terça-feira, 17 de maio de 2011

Todo apoio aos trabalhadores da saúde, que junto à população, enfrentam o abandono dos governos

Caos na saúde do Pará. Mesmo após visita de comissão da apodrecida Assembléia Legislativa do Pará à Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, há cerca de um mês, nada mudou. Na verdade, lá e nos demais hospitais públicos da capital paraense e do interior , as coisas a cada dia só pioram.
O governo havia cortado os plantões de todos os profissionais da Santa Casa, por exemplo, mas após protestos, presidente da FSCMPA  voltou atrás dos plantões no caso dos médicos, mas os técnicos e enfermeiros continuam sem. Em consequência, mais caos e barbárie se expraiam na saúde do Pará!

Mudou governo pra tudo continuar do mesmíssimo e desavergonhado jeito! (M.B.)
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Médicos em três hospitais paralisam por 24 horas

Médicos em três hospitais paralisam por 24 horas (Foto: Marco Santos)
Em assembleia, médicos reafirmaram a realização da paralisação (Foto: Marco Santo
Os médicos pediatras, neonatologistas e obstetras da Santa Casa, do Hospital Abelardo Santos e do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna vão paralisar suas atividades por 24 horas na quarta-feira (18). A decisão já havia sido tomada no último dia 2 e foi reafirmada em assembleia realizada no Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), ontem (16) à noite. Os médicos também decidiram manter a decisão de não fazer plantões extras a partir de junho.

Segundo o diretor do Sindmepa, João Gouveia, a paralisação deve atingir cerca de mil médicos dos três hospitais. Eles vão se concentrar em frente à Santa Casa, a partir das 7h, quando começará a ser feita uma triagem dos pacientes que chegarem ao hospital. Além da neonatologia, pediatria e obstetrícia, a paralisação também deve atingir os ambulatórios dos três hospitais e serão suspensas as cirurgias eletivas, devendo ser atendidos somente os pacientes com alto risco.

O Sindimepa luta por reajuste salarial tendo como base o piso da Federação Nacional dos Médicos de R$ 9.182,22 para uma carga horária de 20h semanais, uma realidade que passa longe dos médicos paraenses que ainda lutam por melhores condições de trabalho e pelo Plano de Cargos Carreira e Remuneração da categoria.

Mas a luta dos obstetras, pediatras e neonatologistas, neste momento, é pela equiparação dos valores pagos pelos plantões extras pela Santa Casa e pelo Hospital de Clínicas (em torno de R$ 600 líquidos) ao valor pago pelo Abelardo Santos, que é de R$ 1 mil líquidos.

Questionados pela diretoria do sindicato, cerca de 20 médicos da Santa Casa se disseram dispostos a pedir exoneração, caso a situação não seja resolvida. Segundo eles, além da questão salarial, o hospital vive no limite da lotação. Bebês que deveriam ser internados na UTI são levados para a Unidade de Cuidados Intermediários porque os leitos da UTI são insuficientes, denunciam.

ACORDO
A Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) informou que foi marcada uma reunião entre a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e os médicos, às 10h de hoje, na Secretaria de Estado de Administração (Sead). O governo ficou de apresentar uma proposta para a categoria para tentar fechar um acordo e evitar a paralisação nos três hospitais.
Segundo João Gouveia, de qualquer maneira a manifestação de quarta-feira deve ficar mantida. Se for apresentada uma proposta razoável ela será discutida na frente da Santa Casa, na quarta-feira, de manhã cedo e, caso seja aceita, os próprios médicos decidirão na hora se suspendem ou não o protesto. (Diário do Pará)

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