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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Bienal da UNE: Ministro é vaiado ao defender governo e negar 'reforma neoliberal'

O Secretário Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, é vaiado em protesto durante seu discurso na 9ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE)
O ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, foi vaiado e chamado de mentiroso por militantes do PSOL ao afirmar, em discurso na 9.ª Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Rio, que "não há reforma neoliberal e não há corte em nenhum programa social do povo brasileiro" no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT).
"Esse é o discurso da direita. É a fala da Rede Globo", acrescentou o ministro, enquanto parte da plateia gritava: "O povo não é bobo, o ministro é mentiroso!". Cerca de 600 pessoas lotaram o térreo da Fundição Progresso, na Lapa (centro do Rio), para acompanhar a fala de Rossetto sobre reforma política. O grupo estava dividido desde o início do debate. De acordo com a UNE, foi a "primeira grande reunião do novo ministro com movimentos sociais".
À esquerda do palco, militantes de correntes ligadas ao PSOL criticavam o ajuste fiscal e o corte de direitos trabalhistas anunciados pelo governo Dilma, reeleita com o apoio de integrantes do PSOL. Em coro e usando instrumentos de percussão, eles já haviam interrompido algumas vezes o discurso de Rossetto com gritos como: "É o maior tarifaço que eu já vi; contra o ajuste da Dilma e do (Joaquim) Levy!" ; "Ô Rossetto, que palhaçada, cadê a reforma agrária!" e "O que que aconteceu? O governo Dilma abraçou a Kátia Abreu!".
À direita, militantes principalmente do PT e do PC do B aplaudiram e defenderam Rossetto. O grupo cantou o jingle de campanha "Olê, olê, olá, Dilma, Dilma!" e atacou a Corrente Socialista dos Trabalhadores (CST), ligada ao PSOL: "A CST é de direita!".
O ministro reagiu pelo menos três vezes afirmando que considerava "uma piração, uma maluquice total" a atitude dos críticos, mas acabou conseguindo terminar seu discurso. As vaias só vieram quando ele, já nas considerações finais, após as falas de vários militantes, defendeu as medidas anunciadas pelo governo, afirmando: "Nós não estamos na Grécia. O Brasil iluminou o povo grego para lutar". Pouco antes, uma estudante havia acusado o governo do PT de realizar um "estelionato eleitoral" para "agradar aos banqueiros". "Tem de cortar é dos ricos", disse ela.
Após o debate, em entrevista, Rossetto, molhado de suor, minimizou o embate: "Isso faz parte da democracia do nosso país. Tão importante quanto as manifestações foram os aplausos." Seguranças formaram um cordão para a saída do ministro. Ele deixou o local sob gritos de: "O povo não é bobo, o ministro é mentiroso!"
(Fonte: Estadão)

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Nota da CST/PSOL: Espetacular triunfo da esquerda na Grécia

Deu sorte: Luciana Genro presenteia Tsipras com bandeira do PSOL em 2012. 
Foto: Divulgação
Uma explosão de alegria sacode o povo grego após ter derrotado o candidato da troika nas eleições de domingo, 25, votando em Syriza. 
Esta alegria percorre o mundo, pois o povo trabalhador e as classes médias dos setores mais empobrecidos, aqueles que estão sentindo nas costas os planos de ajuste iguais ou similares aos impostos ao povo grego, compartilham o sentimento de esperança e confiam reproduzi-lo nos seus países.
Por este motivo é que parabenizamos o povo e os trabalhadores gregos!

Não é para menos. Após anos de crise política e econômica imposta pela UE liderada pela Ângela Merkel junto com os governos subservientes e a grande burguesia grega que levaram à miséria e ao desemprego milhões de pessoas, depois de ter realizado 20 greves gerais e paralisações, mobilizações e atos de todo tipo, os gregos falaram alto para afirmar: BASTA DE AUSTERIDADE! e votaram em Syriza encabeçada por Alexis Tsipras.


Votaram pelo partido que propôs enfrentar o ajuste, aumentar os salários e anular as reformas trabalhistas anti operárias. Foi um claro voto contra a troika, contra o Memorando, o FMI e contra os candidatos e partidos que os representavam: Nova Democracia e os falsos socialistas do Pasok.


Mas o povo tem que se manter alerta e mobilizado. No Brasil temos o triste exemplo do PT e do Lula, que se elegeu em 2002 prometendo acabar com a miséria, a fome, as privatizações, o desemprego, mas governou e seu partido continua governando para os patrões e multinacionais, aplicando agora através da presidente Dilma um feroz plano de ajuste similar aos que aplicou a troika na Grécia.


Por estes antecedentes, não vemos que a burguesia imperialista europeia ou norte americana tentarão uma saída parecida com a que fizeram contra Chávez na Venezuela em 2002. Mas com os exemplos do PT e de outros partidos ou movimentos que foram de esquerda buscará negociar para cooptá-los como fizeram com Lula e o PT, hoje absolutamente domesticados. Por esta razão preocupam algumas declarações de altos dirigentes que falam em “negociar” ou em “respeitar as obrigações assumidas pela Grécia” no âmbito da União Europeia. 


Mais do que nunca, o povo deve continuar com a mesma garra, se mobilizando para impor as saídas de fundo pelas quais anseia e votou! 


Cabe ao novo governo de Syriza honrar o mandato dado pelo pelos trabalhadores e o povo, romper com o pagamento da injusta e imoral dívida externa, o que levará inevitavelmente ao rompimento com a União Europeia e romper com o Memorando para avançar em outras medidas anticapitalistas. Essa e a única garantia para ter emprego e salário digno, saúde aposentadoria e educação de qualidade, caso contrário a experiência histórica e recente demonstra mais uma vez que não existe outro caminho intermediário.


VIVA A LUTA E O TRIUNFO DO POVO GREGO!


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CORRENTE SOCIALISTA DOS TRABALHADORES – CST/PSOL - 26-O1-2015