sexta-feira, 31 de julho de 2015

Unificar e massificar a greve

O EIXO TEM QUE SER UNIFICAR E MASSIFICAR A GREVE DOS SERVIDORES E NÃO DIVIDIR A CATEGORIA COM DEBATE DO ÍNDICE!

Estamos em um momento importante da greve do funcionalismo público federal, que vem se potencializando com a manutenção da greve de categorias importantes como as das universidades, do judiciário e INSS e de novas adesões como FIOCRUZ e CONDSEF, que iniciou a greve dia 27/07.

Essa insatisfação dos servidores é fruto da crise política e econômica que se acirra a cada dia devido à escolha do governo do PT/PMDB - de Dilma/Temer - de aplicar um duro ajuste fiscal contra os trabalhadores. Uma política compartilhada também pelos governadores tucanos e os partidos da ordem como PCdoB, PSDB, DEM, PTB, etc. Essa ampla insatisfação da base é o combustível que mostra que a greve tem potencial. Além disso, a ampla maioria do povo já não suporta mais o arrocho salarial enquanto vê todos os principais políticos do país envolvidos em escândalos de corrupção.

A greve, portanto, tem um grande potencial para se generalizar em direção a uma greve unificada ao estilo de 2012. O que poderia ser um pólo real para construção de um campo operário e popular contra a falsa polarização PT X PSDB.

Neste sentido, vemos como incorreto que o eixo da greve seja debater um novo índice diante de um impasse nas negociações. Essa proposta foi rejeitada no CNG da FASUBRA e pela maior parte das forças de esquerda que conformaram a chapa que foi vitoriosa no último congresso da Federação. Ou seja, longe de ser um eixo que ajuda “unificar”, ele nos divide. Não podemos polarizar as assembléias de base com esse eixo às vésperas de uma nova marcha unificada como tem ocorrido atualmente. Por isso, nós defendemos manter o índice de 27,3%. A política dos companheiros do Base/PSTU de insistir no índice de 19% não está acompanhada de uma política para fortalecer a greve onde ela está mais forte, que é nos técnico-administrativos. E o verdadeiro debate dentro do Fórum dos SPF’s é sobre a caracterização e as perspectivas da greve, pois a maior parte das direções, inclusive da esquerda, avaliam que não é possível ampliar mais e é hora de preparar um recuo. Os companheiros do BASE/PSTU revelam esse debate claramente quando dizem que sem uma contraproposta seremos “mais uma vez derrotados economicamente”. Discordamos. O que pode garantir a unidade dos servidores é o aprofundamento da unidade da greve por meio de efetivos comandos unificados de greve em todo país e em Brasília, preparando melhor as ações unificadas da greve, diferente do que vem ocorrendo até agora.

Avaliamos que a greve tem potencial, o grande problema é a política das direções. Os governistas da Condsef fazem mil e uma manobras para impedir a greve. Por isso, cabe à esquerda, sobretudo os companheiros da Conlutas e Intersindical que dirigem a Fasubra, Andes e Sinasefe, unificar e ter políticas para ajudar a massificar a greve. A conjuntura nos favorece e muito para ampliar, unificar e massificar a greve. Não podemos ter como centro conseguir arrancar migalhas e nem ter pautas corporativas, o que está em jogo é a aplicação do famigerado ajuste econômico.

Neste sentido devemos apostar que a greve se nacionalize e ganhe apoio popular. Para isso devemos ter calendários unificados, que aponte atos nas estados. Cabe aos companheiros da Conlutas, Intersindical, MTST, ANEL, Esquerda da UNE e os partidos de esquerda, como PSOL, PSTU e PCB fortalecer essa greve.


Fonte: CST/PSOL

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