sexta-feira, 11 de março de 2011

Viva a luta dos trabalhadores contra retirada de direitos


Milhares de pessoas foram às ruas de Madison, capital do estado norte-americano de Wisconsin, em repúdio ao acordo dos republicanos no Senado local, que corta radicalmente os direitos de negociação sindical, eleva os custos da saúde e reduz as aposentadorias. 

O jornal local The Washington Post informou nesta quinta-feira (10/03) que, por meio de uma manobra legislativa, foi aprovado o projeto de lei apresentado pelo governador Scott Walker, com 18 votos a favor e um contra. 
Segundo a mídia norte-americana, a decisão foi "brusca, acelerada e tomou de surpresa os democratas". 

Tão logo os trabalhadores souberam da decisão, foram às ruas e para a frente do edifício do Congresso local, onde gritaram "Essa é nossa casa. Fora!". 

Em frente a Assembleia, policias retiraram manifestantes para bloquear o acesso
Por três semanas consecutivas milhares de trabalhadores públicos, professores, estudantes, policiais e bombeiros, entre outros profissionais, exigiram que seus direitos fossem respeitados e trataram de tentar evitar o que agora se transformou em lei.

O Post assinalou que os democratas receberam a notícia com indignação e destacou que, para o presidente do Partido Democrata em Wisconsin, Michael Tate, tudo o que acontece agora é uma estratégia política.

Ao separar o projeto de lei de medidas fiscais, no qual se exige o voto de 20 membros, os republicanos ultrapassaram os obstáculos criados pelos 14 democratas, que se encaminharam para Illinois na tentativa de bloquear o acordo.

Nesta quinta-feira o projeto deverá ser examinado pela Câmara dos Representantes, de maioria republicana, e já se sabe o resultado antes mesmo de sua votação.

Os republicanos usam como pretexto para aprovar as medidas a alegação de que elas reduziriam o deficit fiscal, mas seus opositores dizem que eles só pretendem debilitar o poder dos sindicatos, que tradicionalmente se alinham com os republicanos.

O plano de Walker prevê cortar os investimentos de ajuda aos governos locais e distritos escolares, o que, segundo se diz, poderá traduzir-se em 12 mil demissões nos próximos anos.

Para especialistas, a iniciativa de um estado para reduzir o deficit impulsiona agora um rio de protestos sindicais, estendidos a mais de 20 estados e que é considerado o maior nos últimos 30 anos.

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