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sexta-feira, 11 de março de 2016

Nem 13/03 com PSDB, Nem 31/03 com PT! Fora Todos! Fora Dilma, Temer, Cunha e Aécio! Construir um terceiro ato da esquerda em março

Na última sexta-feira, 04/03, a Policia Federal levou o ex-presidente Lula para depor em meio a 24ª fase da operação Lava-jato. Em meio à crise política que vivemos, fica evidente que Lula e Dilma governam com os mesmos métodos corruptos do PSDB ou do PMDB. O PT se tornou instrumento das empreiteiras, dos banqueiros e do agronegócio.
Ao mesmo tempo que roubam as estatais para financiar campanhas eleitorais e enriquecer, eles aplicam medidas amargas contra o povo. O ajuste fiscal de Dilma aumenta o desemprego, o arrocho salarial, o desmonte das escolas e com epidemias como o Zika, fica mais evidente a debilidade da saúde no país. Agora, o governo Dilma anunciou um pacote que pode cancelar o aumento dos servidores e prepara uma reforma na previdência para retirar direitos. Além de articular com José Serra (PSDB) a entrega do Pré-Sal e mais desmontes na Petrobras.
Os trabalhadores e a juventude estão revoltados. Por isso ocorrem protestos em vários estados. Atualmente o maior exemplo desse enfrentamento é a forte greve da educação do Rio de Janeiro, que acaba de realizar uma manifestação unificada com os secundaristas e outras categorias. Esse é o caminho! Coordenar as lutas e construir uma greve geral para barrar os ataques e a corrupção.
Chega de ajuste e corrupção! Construir uma alternativa da esquerda, contra PT e PSDB!
Dilma, Lula e o PT não têm moral para seguir governando, pois são repudiados pelos trabalhadores e jovens. Defendemos que essa indignação se transforme em ações de rua, greves e ocupações para acabar com o governo do PT. Porém o Congresso Nacional de Cunha e Renan não possui legitimidade para realizar um impeachment. Principalmente quando o presidente da Câmara é réu na lava jato e o vice Michel Temer compartilha com Dilma o ajuste e a corrupção. Por outro lado criticamos a proposta de novas eleições, feita por Aécio, que visa o retorno do PSDB para a presidência da república. É preciso construir uma saída dos trabalhadores e do povo, organizada pela esquerda e os educadores, secundaristas, operários e sem-teto em luta.
Que o PSOL, a CSP-CONLUTAS e demais organizações da esquerda convoquem uma manifestação nacional!
O PSDB, juntamente com outros partidos, convoca uma manifestação pelo impeachment no dia 13/03. Sabemos que muitos trabalhadores começaram a ver essa manifestação como um canal para protestar contra Lula e Dilma. No entanto alertamos que essa atividade não é uma alternativa para expressar nossa indignação.  Esse ato é liderado por Aécio, Cunha, Bolsonaro, Caiado e outros empresários.  Eles querem voltar para o poder e manter o ajuste fiscal e o roubo nas estatais, como fazem em São Paulo.
O PT, juntamente com as direções da CUT, UNE e MST, convoca uma manifestação em defesa de Lula e Dilma para o dia 31/03. O PT quer manter tudo como está, para seguir governando contra o povo. Algo absurdo que deve ser repudiado. Infelizmente muitos setores da esquerda estão construindo essa manifestação governista, caso do MTST e da direção da US-PSOL, o que é um erro.
Está nas mãos do PSOL, da CSP-CONLUTAS, liderar a organização de uma reunião nacional com o PSTU, PCB, PCR, a INTERSINDICAL, o Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, o SEPE/RJ, o SINTEPP (Pará), sindicatos independentes e comando de greve para debater uma agenda para combater a crise e batalhar por uma greve geral.
Nossa tarefa imediata é a construção de uma terceira manifestação, alternativa ao dia 13/03 do PSDB e ao 31/03 do PT. Nós da CST-PSOL apresentamos essa proposta de um terceiro ato nacional nas reuniões em que estivemos. Infelizmente não obtivemos o apoio das demais organizações da esquerda. Seguimos chamado a unidade para construir uma manifestação alternativa. Esperamos que essas direções reavaliem sua postura e construam essa atividade nacional unificada.
Defendemos a necessidade de lutar por um Governo de Esquerda, dos Trabalhadores e do Povo para aplicar um plano econômico contra as demissões, por reposição das perdas salarias e redução da jornada sem redução do salário. Por um plano de obras públicas, de reconstrução dos serviços estatais e de investimento nas áreas sociais custeado pela suspensão do pagamento da dívida externa e interna. Por congelamento das tarifas e estatização dos transportes com tarifa zero pra população. Para punir os corruptos, estatizando as empreiteiras envolvidas na Lava-jato, transformando a Petrobras em uma empresa 100% estatal e sob controle dos trabalhadores.
Executivo Nacional da CST-PSOL (Corrente Socialista dos Trabalhadores – Tendência do PSOL)

quinta-feira, 12 de março de 2015

O que há é disposição para a luta

por Júlio Araújo Miragaia

Generalizar e tratar todos os que vaiaram Dilma no domingo como elitistas é extremamente equivocado. Da mesma forma como dizer que a greve dos caminhoneiros era feita pelo empresariado. Generalizar, aliás, tem sido a especialidade do governismo para, numa tentativa desesperada, blindar Dilma e seu débil segundo mandato. A verdade é que começa uma situação de instabilidade no país e o governo do PT e seus braços nos movimentos sociais não tem controle sobre a situação (ainda bem!).

Algumas matérias mostram claramente que a bronca da população com o governo não foi apenas nos bairros mais nobres dos centros urbanos. O que ocorre de fato é que uma grande parcela da classe média está consciente das consequências do ajuste fiscal de Dilma-Levy que virá para a maioria da população: inflação, ataques a direitos trabalhistas, previdenciários, reajuste de tarifas e todo um pacote de maldades sobre os trabalhadores.

A verdadeira burguesia (banqueiros, latifundiários, empreiteiros e derivados) são os que mais ganham com o atual governo. É um governo que chamam de seu. Já é lugar comum que Dilma está governando com a agenda econômica de dar inveja em Aécio Neves e no PSDB.

Nas manifestações de junho de 2013 o governo também tratou de generalizar os que iam as ruas como de direita, fascistas e tantos outros “istas” que pudessem proteger Dilma e os governantes da primeira onda de rejeição.

A lista dos envolvidos na Operação Lava-jato desnudou as promíscuas relações do senado e câmara com empresários e levantou o que estava encoberto no pós-eleição: o descrédito da população com os principais partidos do regime (PT,PMDB, PP, DEM, PSDB e cia.). Todos com algum grau de envolvimento com a farra de propinas.

Os primeiros meses de 2015 tiveram várias greves e lutas salariais importantes e que continuam em curso, como a radicalizada rebelião no Paraná e categorias como rodoviários, metalúrgicos ou professores. Todos esses setores da classe enfrentam também de forma direta ou indireta o ajuste fiscal do governo.

Qualquer declaração machista, como os insultos de” vaca” ou “vagabunda” que sofreu Dilma durante seu pronunciamento no domingo, devem ser veementemente condenados, mas também não podem ser usados para escamotear o verdadeiro debate e problemas que nos deparamos.

A conjuntura está virando com uma velocidade cada vez maior. Independente dos resultados em números de pessoas nos atos, dos dias 13 e 15, ambos acabam por desgastar de alguma forma o governo. Não em razão de suas direções: uma governista e outra um setor da oposição de direita.

Sobretudo porque há uma disposição de ir à rua para questionar o regime, lutar por salário, derrotar a corrupção, reduzir as tarifas e tantas outras pautas. O que se enxerga no horizonte é que as pautas das duas manifestações e suas direções que não representam uma alternativa a atual situação tendem a ser atropeladas nos próximos dias. Junho volta a pulsar, expurgar e rejeitar o velho.

Há de se construir para já um novo dia de lutas que paute a derrota do ajuste fiscal, punição aos corruptos e também derrotar a falsa polarização dos políticos da ordem (PT-PSDB) que há mais de 20 anos governam o país a serviço dos de cima. A esquerda não-governista e suas direções precisa estar alinhada a esse processo e ser parte dele. Caso contrário, a tendência é ser atropelada também.

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Júlio Araújo Miragaia é escritor, poeta e jornalista. Edita o blog Rubra Pauta e lançou em 2014 seu livro de estréia: O estrangeiro de pedras e ventos. 

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Dia 28/01: Tomar as ruas contra o ajuste fiscal do governo Dilma

Trabalhadores da Volks conseguem vitória, após greve de 6 dias
O dia 28/01 (amanhã) está sendo convocado pelas Centrais Sindicais do país como um dia de luta nacional, com atos nos estados, após o governo “ignorar” seus próprios compromissos de campanha. 

Nesse dia, os(as) trabalhadores(as) devem protestar contra as medidas do governo Dilma que contrariam as necessidades dos trabalhadores. Não aceitaremos a mini-reforma trabalhista e previdenciária que através das medidas provisórias (MPs) 664 e 665 atacam o direito dos trabalhadores de ter acesso a seguro desemprego, abono salarial (PIS/PASEP), auxilio doença, pensões, etc. Tudo isso para fins de superávit primário (política econômica do governo) para pagar a Dívida Pública (dívida interna e externa) para banqueiros e patrões.

A vaca tossiu – abaixo o tarifaço

Em 2014, quando ainda candidata à reeleição para Presidência, Dilma afirmou que “nem se a vaca tossisse” ela mexeria nos direitos dos trabalhadores. Nem bem assumiu seu segundo mandato, em menos de um mês, a vaca não só tossiu como a Presidente reeleita vem praticando um dos maiores estelionatos eleitorais de nossa história. 

Contando com a cumplicidade de governadores e prefeitos de todos os partidos, reajustou o preço da gasolina, do transporte, da energia elétrica e da água, aumentou os juros do crédito, um verdadeiro tarifaço! Despejando sobre as costas dos trabalhadores o pagamento da crise econômica atual, além de retroalimentar o “dragão” da inflação que vem engolindo nossos salários todos os meses. Mas não somente isso, em parceria com a patronal os governos estaduais tem facilitado demissões e criminalizado greves e protestos como por exemplo as demissões de 42 trabalhadores do metrô de SP no ano passado. Uma política que acaba de ser derrotada nas eleições Gregas com o voto anti-ajuste que deu a vitória ao Syriza.

Seguir o exemplo dos metalúrgicos da Volks

Passando por cima da direção sindical na assembleia de 02/12, quando rejeitaram o acordo pactuado entre a direção do sindicato e os patrões, os operários das Volks de São Bernardo do Campo (ABC Paulista) sentiram a força que possuem. Após a empresa demitir 800 trabalhadores, paralisaram a fábrica 100%, fizeram uma passeata com mais de 20 mil pessoas e conquistaram a readmissão de todos os demitidos em janeiro. Os metalúrgicos dessa montadora, em 10 dias de greve, derrotaram a patronal, a direção do sindicato e o governo em uma clara demonstração de que só com a luta se pode conquistar.

A disposição de luta dos trabalhadores da Volks, a solidariedade que a greve despertou em outras categorias e na população, também demonstrou que só com a unidade dos trabalhadores é possível derrotar o pacote de maldades da presidente Dilma.

Unidos somos fortes e derrotaremos o ajuste fiscal do governo

Nesse dia nacional de luta e mobilização estaremos unindo forças para organizar a luta e a resistência contra a política de ajuste fiscal de Dilma/governadores e prefeitos. 

Não é com conselhos e conversas, como querem fazer as Centrais Sindicais que faremos o governo Dilma e a patronal recuarem em suas medidas de ajuste. É preciso romper os pactos e acordos com o governo que atacam os direitos dos trabalhadores, confiar na disposição de luta e seguir o exemplo da vitoriosa greve dos trabalhadores da Volks! É necessário unificar as campanhas salariais e coordenar os protestos que estão em curso no país, exigir do governo e dos patrões reajuste geral de salários, garantia no emprego, melhorias nas condições de trabalho e valorização profissional.

Exigimos da CUT e das demais centrais a continuidade da luta por meio de uma efetiva jornada de mobilização amplamente discutida na base por meio de assembleias e organizada através de plenárias estaduais de sindicatos em luta, unificando ações com movimentos de juventude como o MPL ou populares como o MTST. Essa é uma forma de corrigir os problemas do dia 28/01, que foi pouco organizado, divulgado e não foi convocado como um efetivo dia de paralisações das categorias. 

Nós trabalhadores não pagaremos pela crise. Ao invés de cortar direitos dos trabalhadores, exigimos que os banqueiros sejam atacados. Parando de pagar a Dívida Pública é possível garantir emprego, reajuste salarial, educação, saúde, moradia, transporte, serviços públicos de qualidade e vida digna.
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Assinam:
CST/PSOL – UNIDOS PRA LUTAR – VAMOS À LUTA
Última atualização: 16h10