil para os governos e os patrões descarregar os efeitos da crise econômica e dos esquemas de desvio de dinheiro público nas costas dos trabalhadores e da juventude. Não pagaremos pela crise do lucro e a roubalheira dos corruptos.

Pela Reintegração dos metroviários demitidos! Pela manutenção do emprego dos cobradores!

Nossa luta em defesa do transporte público, por uma melhor mobilidade urbanatambém passa pela solidariedade aos trabalhadores metroviários e cobradores, que estão sendo duramente atacados por Alckmin e Haddad. O tucano com a demissão de grevistas. O petista aprovou lei que desobriga os empresários de colocar cobradores em todos os ônibus, abrindo possibilidade de demissões em massa.


É preciso uma grande jornada unificada de lutas para derrubar o aumento da passagem e garantir o emprego para os metroviários demitidos, a permanência dos cobradores e o fim das demissões na indústria. Precisamos construir um calendário de lutas unificado trabalhadores, juventude, movimentos sociais para que nossas necessidades sejam atendidas e derrotar o pacote de maldades do governo federal que prevê aumentos absurdos de impostos, demissões, liquidação dos serviços públicos. Essa luta começa agora.

Assinam: Corrente Socialista dos Trabalhadores/PSOL – Tendência Sindical Unidos pra Lutar – Coletivo Vamos à Luta

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