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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Sul: Rodoviários rejeitam golpe do Sindicato e preparam mobilizações

Pelegos do Sindicato tentam dar golpe, mas são rejeitados pela categoria de POA


Rodoviários em estado de greve
Cerca de 400 rodoviários de Porto Alegre (POA), capital do estado do Rio Grande do Sul (RS), compareceram a assembleia da categoria, que ocorreu na terça-feira, 20, e a "esmagadora maioria" rejeitou a proposta defendida pela direção do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre. Atrelados à patronal, o Sindicato "traíra" apresentou uma proposta rebaixada de 8% de reajuste (o que representa menos de 2% de aumento real nos salários); aumento de R$ 2,00 no ticket alimentação e 50% de ticket nas férias.

Os trabalhadores não engoliram a desculpa dos patrões e dos burocratas do sindicato, os quais justificam ser impossível algo a mais do que o apresentado, pois as passagens não comportam tal alterações. Engodo completo, pois POA tem uma das mais caras entre as capitais. 

Manobra burocrática

A nova diretoria do sindicato (hocorreram eleições ano passado), também ligada a Força Sindical, manteve as mesmas práticas burocráticas de sempre. Primeiro marcando uma assembleia no dia 29/12, e agora, negando o direito de fala aos trabalhadores da oposição que eram a esmagadora maioria da assembleia.

A diretoria do sindicato recebeu a proposta do sindicato patronal no início da assembleia e de pronto a aceitou. Ao perceberem que a maioria dos trabalhadores presentes iria votar contra a proposta dos patrões, pois apenas 20 votos a aceitaram, o secretário do sindicato encerrou a votação. Em uma manobra absurda, sem nenhuma votação, decidiram que iriam fazer uma consulta plebiscitária nas garagens para saber se a categoria concorda com o que está sendo oferecido pelos empresários do transporte.

Uma Crise que não é Nossa!


O país vive um momento difícil, de agravamento da crise econômica, com José Ivo Sartori/PMDB (governador eleito do RS) cortando gastos públicos e a presidenta Dilma Rousseff/PT aumentando impostos e retirando direitos dos trabalhadores. O prefeito José 
Fortunati/PDT, além de cortar recursos da saúde e educação, aprofunda o desmonte da Companhia Carris Porto Alegrense, onde só pioram as condições de trabalho.

O custo de vida está aumentando e os salários dos trabalhadores não dão conta. Para piorar, os patrões querem despejar sobre os rodoviários a conta de uma crise que também não é deles. Os empresários e a prefeitura sabem da força dessa categoria e temem uma greve, como a do ano passado, na qual a base passou por cima da direção do sindicato e parou Porto Alegre por 15 dias.

Construir a luta na base da categoria e avançar na Unidade da Oposição


Nós, da Unidos Pra Lutar, não reconhecemos esse plebiscito de mentira defendido pelos pelegos do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, ligado à Central Força Sindical. A assembleia é o órgão soberano da categoria! Os trabalhadores precisam ter direito a voz e a voto garantidos! 


Além disso, esse plebiscito não contempla as nossas demandas, como fim dos redução da carga horária, fim dos "intervalões", desconto do plano de saúde, creches, melhorias dos terminais, etc. 
Precisamos retomar a nossa mobilização, com assembleias democráticas por garagem, que elejam seus comandos de mobilização; operações padrão e panfletagens no centro da cidade para ganhar a solidariedade da população com a nossa luta.

Esse é o momento da categoria se unir, pois ficou evidente que o sindicato negocia às portas fechadas com a patronal sanguessuga!


Em todas as empresas fica evidente o sucateamento da frota. É muito comum ônibus superlotados, tráfego pesado, insegurança, terminais desconfortáveis e anti-higiênicos, carros que quebram por falta de manutenção preventiva. Retomando a experiência da greve do ano passado, é preciso apostar na unidade a partir da base da categoria, unificando a oposição e dando a batalha para a construção de uma grande assembleia democrática que prepare nossas lutas e conquistas!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Trabalhadores do DF fazem greve

Ato dos trabalhadores da saúde/DF em frente ao bilionário estádio Mané Garrincha. 
Os servidores da saúde, trabalhadores em educação e de empresas terceirizados do Distrito Federal estão em greve. O caos político e econômico segue no Governo do Distrito Federal (GDF), que nos últimos anos tem sido retumbante nas páginas policiais, devido aos sucessivos escândalos de corrupção.

As áreas da saúde, educação e terceirizados e outras categorias tem saído às ruas e protoganizam inúmeros protestos, pois ainda não receberam salários de 2014, 13º, férias.


Saúde mobilizada
A tendência sindical Unidos pra Lutar está ao serviço das lutas dessas categorias e hoje acompanhou o ato da saúde do DF, categoria que segue em uma poderosa greve. O professor da rede estadual e dirigente da Unidos pra Lutar/DF, João Flávio, falou em nome da tendência no protesto e destacou  "a necessidade de se construir a unidade das diversas categorias em luta".

O ato terminou em frente ao estádio mané garrincha, obra faraônica, que custou aos brasileiros R$ 2 bilhões, para servir ao circo da Copa do Mundo da Federação Internacional de Futebol (FIFA). 

Intransigência
O novo governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), ao invés de atender aos trabalhadores, há meses sem salários, décimo terceiro e férias, ameaça entrar na Justiça contra a justa greve. Um verdadeiro absurdo! 

Os deputados distritais acabam de reajustar seus próprios salários, enquanto que os servidores seguem penalizados. 


Dilma (PT), Agnello Queiroz (ex governador) e agora Rollemberg, são os responsáveis pela crise do Distrito Federal. 


Enquanto isso a CUT segue blindando Dilma e Agnello e se negam a unificar as lutas. Agora mais do que nunca precisamos de unidade e construir uma Greve Geral no DF.


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Com informações de Rosi Messias.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

De todos os cantos do país chegam apoio à greve dos trabalhadores do BRASA

Campanha do coletivo Vamos à Luta (VAL) e da Unidos pra Lutar em solidariedade com a combativa greve dos metalúrgicos do estaleiro BRASA está bombando nas redes sociais.




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Secundaristas do Grêmio do Julinho (principal escola pública de Porto Alegre/RS) enviaram seu apoio à greve dos trabalhadores do Brasa:


Na madrugada desta terça, 22, parlamentares, sindicalistas e a juventude classista do VAL já estavam com trabalhadores de várias categorias ligados à Unidos pra Lutar apoiando o piquete dos metalúrgicos do estaleiro em Niterói/RJ:
Desde as primeiras horas do dia a unidade operária-estudantil está nas portas do estaleiro.

Vereador de Niterói, Paulo Eduardo Gomes (PSOL) também esteve no piquete prestando solidariedade à greve.


Ontem a greve continuou com 100% de adesão dos trabalhadores do Estaleiro Brasa, mesmo depois de todas as tentativas da direção traidora do sindicato de deslegitimar a luta.

Os trabalhadores do Brasa ainda na manhã de terça sairam em direção ao Rio de Janeiro para participar audiência que foi decisiva para essa campanha salarial.

Os trabalhadores exigem:
- Abertura imediata das negociações por parte do estaleiro Brasa
- Reintegração imediata dos 14 cipeiros demitidos
- Nenhum desconto dos dias parados
- Pagamento proporcional da PLR aos meses trabalhados de cada um.
- Reconhecimento da Comissão de Fábrica, como representante legitima dos trabalhadores do Brasa

Toda solidariedade à luta dos trabalhadores do Brasa!

A greve dos trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos(as) precisa vencer a exemplo dos garis do Rio e praças da PM do Pará. Envie suas mensagens de apoio e compartilhe nas redes sociais!

Metalúrgicos do Estaleiro BRASA em greve contra a patronal e a burocracia sindical


Por Adolfo Santos*

A reconhecida combatividade dos trabalhadores metalúrgicos de Niterói/RJ não deixa de nos surpreender. Majoritariamente pertencentes às estratégicas empresas da indústria naval, ligadas à produção de navios e plataformas para a exploração do petróleo, esta importante categoria não para de lutar. Dois setores tem sido seus principais alvos. De um lado a patronal, que apesar dos suculentos contratos com o Estado brasileiro, sucateia os salários e impõe ritmos e condições de trabalho degradantes. De outro a burocracia sindical, há mais de 20 anos encastelada no sindicato e que mediante manobras legais vem prorrogando seu mandato, vencido há três anos, e ajudada por decisões judiciais vem protelando a realização de uma eleição democrática na certeza que será duramente derrotada.
Desta vez os protagonistas são os trabalhadores do estaleiro BRASA que, desde o dia 10 de abril, vêm paralisando suas atividades e realizando massivas manifestações de rua. O estopim do conflito foi o anuncio da empresa de que o pagamento da PLR - Participação nos Lucros e Resultados - seria de forma parcelada e que não reconhecia a Comissão de Fábrica, eleita pela base, como interlocutora dos trabalhadores nas negociações da Campanha Salarial, uma medida necessária para acabar com as reiteradas traições do sindicato.

Surpreendida frente à primeira paralisação com total acatamento da base e uma forte mobilização, a patronal fez um pequeno recuo e se comprometeu, frente à Comissão de Fábrica, a pagar até o dia 30 a PLR de forma integral e a abrir no dia seguinte uma discussão entre seu departamento jurídico e uma representação dos trabalhadores para avaliar um possível reconhecimento do novo organismo. Porém, na sexta feira, sob pretexto que os trabalhadores não poderiam continuar com a paralisação, a patronal rompeu o compromisso e não realizou a reunião prometida. Nesta jogada, claro, entrou o sindicato, quem fez correr uma nota onde a empresa o reconhecia como único interlocutor.

Um tiro no pé
O não reconhecimento da Comissão de Fábrica e a confirmação de manter o sindicato, com uma diretoria odiada pela base, como negociador da campanha salarial 2014, foi um verdadeiro tiro no pé. Na madrugada de segunda feira, na entrada do primeiro turno a assembleia de base foi categórica: manter a paralisação! Mas na tarde desse mesmo dia viria uma brutal resposta patronal com a intenção de quebrar o movimento: 14 cipeiros, entre os quais integrantes da Comissão de Fábrica, estavam demitidos por justa causa e os trabalhadores recebiam seu adiantamento com descontos que vão de R$ 300,00 até R$ 500,00 pelos dias parados, uma verdadeira ilegalidade, já que o adiantamento é por dias realmente trabalhados.

É importante salientar que o Estaleiro BRASA, de origem holandês, está associado à também holandesa SBM, a maior empresa do mundo especializada na construção de plataformas marítimas que por sua vez é a mesma envolvida nos escândalos de pagamentos de propina para a obtenção de contratos de aluguel de navios-plataforma para a exploração do pré-sal. Segundo a investigação produzida pela própria SBM na Holanda, funcionários da Petrobras teriam recebido pelo menos 30 milhões de dólares para favorecer contratos com a companhia holandesa. Um desses contratos, justamente, é para o armado da Plataforma Cidade de Ilhabela, que está sendo montada neste momento na Baia de Guanabara pelos operários em greve do Estaleiro Brasa. O valor deste contrato entre SBM/Brasa/Petrobrás passa dos 2 bilhões de reais. Será essa impunidade para corromper funcionários do alto escalão do governo o que encoraja esta multinacional a desrespeitar os direitos dos trabalhadores brasileiros?

Mas o BRASA não vai encontrar entre os operários a mesma moleza que obteve com os chefões da Petrobrás. A queda de braços não está resolvida. Numa nova assembleia realizada sob uma persistente chuva na manhã de terça feira 15, os trabalhadores votaram a greve o que significa que já não mais se ingressa para bater o ponto e a organização de base vai garantir a greve nos portões da empresa. O cumprimento desta medida radical começou a ser aplicada nesta quarta feira, no momento de fechar este jornal, com 100% de acatamento. A força e a continuidade da greve, serão fundamentais para obter uma vitória, para tanto é necessário o apoio e a solidariedade dos setores políticos e sindicais classistas e combativos. O SINTUFF, a Unidos pra Lutar, cipeiros e trabalhadores de outros estaleiros, companheiros da recente luta dos Garis, advogados do movimento e dirigentes do PSOL do Rio de Janeiro, já são parte desta luta. No decorrer dos dias, esperamos que novas organizações e personalidades políticas e sindicais venham a somar sua solidariedade.


CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE!

Enviar e-mail exigindo a solução do conflito com a reintegração dos demitidos, o não desconto dos dias parados e o reconhecimento da Comissão de Fábrica para:
Sinaval A/C: Estaleiro Brasa: sinaval@sinaval.org.br
Presidente do Sinaval Ariovaldo Santana da Rocha
MTE: Gerência Regional do Trabalho e Emprego em Niterói
Titular: Albino Luiz da Silva Gaspar
E-mail: albino.gaspar@mte.gov.br
Substituto: Jorge Queiroz dos Reis
E-mail: jorge.reis@mte.gov.br
Com cópia para: jesseluz@ig.com.br
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*Adolfo Santos é militante da CST/PSOL - RJ

terça-feira, 8 de abril de 2014

Praças aquarteladas estão dispostas a resistir "até a morte"

Pedido de prisão já era esperado por policiais (Foto: Mauro Ângelo)
(Foto: Mauro Ângelo)
Quando o promotor de justiça militar Armando Brasil pediu prisão preventiva nesta segunda-feira, 07, de 23 policiais militares que estão aquartelados com centenas de outros no 6º Batalhão de Polícia Militar, município de Ananindeua/PA (Região Metropolitana de Belém), surgiu uma questão: acaso a justiça acate despropositado pedido do Ministério Público militar, quem fará cumprir a sentença?

Aquartelados há cinco dias, soldados, cabos, sargentos e subtenentes, as chamadas praças, reivindicam isonomia salarial com os oficiais da corporação, bem como a anistia para todos os "amotinados", compromisso de não punição e de que não haverá assédio moral e retaliações como as mudanças de local de serviço, bem como o fim dos que eles chamam de "mordaça", ou seja, a desmilitarização da Polícia Militar do Pará, com suas arcaicas estruturas e hierarquias. 

Como vemos, o que as praças reivindicam está intimamente ligada com os anseios da sociedade e tem estreita relação com o clamor expresso pelas massas durante as Jornadas de Junho (2013). No entanto, o governo Simão Jatene (e sua base na Assembleia Legislativa do Estado do Pará: PSDB/PSD/PSB/DEM/PMN/PV/PTB) demonstram extremada intransigência, revanchismo e nenhuma vontade de política de resolver o impasse.

Entidades se reuniram no 6º BPM na tentativa de evitar derramamento de sangue

Ainda na segunda durante o período da noite, a Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará (OAB/PA), Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH/PA), Associação de Soldados e Cabos e Bombeiros Militares do Pará (ADDMIPA), Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Estado do Pará (SINTSEP/PA), Unidos pra Lutar, Diretório Central dos Estudantes da Universidade da Amazônia (DCE/UNAMA), dentre outras entidades sindicais e esudantis, reuniram-se com as praças e decidiram entrar com duas petições na manhã de hoje, 8.

Segundo a OAB/PA, a entidade entrará com petição junto à Justiça do estado solicitando que os magistrados não acatem o pedido de prisão dos 23 policiais, realizado pelo promotor Armando Brasil. Para a entidade o mais importante é se evitar "um derramamento de sangue". Um outro documento será enviado ao secretário de segurança pública Luis Fernandes Rocha para que este intervenha pela abertura de um canal de negociação entre os aquartelados e o governo do estado.

Até mesmo entre alguns membros do alto escalão da Polícia Militar há um sentimento de solidariedade e apoio às praças amotinadas. Segundo o Major Walber Wolgrand, que também esteve no 6º BPM, "o governo do estado cometeu a lambança de conceder aumento salarial apenas para os oficiais e se esqueceu daqueles que 'carregam o piano' da polícia administrativa do estado do Pará". Ainda de acordo com ele o resultado não poderia ser outro: "manifestações em vários municípios paraenses" que aderiram ao movimento. Há aquartelamentos em Marabá, Tucuruí, Castanhal, Paragominas, etc. Estas, todas com mais de cem mil habitantes, os quais não podem contar com as rondas e serviços policiais. 

O Major Wolgrand relatou ainda que o sentimento dos centenas de PMs é o de dar seguimento na luta e que ninguém tem disposição para dar um passo atrás na conquista de seus legítimos direitos. "As praças que estão no Quartel do 6º BPM resistirão com o sacrifício da própria vida se for necessário", disse o oficial, que para ilustrar a tensa situação repetiu o que lhe falou um militar: "se os vagabundos estão matando companheiros nossos a cada dia, pelo menos aqui morreremos com dignidade pelas mãos dos agentes do próprio Estado”.

Segundo eles, ninguém permitirá que nenhum dos 23 policiais sejam presos, nem que para isso, haja uma chacina no 6º BPM. A responsabilidade pela resolução pacífica desse quadro é estrita do governo do estado e da justiça. Diferentemente do MP militar, esperamos que as demais autoridades hajam com bom senso e atendam as reivindicações dos trabalhadores. Lutar não é crime!
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Com informações do blog http://blogdoluisxiv.blogspot.com.br/2014/04/pracas-aquarteladas-no-6-bpm-resistirao.html e do DOL.