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Por S.O.
Belém, segunda-feira, 24 de junho de 2013
Após a entrega do documento que continha as reivindicações do Movimento Belém Livre ao assessor do prefeito Zenaldo Coutinho, fizemos um jogral para relatar que dez pessoas foram detidas durante o ato. Entre elas haviam duas pessoas suspeitas de jogar um coquetel molotov na fachada do prédio da prefeitura e as outras oito foram detidas sem causa aparente.
Também em jogral, convocamos o Movimento para ir até a frente do Fórum Cível cobrar explicações do motivo da prisão arbitrária. As duas pessoas suspeitas de arremessar o coquetel molotov já haviam sido transferidas à Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) e as oito restantes estavam em um micro-ônibus em frente ao Fórum, com objetivo de serem encaminhadas ao DIOE e à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
Em protesto à prisão indevida, vários militantes se posicionaram em frente e atrás do micro-ônibus, bloqueando a saída do veículo. Após cerca de meia hora, um defensor público veio esclarecer que era preciso levar as pessoas presas até o DIOE e a DRCO, pois só a Polícia Civil teria competência para analisar a veracidade das ocorrências e liberá-las em seguida. O defensor público também informou que cinco representantes poderiam ir de micro-ônibus até a delegacia acompanhar o caso.
Mas a decisão do Movimento foi de que não iríamos eleger representantes, pois todas as pessoas queriam acompanhar a situação, além de questionar o encaminhamento à DRCO, que é responsável por investigar casos de CRIME ORGANIZADO. Em seguida, apareceram alguns representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para tentar negociar com o Movimento e a Polícia Militar. Após diversas propostas, ficou definido que o micro-ônibus sairia em direção à DIOE da Cidade Velha, porém acompanhado de manifestantes ao redor.
Mesmo sem atos de “vandalismo”, a Ronda Tática Metropolitana - ROTAM aplicou o primeiro golpe no acordo. Assim que as pessoas liberaram a saída do micro-ônibus, o veículo saiu em velocidade contornando a Praça Felipe Patroni. Algumas pessoas conseguiram cortar caminho e voltaram a se colocar em frente ao micro-ônibus, a fim de garantir o acompanhamento do Movimento no trajeto.
De forma incisiva, policiais da ROTAM começaram a intimidar militantes utilizando gás de pimenta, taser (arma de choque) e cachorros treinados, como eles, para atacar com violência. Aos gritos, xingamentos e apontado escopetas para todo mundo (um até foi empurrado com cano da arma), a tropa de choque conseguiu dispersar as pessoas, agarrando muitas pelo pescoço, e abrir caminho para o micro-ônibus, que seguiu pela Rua Ângelo Custódio.
Era apenas o início da operação de truculência e repressão gratuita organizada pela ROTAM. Ao tentar contornar o cordão de isolamento formado na Avenida 16 de novembro seguimos pela Travessa São Francisco para chegar até a DIOE e prestar apoio aos colegas que foram presos. Porém, a ROTAM também já havia cercado os arredores da Avenida Tamandaré para “conter” o final da manifestação. Com o trânsito bloqueado e a imprensa bem longe, o caminho ficou limpo para ação do braço armado do Estado.
A ROTAM tocou o terror. Ao som de bombas de efeito moral, a multidão corria desesperada para fugir do Batalhão de policiais que cantavam pneus na rua, desciam no meio-fio e disparavam balas de borracha à queima-roupa em manifestantes na calçada. Repressão covarde, injusta e injustificável.
Venceremos!"
Regulamentação da comunicação JÁ!
Enquanto os veículos de comunicação como Portal das Organizações Rômulo Maiorana (ORM) e Diário Online (DOL) divulgam: “Grupo ENTRA em confronto com a PM em avenida de Belém” e “Manifestantes ENTRARAM em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar”, com relatos frios e ‘imparcias’, escritos debaixo do ar condicionado, a população segue no calor da luta e da mobilização. E o sangue quente que corre em nossas veias, não nos faz sentir dor.
Venceremos!
Belém, segunda-feira, 24 de junho de 2013
Após a entrega do documento que continha as reivindicações do Movimento Belém Livre ao assessor do prefeito Zenaldo Coutinho, fizemos um jogral para relatar que dez pessoas foram detidas durante o ato. Entre elas haviam duas pessoas suspeitas de jogar um coquetel molotov na fachada do prédio da prefeitura e as outras oito foram detidas sem causa aparente.
Também em jogral, convocamos o Movimento para ir até a frente do Fórum Cível cobrar explicações do motivo da prisão arbitrária. As duas pessoas suspeitas de arremessar o coquetel molotov já haviam sido transferidas à Divisão de Investigações e Operações Especiais (DIOE) e as oito restantes estavam em um micro-ônibus em frente ao Fórum, com objetivo de serem encaminhadas ao DIOE e à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
Em protesto à prisão indevida, vários militantes se posicionaram em frente e atrás do micro-ônibus, bloqueando a saída do veículo. Após cerca de meia hora, um defensor público veio esclarecer que era preciso levar as pessoas presas até o DIOE e a DRCO, pois só a Polícia Civil teria competência para analisar a veracidade das ocorrências e liberá-las em seguida. O defensor público também informou que cinco representantes poderiam ir de micro-ônibus até a delegacia acompanhar o caso.
Mas a decisão do Movimento foi de que não iríamos eleger representantes, pois todas as pessoas queriam acompanhar a situação, além de questionar o encaminhamento à DRCO, que é responsável por investigar casos de CRIME ORGANIZADO. Em seguida, apareceram alguns representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para tentar negociar com o Movimento e a Polícia Militar. Após diversas propostas, ficou definido que o micro-ônibus sairia em direção à DIOE da Cidade Velha, porém acompanhado de manifestantes ao redor.
Mesmo sem atos de “vandalismo”, a Ronda Tática Metropolitana - ROTAM aplicou o primeiro golpe no acordo. Assim que as pessoas liberaram a saída do micro-ônibus, o veículo saiu em velocidade contornando a Praça Felipe Patroni. Algumas pessoas conseguiram cortar caminho e voltaram a se colocar em frente ao micro-ônibus, a fim de garantir o acompanhamento do Movimento no trajeto.
De forma incisiva, policiais da ROTAM começaram a intimidar militantes utilizando gás de pimenta, taser (arma de choque) e cachorros treinados, como eles, para atacar com violência. Aos gritos, xingamentos e apontado escopetas para todo mundo (um até foi empurrado com cano da arma), a tropa de choque conseguiu dispersar as pessoas, agarrando muitas pelo pescoço, e abrir caminho para o micro-ônibus, que seguiu pela Rua Ângelo Custódio.
Era apenas o início da operação de truculência e repressão gratuita organizada pela ROTAM. Ao tentar contornar o cordão de isolamento formado na Avenida 16 de novembro seguimos pela Travessa São Francisco para chegar até a DIOE e prestar apoio aos colegas que foram presos. Porém, a ROTAM também já havia cercado os arredores da Avenida Tamandaré para “conter” o final da manifestação. Com o trânsito bloqueado e a imprensa bem longe, o caminho ficou limpo para ação do braço armado do Estado.
A ROTAM tocou o terror. Ao som de bombas de efeito moral, a multidão corria desesperada para fugir do Batalhão de policiais que cantavam pneus na rua, desciam no meio-fio e disparavam balas de borracha à queima-roupa em manifestantes na calçada. Repressão covarde, injusta e injustificável.
Venceremos!"
Regulamentação da comunicação JÁ!
Enquanto os veículos de comunicação como Portal das Organizações Rômulo Maiorana (ORM) e Diário Online (DOL) divulgam: “Grupo ENTRA em confronto com a PM em avenida de Belém” e “Manifestantes ENTRARAM em confronto com o Batalhão de Choque da Polícia Militar”, com relatos frios e ‘imparcias’, escritos debaixo do ar condicionado, a população segue no calor da luta e da mobilização. E o sangue quente que corre em nossas veias, não nos faz sentir dor.
Venceremos!
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