Iva Rothe/Divulgação. |
Diva Rothe, uma das maiores cantoras e compositoras do Brasil (e do mundo!), merece
ter mais atenção, em primeiro lugar do daqui
de Belém e do Pará, e depois claro, do resto do país. Todos devem, mas acima de
tudo, merecem conhecer e ouvir o que há de melhor em nosso tempo.
Levando em consideração uma galera de amigos e conhecidos que tenho, os
quais podem facilmente serem considerados adeptos ou próximos daquelas
correntes que vão do pop ao kitsch, passando pelo Cult, posso dizer que é uma
catástrofe, um verdadeiro exercício da desinformação (em grande parte
resultante da ganância e ignorância das elites que controlam os meios de
comunicação e a grande indústria fonográfica e do entretenimento) não
conhecermos esta obra prima da Amazônia, esta Iara de pele branca, esta voz que
é trovão, temporal, rio, riacho e cachoeira: Iva Rothe.
Dizem que o grande acontecimento dos últimos tempos na música brasileira é o
que se produz no Pará. Na verdade só agora o Brasil abre os olhos para a música
e artistas do Pará. Aqui, não é de agora, se produz obras primas. Devido as
riquezas da região, o mundo já nos conhece desde antes de 1500. A Metrópole,
durante o Brasil Colônia, sabia milimetricamente cada tipo de e quantidade de
mineral, vegetal e animal que haviam por essas paragens. As grandes corporações
ainda hoje o sabem e utilizam, tal qual nossos conquistadores, muito bem para a
rapina e para a destruição este conhecimento.
Foram necessários séculos para que o Brasil começasse a se descobrir, a se
ver, a se reconhecer. Na verdade os dois Brasis que detinham entre si total autonomia
administrativa e respondiam a Portugal durante a colônia: o Grão Pará e Maranhão
(conformado pelos sete estados da atual Amazônia Legal) e o restante da Colônia
chamada de Brasil. Passados séculos, podemos dizer que novamente o Brasil
redescobre a música nortista e paraense, repleta de grandes artistas e de grandes
seres humanos.
Dizem que aqui bubuíam, nascem que nem açaí grandes compositores, produtores,
cantores, músicos, etc.. Se você passar meia hora ouvindo ou assistindo o que
aqui se produz, não terá nenhuma dúvida de que se trata da mais pura verdade!
Larga tradição que não vem de agora. Como diria Ruy Barata, no país chamado
Pará o que não falta é coisa para se ver, sentir, provar, comer,tocar, ouvir,
pegar.
Iva Rothe é a mais clara, viva, límpida, cristalina e bela expressão disso.
Assista ao videoclipe a seguir e você saberá melhor do que eu estou falando.
Dirigido e produzido por Roger Paes, Montagem e Pós Produção de Robson Fonseca, Fotografia de Samuel Rodrigues e Luz de Luciano Mourão, trata-se de uma das mais belas produções dos últimos dois anos no Estado do Pará. E como disse, é uma desgraça, principalmente para nós paraenses, que somos homens chuvas, homens peixes e sereias e iaras e homens águas, que não conheçamos Iva Rothe. O youtube e o google têm muito a dizer detsa que é uma das grandes divas da Música Popular Brasileira e do mundo.
Dirigido e produzido por Roger Paes, Montagem e Pós Produção de Robson Fonseca, Fotografia de Samuel Rodrigues e Luz de Luciano Mourão, trata-se de uma das mais belas produções dos últimos dois anos no Estado do Pará. E como disse, é uma desgraça, principalmente para nós paraenses, que somos homens chuvas, homens peixes e sereias e iaras e homens águas, que não conheçamos Iva Rothe. O youtube e o google têm muito a dizer detsa que é uma das grandes divas da Música Popular Brasileira e do mundo.
Abaixo, você lerá matéria do iBahia sobre apresentação da artista no Conexão Vivo em agosto de 2011 em Salvador/BA e saiba mais sobre um dos seus mais valorosos e engajados trabalhos:
Conheça Iva Rothe, a paraense que fará dois shows em Salvador
A artista é convidada de Gerônimo, hoje (09), na escadaria do Paço, e será atração do projeto conexão Vivo, na sexta (12)
Iva Rothe desembarcou hoje na capital baiana e trouxe na bagagem, além
do CD ‘Aparecida’ (2010), produzido por Beto Fares, uma agenda de dois
shows em Salvador. A artista, uma referência da música contemporânea de
Belém do Pará, se apresenta na próxima sexta (12), no projeto Conexão
Vivo, na Praça Wilson Martins, na Orla de Pituba, e, também faz uma
participação especial, hoje (09), no show do cantor Gerônimo Santana, no
Pelourinho. Os dois eventos são gratuitos.
No palco, Iva se destaca por explorar a
feminilidade, extraindo no canto da mulher paraense, com todo seu
sotaque e beleza, nuances delicadas que se unem às sonoridades
contemporâneas e seus experimentalismos. A cantora toca teclado
acompanhada por Felipe Cordeiro (guitarra), Ulysses Moreira (bateria),
Príamo Brandão (contrabaixo), Márcio Jardim (percussão) e Lenilson
Albuquerque (teclado).
Iva Rothe
Foi exatamente há uma década, quando Iva ainda fazia faculdade de música, que ela se encantou pela possibilidade de fazer música a partir de sons fora do padrão convencional. Desde então, ela passou a ouvir as vozes femininas de outra forma. A pesquisa iniciou com mulheres de várias origens e idiomas. Quando em temporada pela Europa, Iva levou junto gravador e microfone e registrou entrevistas com mulheres alemãs, africanas, inglesas e até finlandesas, sempre se guiando por um roteiro de perguntas único. “Pensava em usar mulheres falando em línguas bem diferentes, mas aí foi afunilando e acabei ficando só com as paraenses”, diz.
Apesar de todo o experimentalismo, Iva garante que o disco foi trabalhado como algo para ser ouvido naturalmente, mas encontrar essa dose acertada não foi tarefa fácil. “Apesar do meu trabalho ser experimental, era um disco de música popular pra se ouvir, pra se dançar. A gente tinha que acertar a mão para que a coisa não ficasse embolada e tivesse a fluência da sonoridade de um disco. Para isso foi feito um trabalho de lapidação em estúdio, e o bacana foi que consegui entrar na viagem da fala de forma mais profunda, o que valeu muito pela Valéria Marques, minha parceria, que foi minha professora e orientadora da faculdade e foi quem me introduziu nessa viagem eletroacústica”.
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