quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vergonhosamente Dilma, de ex-torturada pela Ditadura, tenta enterrar a história aliando-se a Sarney e Collor

 Do blog do João Pedro PSOL:

 A velha trupe tenta manter a história enterrada

José Sarney, Presidente do Senado pela milésima vez, que também é dono do Amapá e do Maranhão, defendeu nesta segunda (13) a manutenção do sigilo eterno sobre documentos oficiais históricos como forma de evitar que “feridas” sejam abertas no coração da nação brasileira.
O presidente do Senado apoiou posicionamento da nova ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que assumiu o cargo nesta segunda. Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Ideli disse que a presidente Dilma Rousseff vai patrocinar no Senado uma mudança no projeto que trata do acesso a informações públicas para manter a possibilidade de sigilo eterno para documentos oficiais.
Segundo Ideli, o governo vai se posicionar assim para atender a uma reivindicação dos ex-presidentes Fernando Collor (PTB-AL) e José Sarney (PMDB-AP), integrantes da base governista. A discussão sobre documentos sigilosos tem como base um projeto enviado ao Congresso pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009. 
No ano passado, a Câmara aprovou o texto com uma mudança substancial: limitava a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de sigilo. Com isso, documentos classificados como ultrassecretos seriam divulgados em no máximo 50 anos. É essa limitação que se pretende derrubar agora. 
‘Vamos amar um pouco o país’
Para Sarney, “questões históricas devem ser encerradas”. “Acho que os nossos antepassados nos deixaram um país com fronteiras tranquilas, sem nenhum atrito com países que tenham fronteira com o Brasil. A nossa história foi construída não com batalhas, foi construída com a capacidade de os nossos antepassados de negociarem a formação do país, de maneira que tenho muita preocupação de que hoje tenhamos oportunidade de abrir questões históricas, que devem ser encerradas para frente em um interesse nacional.”
O presidente do Senado ainda disse que “ultimamente” as pessoas se acostumaram a “bater” no Brasil e pregou o amor ao país: “Devemos olhar o Brasil. Ultimamente, todos nós nos acostumamos a bater um pouco no nosso país. Vamos amar um pouco o país e preservar o que ele tem. Não vamos abrir essas feridas do passado, da história.”
Dilma protagoniza um governo à la FHC
Aqueles que, assim como eu, reclamavam do velho Lula, estão surpresos com as guinadas à direita que o governo Dilma vem dando. Talvez por não ter a mesma força política de Lula, a presidenta Dilma, vem fazendo concessões grandes a gente como Garotinho, Maluff, Sarney e Collor, todos da base de sustentação do seu governo cada dia mais neoliberal.
Nos primeiros meses de governo a presidenta já cedeu à bancada da máfia religiosa, e vetou o projeto de combate à homofobia nas escolas.
Na discussão do novo Código Florestal, Dilma também teve que abrir mão de muita coisa para os ruralistas.
O recente ataque aos projetos que visavam dar publicidade as nefastas páginas da história brasileira, mostra que quem um dia lutou contra a ditadura, luta hoje pra salvar a pele dos ditadores.
o conhecimento pleno do que ocorreu nos porões da ditadura durante, principalmente, os anos de chumbo é importante para se evitar a repetição da barbárie. Um país que não conhece sua História está fadado a repetir os erros.
Uma mulher que já foi presa pela ditadura, agora patrocina a manutenção da obscuridade que ainda paira sobre esse período. 

Lametável.

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