Arquilau Ruiz havia recorrido à justiça para ter assistência médica, garantida pela FUNASA, caso apresentasse alguma seqüela ou sintoma de intoxicação causadas por exposição ao veneno.
Mas, o ex-agente faleceu sem qualquer auxílio do órgão. O quadro de saúde de Arquilau era crítico, em menos de seis meses ele perdeu os movimentos dos braços e pernas e tinha dificuldades em falar.
‘Nos últimos dois anos o companheiro Arquilau veio apresentando os sintomas da intoxicação. Entramos com uma ação judicial obrigando a FUNASA a garantir o tratamento de saúde dele, conseguimos essa tutela na justiça. Mas infelizmente a saúde desse servidor foi negligenciada. E ontem ele, infelizmente, veio a óbito. ’ Explicou o assessor de comunicação do Sindicato dos Servidores Públicos Federais Messias Flexa.
O inseticida DDT foi amplamente utilizado no combate a várias doenças como: dengue e malária, nas décadas de 70, 80, e meados dos anos 90. Muitos agentes que manipularam o produto apresentaram problemas de saúde decorrentes da exposição ao inseticida, e os que ainda não sofreram com os efeitos temem que venham ter complicações.
‘Nós temos em torno de 200 companheiros com ações judiciais, requerendo assistência médica. Todos os que manusearam esse produto tem um grau maior ou menor de intoxicação, dependendo da exposição ao veneno, e podem vir a sofrer as conseqüências, como o Arquilau, que faleceu ontem.’ Comentou Messias Flexa.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Federais a FUNASA recusa admitir que a exposição ao DDT foi o causador das doenças apresentadas por ex-funcionários.
‘Não havia equipamento de proteção, eles ficam totalmente expostos durante a borrifação. A FUNASA negligenciou, foi irresponsável com a saúde desse trabalhador, e de muitos outros. Infelizmente o Arquilau foi mais uma vítima. ’ Afirma Messias Flexa.
Fonte: Notapajós a partir do blog Língua Ferina
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