Fernando Capez em entrevista coletiva |
por Emanuel Colombari do UOL, em São Paulo
O presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Fernando Capez, decretou ponto facultativo (folga) nesta quarta (4), na Casa. A área jurídica da Alesp está preparando um pedido de reintegração de posse do prédio.
Tecnicamente, sua estratégia é de "saturação", em suas palavras. O plenário será "isolado": os manifestantes que saírem não poderão retornar e a imprensa também não poderá ter acesso aos estudantes para "não dar palco", segundo o deputado. A entrada de comida também está proibida para os manifestantes.
Segundo Capez, a reintegração será feita de forma "pacífica, ordeira, consensual, evitando o máximo de confronto". E ele reforça: "Não vai haver violência nem confronto porque esse é o interesse de quem invade".
"A Assembleia vai tomar as providências para recuperar o espaço da população. Temos aqui quatro projetos importantes para ser votados neste semestre", disse Capez. Os quatro projetos a que ele se refere são sobre recursos hídricos e PPPs (parcerias público-privadas).
Cerca de 50 manifestantes invadiram a instituição na tarde de ontem. Liderados por movimentos estudantis de alunos dos ensinos fundamental e médio, eles reivindicam a instauração imediata da CPI da Merenda, para investigar supostos esquemas de favorecimento na compra de lanche de escolas estaduais.
"Esse é um ato político de desgaste da imagem. Não apenas minha, mas também do governador", diz, ressaltando que tem todo o interesse em instaurar a CPI.
7 assinaturas
Até a manhá desta quarta (4), faltavam sete assinaturas para a abertura da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Merenda, para investigar um esquema de favorecimento na compra de itens do lanche escolar.
Até as 21h30, a bancada do PT na Alesp conseguiu reunir 25 assinaturas das 32 necessárias para protocolar o pedido de CPI. A Assembleia tem 94 deputados, dos quais 76 fazem parte da base aliada do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
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