De acordo com os trabalhadores, entre os 21 itens da pauta de reivindicação estão o pagamento de adicional de 40% para operários alojados no canteiro (o chamado adicional de confinamento, previsto mas não efetuado pelo Consórcio Construtor Belo Monte – CCBM), equiparação salarial em funções iguais para todos os canteiros de obra da usina, e fim do sistema 5 por 1, no qual as folgas ocorrem em dias aleatórios e não há adicional de horas extras nos finais de semana.
Força Nacional no canteiro de Belo Monte. Fonte: Língua Ferina. |
Já a questão da presença das forças de repressão incomoda muito, os trabalhadores se sentem num presídio. Para se ter uma ideia, na última demissão de 80 operários [no final de 2012], quem trouxe a lista de nomes foi a Força Nacional de Segurança”, explica Maria Serafim, presidente do sindicato.
Os 80 trabalhadores demitidos foram denunciados pelo espião contratado pelo CCBM para monitorar operários e, posteriormente, o Movimento Xingu Vivo para Sempre (veja confissão aqui). Depois de descoberto no final de fevereiro, o funcionário do CCBM, que recebia R$ 5 mil pelos serviços de espionagem, afirmou que as informações colhidas por ele eram disponibilizadas para a Agencia Brasileira de Inteligência (ABIN).
Fonte: Xingu Vivo.
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