Nos últimos dias,
o mandato do Vereador Babá e a CST (Corrente Socialista dos
Trabalhadores) vêm sendo atacados pela Federação Israelita e por
políticos sionistas, sobretudo a vereadora Teresa Bergher (PSDB). Desta
vez o estopim foi a publicação de um texto que trata dos crimes que o
Estado de Israel cometeu, citando a responsabilidade do ex-presidente
Shimon Peres no genocídio contra os palestinos.
O movimento mais
recente, porém, ultrapassou qualquer limite. A vereadora Teresa Bergher
(PSDB) vai protocolar pedido junto ao Procurador Geral de Justiça,
pedindo a “interdição e retirada das páginas da Corrente Socialista dos
Trabalhadores” e “a prisão do autor do texto, Miguel Lamas” (Veja.abril.com). Setores do sionismo falam em pedir a cassação do Vereador Babá, ou pressionar para que a CST seja expulsa do PSOL.
É importante
esclarecer que a luta Palestina consta no programa de fundação do PSOL,
onde se condena “o terrorismo de Estado de Israel contra os palestinos”.
Algo reafirmado em congressos posteriores e pelo diretório estadual do
RJ. Também é bom lembrar que a luta Palestina é comum a diversos
partidos de esquerda e movimentos sociais.
Por isso
repudiamos esses ataques. Discordamos de qualquer censura, cassação,
expulsão ou prisão para os que defendem a causa palestina. Não é
possível calar, comprar, dobrar ou fazer retroceder um amplo movimento
compartilhado por organizações de esquerda, anti-imperialistas,
democráticas, de direitos humanos, além de importantes intelectuais e
artistas no Brasil e no mundo inteiro. Continuaremos gritando por uma
Palestina Livre!
Assinam:
Plinio de Arruda Sampaio Jr, Professor de Economia da Unicamp
Waldo Mermelstein, militante do MAIS
Carlos Giannazi, Deputado PSOL-SP
Mauro Iasi, professor da UFRJ, dirigente do PCB
Zé Maria, presidente nacional do PSTU
Gilberto Maringoni, Dirigente da Fundação Lauro Campos
Soraya Misleh, jornalista palestino-brasileira
Reginaldo Nasser, professor de Relações Internacionais da PUC-SP
Osvaldo Coggiola, Professor da USP
Mario Maestri, professor do Programa de Pós-Graduação de História da UPF
Ciro Garcia, Presidente do PSTU-RJ
Baby Siqueira Abrão, jornalista ex-correspondente do jornal Brasil de Fato no Oriente Médio
Marcos Tenório, servidor público, ativista da luta pela paz – Brasília, DF
Heitor Cesar, do Comitê Central do PCB
Ivan Pinheiro, do Comitê Central do PCB
Silvio Sinedino, Petroleiro aposentado
Magda Furtado, Professora do CPII e Coordenadora do Sindiscope
Lucas Andrade, Secretário do PSOL Santa Maria/RS
Marinalva Oliveira, Professora da UFF
Renato Lemos, professor da UFRJ
Olgaise Maues, professora UFPA
Suelene Pavão, Professora da UFPA
Dion Monteiro, Coordenador Executivo do Instituto Amazônia Solidária
Gesa Corrêa, Diretório Nacional do PSOL
Lujan Miranda, Executiva Estadual – PSOL ES
Mathias Rodrigues, Psol Brasília
Ricardo Nespoli, Executiva Municipal Vitória /ES
Arthur Moreira, advogado trabalhista, filiado ao PSOL/ES
Rafael Madeira da Veiga, advogado, PSOL/ RS
Heitor Fernandes, cipeiro nos Correios, militante da CSP Conlutas e do PSTU
Hafid Omar Abdel Melek de Carvalho, Advogado Ativista PSOL-Volta Redonda
Douglas Diniz, Diretório Nacional do PSol
Adriano Diaz – Diretório Municipal PSOL-RJ, Cipeiro e Oposição nos Correios
Victor Freitas – Tesoureiro do Psol em Maricá
Neide Solimões, executiva nacional da condsef,
Manuel Iraola, executiva do Psol/SP
Silvia Leticia, executiva municipal do Psol Belém e Coordenação Estadual do Sintepp,
Maurício Matos,- movimento Xingu vivo para sempre e presidente do Sisemppa
José Luís Primola, presidente Psol Nova Iguaçu
Keli de Moraes, executiva Psol nova Friburgo
Marcio Freitas,- Diretório Municipal de Mossoró RN
Simone Caixeiro, Direção do Psol Nova Iguaçu
Edson Bomfim, Executiva Municipal Vitória/ ES/ Setorial Nacional de Negros
Jair de Almeida Parreira, direção estadual Psol/PI
Fredson Alves Saraiva, Direção Estadual Psol/PI
Francisco José da Silva, Direcai Estadual Psol/ PI
Willian Aguiar Martins, membro do diretório estadual do Espírito Santo
Cícero Nogueira da Silva Neto, presidente da comissão provisória do PSOL, Areia Branca/RN.
Romualdo Brazil, presidente Psol Demerval Lobão
Helbia Maria Bona Sousa, secretária geral Psol Demerval Lobão
Rosi Messias – Secretária Geral do PSOL RJ
Silvia Santos – Integrante da coordenação dos 101 fundadores do PSOL
Gerson Lima, Coord. Geral do Sintsep-PA
Katia Rosangela, Coord. Geral do SINDTIFES
Zila Camarão, Coordenador de impressa do SINDTIFES
Aguinaldo Barbosa, Executiva Sintsep-PA
Consolação Rodrigues, Sintsep-PA
Eziel Duarte, Coordenador geral do DCE UFPA
Denis Melo, Executiva Municipal do PSOL RJ
Barbara Sinedino, Diretora do SEPE-RJ
Bruno da Rosa, Oposição nos Garis
Diego Vitelo, Cipista do Metro de São Paulo
Fernando Assunção, Diretor do DCE Livre da USP
Ismael Serrano, executiva do PSOL Volta Redonda
Guilherme Bento, estudante de psicologia da UERJ
Mariana Borzino – Executiva do PSOL/Niterói
Mariana Nolte, Diretora da UNE – Oposição de Esquerda
Marco Antônio, PSOL Rio de Janeiro
Nancy Galvão, Presidente do Psol São José dos campos/SP
Michel Tunes, Executiva Nacional do PSOL
Moacir Lopes, Direção da FENASPS
Lidia de Jesus, Direção da FENASPS
Sebastião de Oliveira, Direção da FENASPS
Marcia Paiva, Direção da FENASPS
Lincoln Ramos, Direção da FENASPS
Roberto Auad, Sindicato dos Advogados de MG e diretor da federação nacional dos sindicatos dos advogados
Ana Clara Damasco, estudante da UFF
Dean Araujo,Vice Presidente do Grêmio do Instituto de Educação Professor Manuel Marinho
Milena Batista, Secretária Internúcleos PSOL RJ
Franco Machado, PSOL Porto Alegre
Pablo Farias, PSOL – RJ
André Castilho, miliante do PSOL/SP e do coletivo Juntos!
Caio Sepúlveda, estudante de Ciências Sociais, militante da CST-PSOL
Breno Pimentel Câmara, PSOL-RJ
Gabriel Guerra, professor de inglês, PSOL AP
Vinícius da Costa, Secundarista -Presidente do PSOL de Itatiba
Nina Barcellos, Cst – Psol
Rana Agarriberri, vice presidente do PSOL BH
Katia Soares, Direção do PSOL Nova Iguaçu
Diogo peclat, Psol Nilopolis
Perpetua Kokama, Direção Municipal do PSOL Manaus
Alice Kokama, Presidente do PSOL de Santo Antonio do Ica
Kátia Sales, vice presidente PSOL MG
Edivaldo de Paula, executiva municipal PSOL BH
Danilo Bianchi, executiva estadual PSOL MG
Bruna Gomes, diretório estadual PSOL MG
Natália Lucena, executiva municipal do PSOL Uberlândia
Kátia Sales, vice presidente PSOL MG
Léo Zanzi, PSOL RJ
Gabriel Fernandes, secundarista da FAETEC Adolpho Bloch
Pedro Rosa, Dirigente da FASUBRA e do SINTUFF
Ligia Martins, Combate Classista e Pela Base – RJ
Frente em Defesa do Povo Palestino
Mopat – Movimento Palestina para Tod@s
Comitê Cearense de Solidariedade ao Povo Palestino, Ceará
Comitê do Grande ABC/Sp de Solidariedade ao Povo Palestino
Campanha Global pelo Retorno à Palestina (seção Brasil)
Ciranda Internacional de Comunicação Compartilhada
Comitê pró-Haiti
Organização Indígena Revolucionária
Tribunal Popular
Comitê Brasileiro em Defesa dos Direitos do Povo Palestino
Associação Islâmica de São Paulo
Centro Cultural Àrabe Brasileiro
Comitê de Solidariedade a Palestina Bahia
Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino – Rio de Janeiro
CSP – CONLUTAS – Central Sindical e Popular
Sindicato dos Metroviários de São Paulo
Tendência Sindical Unidos Pra Lutar
Sindicato dos químicos de São José dos Campos e Região/SP
ANEL – Assembleia Nacional dos Estudantes Livres
Centro Acadêmico Rosa Luxemburgo – CAHIS/UniCEUB – Brasília/DF
Soweto Organização Negra
Movimento Quilombo Raça e Classe
APS – Ação Popular Socialista – PSOL
LRP – Liberdade e Revolução Popular – PSOL
LSR – Liberdade Socialismo de Revolução – PSOL
LS – Luta Socialista – PSOL
CS – Construção Socialista – PSOL
Comunismo e Liberdade – PSOL
NOS – Nova Organização Socialista
MAIS – Movimento por um Alternativa Independente e Socialista
PCB – Partido Comunista Brasileiro
PSTU – Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado
Esquerda Marxista
Coletivo Espaço Marxista
UIT-QI (Unidade Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional)
Tribuna Classista
Coletivo Espaço Marxista
Hugo Blanco Galdos, dirigente Campesino peruano, Director del mensuario LUCHA INDIGENA, Ex Congresista Constituyente, Ex Senador y ex diputado
Orlando Chirino, dirigente sindical de C-cura y del PSL
Rubén “Pollo” Sobrero (secretario general Seccional Gran Buenos Aires Oeste Unión Ferroviaria)
Juan Carlos Giordano (diputado nacional electo provincia de Buenos Aires por Izquierda Socialista en el Frente de Izquierda)
Miguel Angel Hernández, profesor universitario y secretario general del PSL
Enrique Fernández Chacón, Ex congresista
constituyente, Ex diputado nacional, Integrante del Concejo ejecutivo
Nacional del Frente Amplio, Editor de Lucha Indigena, Unios Perú
Jorge Altamira, Presidente do Partido Obrero, Argentina
Nicolás del Caño, ex candidato a presidente del Frente de Izquierda
Myriam Bregman, diputada nacional PTS/FIT
Gonzalo Sanjines Portugal, dirigente nacional ARPT Bolivia
Eliseo Mamani, profesor, dirigente Frente Amplio Magisterio Rural
Ezequiel Peressini, legislador por Córdoba, de Izquierda Socialista-FIT
Liliana Olivero; (ex legisladora por Córdoba, por Izquierda Socialista en el FIT)
José Castillo (economista del EDI -Economistas de Izquierda- y profesor de la UBA, Universidad de Buenos Aires)
Angélica Lagunas (Izquierda Socialista en el FIT y dirigente de docentes)
Laura Marrone (legisladora electa Ciudad de Buenos Aires Izquierda Socialista en el FIT )
Mónica Schlottahuer (cuerpo delegados ferrocarril Sarmiento y diputada electa provincia de Buenos Aires Izquierda Socialista en el FIT)
Edgardo Reynoso (Cuerpo de delegados y comisión de reclamos ferrocarril Sarmiento)
Anisa Favoretti (diputada Santiago del Estero Izquierda Socialista en el Frente de Izquierda)
Jorge Adaro (Secretario General comisión directiva Ademys-Capital)
Pablo Almeida (Delegado General ATE Ministerio Economía Nación)
José Bodas, secretario general de la Federación Unitaria de Trabajadores Petroleros de Venezuela (Futpv)
Fran Luna, secretario ejecutivo de la Futpv
Bladimir Carvajal, dirigente de C-cura y el PSL, miembro del Tribunal Disciplinario de la Futpv
Armando Guerra, profesor universitario y dirigente del PSL
Antonio Espinoza, profesor universitario y dirigente del PSL
Rolando Gaitán, profesor universitario y directivo de la Asociación de Profesores de la Universidad de Carabobo
Scarlet Di Yesi, docente y ex-dirigente sindical del magisterio, miembro de C-cura
Leonardo Ugarte, delegado de Prevención, Petrocedeño, Pdvsa
Noelia Barbeito, senadora provincia de Mendoza PTS/FIT
Lautaro Jiménez, diputado provincia de Mendoza, PTS/ FIT
Cecilia Soria, diputada provincia de Mendoza, PTS/ FIT
Macarena Escudero, diputada provincia de Mendoza, PTS/ FIT
Raúl Godoy, diputado provincia de Neuquén PTS/FIT
Laura Vilches, diputada provincia de Córdoba PTS/FIT
Gualberto Arenas, Federación Regional Campesina de Valle Alto Cochabamba
María Lohman, directora programa radial Información Gente para la Gente, Cochabamba
Alicia Fernández Gómez, Enseñante, do Estado español
MICHEL Griselda, GSI-UIT, Paris
GEFFROTIN Loic, sindicato Solidaire Étudiant-e-s, Universidad Paris 10
FLAMBEAUX Julien, profesor, Solidaire Étudiant-e-s, Universidad Paris 3
GOURMELON Alexandre, sindicato Solidaire Étudiant-e-s, Paris 6.
ALBIZZATI Antoine, obrero construccion, GSI-UIT, Paris
DEMARET Mathieu, profesor, GSI-UIT, Toulouse
FINKI Sophie, estudiante, militante del GSI-UIT, Toulouse
DAVIER Jean-Louis, sindicato CGT correos,region de Paris
GUZMAN André, profesor, militante del GSI-UIT, region de Paris
Ramiro Robles, PSOL RJ
Pedro Mara, professor da rede estadual do RJ e doutorando em educacao na UFRJ
Jonathan Willian Bazoni da Motta – Psol rio de Janeiro
Ester Cleane, PSOL RJ
Ana Escaleira, médica veterinária, analista de relações internacionais e tradutora.
Varvara Sofia Bouhid Seabra, (Professora da Rede Estadual RJ)
Júlia Borges, CST-PSOL
Gustavo de Souza, PSTU
Ivana Fortunato, psicóloga, mestranda em Psicologia na UFF e militante do coletivo Vamos à Luta.
Vinício Machado
Julio Baptista de Oliveira Nobre Neto, Músico, CST-PSOL-RJ
Andrea Solimões, vice norte do Andes
Eduardo Pimentel, Executiva do SINTSEP-PA
Walmir Brito, executiva do SINTSEP-PA
Paulo Sérgio, Direção sub-sede do sintepp concórdia do Pará
Reginaldo Reis, direção sub-sede do sintepp Baião
Jonas Favacho, presidente do Psol Baião
Virgílio Moura, Direção do psol Pará
Suzete Chaffin, Presidente do psol Jacareí/SP
Wellington Cabral, executiva da fetquim/SP
Ângelo Balbino – psol/DF
Cássia cerese, núcleo de base do IBGE/Amapá,
Alex Santana e Rodrigo Puff, Direção da Fenametro
Alex Fernandes e Alexandre Roldan, direção do sindicato dos metroviários/SP
Afonso Rufino, vice presidente sindicatos dos correios do Amazonas,
Halisson Tenório, direção do sindicato dos correios de Pernambuco e da direção da Fentect,
Sérgio Brito, direção da Apeoesp,
Davi Paulo, direção sindicato dos químicos de São José dos Campos/SP,
Alexandre Lisboa, Direção do sindicato dos servidores municipais de São Sebastião/SP,
Waleska Timóteo, presidente do sindicato dos servidores municipais de vitória/ES,
Rubens Teixeira, direção do sindados/MG,
Pedro Fonteles, professor militante do Psol/PA,
Eduardo Rodrigues, juventude Unidos Pra Lutar
Emmanuelle Nery, juventude Unidos Pra Lutar
David Melo, juventude Unidos Pra Lutar
Gabriel Cunha, juventude Unidos Pra Lutar
Caio Sousa, estudante de geofísica UFRN
Letícia Rondon – Arquiteta, militante do coletivo Vamos à Luta
Felipe Nabarro Nogueira, Psicologia na UFF e militante do Vamos à Luta.
Daniela Possebon, CST/PSOL
Vinicius Eckert, – Estudante Ciências Sociais UFRGS
Matheus Moralles do Pinho, Filosofia na UFF e militante do coletivo Vamos a Luta
Maria Eduarda Luporini, secundarista e militante do Vamos à Luta
Laís Gomes, secundarista e militante da CST-PSOL
Camila leite, ppgs/uff
Marcelle Autran, Psicologia UFF/Niterói e militante do coletivo Vamos à Luta
Randerson Lobato, Designer Gráfico – CST-PSOL Campinas/SP
Henrique de Bem Lignani, estudante de História da UFRJ
Ana Clara Damasco, estudante da UFF
Rogerio Carneiro, CST-PSOL
Rômulo Abreu Lourenço, Sociólogo. Núcleo Cantareira (PSOL-Niterói)
Alberto Marins, professor
Leandro Galindo, professor, diretor do SEPE-Niterói
Stefany Ferreira, Secudnarista Rj
Samanta Serrano, coordenadora do CAHIS/UniCEUB
Ana Maria, Direito do UniCEUB
João Carlos, ADM do IFB
Lorrana, secundarista de Brasília
Cleber Victor, Historia do UNICEUB
Fabio Coutinho, Vamos à Luta/DF
Lilla Costa, direito do UniCEUB
Nina Ricci, Adm do UniCEUB
Gleudston da Costa, Historia do UniCEUB
Lucas Andrade, Medicina da ESCS
Thaylon Mendes, Enf. Do UniCEUB
Alisson Rodrigues, História do UniCEUB
Jonte Fernandes, professor/DF
Jorgina Guimaraes, PSOL RJ
Marcus Benedito, Servidor publico estadual/PA
Gabriel Santos, estudante de História, UFAL
Este texto unitário continua aberto a novas incorporações….
Fonte: http://cstpsol.com
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terça-feira, 1 de novembro de 2016
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Carta às organizações antigovernistas do Espaço de Unidade e Ação | É PRECISO CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA RADICAL E DE OPOSIÇÃO DE ESQUERDA!
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Ato do 1º de Maio classista na Av. Paulista. Foto: Randy Lobato/Vamos à Luta |
1- Nos próximos dias o impeachment será votado no senado. Independente do resultado, teremos um governo mais fraco e um congresso desacreditado. Por isso existem lideranças do PT, PMDB e PSDB que falam em “conciliação nacional” e setores burgueses e imperialistas defendem “novas eleições”. A crise geral do país vai se manter pois sua causa é econômica, política e social. Deve ser localizada nos ataques ao nível de vidas das massas e a ruptura dos trabalhadores com o PT. Por isso o governo Dilma desaba e as instituições da falsa democracia desintegram, eventos conectados a Revolta de Junho de 2013, que tonificou uma onda de greves em 2014, explosões nas favelas e periferias, greves de professores e ocupações de escolas em SP no ano passado e várias mobilizações que estão em curso. Estamos vivendo a falência do Lulismo, que perdeu a hegemonia no movimento de massas e já não dirige ou controla as lutas dos explorados e oprimidos. Não por acaso Dilma é rechaçada pela amplíssima maioria dos trabalhadores e setores populares da nação. Por isso devemos construir uma alternativa radical, de esquerda, sem ceder às pressões dos governistas ao mesmo tempo em que combatemos o PSDB e PMDB, duas siglas igualmente desgastadas perante a maioria do povo.
2- Agora ocorrem importantes conflitos, como a greve dos professores e as ocupações de escola do RJ, a luta dos servidores federais contra o PL 257, campanhas salariais, e outros processos, que poderiam ajudar na construção dessa alternativa. No entanto, não há um polo de oposição de esquerda porque as maiores lideranças decidiram compor o campo Lulista. O setor majoritário do PSOL e as lideranças do MTST são linha auxiliar do PT e defendem o mandato de Dilma. Um processo que oxigena a “frente ampla” para a candidatura de Lula. Ao mesmo tempo abre espaço para projetos burgueses como o da REDE. Um posicionamento catastrófico. Por isso exigimos que o PSOL e o MTST rompam com os governistas e com o PT.
3- Nesse contexto, várias organizações, posicionam-se contra essa frente orgânica com os governistas, ao mesmo tempo em que continuam contra o PSDB e o PMDB. A primeira expressão desse campo foi a manifestação do dia 1 de abril contra Dilma, Temer, Cunha, Renan e Aécio. É necessário dar coesão e unidade aos que não são linha auxiliar do PT. Uma unidade que passa pelo combate e oposição intransigente contra a nova direita representada pelo PT e a velha direita liderada por Temer e o PSDB. Um bloco que se posicione pelo fim do governo Dilma, contra o impeachment do congresso corrupto e também contra os tucanos e Temer.
Não ceder às pressões dos governistas e seus aliados!
4- Um bloco que evite a dispersão, paralisia e confusão que prima em várias outras articulações. Um bloco que supere as insuficiências do Espaço da Unidade e Ação, que apesar de ter realizado ações importantes no ano passado e no dia 1º de abril, não está à altura dos acontecimentos, pois já não existe a mesma unidade política anterior. Não por acaso, organizações como o PCB e o MRT agora defendem a continuidade do mandato de Dilma. O fato é que sem unidade política, ao utilizar o método do consenso, prima a paralisa e dispersão, atrapalhando esse espaço a se converter num efetivo polo alternativo que dispute de verdade na base da categorias, na juventude e setores populares. Um exemplo do que falamos pode ser visto na construção do primeiro de maio em São Paulo. Na Praça da Sé, vários setores da esquerda, realizam um ato com eixo em “defesa dos direitos”, “contra o ajuste”, sem nomear claramente quem aplica os cortes de direitos e o ajuste fiscal em nível nacional: o Governo Dilma e seu Vice Temer. Ou seja, um ato que blinda o atual governo do PT. Não por acaso é uma manifestação conjunta com a direção do MTST e o campo majoritário do PSOL, as duas correntes mais Lulistas da esquerda brasileira. E várias organizações do Espaço de Unidade e Ação assinaram a convocatória dessa manifestação cujo único objetivo era atrapalhar o ato classista da Avenida Paulista.
Nosso centro deve ser a atuação na base, onde há um espaço gigantesco para construir uma alternativa de esquerda, diferente da capitulação, centrismo e confusão que prima nas correntes políticas organizadas.
Por isso propomos:
a) Construir um bloco dos que não são linha auxiliar do PT, um polo da oposição de esquerda, que tenha como eixo a mobilização, o combate aos ataques de Dilma, Temer, Cunha, Renan Aécio, governadores, patrões e prefeitos, a ação direta e coordenação das lutas. O que se concretiza numa campanha em solidariedade à greve dos professores do Rio de Janeiro, as campanhas salariais em curso, a luta contra o PL 257 e outras lutas. Buscar construir um novo bloco social e político com as organizações que não estão no campo do PT, PMDB e PSDB.
b) Realizar uma plenária sindical, popular e estudantil no mês de maio para discutir uma saída para o país, sem governistas, sem tucanos e sem patrões. Uma plenária sindical, popular e estudantil convocada por sindicatos, grêmios estudantis, DCE’s, agrupamentos sindicais, a CSP-CONLUTAS, figuras públicas como Luciana Genro, Zé Maria, Babá e todos que desejarem construir essa iniciativa com a máxima amplitude.
c) Dar continuidade as manifestações de rua com um eixo político contra Dilma, Temer, Cunha, Renan, Aécio, contra PT, PMDB e PSDB. Uma manifestação efetivamente nacional, centralizada em São Paulo, com caravanas dos estados.
5- Nós da CST apostamos no desenvolvimento das lutas e das greves, ou seja, a unidade da esquerda para batalhar por uma nova superior jornada de junho no país. Defendemos o Fora todos, para colocar pra fora Dilma, Temer, Cunha, Renan e Aécio. Além disso, propomos que o programa desse bloco comece pela imediata suspensão do pagamento da dívida para destinar mais recursos para saúde, educação e transporte estatal, em recuperação dos serviços públicos e valorização dos servidores, um plano de obras públicas visando moradia popular; contra as demissões e o arrocho salarial, por estabilidade no emprego e reposição das perdas salariais; pela punição dos corruptos e estatização das empreiteiras envolvidas na Lava Jato; por uma Petrobras 100% estatal e sob controle dos trabalhadores, por uma assembleia nacional constituinte livre e soberana para reorganizar o país a serviço dos trabalhadores e do povo. Na estratégia de construir uma saída operária e popular para a crise. Ou seja, lutar por mobilizações de massa, por organismos de autodeterminação dos explorados, a batalha por um Governo da Esquerda, dos Trabalhadores e do Povo.
segunda-feira, 20 de julho de 2015
Em defesa da coerência partidária
Circula pelo país um manifesto de militantes e figuras públicas do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), o qual exorta o conjunto de partidários da agremiação a se juntarem na luta em defesa da coerência política, por um PSOL que combata a velha e a nova direita, hoje representados pelo governo Dilma-Temer (PT-PMDB).
O manifesto é uma resposta a dirigentes partidários, como Ivan Valente (dep. fed./SP) e a sua corrente, a Unidade Socialista - US, que estiveram em reunião do Grupo Brasil, expediente do PT, PCdoB e MST, o qual visava o lançamento de uma suposta frente de esquerda em conjunto com o PSOL.
A militância do PSOL, que ocupa as ruas, fábricas e praças desde junho 2003, repudia tal iniciativa e reitera o caráter de oposição de esquerda do partido em relação ao governo Dilma, bem como aos governos da velha direita, como os do PSDB, DEM, PMDB, etc.
A seguir, a íntegra do manifesto, extraído do site da Corrente Socialista dos Trabalhadores neste link:
http://www.cstpsol.com/viewnoticia.asp?ID=785Manifesto ao PSOL

Estamos às vésperas do V Congresso do PSOL. Um período de elaborações, debates e definições de rumos abre-se em nosso partido. Não começamos agora: o PSOL tem mais de dez anos em que nossa construção precisou de coragem e ousadia para manter de pé as bandeiras de justiça, igualdade, socialismo e liberdade, quando muitos afirmavam o fracasso da mobilização e da organização como forma de conquistar outro futuro.
Foram tempos muitas vezes difíceis, mas fundamentais para que nosso partido existisse e se enraizasse, com um perfil coerente de esquerda que não se rendeu. Nossos militantes estiveram nas ruas em junho de 2013 e nas lutas que se abriram desde então: centenas de milhares de jovens, novos movimentos sociais e políticos, categorias de trabalhadores que reocuparam a cena em greves e marchas multitudinárias, ativistas LGBTs, mulheres, negros e antiproibicionistas em defesa de bandeiras democráticas, gente simples do povo defendendo seus interesses e direitos.
O PSOL está inserido nestas lutas e buscando construir uma alternativa anticapitalista e democrática para o Brasil, inspirado na dura reconstrução dos ideais socialistas Nas várias campanhas de 2014, em particular com a candidatura da companheira Luciana Genro à presidência, começamos a romper o cerco da burguesia e ampliar nosso diálogo com a sociedade e o apoio às nossas propostas.
Em 2015, o esgotamento do modelo econômico, político e social-liberal levado adiante pelo PT nos últimos 12 anos revelou-se por inteiro. No entanto, a burguesia nacional e estrangeira, alimentada no período anterior por lucros recordes, isenções fiscais, crédito subsidiado, endividamento das famílias e pelo criminoso serviço da dívida – que arranca mais de 40% do orçamento anual todos os anos, continua exigindo mais.
A crise que atinge em cheio o Brasil revela o caráter das opções e do programa de Dilma e do PT: os trabalhadores e o povo são atacados de forma brutal e inaudita pelo ajuste conduzido por Levy. Cortes bilionários no orçamento, em especial nas áreas sociais, restrições ao seguro-desemprego e às pensões, aumento de juros, tarifaço e carestia para o povo, em contraste com o anúncio de novos números bilionários de lucros dos banqueiros.
Diante do ajuste neoliberal e das medidas recessivas os patrões iniciam uma onda de demissões e cortes de direitos. Como se fosse pouco, Dilma lança um “plano” para reduzir jornada e salários. Os capitalistas agradecem.
Enquanto isso, no Congresso Nacional, a base do governo e a oposição de direita se unem para promover ataques como o PL 4330 das terceirizações, garantir o ajuste e apresentar medidas reacionárias contra as liberdades democráticas, além de uma pseudorreforma política que constitucionaliza o domínio do poder econômico sobre partidos e campanhas.
Este Congresso Nacional, o mais reacionário das últimas 4 décadas, tomado por fundamentalistas, homofóbicos, fascistas, porta-vozes de interesses corporativos e do grande capital, e parlamentares de aluguel que respondem às empresas que pagaram suas campanhas e/ou às legendas fisiologistas e corruptas que cresceram aliadas ao PT e ao PSDB, tenta impor ao país uma agenda reacionária de retrocesso civilizatório: redução da maioridade penal para criminalizar a juventude pobre e negra, um estatuto contra as famílias para acabar com os direitos conquistados pela população LGBT no judiciário, flexibilização ou até revogação do estatuto do desarmamento, endurecimento da política de guerra às drogas que mata e encarcera milhares de jovens, abolição do pouco que resta da laicidade do Estado e uma contrarreforma política para favorecer a corrupção, o financiamento empresarial de campanhas, a fraude eleitoral e a exclusão das minorias, entre outros retrocessos. À frente desse programa antidemocrático, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, um dos personagens mais perigosos da política brasileira, até pouco tempo nos bastidores, já age como primeiro-ministro virtual de um governo cada vez mais débil. Aproveitando a crise política, a oposição de direita é capitaneada por um PSDB que parece, cada vez mais, o Partido Republicano dos EUA sob o controle do Tea Party brasileiro (liderado por Cunha) e impulsiona inaceitáveis aventuras golpistas para obter pelas vias de fato o poder que não conquistou nas urnas.
Por tudo isso, a necessidade e urgência da luta do povo crescem, bem como a responsabilidade do PSOL de ocupar um espaço vazio: o de participante ativo das lutas e da construção de uma alternativa política dos trabalhadores, da juventude e do povo. Em várias categorias e movimentos, a simpatia às nossas posições é crescente. Milhares de ativistas honestos e combativos rompem com as antigas direções governistas, paralisadas e burocráticas, e aproximam-se do nosso partido. Devemos saudar e receber com alegria estes camaradas, ao mesmo tempo em que precisamos estar preparados para impedir que arrivistas e oportunistas – muitas vezes apresentando-se como defensores de “frentes” – utilizem nossa legenda para reinventar-se em meio à crise do condomínio governista.
A resistência popular que cresceu nos últimos anos em diversas regiões do planeta chegou no Brasil. Os exemplos, em particular no sul da Europa, também nos inspiram e a recente vitória do povo grego no plebiscito contra a Troika mostram, de forma prática, que é possível construir alternativas de esquerda e ganhar a disputa política na sociedade, mesmo em meio a contradições.
Portanto, o V Congresso do PSOL tem grandes desafios à frente. Precisamos aproveitar as oportunidades que se abrem para construir o partido e ocupar o espaço aberto à esquerda. Mas, para isto, devemos consolidar nosso perfil anticapitalista, inserido nas lutas, e defender a democracia interna. Temos que enfrentar um grave risco que nos espreita e cresce sempre que um partido ganha mais espaço institucional: a burocratização do PSOL, o crescimento em seu interior de controle do aparato partidário, a restrição dos debates internos, que exige respeito às posições divergentes e confiança mútuas, e as tentações para adotar um perfil que nos reduza a uma mera legenda eleitoral. A militância do PSOL deve mobilizar-se para defender nosso patrimônio coletivo e derrotar toda e qualquer tentativa de domesticar nosso partido em favor de interesses eleitoreiros.
Com este manifesto, sintetizamos posições fundamentais para que o PSOL ocupe o espaço aberto com a crise e construa uma direção democrática que se empenhe por estar à altura das tarefas que se apresentam.
Por um PSOL socialista e democrático, defendemos:
1) Um partido de luta, que se construa no trabalho cotidiano de organização e conscientização popular e nas greves, ocupações e mobilizações dos trabalhadores, do povo e da juventude. Não aceitamos nenhum direito a menos e rechaçamos o “ajuste” de Dilma e Levy que ataca empregos, salários e direitos sociais e trabalhistas. Repudiamos a oposição de direita que aplica o mesmo “ajuste” nos estados em que governa, ataca direitos democráticos e se mobiliza para defender saídas reacionárias.
Em 2014, as greves de garis, primeiro no Rio e depois em diversas cidades, inauguraram uma jornada de lutas, envolvendo categorias como rodoviários e metroviários, que desafiaram governos e patrões às vésperas da Copa. Este ano, a tentativa de diversas montadoras de impor suspensão de contratos e demissões foi enfrentada com greves metalúrgicas vitoriosas no ABC e em São José dos Campos. A resistência ao ajuste e ao PL 4330 das terceirizações já levou a duas paralisações nacionais, em 15 de abril e 29 de maio, mostrando que setores da classe trabalhadora começam a retomar seu protagonismo, ainda que faltem coordenação e disposição de enfrentamento consequente com o governo por parte da maioria das direções sindicais. Elas foram obrigadas pelas bases a tomar iniciativas após anos de paralisia.
A falácia da “Pátria Educadora” de Dilma revela-se nos cortes de R$ 9 bilhões na Educação. Como resposta, há mobilizações de docentes universitários e técnicos em todo o país, além da resistência estudantil ao desmonte das universidades federais e aos cortes no FIES. À greve nas universidades soma-se agora a greve dos trabalhadores do INSS. Em diversos estados e municípios, por sua vez, os professores enfrentam os governos, tanto do bloco tucano como do bloco de sustentação do governo Dilma, que seguem a cartilha de Levy e atacam direitos e salários. O Paraná foi o centro desta luta, que reuniu milhares de professores por meses contra o desmonte da previdência e as perdas salariais, sendo que uma onda de greves do setor da educação estourou nos quatro cantos do país com um forte apoio da população. A inaceitável brutalidade promovida pelo tucano Beto Richa aos professores comoveu o país. As bandeiras e a militância do PSOL paranaense estiveram presentes e dias depois no ato do 1º de maio, Luciana Genro e Babá, junto com outros companheiros, foram à Curitiba, para repudiar Richa, se solidarizar com os mais de 200 feridos e se somar à campanha pelo “Fora Beto Richa”. É este o PSOL que queremos: uma ferramenta de luta para a classe trabalhadora!
2) Um partido que defenda de forma intransigente os direitos democráticos e a liberdade. Temos orgulho de ser um partido que defende a pauta de mulheres, LGBTs, negras e negros, jovens e antiproibicionistas. Um partido que defende o casamento civil igualitário, a lei de identidade de gênero, a legalização e regulamentação da interrupção segura da gravidez indesejada, a legalização e regulamentação das drogas, a laicidade do Estado e a educação inclusiva.Um partido que enfrenta também a intolerância religiosa, principalmente em relação às religiões de matriz africana, aos ateus e agnósticos. Combatemos o fundamentalismo religioso e as bancadas conservadoras da base aliada e da oposição de direita. Não aceitamos a redução da maioridade penal – cujo alvo é a juventude pobre e negra, cotidianamente massacrada nas periferias – orquestrada por Eduardo Cunha, pela bancada da bala, pela oposição de direita e setores da base aliada.
3) Um partido que se coloca na defesa das lutas socioambientais, dos povos originários, de ribeirinhos e quilombolas frente aos ataques do ruralismo – uma das facetas do modelo “desenvolvimentista” predador. As crises hídricas e de energia elétrica são os dramas mais concretos para parcelas expressivas da população e um dos problemas mais graves – e sem solução aparente de curto e talvez médio prazo. Chega a ser inacreditável que um país com uma das mais amplas e diversificadas bacias hidrográficas do planeta tenha falta d´água e de energia elétrica. Isso expressa não só o descaso de décadas de falta de investimentos do Estado na infraestrutura, na manutenção de equipamentos e no planejamento, como também a própria falência do modelão de megaobras via parcerias público-privado. Mas para além desses fatores e das privatizações, há nesta crise os danos provocados por uma das pontas desse modelo que são os fatores climáticos – aquecimento global, mudanças climáticas. Embora seja uma crise de natureza planetária, o desmatamento do Cerrado e da Amazônia, impulsionados pelo modelo agroexportador de commodities, amplia a desertificação no país, como agora em regiões do Sudeste, aumentando sobremaneira os períodos de seca e estiagem. Esta crise que ameaça o país com apagões, racionamento e falta d´água tem ainda outras facetas perversas como a elevação do preço das tarifas destes serviços, impactando o orçamento familiar em tempos de arrocho e endividamento.
4) Um PSOL que denuncie a falência do regime político em que vivemos e as medidas de restrição à democracia conduzidas por Cunha em sua contrarreforma política. Nosso partido deve combater a corrupção como modo de governo da burguesia, desnudando os laços entre as corporações e a pilhagem do patrimônio público, como ocorreu nos casos Lava Jato e Zelotes. Por isso lutamos pelo fim do financiamento empresarial de campanha, mecanismo fundamental de cooptação da democracia no Brasil, contra medidas antidemocráticas como a cláusula de barreira e as reformas eleitorais que limitem a participação das minorias políticas e sociais no processo eleitoral. É nosso dever combater figuras como Renan Calheiros e Cunha, que encabeçam os indiciamentos da lista de Janot, junto com políticos do PT, PMDB, PP e PSDB.
5) O partido deve e vai impulsionar imediatamente a campanha contra a medida antidemocrática comandada por Cunha e votada pela maioria dos deputados que exclui o PSOL dos debates durante as campanhas eleitorais. Este golpe contra a esquerda quer impedir que cresça uma alternativa a este regime corrupto. Se a medida de Cunha e seus aliados for aprovada no senado, os partidos com menos de 09 deputados nao precisam ser convidados pelas emissoras. E quando as emissoras quiserem convidar, ainda precisa contar com a concordância de 2/3 dos candidatos. Assim, querem excluir a esquerda, de imediato o PSOL, ate quando as pesquisas colocam nosso partido entre os primeiros na disputa. Contra este golpe devemos combater
6) Um partido que se fortalece pela sua coerência e reafirma seu perfil anticapitalista, em diálogo com as novas lutas e movimentos. Não aceitamos o rebaixamento programático, que, em nome de uma suposta “governabilidade”, apresenta inimigos de classe como “aliados para governar” e celebra alianças que terminam por nos confundir com este regime político apodrecido e rechaçado pelo povo. Não queremos “crescer” a qualquer custo, mas crescer para defender um programa e uma concepção política que é absolutamente distinta à dos partidos tradicionais. Não achamos que a disputa eleitoral justifique a incorporação de lideranças de direita, reacionários, fundamentalistas, militaristas, homofóbicos e outros que nada têm a ver com o perfil do nosso partido.A campanha Luciana Genro pautou questões estratégicas que devem nortear o programa e a política do PSOL. Bandeiras como a taxação sobre as grandes fortunas, a auditoria da dívida e suspensão do pagamento e as bandeiras libertárias e democráticas foram fundamentais.
7) Um partido que empenhe todos os esforços pela construção de uma alternativa de esquerda de massas no país para enfrentar os cortes e o ajuste neoliberal de Dilma e Levy, por um lado, e a oposição de direita por outro. O “ajuste” unifica PT e PSDB, que atuam para defender os lucros da burguesia e o serviço bilionário da dívida, através do ataque aos direitos do povo e dos trabalhadores. Nosso partido pode e deve ser a expressão política de um espaço que reúna o movimento social e sindical, organizações políticas, ativistas e a intelectualidade progressista, que estão nas greves e mobilizações, para que a crise não seja descarregada sobre os ombros do povo. Ao mesmo tempo, nosso partido deve diferenciar-se claramente de propostas farsescas de “frentes” com o petismo, que pretendem utilizar o prestígio do PSOL e fazer calar as críticas ao governo do ajuste. Neste sentido, têm sido muito importantes as posições que nossa bancada de deputados federais vem adotando. São posições a favor do povo, na defesa dos interesses dos trabalhadores, não aceitando nenhum direito a menos, combatendo o ajuste dos capitalistas levado adiante pelo governo federal e contra a direita reacionária.
8) O PSOL deve enfrentar o desafio de organizar candidaturas, para as campanhas de 2016, que mobilizem suas cidades, dialoguem com os movimentos sociais e com o novo ativismo que surgiu referenciado em junho de 2013. Devemos nos inspirar no que foi a “Primavera Carioca”, com o companheiro Marcelo Freixo, e na rica experiência que nos traz as lutas do povo da Espanha. Queremos campanhas construídas coletivamente, que busquem a participação ampla na elaboração de nossos programas: candidaturas que respirem os ventos que sopram da Espanha, onde a esquerda anticapitalista venceu cidades importantes, como Barcelona, com Ada Colau, e Madri, com Manuela Carmena, através da combinação entre lutas, construção democrática e aproximação de ativistas dos movimentos sociais.
9) Um PSOL que nunca governe enfrentando o povo! Nosso partido surgiu justamente como resposta à traição petista, por governar para o capital, atacando o povo, os trabalhadores e seus direitos. Sabemos que no capitalismo não é fácil administrar prefeituras, ainda mais no Brasil onde a União sufoca os municípios. Mas nossos governos não devem poupar esforços para mostrar de que estão do lado do povo, de que estão dispostos a todos os sacrifícios para melhorar a vida do povo. Nesse sentido é imprescindível o combate à Lei de Responsabilidade Fiscal que desmantela o serviço público para favorecer os agiotas financeiros, via a fraudulenta Dívida Pública que deve ser auditada. Criticamos também o que infelizmente ocorreu no governo de Macapá, pelo fato de o prefeito buscar um interdito proibitório contra a greve dos professores municipais. Não precisamos de prefeituras que usam o Poder Judiciário para reprimir os que lutam. O V Congresso deve posicionar-se de modo contundente sobre o perfil das prefeituras que eventualmente conquistemos. Interdito proibitório nunca mais!
10) Um PSOL que se afirme, nas eleições municipais de 2016, como uma verdadeira oposição de esquerda, construindo uma alternativa tanto ao PT e seus aliados, como ao PSDB e outros partidos da direita tradicional. Não cabe ao PSOL cair no canto de propostas como “frente de esquerda” com o PT. Passados 12 anos da nossa fundação, o PSOL não terá o direito de dar uma cobertura de esquerda para um projeto política e moralmente falido.
11) Fim das irregularidades e fraudes que visam a subverter a correlação de forças interna. Queremos um partido democrático e uma direção construída coletivamente a partir do debate e do respeito ao posicionamento da militância. Por exemplo, a realização de centenas de filiações irregulares contra o partido em Alagoas, manobras com setores ligados até a Renan Calheiros, precisa ser duramente rechaçada! Este tipo de método põe em risco o perfil e a política do PSOL, confundido a personalidades e organizações corruptas com o único objetivo de obter falsas “maiorias”. Um PSOL democrático não pode conviver com fraudes e irregularidades internas!
12) Um PSOL que respeite os setoriais e o papel que ocupam em nosso partido. Num PSOL democrático, a setorial de mulheres é que deve decidir sobre a organização do movimento de mulheres. O Diretório Nacional é a instância deliberativa máxima do Partido, mas não pode cometer intervenções como a que se concretizou por voto de membro suplente, convocado em urgência, para impor uma vitória de apenas um voto, como o ocorrido em sua reunião de junho.
13) Um PSOL que invista no funcionamento democrático do partido. É preciso tomar medidas para definirmos critérios rígidos e uniformes de filiação; precisamos fazer o recadastramento das filiações após o Congresso; precisamos de funcionamento regular de instâncias do partido de base e de direção – por exemplo, plenárias de base mensais –; é necessário estabelecer mecanismos de presenças regulares nas instâncias de base para avançarmos em critérios mais orgânicos para participação em futuros congressos; devemos respeitar as decisões políticas dos diretórios estaduais e municipais que não estejam ferindo o programa partidário, suas resoluções gerais e seus princípios; é preciso contar com a participação dos parlamentares, de forma regular, nas instâncias partidárias.
Com base nestes pontos chamamos a unidade de todos os militantes e setores do PSOL. Fortalecendo estes pontos, abre-se para o PSOL a oportunidade de vocalizar as bandeiras e lutas em nosso país. Como demonstram novas experiências no mundo, nós podemos aceitar o desafio de construir, também no Brasil, uma alternativa anticapitalista e democrática que fale para milhões. Para isto, precisamos de uma ferramenta democrática, aberta aos lutadores e lutadoras, que não se renda às pressões do capital. Um PSOL que se transforme e renove para estar à altura de um novo período sem, no entanto, esquecer o perfil e a trajetória que nos trouxeram até aqui.
Que a militância de nosso partido e o V Congresso tomem este desafio em suas mãos.
Assinam este manifesto correntes, tendências e coletivos, além de milhares de militantes que já aderiram e continuarão a aderir nos próximos dias. Estamos apenas começando. Participe! Você está convidado. Envie sua assinatura para manifesto.ao.psol@gmail.com
Acre
Fortunato Martins – PSOL Acre
Alagoas
Amália Lins Juventude Psol
Beto Brito Diretório Estadual
Carlos Leão Presidente do Diretório de União dos Palmares e membro Diretório Estadual
Caubi Freitas Presidente do Diretório Muricí e do Diretório Estadual
Deividy Carlos Diretório Estadual
Gerson Guimarães Presidente Municipal de Maceió e do Diretório Estadual
Ivalda Gusmão Secretária Geral Estadual
João Braz Presidente do Diretório de Dois Riachos e do Diretório Estadual
José Cícero Presidente do Diretório de Lagoa da Canoa
José Junior Diretório Estadual e de Arapiraca e do Diretório Estadual
Marcelino Freitas Neto Diretório Estadual
Mário Agra Diretório Estadual
Mauricio Dias Presidente Estadual
Otávio Ferreira Tesoureiro Estadual
Paulo Chagas Presidente do Diretório de Santana de Ipanema
Petrônio Avelino Presidente do Diretório de Arapiraca e do Diretório Estadual
Ricardo Correia Diretório Estadual
Amapá
Alcilene Furtado – Conselho fiscal do Sindsaude
Antônio Mesquita – Exec.PSOL do Amapá, Pres. do Sind. dos servidores de Santana
Cássia Evangelista – PSOL Macapá/Amapá
Cristiane do Socorro Monteiro Barbosa – Militante do PSOL/AP e Movimento de Professores
Hiandra Pedroso – PSOL Macapá/Amapá
Jorge Messias Flexa – PSOL Macapá/Amapá
Lilian Lobato – Professora
Marlene Fernandes – Secretária Geral do Sindsaude
Rafael Santana – Estudante de jornalismo
Renata Coutinho – Diretório Municipal de Itaocara (suplente)
Vereador Madeira – Macapá (Raimundo Roberto de Moura Madeira)
Waldir Pires Bittencourt enfermeiro Comitê de Greve
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