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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Paralisações e lutas voltam a sacudir os rodoviários do Pará

Rodoviários da Forte fazem paralisação por melhores condições de trabalho, bem como exigem o fim da sujeira e da insegurança nos finais de linha


Foto: Felipe Melo
Nota da CST/PSOL

A situação dos finais de linha da empresa Viação Forte, uma das maiores da Região Metropolitana de Belém, cujo o dono é presidente da SETRANSBEL (Sindicato dos empresários do transporte), Sr. Paulo Gomes, é deplorável. 

No vídeo em anexo, o cobrador e cipeiro Márcio Amaral, militante da Unidos pra Lutar e da Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST-PSOL), denuncia as péssimas condições do final de linha das rotas Paar-São Brás e Curuçambá–UFPA. Para resolver os problemas, os rodoviários destas linhas fizeram uma paralisação dos trabalhos no dia três de fevereiro e receberam a promessa da empresa de que as mudanças serão feitas.

Além da sujeira que domina o banheiro e a sala do fiscal, que alaga quando chove, os rodoviários reclamam também da água que se bebe, que é da torneira, e da falta de bancos para os trabalhadores sentarem e descansarem entre uma viagem e outra.

“Queremos água mineral para o local, bancos, pois hoje o único banco que tem lá foi emprestado de uma igreja que fica perto do final da linha. Exigimos também uma maior limpeza e revitalização completa do local, pois até carrapato tem”, explicou, indignado, Amaral.

PARALISAÇÃO NA GUANABARA TEVE VITÓRIAS

A situação ruim nos finais de linha é uma constante na Forte. Não à toa os rodoviários da linha Guanabara paralisaram suas atividades no dia 20 de janeiro. O movimento durou duas horas e conquistou as melhorias tanto reivindicadas pelos rodoviários.

“Vamos ser transferidos para um novo local que nós mesmos indicamos. Voltamos a usar a geladeira, televisão, ventilador, coisa que estávamos proibidos pela patronal, porque eles queriam economizar energia elétrica, um absurdo. No mesmo dia da paralisação 24 ônibus foram recolhidos pela SEMOB devido as péssimas condições para os usuários. Mostramos a nossa força, paralisamos 100% e conseguimos todas as nossas reivindicações”, garantiu Márcio.

Seguindo o exemplo dos colegas de outras linhas, os trabalhadores da linha Icuí - Pres Vargas e Icuí - Ver-o-Peso também paralisaram na manhã do dia quatro de fevereiro. Neste final de linha, além da precariedade do local onde os rodoviários descansam entre uma viagem e outra, a rua não é asfaltada, gerando um grande lamassal que prejudica as manobras dos ônibus, além de deixá-los imundos para os trabalhadores e a população.

DILMA QUER TIRAR O SEGURO-DESEMPREGO E ABONO SALARIAL! 

ELA TEM QUE SER DERROTADA COM A NOSSA LUTA

Enquanto os patrões deixam os rodoviários com péssimas condições de trabalho, salário baixo e querem demitir muita gente, o governo da Dilma quer mudar de seis meses para o 18 meses o tempo necessário de trabalho para ter direito ao seguro-desemprego, para economizar dinheiro para pagar juros da dívida pública para os banqueiros.

Essa decisão da presidenta vai prejudicar principalmente os rodoviários mais novos e os jovens trabalhadores, que têm pouco tempo de empresa, e podem acabar demitidos antes de completar 1 ano e meio.

Além de Dilma, Jatene e Zenaldo estão querendo aumentar as tarifas de energia, de ônibus, os juros, e outras, deixando o custo de vida mais caro. Os governantes também querem fazer cortes de investimentos nas áreas sociais. Com isso, os serviços públicos devem ficar piores que estão.

Nas paralisações, a militância da Unidos pra Lutar e CST-PSOL estiveram presentes apoiando os rodoviários e conversando sobre os ataques que os patrões e os governos já estão aplicando contra a nossa classe. O panfleto nacional da Unidos, que fala da política de Dilma, foi entregue para os paralisados. Com a disposição de luta dessa categoria, saímos com o signo de que temos que seguir o exemplo dos rodoviários, garis, os jovens que lutam contra o aumento das passagens e os operários da Volks que conseguiram impedir 800 demissões com uma forte greve que paralisou 100% da fábrica, para reverter o ajuste.


Vídeo expõe as péssimas condições de limpeza e saneamento do final de linha:

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Sul: Rodoviários rejeitam golpe do Sindicato e preparam mobilizações

Pelegos do Sindicato tentam dar golpe, mas são rejeitados pela categoria de POA


Rodoviários em estado de greve
Cerca de 400 rodoviários de Porto Alegre (POA), capital do estado do Rio Grande do Sul (RS), compareceram a assembleia da categoria, que ocorreu na terça-feira, 20, e a "esmagadora maioria" rejeitou a proposta defendida pela direção do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre. Atrelados à patronal, o Sindicato "traíra" apresentou uma proposta rebaixada de 8% de reajuste (o que representa menos de 2% de aumento real nos salários); aumento de R$ 2,00 no ticket alimentação e 50% de ticket nas férias.

Os trabalhadores não engoliram a desculpa dos patrões e dos burocratas do sindicato, os quais justificam ser impossível algo a mais do que o apresentado, pois as passagens não comportam tal alterações. Engodo completo, pois POA tem uma das mais caras entre as capitais. 

Manobra burocrática

A nova diretoria do sindicato (hocorreram eleições ano passado), também ligada a Força Sindical, manteve as mesmas práticas burocráticas de sempre. Primeiro marcando uma assembleia no dia 29/12, e agora, negando o direito de fala aos trabalhadores da oposição que eram a esmagadora maioria da assembleia.

A diretoria do sindicato recebeu a proposta do sindicato patronal no início da assembleia e de pronto a aceitou. Ao perceberem que a maioria dos trabalhadores presentes iria votar contra a proposta dos patrões, pois apenas 20 votos a aceitaram, o secretário do sindicato encerrou a votação. Em uma manobra absurda, sem nenhuma votação, decidiram que iriam fazer uma consulta plebiscitária nas garagens para saber se a categoria concorda com o que está sendo oferecido pelos empresários do transporte.

Uma Crise que não é Nossa!


O país vive um momento difícil, de agravamento da crise econômica, com José Ivo Sartori/PMDB (governador eleito do RS) cortando gastos públicos e a presidenta Dilma Rousseff/PT aumentando impostos e retirando direitos dos trabalhadores. O prefeito José 
Fortunati/PDT, além de cortar recursos da saúde e educação, aprofunda o desmonte da Companhia Carris Porto Alegrense, onde só pioram as condições de trabalho.

O custo de vida está aumentando e os salários dos trabalhadores não dão conta. Para piorar, os patrões querem despejar sobre os rodoviários a conta de uma crise que também não é deles. Os empresários e a prefeitura sabem da força dessa categoria e temem uma greve, como a do ano passado, na qual a base passou por cima da direção do sindicato e parou Porto Alegre por 15 dias.

Construir a luta na base da categoria e avançar na Unidade da Oposição


Nós, da Unidos Pra Lutar, não reconhecemos esse plebiscito de mentira defendido pelos pelegos do Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, ligado à Central Força Sindical. A assembleia é o órgão soberano da categoria! Os trabalhadores precisam ter direito a voz e a voto garantidos! 


Além disso, esse plebiscito não contempla as nossas demandas, como fim dos redução da carga horária, fim dos "intervalões", desconto do plano de saúde, creches, melhorias dos terminais, etc. 
Precisamos retomar a nossa mobilização, com assembleias democráticas por garagem, que elejam seus comandos de mobilização; operações padrão e panfletagens no centro da cidade para ganhar a solidariedade da população com a nossa luta.

Esse é o momento da categoria se unir, pois ficou evidente que o sindicato negocia às portas fechadas com a patronal sanguessuga!


Em todas as empresas fica evidente o sucateamento da frota. É muito comum ônibus superlotados, tráfego pesado, insegurança, terminais desconfortáveis e anti-higiênicos, carros que quebram por falta de manutenção preventiva. Retomando a experiência da greve do ano passado, é preciso apostar na unidade a partir da base da categoria, unificando a oposição e dando a batalha para a construção de uma grande assembleia democrática que prepare nossas lutas e conquistas!