Por Joice Souza
Penso que nem a própria Dilma acreditou no seu discurso de ontem, que mais
parecia uma tentativa desesperada de fazer o brasileiro crer que
as coisas vão bem, quando é nítido o caos em que vivemos.
Com
justificativas vagas do tipo: "nenhuma economia é perfeita", a presidenta
enrolou, enrolou e disse quase nada.
Depois de junho de 2013, nada
será como antes.
A realidade é que cresce o caos social e com ele cresce
a insatisfação com os governos. Segundo Pesquisa do IBOPE apenas
3 dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal tem o governo
estadual avaliado como bom ou ótimo por mais de 50% de sua população e
em 19 estados, mais de 50% da população não confia no seu governador.
Também cresceu a desconfiança no governo federal, de 25% em 2012 para 41% agora no final de 2013. O governo comemora a pesquisa em que 43% da população avalia o governo de Dilma como ótimo ou bom, mas finge não levar em conta que antes de junho esse índice era de 54% e a aprovação da maneira de governar da presidenta que em 2012 era de 77% chegando a 79% em março deste ano, despencou para 56% nos últimos noves meses.
Se os resultados gerais já não bons para o PT, piora quando passamos para a avaliação de políticas específicas. A política [neoliberal] de DILMA para a educação é desaprovada por 58% da população , 72% desaprova a política do governo para área da saúde e 70% para a segurança pública. Mesmo no combate à pobreza ( carro-chefe da propaganda do governo do PT) houve queda na aprovação de 11 pontos percentuais em relação ao mês de março.( de 64% para 53%).
Essa pesquisa pode ser até ser contestada, dado o histórico de manipulações nas pesquisas de opinião, mas os fatos que levam a resultados como esses estão aí e sentimos na pele todos os dias.
Enquanto Dilma pede tranquilidade e
promete melhoras na qualidade de vida, o salário mínimo aumenta míseros
R$ 46,00 (aumento real de 1,18%, segundo o DIEESE) e logo esse aumento
deve ser engolido pela inflação.
Enquanto Dilma fala em equilíbrio na
economia que beneficie “tanto as classes trabalhadoras como o setor
produtivo”, quase metade do orçamento da União para 2014 irá para o
pagamento da dívida pública, ou seja, para os bolsos dos banqueiros.
Enquanto Dilma fala carinhosamente das populações tradicionais, nossos
povos indígenas seguem sendo cruelmente atacados pelo agronegócio com a
conivência da presidenta, que aliás foi muito elogiada pelos ruralistas
em 2013.
O tom cambaleante de Dilma não engana ninguém. O ano de 2014 não será o ano da copa e de brasileiros no sofá como sonhava os governos e os patrões. 2014 será ano de muita luta, será o ano dos trabalhadores e da juventude indignada não só no Brasil, como no mundo inteiro.
O tom cambaleante de Dilma não engana ninguém. O ano de 2014 não será o ano da copa e de brasileiros no sofá como sonhava os governos e os patrões. 2014 será ano de muita luta, será o ano dos trabalhadores e da juventude indignada não só no Brasil, como no mundo inteiro.
Joice Souza é jornalista e faz parte da assessoria de imprensa do SINTSEP-PA.
Atualizado às 23h45, dia 07/01/2014.
Atualizado às 23h45, dia 07/01/2014.
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