terça-feira, 10 de novembro de 2015

Quadro nacional do 12º dia da greve nacional petroleira nas bases da FNP

A cada dia que passa, a greve dos petroleiros se fortalece, recebe apoios e solidariedade da sociedade e de diversas categorias profissionais e já é a maior greve desde 1995, quando Lula, PT e a CUT traíram os petroleiros e capitularam ao governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), derrotando a grandiosa mobilização. 

Foto: FNP
por Jean Oliveira, para a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP)

Alagoas/Sergipe
Na base do Sindipetro AL/SE, as unidades de Pilar, Furado e Transpetro Alagoas, em Alagoas continuam paralisadas. A categoria fez carreata para visitar as sondas de Alagoas com o objetivo de reforçar a paralisação nessas áreas, principalmente junto aos terceirizados. O movimento também conta com a paralisação de 90% do efetivo Petrobrás e TRANSPETRO TA e 100% de adesão da Transpetro Dutos.
Em Carmópolis, por mais que haja pressão, por parte da empresa, para que os petroleiros voltem à unidade, a greve continua forte, com adesão de 80% do ADM e 90% dos operadores, envolvendo todas as estações, exceto Coqueiro e Riachuelo. Três estações estão completamente paradas: Entre Rios, Nova Magalhães e Jericó.
Na FAFEN, muitos petroleiros ouviram a convocação do Sindipetro AL/SE e compareceram na porta da fábrica para participar de uma assembleia. Ficou deliberado pela continuidade do movimento grevista. A produção continua sendo mantida de forma irresponsável por uma equipe de turno e o grupo de contingência formado pela empresa desde o dia 31 de outubro.
Na Sede, a mobilização continua forte, com adesão superior a 90% do adm.  No Tecarmo, mesmo com a “Judicialização”, via interdito proibitório, os trabalhadores seguem fortes na luta, com adesão de 80% da operação. Um grupo grande de operadores da Transpetro que estavam confinados em hotel próximo como equipe de contingência, aderiram ao movimento, fortalecendo a luta.
Litoral Paulista
Na RPBC, em Cubatão, mais de 30 petroleiros de base compareceram à refinaria e ajudaram o Sindicato a organizar durante a manhã um forte operativo nas portarias da unidade, fechando inclusive a entrada do CEAD e do SMS. A adesão à greve é de 100% no turno e 90% no ADM.
Na Alemoa, em Santos, trabalhadores e diretores do Sindicato fecharam as principais entradas para o terminal. Com a denúncia de que o grupo de contingência estaria entrando na unidade utilizando uma passagem não autorizada na Codesp, parte dos manifestantes se dirigiram ao local, por onde ninguém passou. A greve no terminal tem adesão de 100% do turno e administrativo. Houve atraso de uma hora na entrada dos terceirizados.
No Litoral Norte, com 100% de adesão operação e de supervisão, 90% da manutenção e 80% do ADM, a greve dos petroleiros segue no Tebar. A produção da unidade já despencou em 40%. Mais de 40 trabalhadores madrugaram na entrada principal do terminal. Outros grupos, com cerca de 10 petroleiros, também ficaram nas outras três portarias da companhia com faixas de protesto, desde às 4h30 da manhã.
Na Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA), em Caraguatatuba, mesmo após o ato de repressão orquestrado pela gerência da UTGCA, que acionou a justiça para acabar com o piquete na frente da unidade, o movimento segue forte. A adesão é de 100% da operação, 100% dos técnicos de manutenção sobreaviso e 70% adm (manutenção e SMS). Os trabalhadores em greve continuam se revezando para manter a escala (12 horas) que fariam se estivessem trabalhando mesmo com o clima de tensão imposto pela empresa. Muitos companheiros têm recebido telegramas com aviso de demissão com a justificativa de “abandono de emprego”. No Terminal de Pilões, em Cubatão, segue a greve com adesão de 80% no turno e 90% no ADM.
Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá
No Sindipetro PA/AM/MA/AP hoje teve um trancaço no Maranhão Terminal de Itaqui com forte 100% de adesão da operação. Na sede da UO-AM, a adesão é de a greve tá forte a maioria ficou % dos trabalhadores mesmo após o interdito proibitório instaurado pela justiça.
Em Urucu (AM), a gerência está recuperando a produção através do trabalho da contingência. Os petroleiros que deveriam embarcar em Urucu cruzaram os braços. Os trabalhadores que estão sem embarcar estão engrossando a greve na porta do Prédio de Manaus. Na Transpetro Miranar, em Belém, os trabalhadores continuam em greve, que foi aprovada, em assembleia, por ampla maioria.
Rio de Janeiro
Os petroleiros estão desde às 8h da manhã desta segunda (9) em vigília na frente do Edifício Sede da Petrobrás, no Centro do Rio. O protesto irá continuar por todo o dia como forma de pressão sobre a direção da empresa que hoje retomou o diálogo com os sindicatos e federações. O Sindipetro-RJ também realizou um ato no TBG, na Praia do Flamengo, como forma de fortalecer a mobilização da greve nacional da categoria.
No TABG, a greve está forte. Houve um acordo com a gerência proposto pelo Sindipetro-RJ e os trabalhadores assumiram o controle e acompanhamento das atividades. No TBIG, em Angra dos Reis, a greve está forte com adesão de 80% no turno, quase 100% na manutenção e muito apoio no administrativo. O terminal está operando de forma irregular e insegura, com 2 grupos se revezando de 12 horas, utilizando pessoas em desvio de função e sem habilitação para desenvolver as atividades em curso. Em condições normais, o trabalho é desenvolvido por 5 grupos com escala de 8 horas. No Cenpes, vão ser realizadas reuniões setoriais nesta noite para avaliar se haverá corte de rendição de turno.
São José dos Campos

Na Revap, em São José dos Campos, os operadores continuam fazendo corte de rendição e no dia de hoje seguem mobilizados na porta da unidade.
Fonte: http://fnpetroleiros.org.br/?p=9575

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