quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Maternidade em Macapá (AP) registra 26 mortes de bebês desde o início do ano


Hoje participei de debate junto com a companheira Neide Solimões (coordenadora-geral do SINTSEP-PA) e Max Costa (Presidente do DCE UNAMA), a Convite do DCE, cujo o tema era "Caos Social e Crise na Saúde", onde pudemos discutir sobre essa triste realidade que infelizmente acomete a grande maioria da população no Pará e no Brasil.

Terminamos o debate, vim ao computador e deparei-me com mais esse caos em um estado irmão ao Pará: um crime cujos principais responsáveis (Governo Lula, governos estaduais e municipais) não resolveram esses e nenhum dos problemas relacionados à grave crise da saúde, e agora querem aparecer como os únicos capazes de dirimir esse caos... Quanto a bsurdo. Por crime de responsabilidade, Lula-PT, Ana Júlia-PT (governadora do Pará), Waldez Góes-PDT (governador do Amapá) e Duciomar Costa-PTB (prefeitinho de Belém) deveriam estar na prisão.

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ESTELITA HASS CARAZZAI
da Agência Folha

A única maternidade pública do Amapá, o Hospital da Mulher Mãe Luzia, em Macapá, registrou desde o início deste ano 26 mortes de recém-nascidos. Apenas no último final de semana, entre sexta (5) e segunda-feira (8), nove bebês morreram.

O número supera a média de mortes por mês na maternidade. No ano passado, sete bebês morreram a cada mês --em janeiro, foram 14 mortes.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, responsável pela administração da maternidade, a maioria dos bebês mortos nasceu prematura e teve complicações que levaram à morte. O órgão não trabalha com a hipótese de infecção.

O número de prematuros no Estado, diz a diretora clínica da maternidade, Nice Carvalho da Silva, é elevado devido à falta de atendimento pré-natal. "A gente descobre o problema na porta do hospital", diz.

Segundo a diretora, eventos como esses, em que um grande número de bebês morre, são "esporádicos". "Vira e mexe, acontece." O índice de mortalidade neonatal no Amapá é de 27,5 a cada mil nascidos vivos --bem acima da média brasileira, de 13,9.

Silva afirma que nenhuma das mortes teve como fator causador a estrutura do hospital, embora critique a falta de investimentos. "São muitas crianças para leitos e equipamentos insuficientes", diz.

Para o secretário-adjunto de Saúde do Amapá, Ronaldo Dantas, embora o número de leitos de UTI neonatal siga a recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde), seriam necessários mais deles, devido ao grande número de prematuros.

Uma nova maternidade pública deveria ter sido inaugurada no início de 2009 em Macapá, mas a obra está parada devido a irregularidades na licitação. Diz também que a mortalidade infantil no Estado caiu 1,6% entre 2008 e 2009.

Em junho de 2008, em outro Estado do Norte, o Pará, morreram 30 bebês. Na época, a Secretaria da Saúde apontou problemas de superlotação e falta de acompanhamento pré-natal como fatores preponderantes para as mortes.

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