terça-feira, 10 de novembro de 2015

GREVE PETROLEIRA atinge bases dos 17 sindipetros brasileiros

Trancaços e manutenção da greve por tempo indeterminado na Amazônia

Foto: Jean Oliveira/FNP
por Priscila Duque*

A greve petroleira já atinge as bases dos 17 sindipetros brasileiros e na Amazônia vem ganhando cada dia mais adesões, conquistando o comprometimento dos trabalhadores. O movimento já é pauta dos principais veículos de comunicação e causa preocupação em Dilma/Bendine e no mercado financeiro, que vê a greve como uma ameaça aos seus planos nefastos de retirada de direitos e privatização da Petrobrás.

GREVE na AMAZÔNIA
Na última quinta-feira, 05, novamente foram realizados trancaços nas unidades da Transpetro, em Belém e São Luís, e na Petrobrás Regional Norte (UO-AM). Na Transpetro Belém houve adesão de 100% da operação, manutenção e administrativo. Para furar a greve, vergonhosamente, o gerente do TA entrou escondido pela BR Distribuidora. Na UO-AM, após duas horas de trancaço, foi liberada apenas a entrada dos trabalhadores terceirizados, permanecendo a mobilização dos próprios fora do prédio, com ratificação da greve por tempo indeterminado.

Além disso, foi feito trabalho político de convencimento com os petroleiros do prédio de Tecnologia da Informação (TIC), e a partir desta sexta-feira, 06, esses trabalhadores irão aderir à greve nacional da categoria.

Tendência é zerar produção no Urucu
Na Província Petrolífera do Urucu (AM) apenas uma equipe de contingência, formada por engenheiros, supervisores e gerentes, ou seja, pessoas que estão desviadas das suas funções, operando os painéis da sala de controle da planta, na tentativa de normalizar a produção. A medida adotada pela companhia coloca em risco tanto trabalhadores quanto as instalações do campo de Urucu, pois além do improviso para furar a greve, a planta está vulnerável por não haver brigada de emergência. 

Alguns companheiros da equipe de contingência já entraram em contato com a direção do Sindipetro PA/AM/MA/AP, alegando exaustão e solicitando o desembarque. O jurídico do sindicato já está intervindo para garantir o desembarque dos companheiros o mais rápido possível. Além disso, os trabalhadores que não embarcaram mantém firme a decisão de não ceder às pressões e assédios da companhia para garantir a rendição da equipe de contingência. A Petrobrás está bloqueando o contato dos petroleiros de Urucu com o movimento grevista.

Os trabalhadores da Amazônia mantém a decisão de greve por tempo indeterminado até que a companhia reveja sua política de ataque aos direitos da categoria e ao caráter público da Petrobrás.

Esclarecimento sobre notícia veiculada no jornal “A Crítica”
A Direção do Sindipetro PA/AM/MA/AP esclarece aos petroleiros que a notícia veiculada pelo jornal “A Crítica”, do Amazonas, a qual coloca uma declaração onde supostamente o diretor Silvio Cláudio afirma que a companhia colocou sua segurança armada para intimidar os trabalhadores a sair à força da sala de controle, não condiz com a declaração feita pelo diretor. Na verdade, o Inspetor de Segurança do Urucu, Aluísio Neves, se negou a ameaçar os petroleiros em greve e entregou sua arma, por apoiar o movimento. Diante da negação do Inspetor em cumprir a ordem de intimidação, a Petrobrás ameaçou chamar a polícia civil para realizar o trabalho sujo de repressão e criminalização da luta.
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*Priscila Duque é jornalista e assessora do Sindpetro PA/AM/MA/AP.


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