terça-feira, 5 de junho de 2012

O Tiamat da política brasileira

No desenho Caverna do Dragão, Tiamat (figura à esquerda) é um monstro de cinco cabeças, que de tão poderoso, amedronta até mesmo o maior vilão da história: o Vingador. 

Poderíamos facilmente compará-lo aos partidos que governam ou já governaram o Brasil: PT, PMDB, PSDB, DEM, PP, PTB, PV, PR, PCdoB, etc. 

Todos responsáveis pelo assalto aos cofres públicos, que gerou e gera o caos na saúde, na educação e na segurança! 

Certa vez um blogueiro petista, disse no twitter que se ele fosse a ex-governadora Ana Júlia Carepa (PT), já teria representado contra mim, devido ao conteúdo de minhas críticas ao vergonhoso, e segundo o MPF, ímprobo governo da petista.

O texto da jornalista Ana Célia Pinheiro, retirado de seu blog A Perereca da Vizinha, vem corroborar (confirmar) que Ana Júlia teria uma grande perda de tempo e gasto de honorários advocatícios, acaso seguisse o conselho de seu colega de partido. Como mostra tão bem a Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Estado do Pará, quem merece ser julgada e condenada por roubar dinheiro público (cujo eufemismo é improbidade administrativa), é justamente ela, que tal qual seus antecessores, não modificou nada da sórdida estrutura de se administrar de costas ao povo e de frente para as mais abjetas maracutais, as mesmas que historicamente são as responsáveis pelo caos nos serviços públicos e condições de miséria em que vivem grande parte do povo paraense.

São os governos, que podem mudar até de nome demandatário ou de sigla; mas até hoje, a verdade é que fomos sempre governados pelas mesmas cobras criadas, ratazanas de terno e gravata, que usam maquiagem, fazem tratamento caros, cirurgias estéticas para parecerem menos nocisos ou bandidos, mas não passam de monstros. 

Não podem ser comparados a irmãos siameses, pois estão mais para um Tiamat!
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Do blog A Perereca da Vizinha:

Artigo: Tucanos e petistas viram reféns da “massa atrasada”, na disputa pelo troféu “ulha, ulha, ulha, tu fizeste também!”. É o "habeas patifaria" dos "lindinhos" da política brasileira.

Os “lindinhos” da política brasileira: parecidos até nas “traquinagens”.
Na semana passada, o Ministério Público do Pará ajuizou Ação Civil Pública, por improbidade administrativa, contra a ex-governadora petista Ana Júlia Carepa.

As acusações são pesadas: envolvem até fraude documental na prestação de contas do “empréstimo 366”, como ficou conhecido.


E aqui a resposta da ex-governadora, que nega as acusações e diz que tudo não passa de “factoide” pré-eleitoral: http://anajuliacarepa13.blogspot.com.br/2012/06/mais-do-mesmo-resposta-as-novas.html .

O processo contra Ana Júlia provocou orgasmos múltiplos nos tucanos paraenses. Da mesma forma que também experimentam orgasmos múltiplos os petistas, a cada nova denúncia contra o governador tucano Simão Jatene.

E a verdade é que ninguém aguenta mais essa disputa.

Em momento algum, o PT e o PSDB aproveitam os erros do opositor para uma autocrítica metodológica.

Tampouco disputam pra ver quem é o mais ético, o mais decente.

Sintomaticamente, apenas apontam os erros alheios, como se dissessem: “ulha, ulha, ulha, tu fizeste também!”.

Felizes que nem pinto no lixo. Sem ao menos o pudor de disfarçar.

É como se buscassem no comportamento do opositor uma espécie de “habeas patifaria”: eu fiz, MAS, ele também fez. 

Pode ser a coisa mais lesiva, mais absurda, mais primária: tudo o que importa é que o outro também tenha metido o pé na jaca.

Feito uma régua torta, aplicável apenas aos desvãos da moralidade.

E seguem, assim, a nos envergonhar os tucanos e os petistas, os “lindinhos” da política brasileira.

A nós, sociedade, que os guindamos à vanguarda dessa luta para arrancar da miséria milhões de cidadãos. E até para fomentar no Brasil uma nova ética em relação à res publica.

Tão grave ou pior: o vale-tudo em que se meteram acabou por transformá-los em reféns da "massa atrasada".

Um dos exemplos mais recentes foi a blindagem do governador do Rio, Sérgio Cabral, do PMDB, na CPMI de Carlinhos Cachoeira.

Tucanos e petistas têm no fogo os governadores Marconi Perillo e Agnelo Queiroz.

Mas não tiveram nem peito nem grandeza para articular forças no sentido da convocação de Sérgio Cabral, um dos governantes mais enrolados com aquele contraventor.

Certamente, e como sempre, um deve ter se achado mais “esperto” do que o outro, eis que é a isto que hoje se resumem as ações do PT e do PSDB: ser o mais “esperto”, para detonar o outro. E manter o poder só para evitar que o outro o conquiste.

É por isso que se submetem a todos os caprichos do PMDB, essa noivinha tão serelepe, que, se puder, trai o noivo até com o padre, na véspera do casório.

O PMDB joga solto, lá e cá. Faz o que lhe dá na cabeça, não presta contas e nem sequer é pressionado nesse sentido – muito pelo contrário.

Ao fim e ao cabo, é o PMDB quem manda no jogo, enquanto os supostos comandantes da “massa atrasada” dançam no ritmo imposto por ela.

A disputa entre tucanos e petistas pelo troféu “ulha, ulha, ulha, tu fizeste também!” traz enormes malefícios à coisa pública.

Há dois exemplos recentes (e impressionantes) aqui mesmo no Pará.

O primeiro é a ameaça de destruição do Arquivo Público, com o seu acervo documental único, de valor inestimável, portanto, para o Pará e a Amazônia.

Uma funcionária do Arquivo Público denunciou, nas redes sociais, a ocorrência de um curto-circuito, no último dia 18, coisa que a Secult nega que tenha existido.

Devido à repercussão do fato, tucanos e petistas passaram a trocar acusações, a tentar, como sempre, responsabilizar uns aos outros pela precariedade da segurança daquele acervo.

Devem pensar que somos lesos; que não percebemos que se alguma coisa tivesse sido feita, quer no governo de Ana Júlia, quer no governo de Simão Jatene, a situação do Arquivo não teria chegado ao ponto que chegou.

E enquanto se estapeiam para empurrar o filho enjeitado no colo do outro,  segue aquele acervo sob a ameaça de ser consumido pelas chamas.

Em momento algum, passa por suas cabeças amesquinhadas a possibilidade de união por uma causa tão nobre: salvar o Arquivo Público, no qual pulsa a própria alma do povo do Pará.

No entanto, se fossem capazes de se unir ao menos em torno disso, talvez  conseguíssemos levantar dinheiro em todo canto – governos estadual e federal, bancos, empresas – para evitar um desastre iminente, de prejuízos incalculáveis até para as futuras gerações.

Outro exemplo da nocividade dessa disputa é a relação de tucanos e petistas com a Delta Construções, apontada pela Polícia Federal como o braço financeiro da organização criminosa de Carlinhos Cachoeira.

A Delta opera no Pará pelo menos desde 2006, o último ano do primeiro governo de Simão Jatene.

Naquele ano, ela levou dos cofres públicos estaduais, segundo o antigo portal “Transparência Pará”, pelo menos R$ 3,5 milhões.

Foi, porém, no governo petista que ela bamburrou, com ganhos e contratos que ultrapassaram R$ 200 milhões.

E no novo governo de Jatene, quando se imaginava que ela seria corrida do Pará, em virtude das críticas que recebeu durante a campanha eleitoral, o impossível aconteceu: a Delta ganhou contratos com o Sistema de Segurança, Casa Militar e Defensoria Pública, que, por força de aditamentos, já alcançam R$ 26,8 milhões.

E que poderiam alcançar até R$ 80 milhões anuais, como previa o limite para a locação de veículos da Delta ao Sistema de Segurança Pública,  no Pregão 003/2011/Segup, não fosse a chiadeira nas redes sociais, a denúncia de um cidadão do Amapá ao Ministério Público Estadual e a revelação da ligação dela a Carlinhos Cachoeira.

É cristalino que tucanos e petistas estuporaram a boca do balão em suas relações com a Delta Construções: há pelo menos dez anos, pipocam em vários estados e municípios acusações cabeludas contra essa empresa - superfaturamento e fraudes em licitações, por exemplo.

E mesmo agora, com a profusão de indícios de que ela até integra uma organização criminosa (vejam só!), os contratos são mantidos.

Nada de suspensão contratual, como já ocorreu em vários estados e municípios. Nem mesmo o anúncio de um pente-fino pela controladoria estadual e pelo tribunal de contas, como acontece nos contratos da Delta em todo o Brasil.

Novamente, tudo o que importa é que o outro também está enrolado até o pescoço nessa transação tenebrosa.

Então, vá lá saber quem é o mais obsceno em toda essa história.

.....

As declarações do ex-ministro dos Transportes, Luiz Pagot, a revista Isto É desta semana, apenas reforçam tudo o que escrevi acima, na noite de sexta-feira.

Novamente, os “lindinhos” estão cobertos de lama, emparedados pela “massa atrasada”.

É bem feito por não terem usado a tão decantada “esperteza” para fazerem uma reforma política digna desse nome, que acabasse com essa patifaria do caixa dois.

É bem feito por não terem confiado na sociedade que os sustenta politicamente, para pressionar esse Congresso prostituído.

É bem feito porque, na ânsia de apenas destruir uns aos outros, estão é a se tornar cada vez mais parecidos com a “massa atrasada”.

Bem feito! Mas talvez assim, vendo arder algumas de suas principais lideranças, resolvam tomar aquilo que há muito tempo necessitam: uma bela dose de Semancol.

É isso aí.

3 comentários:

Anônimo disse...

A HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONTA E O QUE SÓ TIROU DIPLOMA POR PROCESSOS SAFADOS NUNCA SOUBE

Quando custa uma universidade pública? Cerca de 15 bilhões. R$ 5 bi é com infraestrutura:tudo da aluno carente precisa (alojamento, comida livro e bolsa), residencial para docente e funcionários, biblioteca de qualidade,etc. Os outros R$ 10 bi é para ser aplicado na rede básica para produzir o que universidade prescinde para ter o mínimo de qualidade, e disso nem preciso dizer que a maior parte é para pagar salário docente.

As nossas universidades públicas começaram com JK, o qual fundou 10. Quanto gastou por isso? PRATICAMENTE NADA. O que fez foi juntar alguns núcleos cursos isolados num pacote e se deu o nome de universidade. E na maioria dos casos, designou terreno conseguido por doação (coisa que até turma de construtora entrou alegremente) para ser o campus. Obviamente todos os terrenos ¨doados¨ exigiram gastos fabulosos só com fundações, como a história mostra. E enquanto não, continuariam funcionando nos mesmos prédios de sempre e em alguns casos em espaço cedido da rede pública. E tudo SEM GASTAR UM CENTAVO A MAIS COM REDE PÚBLICA DE ENSINO BÁSICO.

Por que a classe docente superior deixou tudo isso acontecer sem um suspiro de protesto? Em tais criação de universidade tinha um presente maravilhosos para todos: os cargos administrativos seriam ocupados por esses ganhando extra. Porquanto, deixaria sala de aula, espaço lúgubre, mal cheiroso e cheio de aluno com as piores deficiências, sem perder um centavo e as benesses da carreira docente, mais extras com possibilidade de ir até ao infinito. Fora os ganhos políticos dos mais importantes.
(Cont)

Anônimo disse...

Veio a ditadura e precisa atuar nesse quadro por haver um inimigo feroz: estudante de nível superior. Era preciso levantar bilhões para fazer os campi universitários. E nem isso queriam, as construtoras com sempre estavam na jogada, mas que fosse cidade universitária: Tinha que ser coisa tão inóspita para pobre que mesmo que fosse só para ir uma aula para seguinte precisaria ter carro.
A turma delfiniana entrou em campo para conseguir fábulas via empréstimos internacionais MEC/USAID. Como há certas coisas que provocam vergonhas mesmo em facínoras, precisar explicar como gastar bilhões com curso superior sem ensino básico, educação para o povo. Eis que entra em cena o MOBRAL. E ficou assim: dos bilhões vindo se gasta centavos com educação para o pouco e os demais com construtoras para fazer cidades universitárias.


Construída essas cidades universitárias, uma enormidade de problemas surgiram e um era gritantes: como conseguir docente para tanto, havendo dois subtraendo: mais cargos administrativos e.. alguns indesejáveis que precisavam perseguir e demitir. A grosso modo resolveram isso delegando ao general que cuidada da universidade pública (toda essa tinha gabinete comando por gente do serviço de informação, sendo reitor apenas boneco de figuração) . Esse passou nomear como docente tudo quanto era escória social e com mais gosto quanto mais escória fosse (O CONCURSO ERA FAJUTICE, SALVO EXCEÇÕES, MAS ESSAS O GENERAL TENTAVA POR TODOS OS MEIOS EVITAR A NOMEAÇÃO ). Precisava até que o sujeito se fingisse de esquerda para fazer relato e denunciar ao general e não só, aluno, como todo e qualquer. Alguns aproveitaram, já que desejava que general nomeasse esposa/amante, parente, amigo, etc para vaga, para delatar docente. E alguns casos, para o sujeito tomar fugir, bastava esse colocar bilhetinho por baixo da porta do gabinete do docente, dizendo-se amigo anônimo e que estava sabendo que o general desconfiava que esse era comunista.

Veio do tempo dito de redemocratização: a primeira providência foi tocarem fogo em todos os arquivos do general, alguns foram pelo fato do general cumprir o prometido, e com um prêmio: EFETIVAÇÃO DE TODOS SEM CONCURSO. E um dado: a quantidade de cargos administrativos estava estagnada. Para tanto, criaram a figura dos campi para o interior, na imensa maioria nada além de escola pública cedida pelos municípios. Esse precisava ter curso superior para diplomar docente que prestasse e tendo sem prestar, de onde viria aluno para fazer curso superior? Como o que interessa mesmo era o cargos administrativos, isso era questão para safado colocar.

O governo Lula fez tal qual JK, com alguns adendos próprios e com algumas atualizações exigidas pelo tempo e nada mais.

Anônimo disse...

Um bando de jacaré da UFPA virou bolsa. Para os pobres há greve, mas para docente ganhar extra e até presentear amante com bolsa de couro de jacaré do alabama, greve nunca houve.
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Parfor dá início a mais uma etapa de atividades
http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=6285