segunda-feira, 27 de junho de 2011

Quem inventou ATOS SECRETOS não poderia deixar de apoiar SIGILO na Copa e Olimpíadas



O descaramento não tem fim em nossa apodrecida República. Sarney realmente não tem papas na língua. Diz o que pensa, e seu pensamento e ações são verdadeiras agressões à moralidade, ao respeito à coisa pública e ao povo pobre e trabalhador que sofre o descaso provocado pela omissão de políticos como Sarney.

Foi esse honorável bandido, que há época dos escândalos dos Atos Secretos no infecto Senado da República, disparou três palavras invocando outro senador, o romano Sófocles: “o silêncio, a paciência e o tempo” (dando pistas de que este era o caminho para resistir às denúncias reverberantes na opinião pública, contando, claro, com o apoio de Lula/PT, que o chamou de "o cara").

Novamente Sarney é claro, nos chama de otários e segue impune mandando e desmandando no apodrecido regime de nosso país. Dessa vez, nos debates acerca do fim do sigilo dos documentos ultra-secretos da Ditadura Militar, e defendendo a sua não divulgação, ele teve a desfaçatez de dizer que não precisamos construir um  WikiLeaks da história do Brasil. E claro, não precisamos conhecer a verdadeira história,  pois nesses papéis estão as assinaturas deste corrupto, assim como as linhas no labirinto de nosso passado que mostram como ele construiu-se um  oligarqua na bainha dos milicos.

Novamente José Sarney, que em um lapso de moralidade e respeito pelo dinheiro público, disse ser contrário ao escabroso, indecente e inadmissível sigilo para as obras e contratos referentes à Copa e Olimpíadas do Brasil, voltou à sua normalidade após visita à atual chefe da quadrilha e da república, a presidente Dilma Roussef (PT/PMDB),  se diz favorável ao criminoso e INCONSTITUCIONAL sigilo. 

Uma verdadeira vergonha que não podemos de forma alguma aceitar! A sociedade civil organizada, os partidos de esquerda (PSOL, PSTU, PCB), movimentos sociais, entidades estudantis, etc., não podemos se omitir nesse debate.

A coisa pública, por ser pública, não comporta maracutais! Novamente o mercado persa, chamado Congresso Nacional, quer sob a batuta da presidANTA, ludibriar a Carta Magna, estuprar nosso orçamento e fortalecer suas amigas e financiadoras empreiteiras, nesse sujo esquema, que poderá ser o maior escândalo da história recente do Brasil, caso venha a se concretizar!

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Governo quer aprovar regime especial de obras da Copa até 14/7

BRASÍLIA (Reuters) - O governo espera aprovar o Regime Diferenciado de Contratação (RDC) para as obras da Copa do Mundo e da Olimpíada antes de 14 de julho, quando vence a medida provisória que contém a proposta, disse nesta segunda-feira o ministro do Esporte, Orlando Silva.

A questão foi tema central na reunião de coordenação política do governo, liderada pela presidente Dilma Rousseff e da qual o ministro participou.

"Ficou claro na reunião que as consultas feitas pelo líder (do governo na Câmara, Cândido) Vaccarezza (PT-SP) e pelo (líder do governo no Senado, Romero) Jucá (PMDB-RR) mostraram que o detalhamento da proposta criou um ambiente favorável no Senado", disse Silva a jornalistas após a reunião.

O chamado RDC, cujo texto base foi aprovado pela Câmara dos Deputados há duas semanas, prevê que o orçamento estipulado para uma determinada obra só seja divulgado publicamente após o encerramento da licitação.

Durante o processo, apenas os órgãos de controle terão acesso ao valor máximo que o governo se dispõe a pagar naquele contrato.

A previsão é que os destaques sejam aprovados pela Câmara na terça-feira, disse o ministro. Segundo ele, Jucá insistiu na reunião ser "fundamental que o projeto chegue ao Senado o quanto antes".

A medida tem sido criticada porque impediria uma fiscalização dos gastos com os dois megaeventos esportivos, mas o governo defende que isso visa aumentar a concorrência entre empresas e diminuir os preços das obras.

Alguns governistas, como o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), chegaram a criticar a medida. Nesta segunda-feira, porém, Sarney reconsiderou sua posição e afirmou estar convencido que não há sigilo no RDC e afirmou que a medida visa impedir que construtores combinem o preço das licitações.

"Verifiquei que não há esse dispositivo de sigilo no projeto, o que há apenas é uma obrigação de não fornecer àqueles que vão concorrer à obra conhecimento antecipado dos preços do governo, mas o Tribunal de Contas tem conhecimento", afirmou Sarney, de acordo com a Agência Senado.

O ministro do Esporte disse que senadores contrários ao RDC "se convenceram" que o sigilo é "um instrumento que dará mais eficácia ao processo de contratação pública".

O regime diferenciado prevê ainda o modelo de contratação integrada, no qual a empresa é responsável por todo o empreendimento, desde a elaboração do projeto até a execução da obra e a utilização de meios eletrônicos para a licitação. (Reportagem de Hugo Bachega.)

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