domingo, 16 de janeiro de 2011

A quadrilha

Do blog Atrás da Rima

Carlos Drumond de Andrade um dos maiores poetas do mundo, escreveu o poema "Quadrilha", talvez com intenção de fazer uma passagem da dança de quadrilha tentando mostrar como os casais se relacionam entre si, se alternando na "dança" e por isso, tratando com certo desdém o casamento, pois apenas uma das personagens se casa explicando o porquê da personagem que não entra na história já surge com sobrenome, dando a noção de garantia de um status social ou qualquer posição na sociedade através de um convenção social , o casamento. Podemos conceber, ainda do poema é, que talvez o futuro não seja o que esperamos e por isso as esperanças muitas vezes frustram. o poema:

Quadrilha


João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para o Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

E se hoje Carlos Drumond de Andrade fosse vivo e morasse no Pará? Seu poema continuaria com a mesma rima? Manteria o mesmo sentido? Posto isso, pensei algumas adaptações:

QUADRILHA

Jáder Barbalho, que é FICHA SUJA, que amava Ana júlia
que odiavam Almir, que assassinou trabalhadores do campo,
que amava Jatene, que desviou verba da CERPASA
que amava Duciomar que afundou Belém.

Jáder Barbalho, que é FICHA SUJA, que rompeu com Ana Júlia
que se juntaram com Almir, que assassinou sem terras
e junto com Duciomar que afundou Belém
odiavam Jatene, que foi condenado por improbidade administrativa
todos afundaram o Pará e fazem parte da mesma QUADRILHA...
quem sofre o Povo que não tinha entrado na história.
*Em homenagem ao camarada Marcus Benedito, que vem surgindo como uma nova liderança política no Estado. À este soldado que denuncia todas as quadrilhas que matam sonhos e anseios; ele derruba as barreiras cada vez mais altas que separa a sociedade dos seus direitos; enxerga ALÉM DA FRASE, segue ATRÁS DA RIMA e VAI À LUTA, construir o amanhã desejado.

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